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História Lamp - (Mileven) - Capítulo 01


Escrita por: AuntCherry

Notas do Autor


EU JURO QUE VOU DAR UMA ACALMADA NAS FIC BSJBSIJDI
Primeiro capítulo, não vai ter muita coisa :x eu particularmente acho os primeiros capítulos meio chatos em tudo, tanto em séries, fanfics, livros.
Não sei o que vão achar deste mas... está ai, espero que gostem.


Se quiserem uma sugestão de música, sugiro a Don't panic do coldplay.

Essa fanfic vai ficar no lugar da The key. Terá 10 capítulos :3

Capítulo 1 - Capítulo 01


Fanfic / Fanfiction Lamp - (Mileven) - Capítulo 01

Terry passou novamente o vestido que comprara recentemente para a filha. Depois de muito tempo, o dia que tanto idealizara finalmente havia chegado, Eleven iria frequentar uma escola.

A menina todavia parecia não gostar nenhum pouco da ideia.
Estava sentada sobre a cama agarrada ao seu urso de pelúcia favorito enquanto observava a mãe em silêncio.

- Já arrumou seu material? - A garota balançou sua cabeça negativamente - E que tal fazer isto agora?

- Não tenho pressa - Terry revirou seus olhos, contrariada.

- Eleven, sei que tudo isso parece muito assustador mas você é forte querida, além do mais, vai ser uma boa experiência, vai fazer amigos novos.

- Já tenho Benny - Ela balançou o urso de um lado para o outro - Não preciso de mais amigos.

- Benny está um pouco só, não acha?

- Não.

A mulher suspirou, aquela garota tinha um temperamente muito forte, chegava a ser mais teimosa do que uma mula.

- Eleven, é a última vez que vou lhe avisar, tudo bem? Arrume sua mochila e vá para o banho.

No fim, Eleven não tinha muita escolha, acabava sempre por obedecer sua mãe, afinal de contas, ela era sua única amiga que se preocupava de verdade com ela.

Sabia que sua mãe estava muito empolgada com a ideia de vê-la sair e fazer amigos mas, para Eleven a situação toda era muito intimidante, quase tinha vontade de correr e se trancar no quarto.








Com a ajuda de sua mãe, entrou no carro levando sua mochila consigo e Benny em seu colo.

- Colocou seu remédio na bolsa? - Terry a encarou através do espelho retrovisor do carro. Eleven assentiu.

- Mãe, acha que vão olhar muito? - El perguntou receosa - Você sabe, pra minha cabeça.

- Não sei mas, não se preocupe, é normal que achem diferente - A mulher sorriu.

Eleven se inclinou para a janela. Gostava de observar a paisagem, as árvores, casas e principalmente o céu, sem dúvida era seu favorito. Às vezes invejava os pássaros por terem a oportunidade de voar para lá, transpassar nuvens e irem de encontro ao grande espaço azul logo a cima. Realmente era algo incrível.

Nos raros momentos em que se dera oportunidade de idealizar como seria a escola, imaginava como seria se tivesse nascido saudável, rodeada de amigas papeando sobre roupas e maquiagem ou até mesmo sobre garotos. Por algum motivo, El não gostava de se imaginar daquela forma, sentia como se aquele não fosse seu mundo e, talvez não fosse mesmo.

Sua mãe deslizou as mãos pelo volante, preparando-se para a curva que dava acesso ao estacionamento da escola. El aproveitou o momento para guardar Benny em sua mochila, apesar de amá-lo muito, já seria constrangedor o suficiente aparentar ser um menino por não ter cabelo, se fosse pega com Benny em seus braços, seria ainda pior.

- Mãe.

- Sim?

- Será que podemos comprar um turbante antes de entrarmos na escola?

- Um turbante? - Terry parou o carro - Querida você não precisa de um turbante.

- Por favor...

- Tudo bem - Se viu suspirando - Acho que há uma loja aqui perto que venda esses acessórios - Falara suavemente, no fundo Terry entendia o quão difícil era tudo aquilo para a filha - Quer ir comigo ou prefere aguardar aqui?

- Vou ficar aqui.

- Okay - Ela sorriu preparando-se para abrir a porta do automóvel - Volto em um instante.

- Tá bom.

Eleven se inclinou para frente tentando alcançar o botão de ligar o rádio do carro. Quando finalmente conseguira o apertar, uma música já tocava. El apoiou-se no banco do carro ouvindo atentamente a canção.

A música era calma e um pouco animada ao mesmo tempo, a fazia ter vontade de aprender a letra da música para cantar junto.

Não demorou muito para que sua mãe voltasse. Trouxera duas sacolas consigo com diversos turbantes com estampas diferentes.

- Não sabia qual trazer então trouxe um de cada - Terry sorriu.

- Obrigada mãe.

- Escolha um que lhe ajudo a colocar em sua cabeça. - El assentiu. Virou a sacola para baixo sobre o banco do carro, e ao ver que todos os tecidos já se encontravam lá, revirou-os até que encontrasse o que mais lhe agradasse.

- Este - Estendeu-o para a mãe.
Era um turbante preto padronizado com flores vermelhas, muito macio, tanto que ela tinha vontade de esfregá-lo contra sua face.

- É uma boa escolha. Vai ficar lindo em você - A garota esboçou um sorriso tímido para a mãe.

Sua mãe se inclinou sobre o banco do carro. Suas mãos rodopiaram delicamente em volta da cabeça de Eleven, enrolando o grande e fino tecido. Ao terminar, tocou com seu dedo indicador a ponta do nariz da filha.

- Quer que eu te acompanhe até lá hoje?

- Sim - Ela pegou a alça de sua mochila, jogando-a contra as costas.

Terry caminhou de mãos dadas com a filha até a entrada da escola.
Não haviam muitas crianças na entrada, a maioria já se encontrava lá dentro. Eleven encarou atentamente cada detalhe da escola, a tintura, a cor, portas e janelas. Era muito diferente do que havia idealizado, além do que, vendo de fora, parecia tão enorme, sentia-se amedrontada.

- Não precisa ter medo, são crianças iguais a você.

- Eu... não faço a mínima ideia do que fazer quando estiver lá dentro - Inspirou profundamente, sentindo o ar deslizar lentamente em seu pulmão.

Terry apenas sorriu, puxando a garota pela mão.

As duas atravessaram toda a extensão do pátio escolar até chegarem a uma grande porta de mármore. A placa na porta dizia "Direção". Sua mãe bateu algumas vezes até serem chamadas.
A mulher acomodada na cadeira à frente delas, usava um terno preto feminino. Tinha os cabelos presos em um perfeito rado-de-cavalo e os óculos pendurado na gola do terno.

- Bom dia - A moça sorriu. Ela olhou rápidimente para o turbante na cabeça - O que desejam?

- Minha filha vai iniciar as aulas aqui hoje.

- Ah sim? Nesse caso, nessa bem vinda à nossa escola.

- Obrigada.

A mulher fez sua mãe assinar vários e vários papéis, enquanto ela aguardava, ficou observando o escritório. Na mesa, alem de materiais escolares, haviam dois porta-retratos. Da onde estava, era difícil identificar o que havia nas fotos.

Quando terminaram, foram convocadas a irem até a sala onde Eleven estudaria. Ao chegarem lá, sua mãe se despediu, à deixando com a diretora. A mulher agachou-se ficando à sua altura antes de abrir a porta.

- Está é sua sala. Como é sua primeira vez as suas lições seram um pouco mais básicas. Não se preocuoe, isso não significa que será tratada diferente dos outros. Imagino que não queira nenhum tipo de capricho, certo?

 - Certo.

Eleven teve vontade de enfiar sua cara em um buraco quando a porta foi aberta. Absolutamente todos estavam olhando para ela (mais específicamente para seu turbante) inclusive a própria professora. A diretora pigarreou, limpando sua garganta.

- Bom dia, a sala de vocês está recebendo uma nova amiga. Espero que ela seja bem recebida por vocês e peço que se comportem e sejam gentis - Ela deu um pequeno empurrão na garota. Eleven tinha vontade de vomitar.

- Olá, seja-bem vinda! Qual seu nome? - A professora tentou sorrir para El. Eleven por sua vez, permanecia em silêncio - É... Pode se sentar se quiser.

Eleven sentou-se atrás de um garoto de cabelos escuros. Ele conversava furtivamente com seu vizinho da direita.

- Bom pessoal, hoje vamos dar início a nossa festa das nações. Como vocês devem saber ficamos com a França. Para iniciar, quero alguns desenhos representativos - Ela caminhou indo de mesa em mesa entregando folhas de sulfite para os alunos.

Ao chegar em Eleven, ela agachou-se a altura de seu ouvido, pronta para dizer-lhe algo:

- Quero um desenho auto representativo seu.

- Por que o meu tem que ser diferente?

- Não é diferente. Eu preciso ter ciência do que você é capaz de reproduzir.

- Se é o que diz... - Eleven pegou o papel firmemente, colocando-o a frente de si, pronta para dar início a sua arte. Não demorou muito para dar término ao seu desenho, fizera uma garota careca, em um balanço. Ao terminar, seguiu para a mesa da professora, entragando para ela.

- Falta colorir.

- Não trouxe meu lápis de cor.

- Você pode experimentar pedir emprestado.

- Não posso fazer isso.

- Só irei aceitar depois que estiver colorido - Ela sorriu para El. A garota bufou dando meia volta até o seu assento.

Sabia que seu primeiro dia seria complicado, mas não aquele ponto. A escola era barulhenta, as outras crianças nem disfarçavam em olhá-la, e tinha certeza que aquela professora, só havia lhe dado algo diferente, por saber que sofria de câncer.

Encarou o desenho a pouco feito sobre sua mesa. Ela não gostava de desenhar, apesar de que ter bons traços, não era o que queria para a vida dela.

-  Pode usar os meus - O garoto de cabelos escuros que ocupava o lugar a sua frente estendia seu estojo para ela. Os seus dois vizinhos de lugar o encaravam discretamente, já ele sorria amigavelmente.

- Não precisa.

- Estou insistindo, pode pegar.

- É sério, não precisa.

- Hey, são só lápis de cor, pegue. - Eleven os pegou receosa. Ela tentou sorrir.

- Obrigada.

- Não há de quê - Ele a observou abrir o estojo aos poucos. Ao notar que ela estava se incomodando, falou: - Antes de tudo, acho legal me apresentar, me chamo Michael - Ela arqueou sua sobracelha.

- Eleven.

- É seu nome?

- Sim.

- Ah, ok, Eleven... nome legal.

- Sim.

Ele continuou a observando. Estava colorindo o céu.

- Seu desenho, ele é diferente.

- Por que a garota não tem cabelo?

- Não, nem perto disso.

- Então?

- Há um balanço, mas não uma árvore.

- Não gosto de árvores.

- Hm, tudo bem então. Quando terminar, me chame ok? - Ela assentiu, observando-o virar-se para frente.

Michael, o garoto dos lápis de colorir. Engraçado, ela pensou. Ele não havia a olhado com aquele mesmo olhar que todos a olhavam, o de pena que dizia "coitadinha, tão nova". Olhara para ela como uma pessoa normal. Havia gostado disso.
 


Notas Finais


Vou revisar depois


Nemacreditoqueposteimesmo


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