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História Lados Opostos - Devidamente apresentados


Escrita por: Nicksal

Notas do Autor


O(≧∇≦)O HEYY MINNA!
Acho que devo desculpas a vocês por demorar tanto tempo para voltar (e isso quando eu disse que tentaria voltar ao ritmo normal) m(_ _)m
Por favor, tentem não ficar bravos comigo. Acreditem, ninguém está mais brava nessa história do que eu mesma.
Simplesmente não consegui escrever nada durante um longo tempo e minha péssima mania de querer estar sempre no comando fez com que eu assumisse tarefas demais e acabei tendo pouquíssimos horários livres para escrever (╥_╥)
Mas eu voltei! E é isso que importa!
Aliás, voltei bem numa data especial. Eu sou a única desocupada que nem foi almoçar com a família? Espero que não.
Feliz dia das crianças, seus lindos! \ (☆▽☆) / Todos somos crianças e eu quero ganhar presente sim! O(≧▽≦)O Ninguém especificou no sei lá o que determina as regras desses feriados que apenas crianças (realmente crianças) podem ganhar presentes. A criança interior também conta!
... Acho que terei que comprar meu próprio presente ...
~ Magoada (╯︵╰,)
Enfim, deixando isso de lado, obrigada pelos novos favoritos! Continuem assim (‘∀’●)♡
Sem mais enrolação, vamos ao cap! Boa leitura e ignorem os erros ortográficos ♡

Capítulo 15 - Devidamente apresentados


Fanfic / Fanfiction Lados Opostos - Devidamente apresentados

Lados Opostos—capítulo 14—Devidamente apresentados

 

Estados Unidos• New York• 27 de janeiro de 2013

 

    O dia anterior passou em um piscar de olhos. Loke prometeu enviar uma resposta até quarta quanto às pessoas da lista, e sem confirmação alguma, as garotas não podiam avançar nessa parte do plano. Mas Rogue ofereceu uma preocupação suficientemente grande para ocupar boa parte do dia delas. A última coisa que essa semana seria é monótona.

    Sem espaços para descansos, hoje é o dia da inesperada festa de Natsu e tal evento não poderia surgir em data melhor. Os avanços mais significativos devem ser feitos hoje, quando terão tempo suficiente para investigar a casa do rosado e arrancar informações dos rapazes.

  E Levy está contando com isso.

  É a melhor distração que conseguiram até agora. Tudo que precisa é um motivo para bisbilhotar os quartos e esse é seu menor problema. Com sorte, eles estarão bêbados antes do final da festa e nem notarão o sumiço de uma delas. Seguindo esse cronograma, as investigações na casa de Natsu estarão encerradas até o final do dia.

  — O que acha? — Lucy aparece na porta do quarto e desfila com seu vestido preto. Ele é curto e com detalhes discretos na cintura, ressaltando suas curvas mais que exuberantes. — Muito chamativo?

  — Está ótimo.

  — Por que está tão desanimada? É uma festa!

  — Já parou pra pensar que essa é a primeira vez em que nos reuniremos com todos eles? — A baixinha levanta o olhar da tela do notebook e procura o conforto familiar nos olhos chocolates da loira. Lucy a entenderia como ninguém. — Até agora agimos separadas, não nos encontramos nem mesmo naquele dia no bar. Mas agora...

  — Isso é sobre ele, não é? Jellal.

  Levy abaixa a cabeça e aperta os dedos frios. Seus horários não são compatíveis com os de Jellal, portanto, nunca chegou a pegar um dos turnos de vigia dele. Nunca chegou a ver o rosto do sujeito e as poucas descrições de Erza não são o suficiente.  Ou talvez sejam, mas ela está tão desesperada para negar isso a si própria que qualquer coisa vira desculpa para questionar.

   Suas preocupações nunca estiveram tão evidentes. Se aquele azulado realmente for quem ela pensa, seu passado viria à tona. Levy quase consegue sentir suas cicatrizes latejando apenas pelo peso das memórias.

  E essa sensação fica ainda pior por saber que ela não pode fazer nada além de torcer pelo contrário e esperar.

  Lucy envolve a baixinha e a aperta o mais forte possível, acariciando seus cabelos como a outra já fez muitas vezes. É estranho pensar que Levy também precisa desse tipo de conforto. A armadura invisível que sempre veste, os atos brutais cometidos por ela e o esboço de alguém sem emoções ou empatia quase a convenceram de que Levy não é humana. E essas opiniões estão absurdamente erradas.

  Independentemente dos atos cruéis, a azulada continua sendo quem sempre foi. Por baixo de todo aquele rancor e insensibilidade há a menina sonhadora e bondosa de dez anos atrás.

  Suas camadas de proteção são mais fundas do que as de qualquer uma das garotas. Mas Lucy ainda mantém as esperanças de que alguém conseguirá derrubar essas barreiras. Entre tantas pessoas no mundo, deve haver alguém capaz disso.

  — O que está fazendo?

  — Te abraçando.

  — Esses últimos dias te fizeram muito mal — a baixinha ironiza e deixa um sorriso modesto tomar conta de seus lábios. — Você já está ficando sentimental. Não deixe isso interferir em você, Lucy. Depois que acabarmos por aqui você ainda tem que ser eficiente para matar pessoas.

  — Eu nasci para isso, não vou esquecer em tão pouco tempo.

  — Não, não vai. Mas vai perder a coragem de seguir em frente se os sentimentos te dominarem.

  — Isso não vai acontecer.

  — Promete? — A azulada estende o dedo mindinho e fixa seus olhos profundos no rosto da amiga.

  A loira sorri e observa o dedinho por alguns instantes antes de enlaça-lo com o seu, tomando aquilo como prova de que Levy permanece a mesma. Prova de que Levy não é apenas escuridão e só precisa de uma motivação forte o suficiente para resistir. Assim como Lucy procura a sua, ela ajudaria a baixinha a encontrar a dela.

  E elas fariam isso juntas.

  — Prometo.

 

  •••

 

  É Erza quem dirige, já que Levy foi proibida de dirigir enquanto as quatro estivessem juntas. A baixinha está sentada no banco do passageiro com uma expressão raivosa, que só piora toda vez que confere o sorriso satisfeito da ruiva.

  — Você parece uma criança mimada. 

  — É o meu carro! — Levy esbraveja, lançando um olhar ameaçador à motorista.

  — Você pode dirigi-lo assim que voltar para a auto-escola. 

  — Não posso voltar para um lugar que nunca fui.

  — Ah. — Erza alarga o sorriso. — Isso explica tudo.

  A azulada bufa e desvia o olhar para a calçada. Ela pode não saber dirigir normalmente, mas é a melhor alternativa em caso de fuga. Ninguém a ensinou a dirigir, então tudo que sabe foi o que aprendeu em suas missões arriscadas. E isso inclui desviar de obstáculos em alta velocidade, sem se preocupar com semáforos ou qualquer outro tipo de sinalização.

  Infelizmente, esse tipo de condução não é muito apropriado para um dia normal. 

  — Seu carro é estranho. Para que servem esses botões? — Erza aponta com a cabeça para os cinco pontos de cor no volante e franze o cenho. Levy esboça um sorriso maquiavélico e checa a parte de trás do veículo pelo espelho retrovisor.

  — Não vai querer descobrir.

  — Será que vocês podem parar com isso? — Lucy revira os olhos e guarda o pequeno espelho que usou para retocar o batom. — Estamos quase chegando.

  Elas olham para a estrada e verificam a área. A casa de Natsu está alguns metros à frente e a música alta é audível de onde estão. A rua está cheia de carros estacionados, sendo quase impossível encontrar uma vaga. Algumas pessoas já bêbadas cambaleiam pelo gramado, caindo logo depois.

  — O Dragneel sabe mesmo como dar uma festa. — Erza comenta antes de sair do veículo.

  Elas seguem em fila até a porta da frente, com Levy por último. A baixinha levanta o queixo e tenta focar no que é realmente importante essa noite: extrair informações e vasculhar a casa. As outras coisas devem ficar em segundo plano.

  — Relaxe — a loira aconselha e encaixa sua mão entre as omoplatas da amiga. — Não deixe ninguém perceber essa tensão. 

  — Meu passado está em jogo.

  — Mas você é a rainha dos jogos.

  Ela sorri e espera até que a azulada faça o mesmo. Levy assente e ajeita a postura, tentando parecer despreocupada. Antes, essa tarefa era bem mais fácil.

  Desde que chegaram em Nova York, tudo está desmoronando pouco a pouco. A volta da Sabertooth, a aparição e os jogos de Rogue e agora isto. O mundo definitivamente está conspirando contra Levy Mcgarden.

  Juvia busca a confirmação nos rostos das parceiras e aperta a campainha, estampando um grande sorriso na face meiga. Segundos depois, um rosado familiar abre a porta.

  — Sejam bem-vindas! — Ele grita, visivelmente alterado. Natsu balança o copo cheio de vodka e abre a porta. Quando finalmente percebe Lucy entre as garotas, um sorriso malicioso toma conta de seus lábios. — Loira! Você veio! Podem entrar, a festa está só começando! 

  Há luzes piscando em tons de vermelho, branco e verde próximas a um palco improvisado no canto da sala. Três pessoas tocam uma música animada, gritando palavras de encorajamento para a plateia bêbada. O bar tem uma grande variedade de bebidas, cada uma mais colorida que a outra. 

  As garotas se entreolham após analisarem o lugar e partem em direções diferentes, se esgueirando no meio da multidão. Levy foca na escada que leva para o segundo andar, aparentemente vazio.

  A azulada olha para o lado, procurando Lucy, mas vê a loira sendo arrastada por Natsu até o bar. O jeito seria se aventurar sozinha pela casa do Dragneel.

 

  — Quantas dessas você já bebeu?

  — Cinco ou seis — o rosado responde, virando mais um copo de vodka goela abaixo. — Vodka, tequila, whisky, cerveja...?

  Lucy se inclina sobre o bar e confere as muitas garrafas espalhadas por ali. Cada uma delas deve conter algum tipo de bebida diferente, e quase todas já estão pela metade. Atrás de Natsu, há um estoque ainda maior de álcool.

  — Como conseguiu tanta bebida?

  — Sou quase um colecionador, loira. 

  Ela sorri e aceita o copo de tequila. A festa está bastante animada e a música encanta seus ouvidos como sempre acontece nessas ocasiões. Ao contrário de Levy, Lucy não tem dificuldade nenhuma em aproveitar e se divertir numa boa festa. Em seus tempos de adolescência elas costumavam frequentar algumas casas noturnas apenas para se distraírem, mas a azulada nunca gostou desse tipo de farra. Levy prefere outro tipo de diversão, um tipo bem mais mórbido.

  — Gostando? — Natsu sussurra em seu ouvido, a única maneira de conversar sob o som alto. Mesmo ligeiramente embriagado, ele não perde a habilidade de fazer Lucy estremecer. — Confesso que não é uma das minhas melhores e não conheço nem metade das pessoas que estão aqui.

  — Elas estão na sua festa, e você não tem a mínima ideia de quem são?

  — Mais ou menos.

  Ele sorri, deixando seus caninos sobressalentes à mostra. Lucy se perde momentaneamente naquele sorriso e parte de sua mente começa a pensar se seria certo se aproveitar dele naquele estado.

  — Qual é a das suas amigas?

  — Não sei se já mencionei, mas elas moram comigo — a loira responde e avalia a expressão curiosa do rosado. Natsu observa algo do outro lado da sala com atenção e uma de suas sobrancelhas está arqueada. — Algum problema?

  — Nenhum. Fale-me um pouco mais sobre elas.

  — Por quê?

  — Apenas curiosidade.

  Lucy se afasta o suficiente para encarar as orbes castanhas do rosado. Será que ele reconheceu alguém ou está simplesmente puxando assunto? Qualquer coisa que ela deixasse escapar poderia colocar tudo em risco.

  Natsu sacode a cabeça e abre um largo sorriso.

  — É muito estranho eu perguntar sobre suas amigas?

  — Um pouco.

  — Pela sua reação, imagino que esse “um pouco” quer dizer muito — ele diz, animado. — Só perguntei porque acho que meus amigos estão interessados nelas.

  A loira assente, desconfiada. Natsu sempre tem um motivo para tudo e suas ações são rigorosamente calculadas. Pensando por esse lado, ele e Levy tem inúmeras coisas em comum. Ambos são inteligentes, perfeccionistas e sarcásticos, mas o sarcasmo da baixinha é planejado enquanto o do rosado é espontâneo.

  Se Natsu realmente for tão parecido com Levy quanto ela pensa, ele é a pessoa ideal para retirar informações. E, no momento, não está exatamente sóbrio.

  Lucy não pode perder essa chance por nada. 

  — Se eu falar sobre elas, quero que me fale um pouco sobre você e seus amigos.

  — Ficou curiosa, loirinha?

  — Um pouco.

  O rosado sorri e indica as banquetas azuis do bar. Por longos instantes, a festa parece sumir. Os dois perdem a noção do tempo e do espaço enquanto se encaram, procurando sinais de hesitação.

  — Nesse caso, acho que devemos começar.

  — Você primeiro.

  — O que quer saber?

  — Fale-me sobre seu trabalho, Natsu — ela sussurra em um tom sedutor e abre um sorriso enigmático que é muito bem recebido. Nessas condições, alguém como esse homem falaria tudo que ela quisesse se fosse abordado da forma certa. E por ironia do destino, Lucy escolheu o vestido ideal para isso.

  — Como quiser, loira.

 

 

 

  — Perdida, baixinha? 

  Levy nem precisa se virar para saber de quem é a voz. Mesmo entre gritos e música alta, aquele apelido é inconfundível. Mas por que ele tinha que aparecer justo agora?

  — Eu diria deslocada, Mr. Gajeel. 

  O moreno sorri e enlaça o braço dela com o seu. Gajeel bebeu apenas alguns drinks, o que não foi o suficiente para deixa-lo bêbado. 

  — Não seja por isso. Vou te apresentar alguns amigos. Imagino que já conheceu o anfitrião da festa, um idiota de cabelo rosa.

  — Sujeito agradável.

  — Eu não usaria esse adjetivo, Gee-he. 

  A azulada ri e evita uma resposta mal-humorada. Gajeel a guia até um grupinho de pessoas perto da bancada da cozinha, no qual Juvia e Erza estão infiltradas. 

  — Aquelas são as amigas das quais te falei. — Levy tem de gritar para que o moreno consiga ouvi-la. — Elas moram comigo.

  — Que coincidência. — Gajeel esboça um meio-sorriso e cumprimenta as garotas, fazendo as devidas apresentações. — Baixinha, este é Gray.

  — Você é a garçonete do outro dia! Acho que não chegamos a nos conhecer realmente, então... Eu sou Gray Fullbuster.

  — Levy.

  Eles sorriem e apertam as mãos. Gray estende uma bebida para a azulada e volta a conversar com Erza e Juvia. A bancada tem seis banquetas altas, das quais três estão ocupadas.

  — Onde está Jellal? — Gajeel pergunta e espera alguma resposta do moreno mais que tonto. Ele e Natsu com certeza terão uma belíssima ressaca pela manhã.

  — Foi ao banheiro.

  Ele assente e enche um copo de cerveja para passar o tempo, deixando a tensão que tomou conta de sua acompanhante passar despercebida. Claro, como ele perceberia? No meio de todas essas pessoas e com tanto barulho, é difícil até mesmo distinguir seu corpo do dela.

  Levy cheira a bebida e a deixa sobre o balcão, percebendo, desapontada, que todas as outras garotas já tomaram ao menos um pouco de álcool. Mas não ela. A azulada não pode correr o risco de se embebedar no meio de uma missão com policiais. Essa é uma de suas regras pessoais que nunca deve ser descumprida.

  — O que foi? — o moreno pergunta, encarando-a diretamente com uma intensidade impressionante e ignorando o copo que foi dispensado. — Está tudo bem?

  Ele quase parece realmente preocupado. Quase.

  — Por que não estaria?

  — É uma mania sua responder perguntas com outras perguntas?

  Ela sorri e analisa cuidadosamente o rosto de Gajeel. Ele não parece tranquilo como nas outras vezes em que o viu. Não parece calmo e não fez nenhuma piadinha. Ele não parece o Gajeel que ela conhece.

  Levy se afasta alguns centímetros.

  O “Gajeel que ela conhece”?

 Quando foi que ele deixou de ser apenas o babaca de piercings e virou uma pessoa a qual ela está acostumada?

  A azulada abre a boca inconscientemente e fecha os olhos com força, repetindo em sua mente milhares de vezes até recuperar metade da serenidade anterior: O que há de errado comigo?

  — Jellal! — Ela ouve alguém gritar e aperta as pálpebras com mais força. Não, agora não...

  — Esquece. — Gajeel murmura e toma outro gole que queima sua garganta.

  Levy abre os olhos e fica momentaneamente tonta com o que vê. Seu coração assume um ritmo anormal e a cor some de sua face ao mesmo tempo em que suas pupilas dilatam. Dessa vez, sua reação não passou despercebida pelo moreno. Ele segue a linha do olhar da baixinha assustada e franze o cenho.

  Pela primeira porta do corredor, Jellal surge impecável em um terno preto.

 

 

  

  

  


Notas Finais


Essa foi, basicamente, a primeira parte da tão esperada festa do Natsu (≧▽≦)
E esses irmãos finalmente se reencontram! Já estava demorando demais.
Levy e Erza ❤ Não sei o porquê, mas adoro essa dupla. Acho tão divertido quando elas estão juntas que fico imaginando inúmeras cenas e possíveis diálogos entre elas até quando estou dormindo (●´∀`●)
E o que dizer dos pensamentos de Levy Mcgarden? Será que, como dito por Lucy, alguém já começou a quebrar essas barreiras?
E isso é tudo por hoje, pessoal. O que esperam do próximo cap?
Beijos e até o próximo! ☆(。・ω・)ノ゙


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