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História Lady sacerdotisa - Sera que da para piora


Escrita por: iuky-henne

Capítulo 5 - Sera que da para piora


Como a humana correspondeu ao beijo, Sesshoumaru intensificou-o, pedindo passagem. Foi imediatamente concedido pela garota que abriu levemente seus lábios fornecendo ao yokai espaço suficiente para que continuasse. As línguas moviam-se freneticamente empenhando-se em guardar, o mais detalhado possível, o sabor do parceiro. Kagome rodeou com seus braços finos e delicados o pescoço de Sesshoumaru, tirando qualquer distancia que ainda houvesse entre os corpos, enquanto tinha suas costas acariciadas pelas mãos habilidosas do grande yokai cão.

“Menta? Morango? Cereja? Framboesa talvez?”... Pensou Sesshoumaru

Algo nunca antes provado por nenhum ser em toda aquela humilde terra. Que tremendo perjúrio seria igualar Kagome a qualquer outra mulher yokai ou humana. A nada se podia comparar o toque macio e delicado daqueles lábios carnudos e rosados, os quais tanto almejava desde aquele momento na caverna. Se ousa-se cometer esse ato, ofendê-la-ia com falsas juras de amor que nem chegam aos seus pés.

Quando chegou ao campo, não tinha a intensão de conversar com a garota, seu intuito era apenas observa-la. Porém a humana exalava um cheiro característico, e ele sabia muito bem que cheiro era esse. Por algum motivo, ela estava excitada. O odor rosa-jasmim era tão embriagante e diferente que Sesshoumaru se sentiu sucumbido a perguntar quem ou o que a deixava tão tentada. Por um breve momento desejou que esse maldito motivo fosse ele, por mais narcisista, convencido, ou estranho que fosse almejava ser o dono daquele lugar tão especial na mente da sacerdotisa.

“Tem gosto de... mel?”... pensou Kagome

Por algum motivo um tanto curioso a boca de Sesshoumaru tinha um gosto inconfundível de mel. A sacerdotisa percebia que, mesmo com a sua ignorância e inocência nesses assuntos, afinal nunca havia sido beijada, era evidente que o yokai sabia, cordialmente bem, conduzir a deliciosa dança de suas línguas. Admitia que Sesshoumaru não era fácil de lhe dar, muito menos fácil de entender e duvidava que algum dia aprenderia a encarar isso. De algo sabia, aquele yokai cão, frio e indiferente, tinha seu lado gentil e dócil. Praticamente como mel: nem doce nem amargo simplesmente irresistível...

Separaram-se por falta de ar, os olhos ainda fechados, aparentemente tentando processar tudo o que havia acontecido naquele curto período de tempo.

Kagome–Isso é loucura... -sussurrou a jovem mais para si do que para o yokai

sesshoumaru–De certo é- ironizou Sesshoumaru

Kagome riu levemente. Antes de ouvir um estrondo, provavelmente vindo do vilarejo de Kaede.

inuyasha–KAGOME!!!!-o grito do hanyou pode ser ouvido pelo casal que se separou no mesmo instante.

kagome–Ora mais o que ele quer?-Kagome cruzou os braços irritada. Mais que inconveniente!

sesshoumaru–Inuyasha provavelmente sentiu meu cheiro.

A jovem arregalou suas orbes castanhas, tinha se esquecido completamente que Inuyasha conseguia sentir a presença de Sesshoumaru apenas pelo cheiro.

kahome– Sesshoumaru você tem que sair daqui... Ué... cadê ele?

O yokai cão havia sumido. Bem, não exatamente. O lorde apenas não queria lutar, por enquanto não tinha nenhuma razão para travar uma batalha com Inuyasha. Sesshoumaru era paciente, esperaria a hora certa. Melhor seria que seu meio irmão não suspeitasse da sacerdotisa, para isso seu odor teria de ser camuflado e o cheiro preponderante das sakuras daria um jeito nisso.

inuyasha–Onde esta ele?-Inuyasha andou apressadamente até Kagome com Tessaiga em mãos.

kagome–Ele quem?

inuyasha–Não me faça de idiota Kagome! Estou falando do Sesshoumaru!

Kagome–Inuyasha esta louco?

inuyasha–Não minta!-o meio yokai apontou o dedo para Kagome que franziu a sobrancelha irritada.

kagome–OWSUARI! Eu não estou mentindo baka! -a garota saiu a pesados passos do campo de sakuras indo em direção ao vilarejo de Kaede

OoOooOooooOoooOoooOoooOooooOooO

Jinta e hagaku–Kouga espere por nós!

kouga–Vamos logo molengas! Não tenho tempo pra vocês!

O yokai lobo corria desviando das arvores. Sentia o cheiro repulsivo de Naraku, e queria pega-lo de qualquer jeito!

inuyasha–QUE DROGA!NARAK SEU COVARDE!-resmungava o hanyou

miroku–É parece que não foi dessa vez... -comentou o monge

kagome–Por que ele sempre foge?-a sacerdotisa desabou na grama exausta. Essa perseguição nunca iria acabar...

kouga–Queria poder responder a sua pergunta Sra. Kagome... -comentou Kouga que havia acabado de chegar.

inuyasha–ORA LOBO FEDIDO O QUE FAZ AQUI?

kouga–Não é obvio cara de cachorro?-subitamente o yokai lobo pegou as mãos da sacerdotisa-Vim saber como esta Kagome...

Kagome–Estou muito bem Kouga-kun – a garota abriu um sorriso sincero

inuyasha–VIU?ELA ESTA BEM. AGORA SUMA DAQUI

kagome–Inuyasha... OSWUARI!

inuyasha–AI!... Kagome por que fez isso?-remoía-se Inuyasha ainda no chão

kagome–Pela sua falta de educação... -repreendeu a garota fuzilando o meio-yokai- Kouga gostaria de jantar conosco?

kouga–Ficaria honrado Sra. Kagome

inuyasha–COMO É? NUNCA-protestou Inuyasha que acabara de se levantar

kagome–OSWUARI!

jinta e hagaku–Nó-nós também podemosKagome-sama?-perguntaram ofegantes os companheiros de Kouga que haviam acabado de chegar

kagome–Claro devem estar cansados- a sacerdotisa os recebeu com um de seus mais calorosos sorrisos, guiando os convidados e o resto do grupo até o lugar onde pretendiam acampar.

Inuyasha–Kagome tem estado muito irritada esses dias ...parece até o bastardo do Sessho...

kagome–Inuyasha... OWSUARI!

inuyasha–Maldição!

Miroku e Sango–Idiota... –balançaram a cabeça negativamente Miroku e Sango, para logo continuarem a caminhar.

OooooOoooooOooooOOooooOooooOooooOOoo

Enquanto isso numa clareira qualquer uma pequena garota confeccionava sua tiara de flores, cantarolando encostada no yokai dragão de duas cabeças que ressonava tranquilamente. Ao lado um ser verde musgo, baixo e com um cajado com duas cabeças no topo em mãos, resmunava irritado enquanto a menina continuava a cantar.

rin–Senhor Jaken?-a menina parou para olhar o pequeno yokai sapo

jakem–O que foi garota?

rin–Sabe... Estive pensando: por que a Sra. Kagome deixa Inuyasha machuca-la tanto?

Tais palavras ecoaram até chegar aos treinados ouvidos do majestoso yokai que numa arvores, ironicamente uma cerejeira (N/A: As cerejeiras também são as sakuras, pra quem não sabe), se encontrava. O argumento de Rin tinha base, a menina não estava a falar nada que não fizesse sentido...

jaken–O que? Rin esta louca? Nunca vi aquele baka do Inuyasha bater naquela humana ignorante. Não vejo de onde tirou essa ideia.

rin–Não é disso que estou falando Jaken.

Não, não era. Rin não se referia a violência física, mais sim, a sentimental. Não há de ser surpreendente para ninguém que Kagome sofria silenciosamente por tudo que Inuyasha havia lhe feito...

rin–Sesshoumaru-sama poderia ajuda-la

jaken–É obvio que não Rin. Sesshoumaru-sama tem outras prioridades. Não se importaria com uma reles humana e seus meros sentimentos triviais.

Triviais... ora...O que são trivialidades? Algo comum, portanto sem importância?

Começava a duvidar disso... Não sabia como nem por que, mais um simples sentimento podia mudar um humano, um hanyou ou até mesmo um yokai. O que é o sentimento se não o puro desejo? Negando-o serás tentado por nunca realiza-lo, se o conceder comete loucuras, sandices, e submisso há de ser a essa força. Algo tão simples e comum tem o poder de converter-se a complexidade e extinção. Chega a ser assustador.

Onde a sacerdotisa entrava nisso tudo?

Pois bem, Kagome, de alguma maneira inexplicável abalava todos os seus chacras, ia contra todos seus princípios e quebrava todas as suas leis. A humana o atraia tão intensamente que não pensou duas vezes antes de seguir seu cheiro ou de beija-la. E isso era ruim muito ruim... Conhecia o funesto fim que tudo isso teria se não fosse tão diligente nesse caso. Nunca entendeu o valor que os humanos davam a esse maldito sentimento denominado Amor. Maldito seja ele, que levou seu pai a morte.

Achava-se um parvo por tudo o que havia feito?

Curiosamente, não. Não se arrependia do que havia feito. Por mais que tivesse agido por impulso ou puro instinto. Ambas as partes de seu ser queriam aquilo e nada mais justo do que faze-lo.

Um desatino talvez?

De certo tudo isso ia contra seus rudimentos... Mas não havia volta, mesmo se houvesse nem cogitaria tal hipótese, provou da fruta proibida, os lábios até então intocados de Kagome. E notório era que estava avido por mais.

Rin–Senhor Jaken?

jakem–O que foi agora?

rin–Por que o senhor é tão baixinho?

jakem–Ora sua pirralha!

O pequeno yokai desatou a correr atrás da garotinha que sorria por pura diversão. Enquanto Arurun ria com gosto da brincadeira.

OooooOooooOooooOooooOooo

A noite chegava lentamente sobre o fim de tarde alaranjado no céu da era feudal. O grupo de Inuyasha preparava o jantar sendo ajudados por Kouga e seus companheiros.

shipoo–Hey! Alguém viu o Inuyasha?-perguntou o pequeno yokai raposa que ajudava Kagome com os ingredientes para a sopa.

Todos balaçaram a cabeça em negação.

Miroku–Baka, olha como a Sra Kagome está-sussurou o monge para a exterminadora que concordou com a cabeça.

kouga–Aquele cara de cachorro não tem ideia do que esta perdendo!-comentou Kouga também em sussurro

jinta e hagaku–Ele não percebe como isso agride Kagome-sama?-perguntaram, por sua vez, os companheiros de Kouga.

kagome–Deixe Inuyasha fazer o que melhor lhe convir

Todos se assustaram com Kagome que apareceu logo atrás do grupo com uma grande cesta de temperos em mãos.

sango–K-kagome-chan n-nos só estávamos... - a exterminadora tentou se explicar

kagome–Esqueça não me importo com o que Inuyasha fez ou deixou de fazer- andou calmamente até o fogo sendo seguida pelos olhares curiosos do grupo.

kagome–O que estão olhando?

todos–N-nada Kagome-chan -responderam em uníssono para darem reinicio a suas tarefas.

Mais tarde naquele mesmo lugar. Inuyasha já havia voltado e ninguém comentou sobre o assunto. O jantar foi longo e silencioso tanto para a sacerdotisa quanto para o hanyou. O resto do grupo divertia-se com brincadeiras e jogavam conversa fora.

A garota distanciou-se do fogo para encostar-se a uma arvore perto dali. Isso nunca iria ter fim? Maldito seja o dia em que veio a era feudal, e enrolou-se na aventura de juntar todos os fragmentos da joia de quatro almas.

Inuyasha–Shippou devolva meu peixe!

shipoo–Você já comeu o seu! Esse é meu!

inuyasha–Ora pirralho devolva já!-o hanyou corria atrás de Shippou que gritava desesperado

Sempre a mesma coisa, Naraku fugia, Inuyasha entrava floresta adentro , voltava sabe-se lá que horas e a viajem continuava sem mais comentários sobre o assunto. Por que ele era tão impiedoso? Todos sabia para que fim ele sumia quase todas as noites. Então por que esconder algo tão obvio? Por que dar esperanças fictícias de que a amava e tudo isso era mentira?

Kagome se levantou e começou a caminhar em direção a floresta.

kouga–Cara de cachorro, pare de agir como um filhote!

inuyasha–Ora cale a boca lobo fedido!...-estava prestes a bater em Kouga quando percebeu passos se distanciando da clareira.

Inuyash–Onde pensa que vai Kagome?

Kagome–Não é da sua conta Inuyasha

inuyasha–Claro que é ,eu....

kagome–CALE ESSA BOCA!-alterou-se a garota. Todos arregalaram os olhos com a reação desta.

Inuyasha–Kagome...

kagome–SE VOCÊ PODE SAIR SEM AVISO OU EXPLICAÇÃO EU TENHO ESSE MESMO DIREITO.

inuyasha–Mas Kagome

kagome–OWSUARI!

A garota correu para a floresta liberando rios de lagrimas.

inuyasha–Maldição o que aconteceu com a Kagome?

O grupo nada respondeu continuaram com os olhos arregalados de espanto.

OooooOooooOoo

kagome–QUE DROGA INUYASHA!BAKA!-a sacerdotisa descontava toda a sua ira na arvore a sua frente. Para depois deslizar suavemente até o chão juntar os joelhos ao peito e continuar seu lamento.

Algo chegava a passos lentos. E mais silencioso que o próprio vento, pôs-se rapidamente atrás da garota.

naraku–Por que choras Kagome?

OoooOooooOooo



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