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História Laftel School - O Caso de Law


Escrita por: Musume19

Notas do Autor


Eu sinto muito pela demora exagerada, o trabalho está muito corrido! Eu peço desculpas.
Esse capítulo, em específico, é muito delicado, pois ele foge, digamos, um pouco da realidade, mas ao mesmo tempo acaba entrando, ou seja, é um dos capítulos mais difíceis que já recriei. Refazer ele foi um pouco complicado.

Enfim, boa leitura.

Capítulo 4 - O Caso de Law


Fanfic / Fanfiction Laftel School - O Caso de Law

 Era por volta de 00:20. Luffy e seus amigos tinham pegado uma carona com seu irmão Ace, que o alertou de não fazer nenhuma besteira enquanto estivesse na balada, caso contrário chamaria a atenção de alguns homens importantes que ficam na sala vip assistindo ao show. Na verdade, são do governo, pelo menos é o que muitos falam, mas a real é que poucos conseguem imaginar qual o trabalho deles. Não se parecem apenas com empregados, era algo a mais... talvez fossem traficantes.

 Todos os 6 estavam vestidos apropriadamente para esse momento, inclusive o Sanji, que, embora não estivesse combinando perfeitamente para a balada, mantinha-se elegante com um terno escuro slim.

 Assim que entraram tiveram um deslumbre do local movimentado. As luzes diversas deixavam os olhos de um certo moreninho brilhando.

 A ambientação era majestosa, digna de uma casa noturna de luxo. O local era movimentado, onde pessoas bebiam feitos loucos e dançava freneticamente ao som da música.

 Olhando para cima, bem próximo as luzes coloridas que piscavam sem parar, avistou seu irmão em um cômodo fechado com janelas de vidro. Aparentemente só membros vip ou quem trabalham na gerencia podem entrar.

— Esse lugar é incrível! — Falou Sanji ao lado de Vivi. Ele se segurava para não olhar para as outras mulheres, tanto que suas mãos tremiam.

— Sugoiii! — Era como se tivessem jogado purpurina nos olhos do moreninho, pois seus globos oculares brilhavam euforicamente.

 Com um ato repentino, Luffy puxou Nami pelo pulso e andaram em direção, embora a ruiva estivesse relutante, ao local onde todos estavam dançando.

— Runf. Esse Luffy não tem jeito mesmo. — Disse Sanji, enquanto formava uma carranca em seu rosto. Inveja? Talvez.

— O que foi, Sanji-kun? —

 A voz da Vivi ecoou em seus ouvidos. Virando-se para responde-la, viu o decote do vestido dela. Instintivamente colocou a mão no nariz. Não gostaria de ter uma hemorragia nasal, seria muito humilhante.

— N-não é nada. — Sorriu sem graça, retomando a postura de antes — Você está linda.

— Obrigada, Sanji-kun, você também está muito bonito. — O sorriso meigo dela, fez, por algum motivo, o coração de Sanji palpitar.

 Olhando para os lados, não teve nenhum sinal de Zoro e Robin.

— Para onde eles foram? — Ela perguntou um tanto preocupada.

— Bom, aquilo ali responde a sua pergunta? — Apontou o dedo indicador em direção ao bar.

...

  Roronoa Zoro estava sentado em um dos bancos de couro do balcão. Em sua mão direita, havia um copo de whisky com várias pedras de gelo. Robin, ao lado dele, tomava um suco de tomate servido em uma taça. Ele parecia um tanto inquieto, olhado para cima a todo momento, como se esperasse alguém.

 Robin não entendia o motivo de Zoro estar mais sério que o normal. Parecia mais distante do que antes, mesmo diante de sua presença, que, ao parecer, não significava nada. Isso fazia o coração de Robin doer, sentindo falta dele. Não falavam uma palavra sequer.

— Por que está evitando falar comigo, Zoro?

 Robin simplesmente o olhou no rosto, fixamente, fazendo-o virar a cabeça lentamente para olhá-la. Os olhos dele estavam, por um momento, cálidos e sem vida. O que diabos estava acontecendo com ele?

— O que foi?

 Essa era a sua resposta, respondendo com uma outra pergunta como se não tivesse dado a mínima para os sentimentos dela.

— Por que está desse jeito, Zoro? Por que mudou de um dia para o outro? Me responda.

 Felizmente essas perguntas chegaram aos seus ouvidos e, consequentemente, pesaram no seu coração. Ela sentiu, ela percebeu, e não poderia mentir.

— Preciso fazer aquilo, só assim voltarei a ser o que era. — Olhava para o copo, vendo seu reflexo no líquido — E hoje ele está aqui...

— Ele quem. Me diga, o que tanto o perturba? — Com uma voz chorosa, questionou. Seus olhos estavam ficando marejados.

— Robin, você acha que me conhece totalmente, mas não, não me conhece, não sabe o que aconteceu comigo. — Passou a mão no rosto, lembrando do passado — Esse homem de quem eu falo tirou tudo de mim... ele me destruiu. Eu nunca tive ninguém até Koshiro me adotar como filho, mas esse homem o matou junto a minha mãe... e desde então, guardo isso até hoje, esperando uma chance de acabar com a vida dele.

— Zoro... — Palavras lhe faltavam nesse momento, apenas ficou surpresa, com a mão na boca. Nunca imaginara que ele fosse tão envolto de trevas, um rapaz que, embora sempre sério, a divertia, defendia e a alegrava desde o fundamental. Ela não conhecia esse Zoro, mas mesmo assim: — Então quando finalmente cumprir seu objetivo, venha até mim. Te esperarei, Zoro, te esperarei não importa como, porque eu te amo.

— Mas é claro. — Seu sorriso foi nítido e sincero. Zoro era um homem diferente, embora complicado, tinha um ar muito abrangente. A ama, e sabe que ela não pode se envolver na sua ambição.      

                              (...)

 

 No andar de cima, mais especificamente, em uma sala, duas pessoas sentadas em poltronas de couro, observavam a vista. Estavam conversando sobre negócios, mas, por algum motivo, uma pessoa os incomodava, e esta pessoa era Zoro. Ambos olhavam de longe para ele.

— Espere, o nome daquele fedelho é Roronoa Zoro? — Sentado de pernas cruzadas, perguntou para o seu mordomo que estava em pé lhe servindo vinho em uma taça bem cara. O homem usava uma camisa branca meia aberta, capa preta e duas botas altas. Uma de suas características mais visíveis era o seu colar em forma de cruz e o chapéu, além do bigode.

— Sim, senhor Dracule. — Respondeu o mordomo.

— Por que está tão interessado nele? Quer que eu o mate? Fufu. — Uma figura com uma aparência extravagante revelou-se. Ele usava um casaco de penas tosas e uma camisa preta. Sua marca registrada era os óculos de sol. Seu nome é Donquixote Doflamingo.

— Não ouse relar um dedo naquele garoto. — Mirou fixamente com seus olhos que se assemelhavam as de uma ave de rapina em direção a Doflamingo, que assobiou entusiasmado por ter sentido um frio na espinha — Não tenho nada contra esse garoto.

— Oras... depois que você mata os pais dele, ainda diz isso? — Falou com um tom debochado.

 Doflamingo era considerado por muitos, um dos homens mais egocêntricos de todos, embora não soubessem nada sobre o seu passado negro, mas informações afirmam que ele era um homem simples, mas que a ambição o tomou conta.

 Quando o loiro iria dar meia volta, foi surpreendido por uma... espada? Sim, uma longa espada bloqueou seu caminho. A lâmina estava bem próxima de seu rosto. Era Mihawk que a tirou da empunhadura.

— Doflamingo, você não sabe de nada sobre o que aconteceu, então cuide-se e não fale besteiras antes que eu te mate. — Seu olhar frio se pôs presente, guardando a espada na bainha em seguida.

— Tsk, que seja, irei me retirar.

       (...)

 No meio da multidão, três jovens caminhavam com passos pesados. Estavam procurando uma porta que vai para o andar de cima, a fim de encontrar a sala VIP e acharem Doflamingo. Pareciam bem focados em seus objetivos.

— Law, tem certeza que quer acabar com ele nesse local? Pensa bem, é perigoso. — Alertou Kid.

— Não teremos outra oportunidade. Tenho que acabar com ele, tenho que matá-lo com todas as minhas forças, quero que ele sofra pelo que fez com Corazon. — Seu olhar demonstrava ira.

 Subindo as escadas, depararam-se com uma porta. Ela era preta e continha um pequeno cartaz de coloração amarela. Tinha um nome escrito:

Sala Privada, departamento VIP.

— Então é aqui!

 Com impulso, Law chutou a porta, quebrando a fechadura.

— Doflamingo! Seu canalha. — Bradou.

— Você! — Doflamingo o encarou, estava um pouco surpreso ao ver Law.

 Perdendo a razão, Law tirou uma espada pequena de baixo da blusa, avançando até o loiro que ainda estava inerte, até pegar uma faca de cozinha da mesa para se defender. Esquivou-se perfeitamente do avanço da espada de Law, indo, então, pela direita, furando o braço dele com a faca.

 Com um grunhido de dor, Law colocou a mão no ombro. Estava sangrando muito por conta da faca alojada em sua carne. Desde pequeno testemunhou esse homem enfrentando pessoas que ele nunca imaginou que existiria, pode-se dizer que cresceu vendo Doflamingo brigando nas ruas.

 Focando-se, viu Killer entrando em ação. O cabeludo executou um salto acrobático na sala, pousando em cima do ar condicionado alojado na parede. Donquixote não estava entendendo o que ele estava planejando.

 Com o devido impulso, Killer dobrou as pernas e, consequentemente, pulou de forma reta em direção a Doflamingo. O mais novo tirou do bolso da calça, um canivete enquanto estava no ar.

— Impressionante... mas.

 Com apenas uma leve analisada, desviou para a direita e chutou Killer a queima-roupa, chocando-se na parede.

— Maldito! — Gritou Kid irritado.

— Não entendo. Meu irmão me traiu, esperava mesmo que eu o perdoasse, Law?

 Doflamingo nocauteia Kid com um soco na testa, fazendo-o cair em cima da mesa.

— Como pode dizer isso, como pode o senhor dizer uma coisa dessas... — Law arfava de dor, mas tentava se manter firme — Ele foi seu irmão, e mesmo assim, com todas as atrocidades que você fazia... ele ainda o respeitava. Você o matou... matou por ser um fraco... matou por ter salvado um garoto como eu!

— Entenda, Law! — Exclamou — Não precisamos de pessoas fracas no mundo em que vivemos. Elas não servem para nada. Os fracos estão sujeitos a serem comida para os mais fortes, essa é a realidade.

 Law correu, mais uma vez, largando a espada no chão, não dando ouvidos as palavras dele. Tentou atingi-lo com as próprias mãos. Doflamingo o puxou pelo braço, segurando-o pelo colarinho e o erguendo a centímetros do chão.

 O soco o atingiu na boca do estômago, tirando-lhe o fôlego que lhe restava, intensificando a dor de seu ombro. Largou-o e o viu prostrado no chão, de quatro, vomitando.

— Merda... — Não conseguia acreditar, nem mesmo chegou perto.

— Acha que vingando a morte de seu tio, alguma coisa irá mudar? Não seja tolo, garoto, deveria estar feliz por ainda estar vivo. — Cruzou os braços.

 Law olhou para ele, tentando acalmar-se, todavia, os flashbacks de seu tio sendo morto invadiam sua mente. O que poderia fazer? Não tinha como esquecer aquilo.

 Insistindo, forçou a perna e tentou levantar.

— Você não me deixa escolha Law, sinto muito.

 Doflamingo, violentamente, pega-o pela cintura usando os dois braços. Com força, arremessa-o pela janela de vidro. Tal feito, o deixou, por algum motivo, alarmado. Medo de si mesmo. Medo do que se transformou. Mas não tinha como voltar atrás.

...

— Nami! Preciso de uma bebida urgente, estou com sede, shishi. — Disse Luffy enquanto dançava de acordo com o ritmo da música eletrônica.

— Nem pensar, você não é nenhum pouco resistente a bebida, então esquece isso agora mesmo, runf. — Cruzou os braços abaixo dos seios.

— AHH! Droga. — Reclamou formando um biquinho nos lábios.

— Falando em bebida, Zoro deve estar c...

 De repente, um som estrondoso fora ecoado no local. Era o som de vidros se estilhaçando. Viram Law caindo da janela brutalmente. Alguns cacos de vidros feriram algumas pessoas, as quais gritaram assustadas.

— Mas o que foi isso? — Zoro e Robin correram até o centro do palco.

 Law estava estirado no piso escuro.

 Sabo, que estava em uma das salas do andar de cima, se assusta com o barulho de vidro se quebrando. Ele vai até lá descobrir o motivo de sua inquietação.

— Corsário maldito... — Murmurou, observando Doflamingo do outro lado.

 Assim que Zoro chegou bem próximo ao ferido, o reconheceu na hora.

— Law!

— Maldição... maldição... — Law repetia a mesma palavra incontáveis vezes, passando o antebraço nos olhos cheios de lagrimas. Estava com falta de ar e alguns cortes pelo corpo.

 Procurando o culpado desse ocorrido, viu Doflamingo de braços em frente à janela quebrada. Sorria cinicamente, mas havia algo a mais naquele sorriso, não parecia sincero.

 Rangendo os dentes, Roronoa olhou para o lado.

 Suas pupilas automaticamente se dilataram. Mihawk.

 Como de imediato, os amigos de Zoro apareceram. Luffy, Nami, Sanji e Vivi.

— Mas o que foi que aconteceu? — Perguntou o moreno de cabelos arrepiados. Era evidente que estava preocupado.

— Esse cara, ele é da nossa sala, Luffy... Law. — Proferiu Sanji.

— Ele está muito ferido. Precisa ir para o hospital urgente. — Sugeriu Nami.

— É por causa daquele homem. — Robin apontou o dedo para cima, em direção a Doflamingo.

 Law, com as mãos trêmulas, puxou o colarinho do chapéu de palha, forçando-o a chegar perto de seu rosto e olha-lo fixamente. Tal ato incomodou Luffy, mas ficou curioso, então deixou.

— Luffy... nunca te pedi nada, na verdade, nunca olhei para você com um olhar de reprovação... argh... eu quero me ajude. Acabe com Doflamingo por mim. Ele está cego, cego pela ambição. Por favor, me ajude, eu te suplico.

 Com uma atitude humilde que deixou até mesmo a própria Nami surpresa, ajoelhou-se e, tirando o chapéu da cabeça, colocou no peito de Law. Com um sorriso sincero, apenas confirmou balançando a cabeça. As lágrimas de Law eram mais do que necessárias para provar a sua dor.

 

 

Continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários, isso me incentiva a continuar!
Até mais, pessoal~.

Ah, sim, lembrando que o primeiro dono dessa fic é este rapaz, meu primo, o cara mais gato do social spirit — aquele tanquinho gostoso *///* - tá, parei — toda a estrutura da fic é dele, mas como ele me deu a conta, estou apenas recriando, mas sem perder a essência.

https://www.spiritfanfiction.com/perfil/berserkgutz


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