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História Lados opostos - Sobre não saber ficar sem você - Parte 2


Escrita por: LaurinahJane

Notas do Autor


Boa noite amores!! Voltando, depois de dias maravilhosos de viagem de férias!! Vai ter atualização dupla hoje, porque fiquei muito tempo longe, então espero que ainda estejam por aqui e que apareçam, afinal estou com saudades!!

PS: Capítulos tristes, mas de aproximação Semi...espero que gostem!! :)

Capítulo 14 - Sobre não saber ficar sem você - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Lados opostos - Sobre não saber ficar sem você - Parte 2

“...and all my friends, they know and it's true I don't know who I am without you I got it bad, baby got it bad. Oh, tell me you love me I need someone on days like this, I do. On days like this, oh, tell me you love me I need someone on days like this, I do on days like this...” Tell me love you me – Demi Lovato.

“...e todos os meus amigos, eles sabem e é verdade, não sei quem eu sou sem você, eu errei, amor eu errei. Oh, diga que me ama, eu preciso de alguém em dias assim, eu preciso, em dias assim. Oh, diga que me ama, eu preciso de alguém em dias assim, eu preciso, em dias assim...” Tell me love you me – Demi Lovato.

 

- Selena...tudo que eu queria agora era poder voltar atrás, como eu faço?! Me ajuda...me ensina?! Digo entre um soluço e outro. Ela, lendo meus pensamentos, suspira do outro lado da linha...

- Calma...eu vou arranjar um jeito e daqui a pouco estou ai!! Me pega na subida do morro em uma hora, eu não vou deixar você assim sozinha...eu não consigo deixar você sozinha!!

Demi tinha sido um erro, mas Selena já não sabia ficar sem aquele erro, mesmo que pra isso precisasse arriscar mais uma vez sua vida...

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POV SELENA...

Uma mentira para Justin foi fácil, já tinha dado a ele o que eu sabia que ele tanto queria, sexo trivial e sem grandes emoções. O difícil foi olhar para ele e mentir descaradamente, principalmente porque tinha claro em minha mente que queria, que precisava estar com Demetria. Em questão de alguns minutos eu falei que Camila precisava de mim e saí, sem olhar em seus olhos, eu não conseguiria, já no carro um pouco de remorso tomara meu pensamentos, mas logo se dissipou quando a mensagem de Demetria chegou em meu celular...

- Estou aqui embaixo, escondida, pois tá foda, tô muito visada no meio dessa guerra. Assim que chegar avisa que eu apareço e te encontro. Vem logo!! (Demi)

- Porque, aconteceu mais alguma coisa?! (Selena)

- Não...porque eu preciso de você!! (Demi)

- Ok, já estou a caminho. Bjs. (Selena)

 

Em menos de quinze minutos atravessei quase voando a parte rica da cidade e entrei naquela temida por tantos, a zona mais pobre, mais violenta, a zona invisível aos olhos dos direitos básicos de vida, a parte das favelas do Rio de Janeiro; a frase de Demi martelava em minha mente...preciso de você!! Estacionei o carro na entrada do morro e mandei uma mensagem, em questão de minutos Demi apareceu do nada de moto, me tirou do carro, que foi levado para algum lugar por Cyrus, me deu um capacete e me colocou em sua garupa, saindo em seguida em direção a parte alta da favela. Estar abraçada em sua cintura me dava um misto de sensações, afetos...podia apertá-la há mim, sentir o cheiro adocicado dos seus cabelos em meu rosto, sua pele em contato com a minha; ao mesmo tempo lembrava do quanto queria estar longe dela, éramos tão diferentes, habitávamos mundos tão distintos, isso me dava tanto medo que eu sentia que precisava me manter longe.

Assim que chegamos à entrada de sua casa, Demi desceu da moto e enquanto eu retirava o capacete ouvi ela falando com Emily que era para redobrar a segurança do lugar com mais homens, que ela não queria que nada acontecesse ali ou próximo dali que pudesse me colocar em risco. Emily acenou com um sorriso para mim e logo se retirou para colocar as ordens da chefe em prática, que veio em minha direção e, sem dizer nada pegou minha mão e foi me direcionando para dentro de sua casa. As luzes estavam quase todas apagadas, com um leve penumbra que vinha da varanda, para onde ela me direcionou.

- Minha casa, nesse momento, é a parte mais segura do morro, não precisa ficar com medo. Disse ela, me olhando com carinho e cuidado, preocupada com meu olhar meio perdido.

- Eu deveria estar com medo, mas assustadoramente não estou. Fiquei preocupada com você em meio a isso tudo que tá rolando e que eu só tenho visto pela TV. Como vocês estão?! Perguntei, sentando-me de frente para ela.

- A TV não mostra nem metade do que está acontecendo, a TV mente!! Isso aqui está um inferno....tiroteios dia e noite, tentativas de invasão de outras facções o tempo todo, tá um inferno. A facção que está tentando tomar o complexo de favelas tem o apoio sigiloso da polícia Selena, eles estão vindo com tudo e nós estamos perdendo essa guerra. Disse, olhando-me nos olhos, mas desviando quando eu a encarei.

- Apoio da polícia?! Como assim Demi, a polícia não deve combater esse tipo de guerra entre vocês, proteger a população de bem que mora aqui na favela?! Perguntei indignada. Demi me olhou incrédula, assustada com minha ingenuidade.

- Selena isso aqui não é Criminal Minds ou CSI...a polícia é suja, corrupta!! Ela dá apoio a quem paga mais, ela protege e da retaguarda a quem trabalha pra ela. Nesse momento quem tem mais pra oferecer a eles são os nossos rivais, então eles estão dando apoio irrestrito à invasão. Ou você acha que outra facção entraria em favelas nossas se não tivesse apoio de armamento pesado e de uso restrito da polícia?! Perguntou-me, um pouco indignada.

- Eu não imaginava que a polícia apoiava uma ou outra facção, isso é surreal para mim Demi, desculpa a ingenuidade. Falei, meio sem graça.

- Tudo bem, deixa prá lá, não são coisas que pessoas como você imaginam que existam...no seu mundo a polícia é paga pra proteger vocês de pessoas como eu, como Lauren, como os favelados daqui do morro. Disse, levantando da cadeira que estava e virando-se para observar a lua do parapeito da varanda, estava linda naquela noite.

- Como todos estão?! Lauren, Dinah, Ally, os meninos que fazem a segurança do morro...a criança que foi atingida na cabeça?! Perguntei meio que sabendo a resposta, mas sabia que precisávamos entrar naquele assunto, tinha sido ele que tinha feito Demi chorar e me pedir para estar ali, então precisávamos falar dele. Ela permaneceu em silêncio olhando pra lua, pensamentos perdidos sabe-se lá onde...quando pensei que ela estava viajando em seus próprios pensamentos pude ouvir seu soluço fraco, quase guardado para ela mesma, o que me fez entrar em desespero, pois não imaginava que aquela pessoa forte e dura choraria na minha frente.

Levantei e fui até ela, abraçando-a pelas costas e recostando meu corpo todo em seu corpo, agora gelado pelo vento frio que soprava na varanda. Foi um combustível imediato para que os soluços aumentassem e ela não conseguisse mais esconder o choro. Virando-se para mim recostou o rosto em meu pescoço e ficou por longos minutos ali, chorando, como uma criança indefesa e perdida. Abraçada a ela e agora recostada no parapeito, pude sentir os batimentos acelerados de seu coração, e perceber o quanto os meus batimentos também estavam acelerados...era como se eu não conseguisse manter-me distante do sofrimento dela, dos seus sentimentos.

Aos poucos, depois de minutos que pareciam uma eternidade, ela foi se acalmando, mas manteve a cabeça recostada no meu pescoço; eu me sentia como parte dela, e ela parecia confiar seus sentimentos mais escondidos e secretos, a mim...era louco e lindo ao mesmo tempo. Aquela pedra imbatível, forte e quase impenetrável parecia um bichinho indefeso entregando-me seus sentimentos, e eu só conseguia estar ali ao lado dela, eu só queria estar ali ao lado dela...nada de medos, de vontade de fugir, de recrimina-la...eu queria estar com ela!! O silêncio só foi quebrado quando ela resolveu falar...

- Estão todos bem, todos em segurança na parte mais alta do morro...mas acho que Pedrinho, nosso menino baleado, não passa dessa noite. Disse em um tom baixo, quase inaudível, mantendo nossos corpos colados e seu rosto bem próximo do meu pescoço, o que fazia com que eu sentisse sua respiração, ainda descompassada. Seus braços agora circundavam minha cintura em um aperto forte, como se ela precisasse daquilo para viver.

- Não precisa falar mais nada, eu estou aqui com você, por você. Se quiser podemos descer para o hospital onde ele está e eu tento conversar com os médicos que estão responsáveis pelo caso dele, saber mais notícias, o que você quiser fazer. Disse a apertando em meus braços. Ela retribuiu e me apertou ainda mais em seus braços, agora olhando em meus olhos com uma intensidade que nem eu mesma sabia de onde vinha...

- Prefiro não descer...sei que logo a notícia ruim vai chegar, Dinah está lá no hospital com a família dele e há todo tempo me atualiza da situação. Você não imagina como eu precisava ouvir isso de você...de que você está aqui por mim!! Perder o Pedrinho é como perder uma parte de mim, como aceitar que eu sou culpada pela morte dele...e só pra você estou tendo a coragem de dizer e demonstrar isso. Não me pergunte por que, afinal quase não nos conhecemos direito, mas é como se eu pudesse ser eu mesma com você, e eu precisava tanto disso hoje!! Disse ainda olhando dentro dos meus olhos, o que me hipnotizava completamente. Quando vi já havia juntado nossos lábios em um beijo calmo e apaziguador, era o que eu sabia que ela precisava, era o que eu precisava naquele momento, dar a ela a segurança de que podia ser ela mesma comigo e que eu não iria julgá-la.

Agora era eu a dona da situação...peguei-a pela mão e a guiei até o quarto, caminho que eu já conhecia; sabia que ela já estava há dias sem dormir e precisava descansar para tudo de ruim que ainda viria pela frente, então juntei os travesseiros e me recostei, batendo na cama para que ela viesse e se deitasse em meu colo, o que ela fez sem reclamar. Aos poucos fui acariciando seus cabelos, seu rosto, fazendo com que ela relaxasse e logo dormisse.

Depois que tive certeza que ela já havia adormecido deitei ao seu lado e fiquei admirando o quando era ainda mais linda quando com semblante calmo, desarmado...ela era um sonho e eu estava perdidamente apaixonada, isso era um fato. Cada cantinho do seu rosto, suas sardas espalhadas pelo nariz, as sobrancelhas bem delineadas, tudo nela era apaixonante e eu sabia que estava ferrada com toda aquela paixão...eu era fodidamente apaixonada pela traficante mais procurada do Rio de Janeiro e estava disposta a ficar com ela naquele momento. Aconcheguei-me em seus braços depositando alguns selinhos em seus lábios, até que acabei adormecendo por algumas horas, até que o celular dela tocou e pelo visor percebi que a hora mais difícil havia chegado, era o número de Dinah... 


Notas Finais


Daqui a alguns minutos posto o outro capítulo!! Bjs


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