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História Laftel School - Irmãs Malucas


Escrita por: Musume19

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 3 - Irmãs Malucas


— Eu quero o Ace na minha empresa. — Advertiu Barba Branca seriamente.

— Mas ele não terminou os estudos, pai. Parece que largou assim que chegou no terceiro ano. — Explicou lembrando da cena de 7 anos atrás.

 

— “Hahahaha. Estudar, você disse estudar? Mas que merda, Marco. Estudar é para idiota”.

 

— Não consigo acreditar que esse paspalho está dependendo apenas do dinheiro do Roger. — Parecia nervoso. Seu tom de voz estava bem estridente — Eu o considero meu filho e me envergonha dessa maneira?

— Pai, são milhões. — Murmurou tentando amenizar a fúria do velho.

— Que seja. Só irei conversar com ele de novo quando terminar os estudos, caso contrário, irei dar uma surra nele. — Apertou o punho sem ao menos perceber.

— O pai é assustador. — Pensou Marco com um sorriso cômico

...

 

 No terraço da escola, Vivi estava sentada em cima de um muro. A moça olhava distante para o céu enquanto tomava uma latinha de chã gelado. Parecia completamente infundida com os próprios pensamentos relacionados a um certo loiro tarado. As situações que ocorriam quando próxima a ele, machucavam seu coração, mesmo sabendo que não era intenção dele, pois é assim que ele é, um completo pervertido que não pode ver nenhum rabo de saia. Suas bochechas continham um rubor vermelho, como se estivesse com febre, mas na verdade era raiva, raiva por ele ser daquela forma.

 Imaginando não estar sozinha, olhou para trás ao ouvir sons de passos. Para a sua felicidade era a Nami.

— Vivi, por que está sozinha? Deveria estar no refeitório conosco. O pessoal está preocupado. — O semblante de Nami era amigável. Poderia ser considerada uma bruxa pelo Zoro, mas tinha um amor de irmandade muito grande com Vivi, que poderia ser encarada como sua irmã pelas atitudes.

— Você sabe que desde o primário eu gosto dele, não é? — Seu olhar pungente fez Nami lembrar do passado. Vivi era redondamente apaixonada por ele naquela época, mas não imaginava que ela ainda tinha esse sentimento relacionado a ele.

— Por que não diz a ele que o ama? — Indagou Nami.

— Talvez eu poderia fazer isso, mas... — Disse, ao mesmo tempo que erguia o braço e jogava a latinha vazia longe — Com certeza ele demonstraria sua personalidade de louco apaixonado. Aquilo não é sincero. Ele já se declarou para milhares de meninas, eu seria apenas uma das outras, Nami — Suspirou tendo alguns flashbacks na sua mente do Vinsmoke dando cantadas nas professoras.

— Já sei. — Nami acabara de ter uma ideia — Por que não tenta muda-lo. Você poderia ser algum tipo de mecanismo que possa mudar ele. Sanji pode ser moldado, Vivi. Se você conseguir força-lo a te amar, logicamente ele será apenas seu e não pensará em outras mulheres.

— Não sou uma das mais bonitas da escola, tampouco sou atraente igual a você ou aquela tal de Hancock. — Abaixou a cabeça se auto rebaixando — Acho que vou desistir...

— Não seja boba!!! — Bradou Nami, tirando a atenção da amiga que a olhou surpresa pela voz dela se elevar dessa maneira — Não conheço nenhuma menina tão gentil como você. Suas qualidades elevam muito sua aparência. Aliás, você tem um corpo lindo, grandes seios e uma bela cintura. — Gesticulou com as mãos, deixando Vivi envergonhada. Logicamente Nami queria aumentar a estima da companheira, mas tudo que falava era verdade, pois Vivi subestima a si mesma de forma frequente, não imaginando ser uma menina bonita, mas o que Nami queria realmente mostrar, é que o seu coração é muito mais lindo do que sua aparência.

 Com um singelo sorriso nos lábios, Vivi desceu do muro lentamente e abraçou Nami de maneira bem reconfortante, sentindo seus cabelos azulados serem afagados por ela. Seus olhos marejaram por algum motivo, mas se aninhou nos peitos de Nami, enxugando os olhos.

— Obrigada, Nami. — Agradeceu.

— Certo, certo. Agora vamos voltar, eles estão esperando por nós.

...

 No refeitório, o chapéu de palha comia que nem um animal faminto. As cozinheiras ficavam espantadas com a quantidade de vezes que ele iria ao self service. Desde ontem toda a comida armazenada para a semana toda acabou por causa dele e um outro aluno, que no caso é uma mulher, Bonney.

— Oe, o que houve com a Vivi? — Perguntou Luffy com um pedaço de carne na mão.

— As duas beldades devem estar conversando. — Disse Sanji com um sorriso travesso.

— Ah, cara, cala essa maldita boca. — Retrucou Zoro franzindo a testa.

— Como é que é marimo? — Sentiu-se ofendido, olhando feio para o rival.

— É o que você ouviu, ero-cook. Por que não vai lá fazer bolinhos para as suas damas e magoar o coração da Vivi. — Zoro se levantou e o encarou.

 Sanji claramente iria chutar Zoro, porém, embora quisesse do fundo de sua alma dar uma surra nele, percebeu que suas palavras, por algum motivo, pesaram na balança. Não sabia o que estava acontecendo, mas era como se estivesse anestesiado, olhando para baixo com os olhos semicerrados. Sim, foi no mesmo segundo que ouviu aquela frase: “e magoar a Vivi”.

— Magoar a Vivi-chan. — Veio-lhe à mente entorpecida.

— Runf... que tipo de homem você é, hein, seu idiota? Apesar de venerar as mulheres, consegue magoar a garota principal com seu jeito nojento. Não somos mais crianças, seu puto. — Bufou colocando as mãos no bolso da calça e se retirando, provocando um choque aos seus amigos, menos Robin, que ficaram de queixo caído.

 Sanji ficou espantado ao ouvir essas palavras, mas sabia, mesmo não querendo admitir, que Zoro tinha razão. Enxergar a si próprio é uma tarefa difícil, mas com um empurrãozinho sempre há uma maneira de corrigir seus erros. Apesar de odiá-lo, nunca se sentiu tão pleno em ouvir a verdade. Sua prioridade sempre foi as mulheres, e nunca se tocou que Vivi tinha algum sentimento romântico por ele. Realmente era um tolo inconsequente.

— Robin, o que aconteceu com Zoro? — Perguntou Luffy meio confuso.

— Parece que ele apenas extravasou fufufu. — Robin riu baixinho, seguindo o esverdeado com os olhos.

 

...

 

 Na saída, Sanji olhava para as próprias mãos com um olhar cálido. Memórias de sua infância invadiam a sua cabeça. E pensar que a vida toda estivesse cumprindo uma promessa que fez para a sua falecida mãe. Estava na hora de ter uma mudança em seu ser, apesar de saber que será extremamente difícil... mas não custa tentar, pois o homem está em constante evolução que acarreta suas vidas.

— Luffy. — Zoro o chamou segurando um tipo de envelope enfeitado.

— O que foi? — Perguntou se aproximando.

— Fui convidado para ir para a Sunshine hoje 00:00. Parece que posso levar até 6 pessoas. — Abriu o convite estranhamente chique.

— Isso é muito suspeito, embora meu irmão seja gerente de lá. — O chapéu de palha ficou com um ar pensativo — Mas que se dane, vamos todo mundo.

— Certeza, Luffy? — Nami se pronunciou.

— Sim, meu irmão estará lá. Não tem nenhum perigo. E eu te protejo, oras. — Sorriu brilhante, deixando Nami desconcertada.

— Idiota. — Sorriu ela.

 Vivi acabou perdendo a concentração ao ver o loiro estranhamente inerte. Nunca o viu assim antes. Com um suspiro de coragem foi até ele.

— Sanji-kun, algum problema? — Perguntou preocupada.

— Vivi-chan... — Queria pedir desculpas, mas não era uma boa hora — Não é nada.

— Hmmm... — cruzou os dedos e fez um som estranho nos lábios, não acreditando muito nele — Gostaria de ir comigo na Sunshine?

— Vivi... sim, eu gostaria de ir com você. Ficaria imensamente agradecido. — Sorriu sereno, sem os respectivos corações nos olhos, estranhando-a.

— Sanji... — A surpresa lhe tomou pela atitude tão humanizada dele com ela. Parecia muito mais sincero do que antes.

 Já a Robin parecia sorrir de qualquer coisa que visse, vendo a cena com um singelo sorriso. Logo atrás, Zoro a observava.

— Você vai, Robin? — Perguntou para a morena. Estava meio sem jeito passando a mão nos cabelos.

— Está me chamando para um encontro? — Robin deu um daqueles sorrisos que ele conhece muito bem. Parecia um sorriso que o testava. Era estranho, pois parecia que cada sorriso simbolizasse alguma coisa.

— Acho que sim. — Ajustou os lábios em um tom perspicaz.

 

...

 

 Despedindo-se de Robin, Zoro chegou a sua casa. Diferentemente das residências padrões, ele morava em um dojo enorme herdado de seus falecidos pais. O lugar era similar a um templo budista, com uma arquitetura completamente feita de madeira e carvalho, e as portas e janelas eram de correr. Na entrada, havia um jardim com um pequeno lago de carpas que se propagavam na água, além disso, possuía uma grama um pouco alta, mas era limpa, como se fosse artificial.

— Ei, por que demorou, seu baka? — Uma garota de cabelos pretos parecia raivosa ao reencontrar Zoro na porta de casa.

— Tashigi, me dá um tempo, droga. — Retrucou passando por ela, que se irava com a atitude dele.

— Onii-chan, você prometeu que iria me ensinar kendo hoje. — Uma garotinha de aproximadamente 8 anos se manifestou na frente do irmão. Ela segurava um urso de pelúcia do Doraemon.

 Tashigi é a irmã mais velha de Zoro, tendo aproximadamente 20 anos de idade, tendo uma diferença de 2 anos. Seus cabelos são completamente escuros, indo até a nuca. Ela está usando uma roupa casual que deixa o esverdeado meio irritado: um top branco com um decote incrivelmente grande e um short jeans.

 A mais nova se chama Kuina, esta que tem apenas 8 anos de idade. Ela é como a Tashigi em versão miniatura, apesar de não conter a mesma personalidade da irmã... ainda. Sua roupa consiste em um grande camisão preto, que é do Zoro, o qual a deixou usar depois de tanta insistência vinda dela.

— Kuina, a Tashigi te ensina, ela é melhor que eu, certeza. — Suspirou entrando dentro de casa, deixando uma Tashigi gritando no cômodo de baixo.

 O rapaz subiu as escadas e entrou em um corredor. O cheiro de mirra que vinha das paredes invadia suas narinas. Ainda tem memórias de sua mãe limpando a casa. Ela sempre colocava as flores sobre as paredes como um incenso, para inspirar oração e meditação, com o intuito de fortificar o espirito.

 Abrindo os olhos, entrou no seu quarto. Era bem bagunçado, mas até que apresentável. As paredes de madeira lembravam muito uma casa feudal de um nobre, a diferença é que alguns móveis antigos foram substituídos pelos mais modernos, inclusive havia uma enorme televisão no centro da parede de Zoro embutida na parede. Ele jogou a bolsa e tirou as botas dos pés e jogou em qualquer lugar. Debaixo da sua cama havia um baú, lugar onde ele armazena suas três espadas que ganhara de forma ilegal. Se ajeitando no travesseiro, se ajeita e finalmente consegue dormir.

 

...

 

Se passaram mais ou menos 11 horas e a noite predominou. As nuvens que antes cobriam o céu, foram invadidos pela escuridão com um contraste azulado. Infelizmente não dava para se ver as estrelas devido a poluição, mas a lua era visível, sendo bela em todos os aspectos.

 Roronoa ainda dormia em sua cama, todavia, sentia algo apertar seu peitoral, mas, ao contrário do que imaginara, a sensação era boa, como se fosse um abraço confortante, abraço este que o deixava completamente relaxado. Ele queria saber o que estava acontecendo e, com uma das mãos, toca essa extensão macia, impressionado com a maciez. Era impressionante, de modo que sua mão afundasse à medida que tocava, porém, algo o deixou em alerta quando escutou um leve gemido, que depois se tornou um grunhido de nervosismo.

— Zoro... seu...

— Hm?! — Zoro abriu os olhos e tomou um susto com aquela cara de brava lhe encarando.

— Seu desgraçado tarado! — A garota deu um murro na cabeça de dele.

— Ei, sua louca! — Passou a mão na cabeça — Não é assim que uma irmã acorda um irmão! Além do mais, por que você estava em cima de mim? — Gritou irritado — Esses peitos gigantes aí pareciam mofadas.

 Tashigi corou de imediato e se agachou procurando as katanas do Zoro com um olhar diabólico.

— Espera, Tashigi, nem pense em fazer isso. — O olhar de pânico do marimo se pôs presente, saindo do quarto na carreira.

 Zoro encontrou sua irmã na cozinha sentada na cadeira tomando um suco de morango preparado por ela mesma, pois o líquido estava tão vermelho que parecia sangue. Deve ter colocado todo o pó no copo.

— Onii-san, o que houve. Parece assustado. — Perguntou a garotinha.

— Ah, não é nada. — Mentiu, coçando a bochecha com um sorriso forçado.

— Como assim não é nada, hannn? — A mais velha apareceu atrás de Zoro com uma espada, mas felizmente era de madeira.

 Ela dá uma investida para acertar a cabeça dele, mas Zoro na inocência desvia e ela tropeça por causa do Doraemon, que estava no chão. Infelizmente, para a tristeza de Zoro, ou não, ela cai em cima dele em uma posição constrangedora. Abarriga dele estava invadido pelo peso dos seios dela, todavia, o maior problema era a virilha no nariz dele, deixando-o com falta de ar. Ambos pareciam um pimentão, de tão vermelhos que estavam.

— Onii-chan, parece que sua morte chegou. — Disse Kuina sem expressão, no jardim dando comida para os peixes.

— D-droga. — Sussurrou Zoro com falta de ar.

 Tashigi encheu Zoro de porrada, esqueceu até da espada.

— Você mereceu. — Falou batendo a mão uma na outra.

— Sua maluca. — Disse Zoro cheio de galos na cabeça.

— Sua namoradinha ligou e eu disse que você estava dormindo. Mas eu falei que iria te acordar. — Falou se sentando de frente para a mesa.

— Minha namoradinha? Runf. — Pegou seu celular e discou o número.

LIGAÇÃO ON

— Robin, ligou para mim?

— Kenshi-san, apareça para me buscar 23:40, tudo bem?

— Tudo bem, aparecerei.

— Obrigada. Não durma, viu.

LIGAÇÃO OFF

— Você vai para a balada? — Perguntou Tashigi, arqueando uma sobrancelha.

— Sim, mais tarde. Ainda vai demorar. — Falou apoiando os braços sobre a nuca.

— Entendo, mas já são 23:15, sabia? — Sorriu de canto.

— O QUE!!!

 Roronoa subiu as escadas que nem um maluco. Não tinha noção que tinha dormido tanto assim, nem sequer tinha notado a hora passar.

 Tomou um banho na velocidade da luz e vestiu uma camiseta preta, jaqueta verde por cima, calça jeans preta e botas escuras. Ele colocou seus três brincos e um óculos aviador cor de chocolate.

 Rapidamente desceu as escadas e passou pela sala, onde se encontra suas irmãs assistindo um programa japonês.

— Já vou indo! — Gritou, se despedindo.

— Espera. — Falou indo até ele com uma pulseira rosa.

— O que foi?

— Toma. — Entregou-lhe a pulseira que parecia ter babados. Era inteiramente feita por um tipo de tecido.

— O que é isso? Eu não posso usar um bagulho desses no pulso. É muito gay. — Falou fazendo cara feia.

— Ah, deixa de ser bobo. Isso é meu amuleto da sorte. Mamãe fez para mim antes dela morrer com o papai. É muito especial para mim, então... — Falava enquanto amarrava no pulso dele, que a olhava ternamente — Cuide bem dele.

— Obrigado. — Agradeceu formalmente.

 Tashigi, por um momento, sentiu-se estranha ao ver aquele sorriso, querendo tocar o rosto dele para encara-lo mais de perto, mas acabou virando a cara, tentando afastar esses pensamentos. Por azar do destino, tropeçou no degrau da entrada da casa, caindo em cima dele novamente, mas dessa vez foi a gota d`agua: sem querer os lábios dela foram esmagados pelos dele.

— Ihhhh... que nojo. — Disse Kuina ao presenciar a cena. Ela fez uma careta de blehh.

— Seu... — Quando se separaram, Tashigi estava pronto para xinga-lo, mas ele já estava no portão para o seu alivio.

— Já deu... que maluca.

 

      

 

 

      

 

 

 

 

 continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado deste capítulo. Logo logo tem mais.
Deixem seus comentários! Até mais, pessoal o/


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