P.O.V Keiko
Ele me beijou.
E foi um beijo ótimo.
Não é com quem eu queria beijar mas... É um beijo.
Bom, esse beijo significa duas coisas:
1: Que o Reiji já tá completamente na minha mão.
2: Que eu vou ficar com pena dele.
A cada dia está mais difícil acabar com esses Sakamaki's...
-Ah Keiko... Você não sabe o quanto eu te amo...- ele parou de me beijar e disse.
Ficamos ali, parados, agarrados um no outro.
Para Reiji, aqui era o céu.
-Sabe... Você é uma rosa espinhosa.- Laito surge.
-Laito?- falei e o olhei.
-O que faz aqui?- perguntou Reiji me soltando e o encarando.
-Absolutamente nada. Só estava olhando o teatrinho.- falou e começou a bater palmas.- E olha, foi uma ótima peça.
-Você é muito abusado.- falei para Laito e mandei uma piscadela para Reiji.
-Obrigado.- disse Laito sarcástico. Reiji me devolveu com um sorriso malicioso.
-Você vai ser castigado por isso.- eu e Reiji nos aproximamos dele.
-Ah é? O que vão fazer?- estalei os dedos e Laito paralisou.
Reiji deu uma leve mordida no meu pulso — e aquilo doeu – e o sangue começou a escorrer.
Fiz com que ele pudesse falar e abrir a boca.
-Esse cheiro...- ele falou e estendi meu pulso, e o deixei em frente a boca dele.
As gotas caíam no chão e eu podia ver o desespero no rosto de Laito.
-Você quer, não quer?- perguntei sarcástica.
-...- ele estendia a cabeça, tentando pegar uma gota, mas não conseguia, já que seu corpo estava paralisado.
Ficamos ali, torturando ele durante minutos, até que o fim do baile foi anunciado.
-Ok. Liberado.- assim que disse, ele voltou ao normal, e correu até meu pulso, e tomou o restinho de sangue que escorria.
. . .
Laito já havia ido para o salão, mas eu e Reiji íamos pra lá a pé mesmo.
-Eu nunca conheci alguém como você.- ele falou enquanto andávamos.- Você consegue ser desprezível, mas ao mesmo tempo, encantadora.
-Ah Reiji...- falei baixo, olhando para o lado oposto do dele.
-Por que você brinca comigo? Sente prazer ao fazer isso?- ele pergunta.
E por incrível que pareça, eu não consegui responder.
-Eu...- tentei responder, mas parecia que as palavras sumiram. A resposta estava na ponta da língua, mas eu não podia responder.
-Não consegue responder não é?- falou e riu.- Essa já é a minha resposta. Você brinca comigo porquê gosta de me ver sofrendo. Porque gosta de ver os outros sofrendo.
-... Eu disse isso?- parei de andar e ele me olhou.
-...- permaneceu em silêncio.
Ficamos um olhando o outro.
-Reiji... Como eu queria conseguir te amar...- me aproximei dele.
-... Eu queria que você me amasse apenas um pouco... Não estou afim de viver um amor platônico.
-... Me desculpe, Reiji...- coloco minha mão em seu rosto.
-...- ele segurou minha mão e fechou os olhos.- É... Definitivamente... Eu te amo...
Ele retirou seus óculos, e segurou minha cintura.
-Você me ama?- perguntou.
-Gostaria de saber responder...- falei e olhei em seus olhos.
-Não brinque comigo, Keiko...
-... Vou tentar...- mordi meu lábios inferior.
Ele me beijou. Mas não romanticamente como antes. Agora ele me beijou loucamente.
Meu coração estava à mil.
Meu corpo tremia.
Agora eu admito, meu coração pode não pertencer a ele, mas Reiji não é de se jogar fora...
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