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História Lados Opostos - Carnificina


Escrita por: Nicksal

Notas do Autor


\(*T▽T*)/ HEYY MINNA!
Como eu disse antes, pretendo voltar o mais rápido possível para o ritmo normal. Então aqui estou eu, em plena quarta-feira! O(≧∇≦)O
Depois de uma semana de atraso... Sim, eu sei. Desculpe m(_ _)m
Acho que nem preciso dizer que estou amando as suposições sobre os acontecimentos futuros na história. Sério, vocês são incríveis! (。♥‿♥。)
Quanto ao cap, ele ficou bem pequeno e é como uma continuação do cap anterior.
Enfim, boa leitura e ignorem os erros ortográficos!

Capítulo 14 - Carnificina


Fanfic / Fanfiction Lados Opostos - Carnificina

Lados opostos- capítulo 13 – carnificina

 

Estados Unidos • New York • 26 de janeiro de 2013

 

  Levy corre os dedos pelos fios azuis e anda em círculos pelo quarto até conseguir recuperar a calma. Lucy ainda está observando a grama queimada lá embaixo, os últimos resquícios do fogo sumindo aos poucos pela ação rápida das garotas. Aqueles extintores nunca foram tão úteis como hoje.

  A mensagem ainda é visível e contrasta com o branco da neve que cobre boa parte do quintal. Mas isso não importa mais, não quando seu objetivo já foi cumprido. O recado foi entregue e as outras já estão a caminho.

  — Por que não me contou sobre Rogue? — a loira pergunta, embora provavelmente já saiba a resposta.

  — Eu sabia qual seria sua reação e a última coisa que precisamos agora é perder a cabeça. Temos que ser cautelosas.

  — Você poderia ter me contado. Seria melhor do que descobrir dessa maneira.

  — Eu sei.

  — Então por que diabos escondeu isso de mim?! —Lucy grita e soca a janela antes de se virar para a baixinha.

  Levy desvia o olhar e tenta encontrar um bom argumento. Assim que ela e Erza entraram naquele galpão a primeira coisa que pensou foi em Lucy — e em como Rogue e Sting a afetaram. Ela se viu novamente naquele bar agitado há quatro anos atrás, quando conheceu a Sabertooth e soube o verdadeiro significado por trás dela. Levy se lembrou do sangue em suas mãos após iniciar uma chacina e do sentimento de alegria após tudo isso. Ela nunca sentiu nenhum remorso depois do que fez, mas Lucy sim.

  Foram dias inteiros trancada no quarto, a loira não conseguia comer nada sem se lembrar do massacre. Ela saia usualmente para ir ao banheiro ou colocar todo o alimento ingerido para fora. As imagens dos corpos empilhados e mutilados preenchiam sua mente e o cheiro metálico do sangue surgia nos momentos mais inconvenientes. Foram muitas as vezes em que ela acordou gritando e Levy teve de ficar ao seu lado até que se acalmasse o suficiente para voltar a dormir.

  Levy nunca se perdoou por isso.

  Matar uma pessoa de cada vez não chega a ser tão ruim e é até fácil lidar com o sentimento de culpa que aparece ocasionalmente; mas o que elas fizeram naquele dia não foi um simples assassinato. Foi uma carnificina.

  Muito mais do que alguém como Lucy conseguiria suportar e, mesmo secretamente, Levy também revia aquele momento todos os dias, desejando mudar alguma coisa. Por mais que não sinta nenhum arrependimento, a estranha sensação de culpa sempre lhe acompanhava. A azulada simplesmente aceitou a responsabilidade sobre seus atos, ciente de que àquela altura, nada poderia ser feito.

  Mais do que vingança ou raiva, o que as motivou há quatro anos atrás foi o senso falho de justiça. Pelos inúmeros crimes que a Sabertooth cometeu, ela foi dizimada pelas mãos de Levy Mcgarden e Lucy Heartifilia.

  O passado de ambas já havia sido manchado com sangue outras vezes e algo assim não tem retorno.

  — Desculpe — a baixinha murmura e comprime os lábios. — Eu estava tentando te proteger, mas em nenhum momento pensei em como você se sentiria com isso. Eu achei que... você surtaria.

  Lucy deixa que uma lágrima escape e abraça a amiga com força, sendo retribuída com carinho pela outra. Elas ainda são boas, por mais que a reputação que carregam diga o contrário. E se importam mais do que tudo uma com a outra. A amizade delas é a única coisa que sobreviveu em meio ao caos de suas vidas.

  — Não cometeremos o mesmo erro duas vezes — a loira sussurra e enxuga a lágrima fujona. — Não assuma sozinha toda a responsabilidade pelo que aconteceu. Estamos nisso juntas. Como sempre estivemos.

  — E o que vamos fazer?

  Antes que Lucy possa responder, elas ouvem a porta do andar de baixo se abrir com força, indicando a chegada das outras duas que faltavam. A baixinha se afasta e observa a loira voltar para perto da janela, como se nada de importante houvesse acontecido. Alguma hora, elas teriam de contar a verdade por trás do passado obscuro e da rixa com a Sabertooth para Erza e Juvia, mas por enquanto, é melhor que elas saibam apenas o suficiente.

  — O que aconteceu? — Juvia é a primeira a entrar no quarto de Levy, afobada.

  Erza troca um olhar rápido com a azulada e analisa a postura rígida de Lucy. Pelo pouco que Levy disse quando ligou, a ruiva deduziu que Rogue estava envolvido e, aparentemente, suas deduções estavam certas.

  A baixinha se acomoda na cadeira da escrivaninha e começa a relatar resumidamente os acontecimentos do dia, contando à Juvia o mesmo tanto que revelou a Erza há três dias: O envolvimento com Rogue e Sting, os assassinatos, o fim da Sabertooth e a possível volta por vingança. Levy repete mentalmente a mesma frase milhares de vezes: “Não estamos mentindo, apenas ocultando parte da verdade.

  É estranho pensar em como essa frase se tornou seu lema nos últimos anos. 

  — E o que isso tudo significa? — a azulada pergunta após ouvir a explicação superficial de Levy e seca o suor das mãos na calça jeans rasgada. — O que esse “Rogue” está planejando?

  De todas ali, Juvia é a que está mais mergulhada no escuro. Como boa parte do submundo, ela já ouviu falar na Sabertooth e nas atrocidades cometidas por ela, mas, diferente de Erza (que teve a oportunidade de presenciar um breve conflito entre a Mcgarden e o Cheney), a azulada não chegou a encontra-lo e não sabe o quão terrível ele pode ser. Por outro lado, essa inocência pode ser uma vantagem.

  A baixinha examina Juvia atentamente, desejando saber qual a impressão dela sobre o assunto. Rogue Cheney e Sting Eucliffe têm um estilo próprio, diferente dos demais. Eles costumam ser imprevisíveis e inconstantes, o que dificulta um pouco prever seus próximos passos. E exatamente por isso, alguém que não os conhece pode ter chances maiores de desvenda-los. Às vezes, o imprevisível é o mais tradicional possível.

  — Eu não sei. O que você acha que ele está planejando, Juvia?

  — Bem... — ela começa, estranhando a pergunta da baixinha. — Ele deve buscar alguma forma de nos atingir. Talvez sabote nossos planos ou, dependendo do quanto ele sabe sobre nós, pode atacar algumas pessoas próximas.

  — É uma suposição interessante. Mas acredito que tudo que ele sabe foi o que conseguiu nos observando às escondidas. — Levy se levanta e anda até a janela, perdida em seus próprios pensamentos. — E não nos encontramos com muitas pessoas desde que chegamos aqui.

  — Há exatamente dez dias. — Erza diz. Ela está apoiada na parede, não muito distante das outras, procurando retirar o máximo possível dos poucos detalhes fornecidos.  — Estamos em Nova York há dez dias, precisamente.

  — Então, de acordo com Juvia, é provável que o primeiro passo de Rogue seja o assassinato de uma das pessoas com quem nos encontramos nesses últimos dez dias? — Lucy confirma e franze o cenho. — É tão insensato que começo a achar viável. É exatamente o que alguém como eles faria.

  Levy assente e agradece Juvia com um aceno de cabeça. Todos os olhares são direcionados a ela, que permanece imóvel diante da janela, com o olhar perdido e a respiração regular. A baixinha simplesmente sorri. Diante da possível ameaça de um assassinato, é de se admirar que ela esteja tão calma quanto aparenta.

   Um vento fraco entra pela janela e bagunça seus fios rebeldes. O sol nem se pôs ainda e elas já estão envolvidas com um problema aparentemente sem solução. Assim como elas tem uma motivação para continuar, talvez Rogue também tenha uma. Talvez a nova Sabertooth faça isso apenas por vingança.

   Vingança pelo que ela e Lucy fizeram há quatro anos atrás.

  — Em um tabuleiro de xadrez, Cheney sempre joga com as brancas. — Levy explica, organizando as ideias que surgem em sua mente. — Porque as brancas sempre realizam o primeiro movimento. Se ele realmente pretende cometer um assassinato em breve, devemos estar preparadas. Vamos esperar até que ele se manifeste para começar a jogar.

  — Não gosto de esperar — a ruiva comenta e estrala os dedos. — Não gosto de nada disso.

  Lucy fecha cuidadosamente a caixa com a maçaneta que até então estava em seu colo e sorri maleficamente. Durante a invasão à casa do Dragneel, o alarme disparou sem motivo algum. Agora, com essa maçaneta, a loira tem certeza absoluta de que o culpado por isso foi Rogue Cheney; de alguma forma, ele conseguiu sabotar a operação.

  E isso somado aos problemas anteriores são o suficiente para fazer com que ela queira mata-lo pessoalmente. Ele e Sting Eucliffe.

  — Você vai gostar, Erza. — Ela afirma e encara as orbes frias da mulher impiedosa. — Porque independentemente do que a Sabertooth resolva fazer, nós vamos retribuir na mesma moeda.

 

    •••

 Estados Unidos • New York • 26 de janeiro de 2013

 

  O moreno anda de um lado para o outro, apertando o telefone com mais força contra a orelha a cada segundo. Ele para por alguns instantes e folheia os papéis bem organizados em sua mesa com uma interrogação na cabeça. As informações são tão nebulosas que fica difícil extrair qualquer coisa útil.

  — O que ele está fazendo agora?

  — Rogue...

  — Apenas responda.

  — Ele está sentado — a voz diz após um bufo de frustação. — Exatamente como estava há meia hora atrás.

  O moreno joga seu peso na cadeira do escritório e roda várias vezes, tentando estabilizar os pensamentos. Tudo que consegue é se perder ainda mais.

  Rogue se vira para a parede de concreto atrás de si, desejando que uma janela aparecesse magicamente. No escritório quase totalmente cinza há apenas a escrivaninha e um sofá desgastado; o cômodo é estreito e não tem nenhuma janela. O único adorno é um alvo perfurado preso na porta, com uma foto sorridente de Levy Mcgarden. Em contrapartida, o porta-retratos solitário sobre a mesa mostra uma foto alegre da azulada e do moreno. A única que tiveram a oportunidade de tirar.

  Ela continua linda.

  — Rogue, quer mesmo continuar com isso? — a voz feminina pergunta com um tom manhoso. Ele quase pode ver a mulher revirando os olhos como sempre faz. —  Nem sabemos se é realmente ele.

  — Então descubra.

  — Você está ficando obcecado. Exatamente como Jiemma ficou pouco antes de morrer — ela diz. — Acho que não preciso te lembrar do que aconteceu, não é mesmo?

  — Jiemma era um tolo que não sabia onde estava se metendo. Ele não mereceu o controle da Sabertooth. Levy fez bem em assassina-lo.

  — Essa garota. Isso tem algo a ver com ela? Não quero me meter nos seus joguinhos particulares...

  — Não! — Rogue grita, enfurecido. A frase a seguir sai como um murmúrio. — Não tem nada a ver com ela. Apenas faça o que eu pedi.

  — Não acredito em você. Por que temos que fazer isso?

  — Porque precisamos mostrar a todos que a Sabertooth está de volta. Vamos nos reerguer totalmente. — O moreno explica, com os olhos brilhando em uma mistura de raiva e animação. — E o melhor jeito de fazer isso é indo atrás de quem está no topo.

  — Mas esse cara...

  — Eu sei, mas ele é nossa única pista. Pode não ser verdade, mas já é alguma coisa. Não podemos ser humilhados novamente. — Rogue fecha a mão em punho ao se lembrar do episódio anterior. A Sabertooth já passou por muita coisa, é hora deles começarem a agir. — Continue tentando, uma hora eles terão de sair da toca. Até porque, a Aliança Baram não pode se esconder para sempre. 


Notas Finais


HAUHAUAHAUAHAU
ψ(`∇´)ψ E então? O que acharam?
Agora vocês sabem porque a Sabertooth também está atrás daquele pen drive.
E tudo volta à Aliança Baram.
Quem será a mulher que estava falando com Rogue? Quem eles estavam vigiando? E quem supostamente será assassinado à seguir?
É amanha, no globo repórter! (⁀ ᗢ ⁀)
E isso é tudo por hoje. As tretas já estão tomando forma e todos os fatos estão interligados ⊙ω⊙
Beijos e até o próximo! ヾ(^∇^)


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