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História Lados Opostos - Faces


Escrita por: Nicksal

Notas do Autor


HEEYY MINNAA!!! ~ヾ ^∇^
Como vocês estão? Aproveitando o dia?
Eu simplesmente adoro esses feriados no meio da semana.
Claro que amo ainda mais quando eles são prolongados...
Mas ainda sim, são muito bons! (. ♥ ‿ ♥)
Aproveitei para passar por aqui e deixar mais um cap para vocês ♡
Obrigada pelos comentários e novos favoritos! Fiquei muito feliz quando li ლ (❤ ʚ ❤ ლ)
Vocês são incríveis!
Quanto ao cap, algumas pessoas acertaram (`∀´)Ψ E a treta entre irmãos continua!
Os trechos que eu coloquei são da música Heathens- Twenty One Pilots, caso queiram escutar enquanto leem
Vamos ao cap! \(^ ^)/

Capítulo 16 - Faces


Fanfic / Fanfiction Lados Opostos - Faces

  Lados Opostos – capítulo 15 - Faces

  Estados Unidos• New York• 27 de janeiro de 2013

 

  A festa sumiu. Os murmúrios incessantes desapareceram. Subitamente, o mundo de Levy se reduziu a ela e ao homem de cabelos azuis há alguns metros de distância. 

  Seu bom-senso lhe dizia para correr. Mas seu orgulho lhe dizia para ficar. Ficar e gritar com Jellal pelos próximos dois anos. Ficar e tirar tudo a limpo como sempre sonhou em fazer. Talvez matá-lo no final de tudo isso.

  Seus olhos castanhos analisam a azulada de cima a baixo, arregalados de uma forma que deveria ser impossível.

  Depois de tanto tempo, é realmente ela?

  Os amigos ao seu redor estranham sua reação e se aproximam um pouco mais para checar seu estado. Pensando na situação embaraçosa que se iniciaria por ali, ele sacode a cabeça, sinalizando que não há problema algum.

  Quantas mentiras existem apenas nesse gesto simples?

  Levy mantém o olhar erguido, como se para oferecer ao irmão a certeza que lhes falta. Esse reencontro deve mudar o rumo de tudo.

   Não só em relação aos assassinatos, mas na vida em geral.

    — Eu... — o azulado começa, focando na fisionomia familiar daquela garota. 

  Suas madeixas azuis ganharam um tom ainda mais claro do que antes, mas os olhos castanho-esverdeados conservam o mesmo brilho inquisidor presente na garotinha curiosa de treze anos atrás. Os traços delicados de seu rosto foram substituídos por linhas rígidas igualmente glamourosas. Levy está diferente, mas ao mesmo tempo, igual. 

  Observando todas aquelas mudanças na irmã, Jellal começa a pensar que o período de treze anos foi mais significativo do que ele imaginava. Levy deve ter passado por coisas horríveis, sem ele.

  E tudo porque achou que ela estivesse morta.

  Seus olhos lacrimejam e ele se vira para esconder essa reação. O azulado troca um breve olhar com a baixinha e começa a caminhar até o cômodo mais próximo de cabeça baixa, sabendo que Levy estaria atrás de si. Eles ainda são capazes de entender um ao outro sem precisar de palavras.

  Suas mãos tremulas alcançam a porta do escritório de Natsu, o único lugar naquele andar que poderia oferecer as condições ideais para uma conversa. A música alta é abafada pelas paredes, mas não chega a atrapalhar. Pelo menos não precisariam falar aos gritos.

  Não que isso impedisse alguém de gritar.

  A azulada fecha a porta com cuidado e gira a chave, ciente do que estaria prestes a acontecer. Levy se xinga mentalmente e se recusa a demonstrar qualquer tipo de emoção mesmo sabendo que uma hora ou outra, seu corpo cederia.

  — Levy... — sua voz está embargada. — Eu pensei que estivesse morta.

  — Lógico que pensou. Foi a justificativa mais fácil que encontrou para não me procurar.

  — Não é verdade. — Jellal se vira, surpreso com a dose excessiva de sarcasmo na fala da irmã. — Eu te procurei por anos. Eu virei cada pedaço desse maldito lugar de cabeça para baixo. 

  — Bem... Você nunca foi muito bom no esconde-esconde.

  Levy finalmente se vira, mostrando uma expressão conflitante. A marca vermelha no rosto do irmão o deixa mais bonito e a combinação do azul com vermelho que antes parecia estranha, agora lhe cai bem. Fora isso e a mudança corporal, Jellal parece o mesmo. Ele até conservou o hábito irritante de estralar os dedos quando está nervoso. 

  A vontade de socar a cara dele é quase tão grande quanto a vontade de chorar.

  — Você disse que ia voltar. Você prometeu.

  — Eu...

  — Eu te esperei. — Levy sussurra, intercalando o olhar do chão para o azulado. — Todo dia eu ficava horas olhando pela janela, esperando você surgir magicamente na esquina para me levar embora. A única coisa que me mantinha em pé era a esperança de que você voltaria. Por mim.

  A baixinha deixa que algumas lágrimas escapem e percebe que todo o esforço para conte-las é inútil. Chorar chega a ser revigorante depois de tanto tempo contendo seus sentimentos. Ela quase chegou a pensar que era incapaz de fazer isso novamente.

  — Levy... 

  — Eu aguentei tudo sozinha, por quatro anos! — Ela aumenta o tom de voz e se encolhe com a volta das memórias. Foram anos em vão tentando esquece-las. — Depois que você fugiu as coisas só pioraram; mas eu continuei te esperando. Continuei porque fui uma idiota! Continuei porque acreditei em você! Continuei até finalmente perceber que você me abandonou. 

  — Eu não te abandonei. Eu nunca faria isso.

  — Você já fez, Jellal.

  Sua voz é carregada de magoa. Mesmo após tantos anos, Jellal nunca parou para pensar na possibilidade de que Levy estivesse viva em algum lugar por aí. Ele repetiu a mesma mentira para si mesmo tantas vezes tentando diminuir a culpa que sentia que acabou por se convencer de que era verdade.

  E agora tudo que acreditou ser verdade desmorona. 

  — Desculpe, ok?

  — "Desculpe"? "Desculpe"?! — a azulada grita, furiosa. — Você acha que pode consertar todas as merdas que fez com um simples "desculpe"?! 

  — Todas as merdas que eu fiz?! Que eu saiba, não fiz nada errado, pra começo de conversa!

  — Ah, então depois desse brilhante pedido de desculpas podemos sair de mãos dadas e viver a porra de uma vida feliz como se nada tivesse acontecido?! 

  — O que você quer que eu faça?! Não posso voltar no tempo, Levy!

  — Não. — Ela diz, girando a chave devagar enquanto o irmão a encara de forma estranha. É como se o rosto de Jellal tivesse sido substituído pelo de uma estátua incrédula. — E mesmo que pudesse, não mudaria nada. Você ainda seria o mesmo imbecil egoísta.

  — Aonde você vai?

  — Novidades para você, Jellal: eu tenho uma vida. E ela não inclui você. Não mais.

  A baixinha fuzila o azulado com o olhar e sai em passos pesados. Depois de alguns instantes para digerir a situação, Jellal vai atrás dela, agora mais furioso do que arrependido.

  — Então vai fugir?! Achei que já tivesse crescido, Levy. 

  — Bem, parece que agora isso não é mais da sua conta. 

  A luz do corredor pisca e os irmãos trocam facadas com os olhos até que a porta entre eles se abre. Gray sai do banheiro ajeitando a roupa e olha para as duas figuras raivosas paradas ali, o encarando como leões encaram sua presa. 

  — Perdi alguma coisa? 

  Eles bufam e retomam a discussão, agora com um Gray absurdamente confuso e sem camisa entre eles. 

  — Vá se foder, Jellal!

  — Qual é o problema com você? Pare de agir como uma criança!

  — Se forem se matar, por favor deixem eu sair daqui antes. 

  Levy dá as costas para os dois e se envolve novamente na confusão da festa com uma facilidade impressionante. 

  — Hey, cara. — O moreno diz quando o azulado se prepara para seguir a irmã e coloca uma mão em seu ombro, bloqueando o corredor de forma bastante ineficiente. — Não sei o que está acontecendo, mas acho que não posso deixar você continuar com isso. Quer dizer, olhe para você. Está fora de controle!

  — Porra, Gray, será que dá pra sair da minha frente? 

  — Não diga que eu não te avisei. 

  Jellal o ignora, tentando fazer o mesmo com as advertências em sua cabeça. Se até um idiota como Gray percebeu que ele está prestes a fazer uma besteira, provavelmente é uma besteira muito grande.

  E Gray é seu amigo. Ele está apenas tentando ajudar. Deveria ser fácil acreditar nele.  

  Então por que é tão difícil ouvir esses conselhos? 

  O azulado desiste de descobrir a resposta quando vê Levy saindo da casa. Seu coração acelera com o ínfimo pensamento de que pode perde-la de novo. E acelera ainda mais por saber que caso isso acontecesse, seria sua culpa. 

  A única decisão racional é ir atrás dela. 

  E é exatamente isso que ele faz.

  Jellal corre pelo gramado gritando o nome da irmã — mesmo sabendo que Levy não responderia aos seus chamados. O vento frio da noite bagunça seus cabelos banhados de suor e apesar da pouca luminosidade oferecida pela lua, ele consegue ver quando a garota entra num taxi.

  — Chega. — Gajeel aparece ao seu lado e aperta seu braço em um gesto reconfortante. — Você já fez muito por hoje.

  — Quantas pessoas vão entrar no meu caminho?!

  O moreno revira os olhos diante dos protestos e acerta um soco na lateral esquerda do rosto de Jellal. O azulado cambaleia e leva a mão ao lugar atingido com os olhos arregalados não só pela atitude inesperada, mas por saber que Gajeel está defendendo sua irmã que acaba de voltar do mundo dos mortos. Para ele, claro. Levy nunca esteve realmente morta.

  Ou talvez ela esteja morta e esse seja seu espírito querendo vingança. Espere. O que?

  — Mas que merda...

  — Olhe para você! Você está quase caindo de bêbado e ainda quer brigar por causa da porra de um problema familiar que, pelo que você disse, foi culpa sua!    

  — E o que você tem a ver com isso, Gajeel?! Só porque está transando com...

  Jellal cai e faz uma careta. O moreno sacode a mão e retribui o olhar furioso do amigo que acaba de ganhar outro soco, dessa vez, direto na mandíbula. Os dois se encaram até que o azulado percebe que o taxi já não está mais naquela rua. Quanto mais tempo demoram nessa briguinha inútil, mais Levy se distancia e menores ficam as chances de conseguir seu perdão. “A porra de uma vida feliz”. Não parece tão ruim agora que parou para pensar nisso.

  — Não consigo acreditar...

  — Esqueça. Me dê as chaves. 

  O moreno estende as mãos e as chaves do carro são depositadas ali à contragosto, acompanhadas de uma risada sem humor, mas grata de uma maneira que apenas eles entenderiam. 

  — Volte para a festa, tente esfriar a cabeça. Explique para as garotas o que aconteceu e se desculpe com Gray. — Gajeel suspira. — Eles estão pirando. E você também.

  — Levy...

  — Não sei o que você disse a ela lá dentro, mas deixe o resto comigo. 

  Os dois acenam com a cabeça e antes que o moreno assuma o lugar de Jellal nessa corrida, o azulado murmura:

  — Espere. Gajeel, Levy...

  — Já disse que...

  — Não. Você não entende. É ela. Levy é minha irmã. Acho que no fundo eu já sabia, é só que... Não esperava que estivesse certo. 

  — É. Mas você estava. E agora tem que lidar com isso.

  — Obrigado. 

  — Gee-he. Vou te cobrar mais tarde — o moreno diz e aperta o botão para destravar o carro. A poucos passos de distância, ele se vira com um sorriso sarcástico e encontra os olhos mais que preocupados de Jellal, cansado demais para sequer se levantar do chão.  — À propósito, nós não transamos.

  Ele ri e balança a cabeça. Ao menos alguma notícia boa para aliviar algumas de suas dúvidas. Mas não chega a ser o suficiente. E com certeza não é porque Gajeel é seu amigo que ele sairá impune de todos os sermões que um irmão mais velho deveria passar ao recente namorado da irmã.

  — Desgraçado.

 

  •••

    — Onde diabos você está indo? — Erza agarra o braço de Levy e esbarra em algumas pessoas ao fazer isso. Seu hálito cheira a cerveja e o copo em sua mão praticamente transborda. — Você é a cabeça dessa operação, não pode ir embora agora!

  — Só continuem com o plano, ok? Tenho que ir.

  A baixinha se desvencilha da ruiva com facilidade, não sem antes perceber duas silhuetas familiares se beijando bem atrás dela. Lucy lhe lança um olhar confuso, mas compreensivo, sobre os ombros do Dragneel. 

  Se algo desse errado em sua ausência, com certeza poderia contar com Lucy para segurar as pontas. Levy só precisa sair por alguns minutos, ajeitar a cabeça, afogar as mágoas com uma boa garrafa de whisky em algum lugar longe daqui. Um lugar em que possa ficar bêbada sem se preocupar com falar além do que deveria ou assassinar alguém. 

  Uma noite silenciosa.

  Pensando nisso, ela acena para um taxi na rua e não hesita na hora de pular para dentro. O motorista lhe dirige um olhar vago e pergunta o destino.

  — Para longe. Para bem longe daqui. — Levy responde, se encolhendo no banco e comprimindo as vozes dentro de sua cabeça o máximo possível à medida que os chamados de Jellal ficam mais distantes, se perdendo na imensidão noturna. 

 

 

  Estados Unidos• New York- Starlight park - Rio Bronx • Madrugada de 27 de janeiro de 2013  

 

  Gajeel sai rapidamente do carro e se põe a procurar aquela baixinha. No pequeno espaço de tempo em que estacionava, ela já tinha sumido.

  O moreno nem sequer pensou antes de sair correndo atrás dela, simplesmente agiu. Pelo pouco que Jellal lhe contou e pela reação deles quando saíram do quarto, foi possível deduzir que a conversa entre irmãos não foi muito boa. O olhar penetrante de Levy e a garrafa que ela "roubou" do bar também o ajudaram a elaborar essa suposição.

  Ela não parece o tipo de pessoa que se descontrola facilmente. Com seus sorrisos calculados, movimentos precisos e passos cronometrados, Levy parece planejar cada atitude, por mais mínima que seja. 

  E por isso ela é perigosa.

  Gajeel coloca as mãos no bolso e analisa o lugar escolhido por Levy. É um parque pequeno em frente ao rio. Há alguns bancos perto das árvores e lixeiras espalhadas pelo gramado ao longo de um caminho de pedras. Paralelamente, a mulher de cabelos azuis está sentada na grama, longe da trilha e próxima ao rio. Ela passaria despercebida se não fosse quem Gajeel está procurando.

  É um lugar frio, e a brisa que vem do rio balança seus fios rebeldes sem dificuldade alguma. Mas Levy parece não se importar com isso. Ela parece distante.

  Apenas uma de suas faces que Gajeel nunca imaginou que existia. 

  Desde o primeiro dia em que se encontraram, a baixinha mostra um lado diferente de sua personalidade. Como se sua maneira de agir dependesse simplesmente do quão inspirada estaria naquele dia. É difícil saber quem ela realmente é quando nem isso ela diz. Quando todas as coisas que sabe sobre ela parecem falsas.  

  A Levy forte e destemida da academia, a Levy criativa e engraçada do museu de cera, a Levy desastrada e meiga da confeitaria ou até mesmo a Levy divertida e ousada do bar. Todas faces diferentes de Levy, mas nenhuma chega a ser realmente ela. 

  Como se toda sua vida fosse uma farsa.

  E, assim, encolhida na grama com os joelhos junto ao peito, olhando para o horizonte e perdida em pensamentos, Levy parece mais real do que nunca. Talvez seja apenas mais uma face, mas essa, com certeza, é a mais fiel até agora.

  Por baixo de todas essas camadas de proteção contra o mundo há uma essência verdadeira e única. E Gajeel anseia por explora-la. 

  Em passos pequenos e leves, ele se aproxima aos poucos para deixar que ela se acostume à sua presença.  O corpo da azulada fica tenso, mas ela não se vira para ver quem está ali. Talvez ela já saiba. Ou talvez ela esteja apenas cansada de resistir.

  Seja o que for, permitiu que Gajeel se sentasse ao seu lado. 

  Levy está com o rosto virado para o outro lado, apertando ainda mais o próprio corpo e agora também se preocupando com o vestido esvoaçante. O moreno ainda não sabia, mas foi naquele momento em que ele se apaixonou. Tão rápido quanto cair no sono e tão profundo quanto. 

  — O que está fazendo aqui? — Ela pergunta devagar, controlando o tom de voz para não vacilar. — Jellal pediu que viesse atrás de mim?

  — Ele não estava em condições de me pedir alguma coisa. 

 

All my friends are heathens, take it slow

Wait for them to ask you who you know

Please don't make any sudden moves

You don't know the half of the abuse

 

Todos os meus amigos são pagãos, vá com calma

Espere eles perguntarem a você quem você conhece

Por favor, não faça movimentos bruscos

Você não sabe nem metade do abuso

 

  Silêncio. A azulada passa vários segundos digerindo a resposta antes de voltar a falar.

  — Eu fiz duas perguntas. Por que está aqui? 

  — Estou aqui porque me importo com você. 

  Ela soluça, provavelmente de surpresa. Mas depois desse vem outros, mais baixos e discretos, mas ainda existentes. Ela está... chorando? 

  Gajeel contém o impulso de abraça-la. O que ela diria se ele fizesse isso? 

 

Welcome to the room of people

Who have rooms of people that they loved one day

Docked away

Just because we check the guns at the door

Doesn't mean our brains will change from hand grenades

 

Bem-vindo ao grupo de pessoas

Que tiveram um grupo de pessoas que eles amavam

Distanciados deles

Só porque nós vistoriamos por armas na porta

Não significa que nossos cérebros deixarão de ser granadas de mão

 

  — Vá embora. Você... Não pode ajudar de nenhuma maneira. 

  — Tem que me deixar tentar. 

  — Vá embora, Gajeel. — ela vocifera, se engasgando com o próprio choro ao longo do processo. — Só... Me deixe sozinha. Por favor. 

  — Não posso fazer isso. 

  — Vá embora!

  — Não! Por que insiste tanto? Por que sempre afasta as pessoas? — Ele grita, mais magoado do que furioso. — Por que não pode simplesmente olhar nos meus olhos e me dizer o motivo?! 

  Ela se contrai. Sua cabeça afunda no espaço entre o braço e as pernas. O vento chia e o rio passa a impressão de que está correndo com mais velocidade.

 — Não afasto as pessoas. E não quero que você fique aqui agora porque não quero que me veja chorando. — Levy solta, seguida de um suspiro, como se admitir isso fosse extremamente difícil para ela. Gajeel franze o cenho e se recompõe, se culpando por ter agido como Gajeel mais uma vez. É por isso que ela está aqui? — Pode ir embora agora? 

  Ele solta uma risada sem humor e sorri. Seus olhos avermelhados percorrem a silhueta do corpo pequeno de Levy com um brilho indescritível. Não como se ela fosse a única coisa por ali, mas como se ela fosse a única coisa que valesse a pena olhar. 

 

You'll never know the psychopath sitting next to you

You'll never know the murderer sitting next to you

You'll think: How'd I get here, sitting next to you?

And after all I've said, please don't forget

 

Você nunca saberá se há um psicopata sentado ao seu lado

Você nunca saberá se há um assassino sentado ao seu lado

Você vai pensar: Como eu cheguei até aqui, sentado ao seu lado?

Depois de tudo que eu disse por favor, não se esqueça

 

  O moreno se arrasta para mais perto da baixinha e leva uma das mãos gentilmente até seu queixo delicado. Ela se arrepia, mas não o impede. Aproveitando cada instante do toque simples, os dois se encaram com seriedade. 

  — Você é uma idiota. 

  É tudo que ele diz antes de beija-la. Seu polegar faz círculos imaginários na bochecha de Levy enquanto os dedos delicados da mesma se entrelaçam com seus fios negros. Inconscientemente, Gajeel rola na grama e abraça com força o corpo pequeno da azulada, prensando-a contra o chão, mas tomando o cuidado de mantê-la confortável.

  Suas orbes avermelhadas apreciam o rubor das bochechas de Levy durante um longo tempo, mas, além da respiração descompassada, ela não esboça reação alguma. O coração do moreno acelera e sua mente começa a imaginar inúmeras possibilidades para esse silêncio. Ela retribuiu o beijo, então tecnicamente, também teve culpa nisso.  Talvez ele tenha se apressado demais, talvez ele tenha feito algo errado ou talvez ela ainda esteja em choque.

  Quando ele está prestes a entrar em desespero, a baixinha sorri e fecha os olhos.

  — Você é o idiota por aqui.

  É um sorriso enigmático encantador. Ao mesmo tempo em que parece feliz com isso, Levy não abandona a centelha de preocupação que sempre está presente. É como se ela estivesse aqui, mas com a cabeça em outro lugar.

  Que tipo de preocupação pode ser tão grande a esse ponto? 

  — Por que fez isso? —Ela pergunta. — Eu estava gritando com você há poucos minutos atrás.

  — Essa pergunta não precisa de resposta. 

  — Claro que precisa, Gajeel! Você age como um maluco! Eu nunca sei o que você vai fazer! 

  Um sorriso malicioso toma conta dos lábios do moreno. Ele pensa em muitas coisas para rebater, mas escolhe deitar na grama ao lado da azulada, virando o rosto ligeiramente para encara-la.   

  — Agora você sabe como eu me sinto. Gee-he.

 

Why'd you come, you knew you should have stayed

(It's blasphemy)

I tried to warn you just to stay away

And now they're outside ready to bust

It looks like you might be one of us

 

Por que você veio? Você sabia que deveria ter ficado

(Isto é blasfêmia)

Tentei avisá-lo pra ficar longe

E agora eles estão lá fora prontos para arrebentar

Parece que você pode ser um de nós


Notas Finais


SIMMMM! Primeiro beijo Nalu e Gale! (★^O^★)
Eu vou voltar no beijo Nalu no próximo cap para contar o que aconteceu enquanto Gajeel e Levy se pegavam.
Não deixarei nenhum beijo passar em branco! \(T∇T)/
E também teremos a explicação do "Gajeel estranho" que apareceu no cap anterior, porque essa é uma parte realmente importante para a história.
Gray entre irmãos (^v^)Amo tanto esses personagens!
Adoro essa música. Essa letra caiu muito bem com a história. "Você nunca saberá se há um psicopata sentado ao seu lado". Tome cuidado Gaj ψ(`∇´)ψ
E é isso!
O que acharam?


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