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História The Last Ride - Uma história por trás da outra


Escrita por: aevans_j

Capítulo 11 - Uma história por trás da outra


Lauren Jauregui.

Fechei a porta do quarto onde Chris estava dormindo e suspirei, olhei para o corredor onde Camila estava me esperando, ela sorriu e eu fiz o mesmo. Fui até ela e me abaixei em sua frente, tirei um pouco de sua franga da frente do seu rosto e beijei sua bochecha, ela tocou em meu rosto e fez um leve carinho alí.

- Você está bem? - Perguntou e eu suspirei.

- Eu não sei.

- Quer conversar? - Assentir e ela se afastou indo para o quarto em que ela estava, fui atrás e fechei a porta, ajudei a mesma a se sentar na cama e me sentei ao seu lado.

- Toda a minha vida eu achei que Christopher me odiava por ser diferente, mas ele só queria atenção. - Franzir o cenho. - Eu me sinto mal por não ter visto isso. Christopher estava mal e eu não percebi.

- Não foi sua culpa. - A encarei. - Qualquer um pode ficar mal por está sendo deixado de lado, mas nem tudo explica o fato dele ser agressivo contigo. - Assentir.

- Esse é o ponto, Camila. Christopher não é filho do meu pai. - Ela franziu o cenho. - Mamãe teve um caso com um antigo amigo da faculdade…meus pais não eram casados ainda, mas como eu já havia nascido eles moravam juntos e papai pretendia pedir minha mãe em casamento, então foi na minha festinha de aniversário que em um briga por causa desse amigo, minha mãe acaba soltando que Christopher era filho desse tal amigo.


Festa de aniversário da Lauren

Estava sentada na mesa junto a Chris que tentava a todo custo passar a mão no bolo em nossa frente, tudo bem que eu também queria, mas nossos pais estavam conversando na sala e apenas Chris e eu estávamos na cozinha. Foi quando ouvir o grito de minha mãe.

- Ele não é o teu filho! - Olhei para Chris que também me encarou, engoli o seco e desci da cadeira, peguei Chris no colo e fui para a sala, meu pai estava vermelho e minha mãe tinha as mãos sobre a boca.

- O que você disse? - Meu pai encarava minha mãe.

- E-Eu…

- Você me traiu? - Meu pai estava sério e eu estava com medo dele, Chris segurava em meu pescoço e olhava para a cena em nossa frente, assim como eu. - Me responde, Clara! - Ele gritou nos assustando e Chris começou a chorar e chamar por nosso pai.

- Papai!

- Me responde, Clara!

- Papai! - Chris continuava.

- Sim, eu trair! Satisfeito?! - Meu pai tinha o rosto banhado a lágrimas assim como todos naquela sala.

- Papai!

- Cala a boca! - Gritou assustando Chris que chorou mais ainda, apertei meu irmão em meus braços como se a qualquer momento alguém pudesse tirá-lo do meu braço.

- Mike eu posso explicar…

- Explicar o que? Que aquele garoto não é o meu filho? - Apontou para Chris que ainda chorava. - Você quer me dizer que eu fiz de tudo por ele, que dei todo o meu amor e suor por uma garoto que não é o meu filho?!

Chris não parava de chorar e minha mãe tentava se aproximar do meu pai que só se afastava.

- O que mais está escondendo? Lauren é a minha filha?

- Claro que sim! Ela puxou tanto pra você quanto pra mim! - Ela gritou.

- Vai embora da minha casa.

- Mike...

- Vai embora com o seu filho.- A gente pode conversar, eu não tenho pra onde ir com os meus filhos, Mike, por favor.

- E quem disse que Lauren vai? - Minha mãe franziu o cenho.

- Michael..

- Pegue Christopher e vai embora da minha casa. - Minha mãe engoliu o seco. - Eu te dei tudo, Clara…e você jogou meu amor no lixo e a nossa família foi junto. Eu quero você e esse bastardo longe de mim e da minha filha! - Ele gritou e foi quando minha mãe não esperou mais e pegou Chris no colo e subiu.


- E eu fiquei alí…- Olhei para Camila. - Olhando minha mãe e meu irmão irem embora. Papai e eu ficamos um ano longe deles, com esse tempo, Chris conheceu o verdadeiro pai dele e foi um pesadelo para ele, o pai dele era violento tanto com ele quanto com a minha mãe.

- E o que o seu pai fez? - Perguntou segurando as minhas mãos.

- Quando ele descobriu o que Chris e minha mãe estavam passando ele não pensou duas vezes, me pegou na escola e fomos atrás deles, papai pediu perdão a minha mãe que fez o mesmo, ele conversou com Chris e meu irmão contou que…- Suspirei. - Que ele apanhava todo dia e que chegou a ser…- Lembrar daquilo me fazia querer vomitar. - Ele chegou a ser estuprado por aquele homem. - Camila arregalou os olhos. - Ele não podia falar na pra minha mãe porque aquele homem nojento ameaçava bater na mamãe se Chris falasse algo e pra protegê-la, Chris ficava de boca fechada. - Camila limpou minhas lágrimas. - Depois daquilo tudo Chris ficou agressivo e quando Taylor nasceu foi tudo pior, mesmo nós sendo crianças eu podia vê a satisfação dele em me bater e eu juro Camila, eu juro que não fazia nada por pena dele e eu não posso perdoá-lo fácil assim, eu sinto que Chris não mudou muito e que algo que liga ele a violência tem a ver com aquele homem, ele o mostrou.

- Converse com Chris sobre isso. - A encarei. - Eu falei pra ele que pessoas merecem uma segunda chance e falo o mesmo pra você, eu não sei como é passar por aquilo que ele passou, mas sei que se não o ajudarem, ele pode fazer coisas horríveis, ele precisa de você e todos que querem o melhor dele. - Ela beijou minha testa.

- Não estou pronta para perdoá-lo.

- Não estou pedindo que o perdoe, apenas tente entender o que ele tem, descubra qual é o medo dele e o ajude com o que ele precisar, não vai ser fácil, nunca é fácil, não o deixe sozinho nessa, Lauren. Seja a irmã que ele precisar, faça ele se senti uma boa pessoa.

A encarei e por fim a beijei, não queria mais falar sobre aquilo, não perdoaria Chris pelo o que ele fez, mas faria o que Camila me aconselhou a fazer. Ajudaria o meu irmão em tudo que ele precisasse.

[…]

Olhei para o meu avô que franziu o cenho quando olhou para Chris que também tinha o cenho franzido e encarava tudo na mesa de jantar, ele estava confuso por ter tantos talheres, pratos e taças alí.

- Eu acho que ele está mais confuso que eu.- Camila sussurrou para mim que a encarei e a mesma ainda não havia tocado na comida, sorrir e apontei para o garfo a sua esquerda, ela sorriu e assentiu.

- Martin. - Meu avó chamou nosso mordomo que logo chegou a sala de jantar.

- Em que posso ajudar?

- Tire os talheres que não iremos usar essa noite e as taças. - Martin assentiu para o meu avô que me encarou e eu sorrir de lado, ele negou e eu fiquei seria, encarei minha avó que piscou para mim e acabei sorrindo.

- E então Christopher…- Vovó chamou atenção do meu irmão que a encarou rapidamente. - Você pretende cursar que faculdade?

- E-Eu...- Meu avô o interrompeu.

- Não gagueje enquanto fala, garoto. - Chris assentiu e engoliu o seco, ele me encarou e eu assentir.

- Eu quero ir para Zurique, a uma academia de polícia lá e quero fazer parte.

- Zurique? Por que tão longe de casa? - Vovó perguntou.

- Sempre quis conhecer Zurique e ficar um tempo longe de Miami será bom. - Deu de ombros e minha avó assentiu.

- Isso vai ser bom pra você. - Ele assentiu e sorriu pra minha avó.

- Eu sei que esse não é o momento…- Ele chamou a atenção de todos na mesa. - Mas queria me desculpar, nunca fui e nunca serei um ser humano perfeito, todos esses anos fui a pior pessoa com Lauren e com vocês, é difícil perdoar, sei disso…- Ele encarou Camila. - Mas alguém me disse que todos precisam de uma segunda chance. - Camila sorriu e Chris voltou a encarar nossos avós. - E se quiserem, não estou implorando, mas se sentirem bem com isso, peço uma chance pra mostrar que posso ser alguém melhor.

Encarei meus avós, vovô segurava a taça em sua mão e encarava minha avó, era como se eles conversasem pelo olhar.

- E essa pessoa tem razão, garoto. - Meu avô se pronunciou e encarou Camila rapidamente. - Seu perdão não é aceito. - Chris assentiu. - Mas terá uma chance de mostrar que pode mudar.

- Eu entendo e agradeço.

- Faça valer a pena, garoto. - Chris assentiu e sorriu, Camila me cutucou e eu a encarei.

- Tenho que ir ao banheiro. - Sorrir e assentir. - Com licença, vou ao banheiro. - Meus avós assentiram e Camila saiu da mesa de jantar.

- Camila é uma garota fantástica. - Vovó comentou e eu a encarei.

- É sim. - Sorri.

- E o que ela acha de você? - Acabei rindo com Chris.

- Ah, acho que ela me acha uma grande amiga. - Dei de ombros.

- Você acha que ela te acha uma grande amiga? - Vovô riu perguntando. - Você percebeu como ela é especial pra você? Vocês tem uma ligação…bem estranho, mas tem.

- Se Camila não te achasse mais do que um amiga ela não viria com você para Paris. - Chris comentou e eu o encarei. - Camila nunca foi uma garota que correria atrás de alguém, mas ela sabe que vale a pena por você. - Ele sorriu e eu apenas fiquei pensando naquilo.

Queria conhecer Camila melhor, mas não voltaria para Miami, eu não posso deixar meus avós sozinhos, não mais.

Logo Camila voltou e terminamos o jantar, depois nossos avós se despediram e foram para o quarto, Chris disse que estava morrendo de sono ainda, mas eu sabia que ele estava apenas arranjando uma desculpa para ir pro quarto e me deixar sozinha com Camila, o que realmente aconteceu, fomos para a sala e resolvemos assistir algum filme, ficamos alí até eu olhar para ela e perceber que a mesma também me encarava.

Ela sorriu e olhou para a tv, suas bochechas estavam em um tom avermelhado, seu cabelo estava preso em um coque alto e ela mordia o lábio inferior.

- Pare de me encarar assim. - Resmungou e eu sorri, ela me encarou se ajeitando e virou-se para mim. - Posso fazer uma pergunta?

- Claro.

- Eu não consigo tirar o que aconteceu com Chris da cabeça…- Assentir. Nem eu conseguia. - O que aconteceu com o pai dele?

- Eu não sei. - Suspirei. - A polícia nunca o encontrou. - Assentir.

- Sinto muito. - Ela tocou meu joelho.

- Eu também. - A encarei. - Eu queria conversar…- Ela me encarava atentamente. - Sei que veio comigo com uma única missão, me levar de volta.

- Eu vim por causa de sua avó também, mas o real motivo é você. - Assentir. - Eu quero te fazer mudar de ideia, mas sei que seus avós são importantes pra você e você não quer deixá-los.

- Eu os amo, Camila. - Ela assentiu. - Eu amo minha família e amigos, mas não posso deixar os únicos que me viram crescer e me ensinaram o que fazer quando estiver perdida. Eu sinto muito por ter vindo até aqui e não ter conseguido o que queria, sinto muito mesmo, mas não vou voltar pra Miami.

- Bom…eu tentei. - Ela deu um sorriso sem mostrar os dentes. - Melhor eu ir dormir. - Fui ajudá-la para subir na cadeira, mas ela foi rápida e se sentou sozinha. - Boa noite, Lauren.

- Camila…- Ela não disse nada, apenas foi para o quarto, suspirei e me joguei no sofá. - Que droga.

- Se sua vó não estive fraca ainda com certeza eu a deixaria sozinha e te levaria para um internato. - Me sentei corretamente no sofá assim que ouvir a voz de meu avô. Ele caminhou até alí e se sentou comigo. - Onde está aprendendo esses palavreados? Com Veronica? Demi? - Rir e neguei. - Na nova escola? Sabia que não deveria ter deixado você ir, Miami é um pecado! - Acabamos rindo.

- Estava alí a muito tempo?

- Tempo suficiente para ouvir o que disse para aquela garota. - O encarei. - Você sabia que quase não me caso com a sua avó.

- Achei que o casamento tinha sido arranjado por seus pais e que mesmo assim estavam felizes por casarem um com o outro.

- Estávamos, mas ficamos feliz quase no dia do nosso casamento. - Sorriu. - Meus pais me apresentaram Angélica assim que ela chegou em Miami, nos odiamos alí, eu não queria casar e muito menos ela, fomos obrigados a passar alguns meses juntos antes do casamento, acredite ou não, sua avó era a mais bravinha do que qualquer garota. - riu. - Passei meses a tirando do sério, até que nos entendemos e resolvemos fazer isso, nos casar só pra atormentar a vida de nossos pais, acabou que realmente nos apaixonamos e tivemos Clara e o resto dos nossos filhos. - Sorriu mais ainda.

- Então por isso não quiseram arranjar marido para mamãe?

- Sua mãe estava grandinha, demos a oportunidade dela arranjar o grande amor e devo admitir que no começo não gostei de Mike, mas ele era e é um bom homem, nunca foi infiel a ela, ele a amava como se fosse a própria vida. Clara quem foi a doce decepção. - rirmos. - Ela sabia que havia cometido um grande erro, mas tudo se resolveu, tive raiva quando seu pai a levo de volta pra Miami, havíamos saído de lá pois tinha um trabalho me esperando em Paris e aquele lugar a chamou de volta. Chris mesmo não sendo filho de Mike ele o trata como se fosse, ele idolatra aquele garoto e quer o bem dele. - Assentir. - Clara te ama e seu pai mais ainda, sabemos que foi difícil te deixar ir e sabemos que é difícil te perder de novo, mas sua nova vida está em Miami, muitas coisas aconteceram lá e aqui, mas sua avó e eu não precisamos te vê sozinha de novo.

- Não estou sozinha, tenho a vocês e meus amigos.

- Mas não pai e mãe, irmãos e uma garota. - Arquei a sobrancelha. - Seus pais ficaram longe demais de você, seus irmãos se distanciaram um do outro, mas você pode fazê-los felizes novamente, assim como a garota que você está tentando convencer que nem ela consegue te mandar de volta. - Ele segurou minhas mãos. - Estaremos sempre aqui querida, estaremos sempre contigo e nada vai mudar isso, mas chegou a hora de parar de se esconder entre as portas dessa cidade, há pessoas te esperando, seus amigos e família, e sua avó e eu não sairemos daqui, nunca. Então minha menina, não seja um crianças indefesa como antes, seja uma garota fantástica e forte, aproveite o mundo lá fora e ame tudo que poder. - Beijou minha testa. - Não esqueça, você é uma boa garota e tem bom grande coração…

- Mas seja fria e educada. - Completei e ele sorriu.

- Iria esquecendo, Cole me avisou sobre uma corrida que você não participou. - Sorri de lado. - Eu aceito tudo, mas não ir a uma corrida é demais, Michelle. - Ele só me chamava assim quando estava me repreendendo.

- Tive que viajar. - Ele assentiu.

- Amanhã terá uma corrida, você terá que correr e não venha dizer que não irá, aliás, os Benson irão jantar conosco amanhã antes da corrida.

- Isso quer dizer que Ashley vem?

- Sem dúvida, mas não se preocupe com isso. - Assentir. - Vá dormir, amanhã você levará sua namorada e seu irmão para passear.

- Ela não é minha namorada. - Ele assentiu.

- Eu sei, mas isso soa legal. - rir. - Vá para cama, Lauren.

Ele tinha razão sobre minha nova vida e tinha razão de como isso soa legal.


Notas Finais


E então como estão?
Gostaram desse capítulo??


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