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História Last Wish - Desejo


Escrita por: pinkblooded

Notas do Autor


Olá!
Ultimamente ando me sentindo inspirada pra escrever, hehe.
Last Wish não vai ser uma fanfic muito longa, é provavel que não passe de cinco capítulos, talvez até menos. Espero que gostem!
Boa leitura <3

Capítulo 1 - Desejo


Fanfic / Fanfiction Last Wish - Desejo

 -Qual o seu último desejo?

 -Quero que meus shipps do GazettE se tornem realidade.

 

E assim, de alguma forma, o desejo final daquela garota foi prontamente concedido.

De repente, como em um espasmo, Aoi se virou na direção do loiro alto que se encontrava a menos de um metro de si. Já não prestava mais atenção nos testes de som que faziam naquele palco, importantíssimos para o show que se aproximava.

Sua mente estava em branco. Ou melhor, nela só havia a imagem de Takashima Kouyou. Desde quando tinha se tornado tão atraente?

 Percebeu o homem de madeixas loiras encara-lo, dizia algo. O que era? Não conseguia entender... Os sons estavam abafados. Tudo parecia passar em câmera lenta. A única coisa à qual conseguia prestar atenção era no movimento de abre e fecha que os lábios do mais alto faziam ao proferir palavras às quais ele não ouvia.

Lábios carnudos. Sedosos. Convidativos. Teria sua língua o sabor do chiclete de morango o qual insistia em mastigar frequentemente? Não sabia, porém queria ter a oportunidade de provar.

E aquele pescoço de pele alva, que parecia convida-lo a encaixar o rosto em sua curva delicada. Estaria ele usando perfume naquele dia?

Chegou mais perto e como se não fosse nada, inspirou lentamente a pele sedosa do mais novo, seu nariz quase a tocando. Pôde senti-la se arrepiar.

Tinha um cheiro adocicado, concluiu.

....................................................Aoi.

Aoi.....................................................

 -AOI!

Arregalou os olhos, afastando-se ligeiro de Kouyou.

-O que diabos está fazendo?! –indagou envolvendo a mão sobre o local onde antes sentiu a respiração do moreno. Suas faces estavam rubras. –Estamos no meio de um teste de som, eu estava dizendo que só o que falta é a sua guitarra!

Olhando de soslaio, percebeu que todos estavam o encarando: Ruki, Reita, Kai, os staffs. Todos eles, mesmo que a maioria dos staffs estivessem disfarçando enquanto fingiam continuar com seu trabalho.

Aoi não sabia onde enfiar a cara. Afinal, o que caralhos estava fazendo, ainda mais no meio desse monte de gente? Só podia estar ficando louco, pensou. Ou estava cansado demais.

Cansado? A quem ele estava tentando enganar? Na noite passada dormira como não fazia há tempos, compara-lo a uma pedra seria nada mais do que sensato. Tinha acordado disposto a ponto de saber que no show daquele dia, sua energia não se esgotaria tão fácil.

Então, qual era o seu problema?

Não, pensar nisso naquele momento era desnecessário. Tinha que sair de seus devaneios e dar um jeito na cagada que tinha feito.

-Wow Uruha, que perfume tu usa?! –pareceu interessado, mas estava tão nervoso que suas cordas vocais quase o traíram. –Senti de longe! –riu tentando não parecer acanhado.

 -Eu não uso perfume... –a voz do outro quase desapareceu, seu rosto tornou em uma coloração vermelha jamais vista. Desviou o olhar.

-Ah, sério? 

Aoi ria, totalmente nervoso. Voltou à posição que se encontrava antes de seus devaneios terem começado, fingindo que nada tinha acontecido ali.

Começou a tocar alguma coisa aleatória na guitarra para que o staff que cuidava da mesa de som pudesse regular devidamente as configurações, para que o som saísse limpo e agradável ao decorrer do show.

-----

-Aoi –ouviu uma voz sussurrar e alguém puxá-lo pelo braço para dentro do banheiro, fechando a porta logo em seguida.

-Reita?

-Não, é a tua vó fazendo cosplay, babaca –respondeu revirando os olhos. –Olha só, que que foi aquilo lá no palco antes?

Shiroyama levou alguns segundos pra processar a pergunta.

-Que que foi aquilo o quê? Eu só perguntei qual o perfume que o Kouyou tava usando, qual o problema nisso?

Akira suspirou, tentando manter a paciência.

-Tá tirando com a minha cara, né? –olhou para o moreno esperando alguma reação, mas não recebeu nenhuma. –Todo mundo sabe que ele não usa perfume, sua cria desgranida! –passou a mão pelo rosto, arrastando a pele de baixo dos olhos no caminho.

-Quê? Como assi-

-Ele tem alergia a álcool, porra!

-De onde que tu tirou isso, Reita? –fez uma careta, como se o amigo fosse doido. –Aquele cara bebe um barril inteiro de sakê se deixar, se ele tivesse alergia já estaria mortinho da silva!

-Na pele seu animal, na PELE. Ele não usa nada que tenha álcool na fórmula. Não se lembra de quando ele ficou uma semana toda enfiado em casa e se recusava a sair por que ficou com uma pereba esquisita na cara depois de ter passado sei-lá-o-que que tinha comprado?

 Ah.

Aquilo.

Agora ele se lembrava.

Eu sou muito tosco, pensou.

Não precisou falar nada, pois Reita pôde perceber pela sua expressão de que tinha se lembrado.

-Tá, enfim, não era esse o ponto –suspirou novamente. –O negócio é que tipo, tu tava gamadasso no Uru. Geral já tinha terminado de ajustar os instrumentos, só faltava o teu e a gente tava esperando. T-o-d-o mund-o viu –falou vagarosamente, quase soletrando. -Eu não tô ficando louco, não tava chapado, sei bem o que eu e os outros vimos. Parecia que tu tava fodendo ele com o olhar, colega.

Shiroyama colocou a mão sobre a boca, franzindo o cenho e sentindo seu rosto queimar. Escorou-se na pia de pedra atrás de si, observando seu reflexo no grande espelho que se estendia à frente das outras três torneiras.

-Eu... Não sei, não sei mesmo. Juro. Eu... Só me concentrei demais, acho.

-Se concentrou demais em quê? –arqueou as sobrancelhas, o loiro estava curioso.

-No Uruha –mordeu o canto do lábio inferior. –Não sei o que aconteceu, foi muito repentino, eu me senti meio estranho...

Lembrou-se da pele macia do loiro alto, de sua boca atraente, sua fragrância adocicada. Sem nem perceber, havia se virado de frente para o amigo, escorando as palmas das mãos na pia. Mantinha os olhos fechados, soltando um longo suspiro.

Mas o baixista o fez acordar de seus novos devaneios.

-Caralho Aoi, não vai se masturbar logo aqui na minha frente, vai? A não ser que goste de plateia pra isso também... –malicioso, o homem de moicano o encarava perto demais, com as costas levemente arqueadas para frente e as mãos atrás das mesmas.

Os olhos brilhantes pela descoberta que havia feito encaravam os arregalados do guitarrista. Seu sorriso malicioso não se desfez, até que abrisse a porta:

-Anda, vamos almoçar.

-----

O almoço passou da seguinte forma: Reita e Ruki conversando animados sobre qualquer besteira, Kai rindo e contando a Uruha sobre um vídeo que tinha assistido no outro dia e Aoi tentando evitar ao máximo contato físico ou visual com Uruha. Essa era a única coisa na qual ele se concentrava, portanto se encontrando mais calado do que o usual na mesa. Enquanto levava os hashis com yakissoba à boca, começou novamente a pensar no guitarrista.

Ele simplesmente não conseguia evitar, e essa vez estava pior do que as outras duas. Era como se um filme -quase pornô- estivesse sendo reproduzido em seu cérebro, o problema é que a estrela era Kouyou.

Que merda eu estou fazendo, sou retardado, por um acaso? Não posso ter esse tipo de pensamento, não logo aqui na mesa do almoço na frente de todo mundo!

Praguejava e xingava a si mesmo, porém, sem resultado. Era incontrolável, sua imaginação fazia tudo sozinha. Ao menos, era o que ele pensava.

Uruha levantou-se do lugar onde estava sentado, na outra ponta da mesa. Caminhou vagarosamente de encontro ao moreno, encarando-o com um olhar sedutor que lhe perfurava a alma. Seus shorts de moletom cinza subiam em direção à sua virilha a cada passo que dava, revelando pouco a pouco mais um pedacinho escondido de pele das grossas coxas.

Shiroyama não conseguia desvencilhar seus olhos dele, era bonito demais para que um segundo sequer sem olhar a cena fosse desperdiçado.

A regata preta, colada ao corpo do mais velho, fazia-se evidenciar seus mamilos enrijecidos. Tudo nele era perfeito demais para que fosse uma pessoa de verdade, mal conseguia acreditar.

Escorregou as mãos por seu peitoral, sussurrando eroticamente com a boca ao pé de seu ouvido, infringindo-lhe arrepios:

-Aoi, vamos sair daqui.

 

Mordia um dos palitos de hashi, observando o nada, enquanto Reita o espiava de escanteio. Metade do yakissoba ainda permanecia em seu prato, esfriando. Sua respiração estava afoita. Como estava ao seu lado, o baixista beliscou seu braço por baixo da mesa para que voltasse à realidade. Se tivesse escolhido fazer isso com sua perna, era provável que teria se arrependido amargamente.

-Ai! -reclamou baixinho, só o amigo tendo o ouvido por conta do barulho de conversa no local.

Mal teve tempo de sentir a dor, seu rosto enrubesceu.

E lá estava ela.

Uma ereção.

 

Merda.

Merda, merda, merda, MERDA.

 

Cruzou as pernas na expectativa de que ninguém tivesse reparado na situação, mas já era tarde demais. Reita sempre percebia o que não era de jeito nenhum pra perceber.

-Nee, Aoi-chan. Cê tá parecendo um adolescente, desse jeito... –riu, deixando o mais velho ainda mais envergonhado.

-Tá me chamando de velho, seu merdinha? –sussurrou também. –Eu tenho só 30 e muito vigor pra usar ainda, tá bom? –inflou as narinas, fazendo cara de ameaça e dando uma cotovelada no amigo.

-Claro, deve ter já que passou esses 30 anos guardando esse vigor pra aparentemente-já-sabemos-quem –riu maldoso.                                                                                                                  

-Seu escroto.

-Sobre o que estão falando tão secretamente? –perguntou Ruki descaradamente, quase se atirando por cima de Reita pra enfiar a cabeça no meio dos dois, se auto inserindo na conversa.

-N-n-nada –gaguejou o moreno, com medo que isso atraísse a atenção de Kai e Uruha também.

Ruki estreitou os olhos, claramente não acreditando que era simplesmente "nada".

-Ahan, sei –seu tom era de ironia. -Eu vou desc... -antes que terminasse a frase, percebeu o desconforto de Aoi ao remexer as pernas, atentando o olhar àquele ponto e percebendo o volume que tentava esconder. Desatou uma gargalhada.

-GENTE, O AOI tamph d phfao druroompff! –o guitarrista não o deixou terminar a frase que praticamente gritava aos sete ventos, pois tampara sua boca com a mão. Ainda assim, com a voz abafada pela mão nada pequena, ele continuava a rir.

-Cala a boca, Takanori! Cacete! –mandou com os dentes serrados.

Já perdendo o fôlego e com o rosto vermelho, o vocalista da banda foi cessando o riso e Aoi destampou sua boca.

-Não acredito... –Ruki riu novamente, pequenas lágrimas haviam se formado nos cantos de seus olhos.

-Acho bom tu ficar quieto, chibi! –ditou com raiva e vergonha, enquanto Reita em meio a um sorriso fez sinal de silêncio ao menor, pondo o dedo indicador em frente a boca.

Ruki então fez um zíper nos lábios, afirmando que nada diria. O moreno bufou.

Kai e Uruha, sentados à frente dos três, observavam a situação com curiosidade. Apesar disso ninguém lhes contou qual era o motivo para tanto alvoroço, fazendo com que o resto do almoço seguisse.

-----

O show começaria em poucos minutos. Estavam todos se preparando no camarim, as maquiadoras corriam de um lado ao outro retocando o que achavam necessário no rosto dos integrantes da famosa banda.

Ruki discutia com a moça que arrumava seu cabelo, fazendo-a passar mais tempo do que realmente era o necessário ali. Mas ela já havia se acostumado com aquilo, era rotina: para ele quando a questão era se arrumar, mesmo que estivesse bom, estaria ruim. Não importava para o baixinho se ele estivesse se parecendo com a reencarnação de Zeus, ainda olharia no espelho e acharia a qualquer custo algum defeito. Nunca estava satisfeito.

Reita, sentado ao espelho do lado do vocalista, ajeitava a faixa no rosto enquanto ria da situação que assistia. Kai como sempre fazia antes de qualquer show, estava concentrado em seus alongamentos certificando-se de que não teria câimbras no meio da performance. Já havia acontecido uma vez e foi uma situação bem desastrosa, por assim digamos.

Aoi agradecia mentalmente -ou praguejava, não tinha certeza- por estar sentado ao lado de Uruha e poder ver o loiro terminando de se preparar para entrar no palco. Ao mesmo tempo em que era maravilhoso poder estar tão perto admirando sua beleza, era um martírio ter que se segurar para não pular em cima dele feito um cachorro no cio. Ele não entendia o motivo de estar se sentindo tão seduzido pelo colega de banda naquele dia em específico, pois algo assim nunca havia acontecido consigo -nem por Uruha nem por nenhum outro homem-, mas já nem se preocupava mais em descobrir a razão. Apenas estava se deixando levar pelo caminhão de feromônios sexuais que resolvia lhe atropelar.

Podia ouvir a animação da plateia pelo lado de fora do camarim. Tinha certeza de que por algum motivo o show daquele dia seria mais interessante do que o normal.

Então, um staff chamou-os.

-It’s show time! –gritou Ruki com aquele sotaque esquisito que tinha para o inglês, levantando os braços e batendo uma palma, animado.

-Yeah! –concordou Uruha no mesmo tom de animação, soltando um de seus sorrisos de criança.

Muito fofo, pensou Aoi, e sexy.

Tudo bem, tudo parecia ser motivo de associação erótica para o guitarrista moreno naquele dia, mas isso era uma coisa que ele sempre pensava quando Uruha dava aqueles sorrisos. O invejava pensando em quantas mulheres conquistava com o lado fofosexy dele.

Talvez, apenas talvez, Shiroyama Yuu estivesse o observando inconscientemente por muito mais tempo do que imaginava.

 

Em fila, os membros da banda adentravam o palco ainda inundado pela penumbra. As luzes começavam a piscar e a plateia fazia cada vez mais barulho, incentivando-os a começar o show.

Andando calmamente em direção à sua guitarra com a batida da introdução tocando ao fundo, Aoi imaginava o quanto Kouyou se parecia com um anjo caído naquele momento. O sorriso antes angelical parecia se tornar perverso por conta da iluminação que ia e vinha, o fazendo ter relances da face do loiro. Seus cabelos por vezes pareciam se tornar negros com as sombras que se projetavam no palco.  O shorts curto de couro preto com aberturas¹, fivelas e correntes em ambas laterais torneavam seus glúteos, e em conjunto com as meias pretas e grossas presas por uma cinta liga, tornavam suas pernas irresistíveis.

A fina blusa cinza escuro que usava deixava os ombros e parte das costas à mostra, suas mangas compridas abriam-se em formato de boca de jarro² sobre suas mãos adornadas com anéis e pulseiras, e uma longa parte de trás em formato de V se estendia até seus joelhos. Rasgos estreitos no peitoral revelavam parte de uma regata arrastão que havia sido vestida por baixo da blusa, tal como era possível ver suas alças nos ombros desnudos.

Seu colo magro era adornado por uma corrente de formato irregular e um cordão preto com um pingente de cruz. O pescoço levava uma coleira de couro com pequenas correntes pendentes, spikes e uma argola no meio³, colocando sua clavícula em evidência. O esmalte preto nas unhas era o toque final do visual.

Yuu mordeu os lábios observando o mais novo, submerso em forte luxúria, aproveitando que com aquela iluminação parca ninguém notaria sua expressão. Caído diretamente da altura dos céus, ele era um anjo negro que passeava sem pretenções por aquele palco.

Todos já estavam juntos de seus respectivos instrumentos. Com os gritos da multidão, o show havia começado.

-----

O fim da apresentação chegava cada vez mais perto e com ele a última música. Porém, subitamente os planos foram mudados.

Ruki sinalizou que cantaria “My Devil On The Bed”.

Chocados e desprovidos de escolha, os membros deram início ao instrumental da música ao sinal dado pelo vocalista. Não haviam ensaiado aquilo para o show, mas tinham toda a cifra memorizada na mente. O ritmo da batida da bateria, já muito familiar aos fãs, havia sido iniciado. O local fora preenchido pela euforia já esperada quando aquela faixa em específico era apresentada.

E Aoi não poderia pedir por nada mais provocativo do que um fanservice naquele momento, ao som da música de letra sugestiva.


“...Abandon insanity

Scatter instinct...”

 

(“...Abandone a insanidade

Disperse o instinto...”)

 

Ruki como sempre incorporava a música, levando-a a um patamar mais alto. Aumentando a tensão sexual reproduzida pela letra, ele rebolava e passava a mão pelo próprio corpo, por vezes dando a entender que se masturbaria ali mesmo, no palco. Virou-se para trás, seus olhos transbordavam desejo. Ainda rebolando, fez um sinal com o indicador para que Reita viesse até onde estava. E o baixista obedeceu.

Segurando o quadril do mais alto com a mão esquerda e o microfone com a direita, Takanori se esfregava em sua parte de trás com vontade, parecendo se masturbar com a fricção dos corpos.


“...The beautiful devil on the bed

tempt me by masturbation...”

 

(“...O lindo demônio na cama

me tenta com masturbação...”)

 

Ele não parecia estar se masturbando. Ele estava se masturbando. E Reita tinha entrado no clima, com as grossas gotas de suor que escorriam pelas laterais de sua testa, o rosto corado e o volume nas calças que o jeans saruel e o baixo ajudavam a esconder.

E o público ia à loucura. Por sorte, câmeras e aparelhos celulares eram estritamente proibidos naquele show.

Se eles podem, eu também posso, certo? Concluiu Aoi.

Resolveu arriscar.


“...Shisen sorasazu kamitsuite,

kobosanu you ni shitasaki de...”

 

                            (“...Você me morde sem desviar o olhar,

assim sua língua não irá me tocar...”)

 

Lançou um olhar convidativo a Uruha. E sem que esperasse por isso, foi retribuído com uma expressão totalmente erótica do mais novo.

A verdade é que o loiro esperava ansiosamente por aquele momento desde o início da música.

Aproximaram-se, Aoi cantava a música junto ao vocalista, fitando seu alvo nos olhos sem que os desviasse por um segundo sequer. Finalmente reunira coragem e não pararia agora que tinha a total permissão de expressar a Uruha aquilo que passara o dia inteiro mantendo em forte repressão.

Chegaram mais perto um do outro e Aoi curvou seu corpo para frente, cuidadoso para que as guitarras não se chocassem. Mordiscou com uma delicadeza urgente o pedaço de pescoço que viu livre, o barulho da música quase o impedindo de ouvir o gemido manhoso que o mais novo soltou na hora, fechando os olhos no ato.

Aquilo era mais do que o suficiente em meio a toda aquela aura erótica que insistia em preencher o palco para deixar ambos excitados.

Voltaram à batalha de olhares, logo virando um de costas para o outro enquanto continuavam a seguir com a música.  Esfregavam seus corpos como podiam, determinados a não se distanciarem um centímetro que fosse. Uruha pendeu o pescoço para trás, apoiando a cabeça na curva do pescoço do moreno. Suspirava em tom provocativo propositalmente em seu ouvido, às vezes soltando pequenos gemidos arrastados, atiçando-o. Aoi sentia como se estivesse descendo ao inferno e subindo ao céu por diversas vezes, continuamente. A única coisa que podia fazer para se conter era morder seus lábios com quanta força conseguisse.

Ruki já havia parado de roçar seu corpo contra o de Reita, mas os dois continuavam no mesmo ritmo. O menor passava a mão pelo rosto do loiro de faixa, enterrando os dedos em seus cabelos e arranhando seu pescoço com as unhas, finalizando com um puxão em sua camiseta e pousando a mão sobre seu peitoral. Eram movimentos calmos, porém selvagens em intenção.

 

“...Sungeki Zecchou no saijoukai 
sugu soko de waratteru you de...” 

 

(“...No pico do clímax dessa curta brincadeira,

você parece estar rindo...”)

 

O vocalista desvencilhou-se bruscamente do outro, empurrando seu peito para trás com a palma da mão e sorrindo maldosamente. Direcionou-se à parte mais próxima do público que o palco permitia, postando-se de joelhos e apalpando o próprio membro por cima da calça, sem qualquer escrúpulo.

Seu rosto demonstrava o mais puro deleite enquanto se tocava e passava a língua pelo microfone, de olhos fechados.

 

“...Endless fuckin' show time...”

(“...Maldita hora do show interminável...”)

 

O público bradava mais do que nunca, satisfazendo os ouvidos dos membros do GazettE.

E ali, em total êxtase, aquele show propunha o seu fim.

 

“My Devil on the bed.”


Notas Finais


Bom, ~alguém~ deve ter reparado que os versos não estão na ordem certa. Mas olha, antes que infartem, quero explicar que foi proposital huahauahuah. Utilizei a letra na sequência em que pensei que se encaixaria melhor com a fic.

Então, vamos aos numerozinhos:
¹ http://g02.a.alicdn.com/kf/HTB1WE9PJpXXXXbgXXXXq6xXFXXXT/Moda-mulheres-Sexy-de-couro-saque-Mini-tamanho-S-M-L-Hot.jpg

² É uma flor, também conhecida como copo-de-leite. https://static.significados.com.br/foto/copo-de-leite_sm.jpg

³ Igualzinha essa daqui: http://data.whicdn.com/images/204604629/superthumb.png

Lembrando que comentários, por menores que sejam, sempre fazem bem :3
Vejo vocês no próximo capítulo! Beijinhos <3


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