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História Last Blood - Headache


Escrita por: CamzDelicious

Notas do Autor


Eae gente o/
To com fic nova, se quiser ver, vai estar o link nas notas finais.

Boa leitura.

Capítulo 28 - Headache



            Se eu não estivesse em uma missão tão importante, eu ficaria deitada nessa cama o resto da minha vida, sentindo a respiração calma da Camila em meu pescoço.            

            É... Eu com certeza morreria feliz se eu morresse hoje.    

            Apesar de tudo, é isso que todas as pessoas procuram todos os dias, independente da época, independente de que tipo de caos está enfrentando no momento. As pessoas procuram um amor. Um amor diferente do que você sente por sua família e amigos. E quando você perde todo o amor familiar, é quando você mais precisa de um amor diferente. No final, sem o amor, não sobra nada.          

            Camila, ainda dormindo, me aperta mais contra ela. Solto uma risada baixa. Ás vezes eu não sei se a acho extremamente fofa ou extremamente sexy. Como agora. Ela está agarrada em minha cintura enquanto seu rosto fica cada vez mais próximo do meu pescoço. Essa é a parte fofa. A sexy é que ela está completamente nua quase que em cima de mim. Estou em duvida do que acho dela nesse momento.                    

            Não tenho duvidas do motivo da obsessão do cara que raptou ela, por mais que eu tenha adquirido uma antipatia enorme por esse cara. Teria sido esse tal de Luccas que Leonard nos informou? Acredito que sim. Ele não teria mencionado esse nome se não fosse o mesmo cara.            

            Começo a dar beijos no rosto da latina. Ela começa a se remexer, dando sinais de que está acordando, até que seus olhos se abrem e me fitam. Ela sorri e me beija rapidamente.

            — Se veste. Nós temos que enganar alguns babacas. — ela solta uma risada leve e me permito acompanha-la.          

            Assim que colocamos nossas roupas novamente e comermos algo antes, saímos o mais depressa possível do prédio.      

            — Ai meu Deus! Lauren! — Camila aponta para nossa direita assustada, assim que saímos do prédio, onde se encontra uma horda enorme de zumbis vindo em nossa direção.        

            — Eles sabem que estamos aqui. — murmuro baixo. Seguro no braço de Camila que parecia estar entrando em pânico e começo a correr junto a ela.          

            — C-como assim eles sabem? Mal chegamos aqui. — ela fala com certa dificuldade pela correria e pelo seu pânico repentino.           

            — De alguma forma, eles fazem os zumbis se moverem. Eu não sei como, mas agora entendi o porquê encontrarmos muito pouco zumbi no caminho. É a tática deles, usar seus inimigos mais burros contras os inimigos mais espertos.           

            Como eu não percebi isso antes? Como eu não notei que os zumbis foram obra deles? Talvez tenha sido o plano deles desde o começo. Pelo que Leonard me disse, eles raptam apenas uma pessoa, matando o restante delas deixando apenas um de nós vivo. Eles atiraram em mim, me viram caindo e provavelmente todo o sangue que foi derramado. Talvez eles tenham achado que eu ia morrer de qualquer jeito, por isso não se preocuparam em terminar o serviço e por isso não tentaram nada com Normani. Até por que, tinha uma horda enorme de zumbis na nossa direção.      
           
            Eu era o alvo e Normani a mensageira.      
           
            Me pergunto se eles lembrariam de mim se me visse novamente e me pergunto mais ainda, se o motivo de deixar Mani viva foi por que a garota já havia sido raptada uma vez. Não. Por que eles fariam isso? Por que deixariam junto à pessoa que já havia enfrentado uma coisa dessas antes? Se fosse eu no lugar deles faria ao contrario. Ou talvez eles fizeram isso por que não me conhecia e pensaram que era bem provável que eu fosse nova lá e que não faria diferença a minha morte ou que talvez as pessoas da base militar não acreditariam em mim.  

            Ou eu apenas estava no lugar errado na hora errada, como um dia ouvi alguém dizer em um filme da tv.           
           
            De certa forma isso é genial. Manipular tantos mortos vivos não deve ser fácil, e a pessoa por trás dessa ideia é um completo gênio. O que me faz questionar se não estamos entrando em uma bela furada com isso.                       

            — E... E por que eles fariam isso? — Camila me pergunta após um tempo, como se estivesse digerindo o que acabo de falar.   

            — Movendo os zumbis, eles automaticamente movem você e eu junto. Ou seja...         

            — Estamos indo para a armadilha deles! — completa a latina já compreendendo a situação. 
           
            — Exatamente. — mas eles não devem estar contando que é exatamente isso que queremos.           

            Corremos duas quadras inteiras até pararmos no meio da rua onde se tem três caminhos para ser seguido. Esquerda, direita ou continuar em frente.  

            Olho para trás vendo os zumbis se aproximarem.  

            — Vamos! Vamos! — murmuro olhando para os lados, esperando um sinal de para onde devemos ir.                       

            — Por que estamos paradas aqui mesmo? — Camila me pergunta com uma pitada de humor e nervosismos ao mesmo tempo em sua voz.

            — Estamos esperando que indique nosso caminho.           

            Olho para a direção que estávamos seguindo e reparo ao longe uma horda de zumbis vindo até nós. Eu sorrio. Menos um caminho. Então ouço a minha direita milhares de passos. Olha para essa direção e sorrio mais uma vez ao ver que eu estava certa.           

            Corro para a esquerda enquanto Camila corre ao meu lado.       
            É só seguir o caminho e então estaremos em sua armadilha. Ou melhor, eles estarão na nossa armadilha.            

            Seguimos o caminho reto, sem desvios até que a nossa frente aparecem mais zumbis, indicando que devemos seguir para a direita. Logo depois nossa direção foi desviada para esquerda. Então esquerda novamente. Direita. Direita. Esquerda.    

            Então paramos de correr ao ver dois carros e um caminhão parado no meio do caminhão. São eles. Só pode ser eles. Não ouço mais os gemidos e grunhidos dos zumbis e nem sinto mais o chão tremer por causa dos milhares de pernas se rastejando por ai.    

            Mas onde eles estão afinal?

            — É aqui? — Camila me pergunta em um sussurro ofegante.      
            Eu não a respondo. Uma resposta pode fazer com que eles nos ouçam e vejam que algo estar errado.            

            Um cara alto, pele branca e cabelos longos puxados em um rabo de cavalo aparece em nossa frente. Um sorriso sádico brinca em seu rosto, direcionado inteiramente a Camila. Ele parece feliz em vê-la. Doentio mente feliz.   

            — Mila! — ele exclama alegre abrindo os braços, ainda parado em nossa frente. Não tenho certeza, mas acho que esse movimento parece apenas uma mania dele, e não um pedido de abraço. — Eu senti sua falta.            

            Camila parece tensa ao meu lado. Sinto a necessidade de abraça-la, conforta-la, ou ao menos segurar sua mão. Mas eu não posso.       

            Esse é o Luccas. Só pode ser ele. É o mesmo cara que mencionou o nome de Leonard aquele dia.      

            Eu poderia ataca-lo agora mesmo. Cortar sua garganta e vê-lo sangrar até a morte. Mas sei que ele não está sozinho. Quem em sã consciência ficaria sozinho por aqui? Além do mais, mesmo um tanto longe, consigo ver em um prédio um pequeno brilho incomum por causa do som. Um sniper. E eu provavelmente sou o alvo.   

            Ele caminha a passos curtos e lentos até nós. Ele não parece se lembrar de mim. Nem sequer está prestando atenção em mim. Está tão hipnotizado e entregue pela a latina ao meu lado que nada parece importa para ele. Sinto raiva em dizer isso, mas poderíamos usar isso a nosso favor. Camila deve ter usado isso a favor dela. Poderíamos fazer novamente.            

            Vejo então vários homens armados até os dentes saírem de trás dos carros. Todos com as caras sérias. Todos mal encarados, típicos homens que ficavam em bares no meio do nada e que provavelmente foram criminosos algum dia. Ou são até hoje.      

            Engulo em seco e reprimo um suspiro.       

            Só espero que esse plano nesse seja um suicídio coletivo.

            — Como você está morena? — sinto nojo de suas palavras. Camila me encara de canto de olho, como se estivesse sentindo o mesmo que eu.           

            Logo o homem, com brilho nos olhos, direciona sua mão imunda nos rosto da latina. Sinto a necessidade de arrancar seus dedos, sua mão e seu braço, para que ele nunca mais seja capaz de fazer isso. Mas eu apenas o encaro impassível. Como se os movimentos deles não fizessem diferença na minha vida. Não aperto minha mão e nem trinco a mandíbula. Ele notaria o ciúmes e isso poderia me causar a morte. A minha morte não está nos meus planos agora.   

            Ele finalmente parece me notar. Ele larga o rosto da Camila e eu dou graças a deus por isso. Não sei quanto tempo conseguiria ver isso sem fazer nada. Sem esboçar reação.           

            — E quem é você? — ele me pergunta como se estivéssemos em um bar e essa conversa fosse casual. Por Deus. Seu cinismo não se compara ao meu.           

            — Michelle. — respondo sem muita vontade. Ele não parece notar isso.                       

            — Ao que devo a honra da presença das duas moças na minha cidade? — ele sorri macabro para mim. Sua cidade? Arg! Eu poderia fazer um estrago nesse sorriso dele se tivesse a chance.                     
            — Estávamos procurando por mantimentos e correndo de uma horda enorme de zumbis. Estanho... — digo no mesmo tom que ele. Ele parece gostar de ser cínico com desconhecidos, assim como eu. — Parece que pararam de nos seguir.        

            — Muito estanho, de fato. — ele continua com o mesmo sorriso. — Talvez tenham despistado eles.  

            Ele está enrolando. Por que ele está enrolando? Será que está pensando se deve ou não me matar? Se deve ou não me deixar aqui e levar apenas a Camila?   

            — É... Talvez. — franzo o cenho. Não consigo entender o jogo dele. Não consigo decifrar seus pensamentos. Eu odeio essa sensação de fragilidade que estou sentindo agora.            

            Ele olha algo atrás de nós e sorri para mim. Então finalmente entendi, e a única reação que consigo fazer é tentar inclinar o meu corpo para trás. Mas antes de concluir meu ato, sinto minha cabeça doer e Camila gritar o meu segundo nome. Agora é tarde mais.


Notas Finais




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