Escrita por Ayla.
Observo o céu azul no topo de um monte verde, recebendo lufadas no rosto. Quantas horas fazem desde que cheguei aqui? É impossível recordar. Note: não é como se eu não tivesse uma casa, não é como se eu não tivesse para onde voltar... Mas toda minha vida parece ter desligado e talvez eu esteja vivendo no automático.
Fugi de todo o caos e angústia da rotina e comecei a observar como as preocupações da vida são inúteis. No final, todos vão ser os mesmos, matéria orgânica abaixo de terra, dividindo sua composição com anelídeos. Todas as pessoas que causam meus sentimentos negativos parecem sumir, as obrigações são levadas por esse vento calmo e reconfortante que me acaricia.
Solto os cabelos, reclino na grama e observo a paisagem pintada só pra mim nessa grande tela azul e branca. Um sorriso gigante se forma no meu rosto, e esqueço de tudo que um dia me fez mal. A gritaria em casa, as brigas, as falsas amizades. Ah, todas essas besteiras são pequenas comparadas à felicidade que sinto agora, que calmaria magnífica.
Uma hora vou ter que encarar todas as coisas negativas, mas esse remanso do qual desfruto me renova. Como se eu tivesse acordado de um sonho bom e esteja pronta para encarar a vida com um belo sorriso. Acho que eu precisava desta pausa, finalmente posso respirar e pensar um pouco em mim.
O sol me sorri de volta, e eu me sinto inspirada para viver de novo, tentar mais uma vez. Junto as coisas na minha pequena mochila marrom e me levanto, descendo o penhasco do meu lugar secreto, pronta pra encarar os demônios de todos os dias.
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