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História Lances da Vida - CAPÍTULO 2 Injustiça...


Escrita por: Malfoy_Nina

Notas do Autor


Aqui está mais um capítulo da fic. Eu esqueci de avisar que a fic já está completa e será postado um capítulo por semana, geralmente as sextas ou sábados. Espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 2 - CAPÍTULO 2 Injustiça...


Título: Lances da Vida


Autora: Nina Malfoy
Beta: Samantha Tiger
Fandom: Harry Potter 
Casal: Draco x Harry 
Classificação: + 16
Gênero: Romance Colegial, Realidade Alternativa, Slash (Homem com Homem, entenderam???)
Resumo: Harry e Draco são namorados há pouco mais de três meses e mantêm o relacionamento deles em segredo. Ocorre que numa noite os dois são flagrados aos beijos... Passam por situações fortes e conflituosas. Bullying, preconceitos e injustiças. Os sentimentos deles seriam grandes o suficiente para sobreviver a tudo?
Avisos: Yaoi. Menção de Violência Física e Sexual, Estupro.
Disclaimer: Essa história é baseada nos personagens e situações criadas e pertencentes a J.K. Rowling, várias editoras e Warner Bross. Não há nenhum lucro, nem violação de direitos autorais ou marca registrada
Dedicatória: Dedico essa Fanfiction para minha grande amiga Samanta Tiger, que sempre me incentivou a escrever e sempre teve muita paciência para me ajudar e orientar. Minha primeira fic publicada é pra você Samie!! E é de Coração!!

 

LANCES DA VIDA

 

CAPÍTULO 2 – Injustiça...


— E então? Deu certo? – perguntou Ron para a irmã assim que ela juntou-se aos garotos que lhe aguardavam no refeitório antes de irem para o treino.

— Eu entreguei o abaixo assinado ao diretor. Anexei as fotos como prova para dar mais ênfase ao pedido. Ele está reunido agora com o treinador.

— Garota esperta! – elogiou Ron.

— O que faremos agora? – perguntou Neville.

— Agora esperamos. – Respondeu. 

— Onde está o Harry? – perguntou a garota ao notar a falta do rapaz.

— Não o vejo desde o almoço. – respondeu para a irmã.

— Ele não foi a nenhuma aula do período da tarde. – informou Dean.

— Bem, vou indo. – disse a ruiva desanimada por constatar que Harry não estava lá, afinal ela estava fazendo tudo aquilo para impressionar o garoto que ela gostava desde que o vira pela primeira vez — As garotas estão me esperando. Temos treino agora. Diz ao Harry que mandei um beijo e que falo com ele mais tarde fazendo favor. – disse saindo.

*** Drarry ***

— Onde você esteve a tarde toda? Procurei você pela escola inteira. – perguntou Ron ao ver Harry se aproximar deles na quadra, onde aguardavam o início do treino.

— Eu não estava me sentindo muito bem e resolvi ir para casa descansar um pouco.  – justificou-se Harry.

— Malfoy e Zabini estão chegando. Será que eles já sabem sobre o abaixo assinado? – perguntou Seamus ao ver os dois se aproximando da quadra.

— Aposto que sim. A escola toda sabe. A maioria inclusive fez questão de assinar. – informou Cedric.

— É bem feito pra cara dele. Se ele tivesse saído do time de livre e espontânea vontade nada disso teria sido necessário. – falou McLaggen.

— Eu não entendo porque ele ainda insiste em permanecer no time. Nós o estamos tratando mal desde que soubermos que ele é gay. Ele sabe que sua presença no time não é bem vinda. Isso não faz sentido. Não é como se ele precisasse de uma bolsa de esportes para entrar numa universidade para insistir tanto assim em jogar. – falou Neville. — O Pai dele é podre de rico!

— Ele só quer continuar no time pra poder ficar vendo a gente em roupa de baixo no vestiário. – falou Fred.

— Aposto que depois de cada treino ele vai pra casa bater umas punhetas pensando em nós. – concluiu Jorge vendo os amigos caírem na risada.

Blaise e Draco mantiveram-se afastados do grupo ouvindo as piadas homofóbicas dirigidas ao loiro sem que pudessem fazer nada, aguardando em silêncio a chegada do treinador que estava atrasado, o que era raro de acontecer.

O treinador chegou depois de uns 10 minutos com cara de poucos amigos.

— Trinta voltas na quadra – ordenou como costume, vendo os meninos lhe obedecerem imediatamente.

— Você não, Malfoy. – disse para o garoto. — Preciso falar com você. 

— O que houve? – perguntou ele.

— Eu sinto muito Malfoy. – disse após o restante do time ter se afastado, iniciando o aquecimento — Mas você está fora do time. – informou o treinador.

— E por qual motivo? – perguntou resignado, já sabendo qual era. Queria apenas a confirmação.

— Você sabe o motivo, Malfoy.

— Não, eu não sei. Não consigo me recordar de algo que tenha feito que infringisse as regras a ponto de eu ser expulso.

— Eu tentei ao máximo, e por mim você continuava no time, você é um ótimo jogador, mas a decisão não foi minha. Dumbledore recebeu um abaixo assinado pedindo sua exclusão, devidamente ilustrado com fotos comprometedoras. Os garotos alegam constrangimento durante os treinos e jogos, bem como a inconveniência no vestiário. Praticamente a escola toda endossou o pedido.

— Estou sendo punido pela minha orientação sexual. Sou um bom jogador. Mereço estar no time tanto quanto eles.

— Eu realmente sinto muito.

— Tem alguma chance de eu voltar?

O treinador negou com a cabeça, acabando com qualquer resquício de esperança que o loiro pudesse ter de voltar ao time. Era oficial. Draco Malfoy estava fora do time definitivamente.

Blaise observou o amigo saindo da quadra rumo ao vestiário totalmente desolado. Sem conter-se parou de correr indo até o treinador.

— Por que o Draco está indo para o vestiário? – perguntou.

— Ele está fora do time. – informou o treinador — Agora volte a correr. Cinco voltas a mais por ter parado. – falou vendo o rapaz ignorar a ordem e ir em direção ao vestiário.

— Onde pensa que vai, Zabini? – questionou 

— Vou falar com meu amigo, ver como ele está e levá-lo para casa. Boa tarde treinador. – disse saindo sem esperar respostas.

— Draco? – chamou o negro entrando no vestiário.

— Eles venceram Blaise. Estou fora. – disse Draco ao ver o amigo sem conter as lágrimas que caíam livremente por seu rosto enquanto retirava o uniforme. — Me leva embora daqui.

Harry estava correndo a vigésima volta quando viu Draco deixar o vestiário acompanhado de Zabini, interrompendo a corrida pra observar o que acontecia assim como os outros garotos.  

Zabini estava apoiando Draco em seu braço e este, por sua vez, estava de cabeça baixa, mas todos puderam ver que o loiro chorava. Ele não fez questão alguma de esconder suas lágrimas ou de conter o choro. Ele estava cansado de ser forte. Não havia mais necessidade disso. Tudo havia acabado de qualquer forma.

— Todos vocês, o show acabou. Voltem a correr. – disse o treinador chamando a atenção dos garotos que continuavam parados na quadra processando o que haviam acabado de presenciar.

Harry, ao invés de obedecer, saiu correndo atrás de Draco e Zabini, chegando a tempo de vê-los partir na moto do negro. Harry só notou que chorava quando sentiu os olhos queimando, retirando os óculos para secar as lágrimas que caíam sem sua permissão. Seu coração estava em pedaços por ver Draco naquela situação e doía ainda mais por não ter sido capaz de fazer nada para evitar.  Ele era a pior pessoa do mundo e Draco merecia alguém melhor que ele.

Após recompor-se, Harry voltou à quadra, porém não tinha cabeça e nem estomago para continuar a treinar, pedindo ao treinador que fosse liberado, alegando uma forte dor de cabeça e o treinador resolveu cancelar o treino, sentindo o clima pesado. Ver Draco Malfoy chorar daquela forma não estava nos planos de ninguém, nem mesmo no do treinador, que jamais esperou uma reação daquelas do garoto, já que não era do perfil do loiro agir daquela forma, e isso mexeu com todos, fazendo com que alguns se sentissem culpados, assim como Harry, que de todos era o que demonstrava estar mais abalado pelo ocorrido.

— Harry? – chamou Neville após a saída dos colegas, tendo ficado apenas os dois no vestiário. Harry ainda se trocava após a ducha que tomara, sem forças para acelerar os movimentos, tamanho abatimento que lhe acometia. O restante dos rapazes tinha saído após convidá-los para uma comemoraçãozinha que fariam na casa de Ron, Fred e Jorge pela saída de Malfoy do time, quase todos recuperados da cena que haviam visto, agora felizes.

— Eu me sinto mal pelo Malfoy – disse vendo o amigo lhe dirigir o olhar mostrando que estava atento as palavras que eram ditas — Sabe, eu não havia pensado que o time de basquete pudesse ser tão importante assim para ele até hoje. Vê-lo chorando daquele jeito me cortou o coração. Mas eu realmente não consigo entender o motivo, afinal é só um time de basquete do secundário.

— Draco tem problemas com o pai, que é extremamente controlador – disse sem se importar em demonstrar que possuía uma certa intimidade com o outro garoto. — E uma bolsa de estudo devido ao esporte era a chance que ele tinha de se ver livre dele. Com uma bolsa de estudos ele poderia escolher o curso que quisesse sem ter que depender do dinheiro do pai para estudar. O pai de Draco quer que ele faça administração e só vai pagar uma universidade se ele fizer esse curso. Draco já havia planejado tudo. Ele pretendia estudar a noite e trabalhar meio período quando estivesse na universidade e a bolsa de estudos esportiva complementaria sua renda até ele se formar e conseguir um emprego de período integral. Por isso era tão importante para ele permanecer no time, Neville.

— Eu não fazia ideia. A vida dele pareceu sempre tão perfeita. Nunca imaginei que o garoto riquinho que sempre teve tudo o que quis, com um futuro magnífico pela frente tivesse problemas em casa… mas como você sabe disso tudo, Harry?

— Porque ele me contou. 

— Como assim ele te contou? Por que ele faria isso?

— Porque nós somos amigos, Neville, ou ao menos éramos e ele confiava em mim para ter contado. O Draco sempre viu no esporte sua chance de ouro, então ele a agarrou com as duas mãos o mais forte que pôde. Ele não era só talentoso, não. Ele treinava muito também. Ele costumava ficar até tarde depois dos treinos. Enquanto íamos pra nossas casas ele ia até uma quadra que fica as três quarteirões da casa dele e ficava lá treinando lances livres e jogadas por horas. Só ia embora quando estava muito cansado para continuar. Ele sempre se esforçou para ser o melhor, mas agora nada disso adianta mais. Ele está fora do time e toda e qualquer chance dele se foi. E tudo por quê? Porque ele gosta de garotos? Isso não é motivo para acabar com os sonhos de uma pessoa, só que foi exatamente isso o que aconteceu hoje.

— Eu sinto muito. Se eu soubesse jamais teria assinado aquele abaixo assinado.

— Eu sei que não. Posso lhe pedir um favor? Não comenta nada com ninguém sobre o que te contei. É um assunto pessoal do Draco e eu não acho que seja da conta de ninguém.

— Pode deixar, Harry. Não contarei nada.


*** Drarry *** 

Quarta feira 

— Por que não está vestindo o uniforme, Zabini? – Perguntou o treinador.

— Não vou jogar, treinador. – disse o negro vendo todos os olhares voltarem em sua direção — Na verdade só vim para entregar minha carta de dispensa.

— Você não pode fazer isso. Já estamos desfalcados com a saída de Malfoy. – falou Cedric.

— Draco não saiu do time. Vocês o tiraram. É bem diferente. – constatou Blaise.

— Isso é vingança. Você está fazendo isso para nos prejudicar porque tiramos Malfoy. – acusou McLaggen.

— Não, isso não é vingança. Eu simplesmente não me sinto bem jogando ao lado de pessoas mesquinhas, preconceituosas e tão baixas quanto vocês.  Não dá.

— Eu não aceito sua dispensa. – disse o treinador nervoso — Agora vá se trocar.

— E se eu disser que sou gay? Vocês permitiriam que eu continuasse a jogar no time? É claro que não. Então, é só fazer de conta que sou gay e problema resolvido. Agora se me dão licença, tenho coisas melhores pra fazer. – disse deixando a quadra, rumo à saída do estádio.

— Zabini! Espere por favor. Eu preciso saber como o Draco está. – chamou alcançando o negro pouco antes de esse colocar o capacete para sair.

— Não é da sua conta, Potter.

— Por favor?

— Por que você quer saber? Não é como se você fosse fazer algo pra ajudar. 

— Eu me importo com ele.

— É nisso que você quer acreditar, mas não é como se você se importasse verdadeiramente. Se fosse verdade você estaria ao lado dele e não agindo feito um babaca e fingindo que não tem nada a ver com tudo isso. Principalmente por que isso, em parte, é culpa sua também. E não me olhe assim, Potter. Draco não me contou nada sobre vocês. Eu descobri sozinho. Se antes eu tinha alguma dúvida de que era você naquelas fotos, domingo eu tive certeza, principalmente com toda aquela encenação ridícula que você fez. 

— Eu realmente sinto muito. – confessou sem negar — Nunca quis magoá-lo e muito menos que ele saísse do time. Você não faz ideia de como me arrependo por ter ficado com Ginny, só que ele não me perdoa. Ele não deixa nem eu me aproximar dele.

— E com razão. Você machucou meu amigo. Se não bastasse tudo o que ele vinha enfrentado sozinho, pra proteger você, você ainda vai lá e o trai e pra completar agora vocês o tiram do time de uma forma totalmente humilhante. Desde que essa história estourou, ontem foi a segunda vez que Draco chorou em menos de dois dias. Ele só dormiu depois que lhe dei um calmante de tão abalado que ele estava.

— Eu sei que eu errei e muito, mas eu não tenho nada a ver com aquele abaixo assinado. Eu nunca assinaria aquilo. Você tem que acreditar em mim.

— Eu acredito que você não tenha assinado. Mas isso não faz diferença alguma. Tirarem Draco do time foi só a cereja do bolo, Potter, para coroar a humilhação pela qual ele vem passando há mais de duas semanas. Draco se fez de forte esse tempo todo, mas chega uma hora que não dá mais. Principalmente quando a pessoa que você mais confia vira as costas. Você não faz ideia do quanto ele está sofrendo.

— Eu também estou sofrendo com tudo o que está acontecendo. 

— Desculpe Potter, mas nisso eu não consigo acreditar.

— Mas é verdade! Me dói ver o que estão fazendo com Draco.

— Se dói tanto quanto você diz, por que não faz nada para ajudar? – perguntou vendo o outro abaixar a cabeça — Você não passa de um covarde, Potter. Draco merece alguém muito melhor.

— Só me diz como ele está. Eu realmente preciso saber. – insistiu.

— Como você imagina que ele esteja, Potter? Praticamente toda a escola assinou aquela maldita petição. A rejeição não veio só do time, veio da escola toda. E ele está sozinho nisso tudo, sem o apoio de quem mais importa para ele. O mais inacreditável é que mesmo depois de tudo ele ainda insiste em proteger você! Passar bem. – despediu-se colocando o capacete e dando a partida na moto, deixando Harry para trás com seus próprios pensamentos.

— O que houve, Harry? Por que saiu correndo atrás de Zabini? – perguntou Ron assim que Harry retornou. Harry pensou em mentir, dizer que havia ido atrás do negro para tentar convencê-lo a ficar no time, mas mudou de ideia.

— Eu queria saber noticias de Malfoy.

— É sério? Você foi atrás dele para isso? – perguntou em tom jocoso. — O que está acontecendo com você, Harry?

— Só estou cansando dessa palhaçada. Eu vou pra casa. Não estou com cabeça para jogar. Essa história toda está me deixando de estômago embrulhado. – falou Harry abandonado o treino sem se importar, mesmo sabendo que o treinador pudesse lhe dar alguma punição por isso.


*** Drarry ***

Quinta feira 

— Harry Potter! – chamou Hermione — O que pensa que está fazendo fugindo e se escondendo de todo mundo? – perguntou alcançando o amigo que estava sentado à sombra de uma árvore meio escondida.

— Ron pediu pra vir falar comigo?

— Pediu sim – confessou a garota sentando-se ao lado do amigo. — Ele está preocupado com você, e admito que eu também. O que está acontecendo com você Harry? 

— São coisas minhas Hermione. E eu preciso resolver isso sozinho.

— Tem haver com Malfoy, não é?

— É tão óbvio assim?

— Não muito. A não ser que você seja um ótimo observador. Eu mesma só tive certeza na segunda, quando notei a mudança no seu comportamento após você ter ficado com Ginny.

— Bem, Zabini foi mais rápido que você – falou brincando — Ele teve essa certeza no domingo.

— Está tudo bem, eu supero isso, afinal ele me venceu por apenas um dia. – disse a garota entrando na brincadeira. — Há quanto tempo estão juntos Harry?

— Três meses, uma semana e três dias até terminarmos.

— E Mais alguém sabe, além de mim e Zabini?

— Acredito que não. Draco, mesmo com tudo que aconteceu, ainda está me protegendo. 

— Vocês brigaram por causa de Ginny, não foi?

— Foi. Eu o traí quando fiquei com ela, e ele não me perdoou.

— Você realmente foi um canalha, Harry. – disse a garota pra espanto do outro — Você beijou Ginny o tempo todo na frente dele – justificou. 

— Ok. Em minha defesa, eu não tive muita escolha. Fui praticamente obrigado a ficar com ela. Ron me colocou numa saia justa. Você estava lá e viu tudo. 

— Você teve escolha sim Harry, só que você foi covarde demais pra fazer a escolha certa.

— Eu achei que você fosse minha amiga, Hermione, e que tivesse vindo pra me ajudar – disse Harry irritado.

— Eu vim para te ajudar, sim, Harry. Mas isso não significa que eu concorde com suas atitudes. Ou a falta delas.

— O que você quer dizer com isso? 

— Que você errou, não só em ficar com Ginny, mas quando deixou Draco sozinho no meio desse pesadelo. Ele não contou quem era o garoto com ele nas fotos pra te proteger. Mas isso não significava que era pra você manter-se escondido o tempo todo. Você deveria ter se revelado por si mesmo e ficado ao lado dele.

— E de que isso adiantaria?

— Talvez nada. Talvez tudo. Só que você estaria ao lado dele.

— Eu estraguei tudo, não foi?

— Eu não sei Harry. Mas se Malfoy continua a lhe proteger talvez você ainda tenha alguma chance. Só faça a coisa certa. 

— Que seria?

— Assumir que gosta dele publicamente e ficar ao lado dele.

— Não sei se posso fazer isso, Hermione.

— Neste caso eu tenho pena de você meu amigo. Draco perdeu muita coisa com essa história, mas acredito que você tenha perdido muito mais. – disse Hermione saindo e deixando Harry novamente sozinho.


*** Drarry ***

— Atenção! Venham todos aqui. – chamou o treinador. — Como sabem, estamos desfalcados para o jogo de sábado. Perdemos dois titulares e um deles era nosso armador.

— O Harry pode substituir Malfoy. – afirmou Ron.

— Sim, Weasley, Potter será o armador titular, o problema é que nosso esquema de jogo ficará prejudicado, já que jogávamos com dois armadores, com Malfoy e Potter revezando na posição e evitando a marcação. Agora, por conta de jogarmos com apenas um amador, Potter será imensamente marcado e se acontecer alguma coisa com ele não temos um armador reserva. Sem contar que estamos com menos jogadores no banco de reservas, já que não foi possível preencher as vagas. Fred e Jorge Weasley, vocês entram como alas titulares amanhã. E Diggori, a partir de hoje você será o capitão. Não me desapontem. Agora vamos treinar que não temos tempo a perder.


*** Drarry ***

Sexta feira 

— Harry, eu estava te procurando. – disse a ruiva vendo Harry sair de uma das salas de aula. — O que houve? Você está com uma cara péssima!

— Não dormi direito essa noite. 

— Isso se chama remorso, Potter – disse Blaise passando pelo casal no corredor.

— Eu queria mesmo falar com você, Zabini. Você tem um minuto? – perguntou Harry ignorando a ruiva ao seu lado.

— Harry?! – disse a garota indignada.

— Ginny, me desculpe, mas falo com você depois. – disse dispensando a menina que saiu pisando duro de raiva.

— O que quer agora, Potter? – perguntou o negro ao notarem que estavam sozinhos no corredor.

— Saber notícias de Draco. Ele não tem vindo às aulas.

— O que você queria depois daquele abaixo assinado que o tirou do time? Foi muita humilhação. Eu no lugar dele também não estaria vindo às aulas.

— Como se Lucius fosse permitir que ele faltasse desse jeito sem um bom motivo. 

— E isso não é um bom motivo?

— Não pra Lucius. Nem mesmo quando Narcissa morreu ele permitiu que Draco faltasse um único dia sequer. Aquele idiota sem coração fez o filho de 10 anos ir pra escola. 'Responsabilidades primeiro’.

— O que você sabe sobre Lucius? – perguntou incerto.

— Eu sei tudo. – disse vendo os olhos do rapaz se arregalarem em espanto. — O que você esperava? Draco e eu éramos namorados. Contávamos tudo um para o outro. Sem contar que certas coisas são bem difíceis de esconder, principalmente do namorado.

— Então você sabe a intenção de Draco em relação ao basquete e os motivos para isso?

— Sim. Ele me contou após nossa primeira vez.

— Ok, informação demais. Pula essa parte que não estou interessado em saber quem come quem, por favor.

— Então me diz como ele está Zabini!

— Eu não sei como ele está, ok? Realmente não sei. Draco não tem atendido ao telefone desde ontem. 

— E por que você não foi até a casa dele? Ele é seu melhor amigo!

— Você é idiota, Potter? É claro que eu fui até lá. Várias vezes, aliás. Mas ele não me recebeu. 

— Será que aconteceu alguma coisa?

— Espero que não. Mas, sinceramente, estou preocupado com ele. Você conhece Lucius afinal de contas e sabe do que ele é capaz.

— Por isso estou muito preocupado com ele, Zabini. 

— Então faça alguma coisa para ajudá-lo, Potter. Seja homem uma vez na vida e vai atrás dele.

— Ele não me quer mais. E ele tem todas as razões para isso. 

— Ele tem sim, com toda certeza. Eu no lugar dele já tinha mandado você às favas muito tempo atrás, mas infelizmente eu não sou ele e eu detesto ter que admitir Potter, mas acredito que você ainda tenha alguma chance com ele. É só fazer o que é certo.


*** Drarry ***

— Vocês jogaram muito bem hoje – disse o treinador após encerrar o treino. — O jogo de amanhã não será nada fácil. O time Durmstrang é formado apenas por veteranos e são muito bons. Então teremos que dar o nosso máximo. Quero todos 100% concentrados no jogo o que significa que os problemas pessoais devem ficar fora da quadra, estamos entendidos?

— Sim senhor. – responderam.

— Ótimo!! Agora vão pro chuveiro e depois direto para suas casas. Nada de sair para dar um rolê ou namorar. Guardem suas energias para usá-las no jogo amanhã. Boa noite a todos – se despediu o treinador.

— Vocês acham que podemos ganhar o jogo amanhã? – perguntou Dean assim que entraram no vestiário.

— Espero que sim. É um jogo muito importante. Se perdermos nossas chances de vencer o regional serão praticamente zero e estaremos fora do estadual de novo. – respondeu Cedric.

— Vai dar tudo certo – afirmou Ron — O Harry vai dar conta do recado. Ele é tão bom quanto Malfoy na posição de armador. Aí é só fazermos nossas partes e acertarmos as cestas. — Certo Harry?

— Pode apostar que darei o meu melhor em quadra amanhã. – disse Harry entrando no chuveiro e ligando a ducha.

— Harry, estou indo com Jorge e Fred. Neville vai conosco. Você quer uma carona também? 

— Não obrigado. Podem ir. Ainda vou demorar por aqui. Não estou nem um pouco com pressa. 

— Tudo bem. A gente se vê amanhã no jogo. Boa noite amigão!

 — Até amanhã Ron.

Harry mais uma vez foi o último a sair do vestiário, deixando o ginásio em passos lentos. Foi andando até sua casa com os pensamentos no loiro. – “Queria tanto estar com você agora Draco. Por que eu tinha que ser tão covarde assim? Por quê? Será que algum dia você será capaz de me perdoar? Eu te amo tanto!!!”



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