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História Laura e a última canção de amor - Capítulo 16


Escrita por: Cissabks

Notas do Autor


Ei, esse capítulo terá participações muito especiais. Espero que vocês gostem. Depois de lerem vejam as notas finais para complementar a história.
Beeeijos!

Capítulo 16 - Capítulo 16


Fanfic / Fanfiction Laura e a última canção de amor - Capítulo 16

Finalmente feriado! Coloco a mala pronta no corredor, pego meus documentos e estou trancando a porta quando Ross sai do quarto de Rydel com uma bolsa nos ombros e outra na mão.

- Nem parece que essa menina vai só para casa. - Ele bufa.

Rio.

- Vocês vão passar o feriado com seus pais?

- Sim. Eu não sei o que a Delly tá levando tanto que precisa de três bolsas. - Ele revira os olhos e depois sorri. - E você está animada? Está quase na hora de voltar para sua cidade.

- Estou. - Coloco a chave na bolsa. - Meu coração está acelerado de ansiedade. Não vejo a hora de ver aquele trânsito todo, a ponte e aquele caos maravilhoso.

Ele ri.

- Você é mesmo um rato de cidade grande. - Levanto as sobrancelhas. - Quer dizer, uma ratinha. - Ele conserta e nós dois rimos.

O rosto de Ross passa para uma expressão um pouco mais séria.

- Então… você vai encontrar seu quase namorado. - Ele diz. - Está ansiosa?

- Uhum. Na verdade não sei ainda o que vou dizer a ele.

E isso é verdade, nessa semana passei grande parte dos meus dias pensando como encontrar Peter e o que dizer a ele. Desde que vim para cá não falei com ele, não mandei mensagens nem e-mails e nem liguei. Ele também não o fez. No início eu não fiz porque não queria sofrer, mas depois acabei esquecendo. Ele não deu sinal de vida, talvez, pelo mesmo motivo. Ou porque já tinha superado e encontrado outra pessoa, eu não sei.

- Eu tenho que ir. - Falo.

Ele concorda

- Se divirta!

- Obrigada. Você também. - Digo.

- Vai ser difícil ficar quatro dias sem você me atazanando.

- O que? É você que não me deixa em paz. Laura tem ensaio. Laura carregue a câmera. Laura tem alface no teu dente. E NÃO TINHA NADA!

Ele ri. Depois do incidente bebida-eu-gosto-de-você fiquei animada perto do Ross e nossa amizade voltou às maravilhas como antes. Ele poderia não ter certeza dos seus sentimentos em relação à Laura namorada, mas se dependesse de mim, ele teria a melhor amiga Laura que ele poderia ter.

- Tchau Lau.

- Tchau Ross. - sorrio. - Tchau Rydel! - Grito.

- Espera! - Rydel sai correndo do quarto e me abraça. - Boa viagem.

Chego ao aeroporto e dou sorte de não ter filas para despachar a mala e ter poucas pessoas para fazer check-in. Tenho um livro na bolsa e leio enquanto espero meu voo. Assim que o avião decola a ansiedade bate. Cinco horas me separam da cidade e das pessoas que eu tanto amo.

Claire está parada perto da porta de desembarque, quando me vê ela dá pulos e seu sorriso é tão grande quanto o meu. Corro e a abraço. Nos balançamos como duas adolescentes.

- Eu não acredito! É você mesmo!! - Ela diz enquanto me aperta.

- Acredite! Simmm, sou eu!

- Temos tantos lugares para ir!

Nossa primeira parada é a casa de Claire, é estranho entrar na casa dela e não na minha, que é ao lado. Olho para a parede coral e as janelas brancas, e meus olhos enchem de lágrimas. Sinto um pequeno aperto no peito, pelas lembranças da vida que tive aqui e pela saudade da minha mãe. Cumprimento seus pais e eles me abraçam e dizem que Claire sentiu muito a minha falta. Eu digo que senti falta dela também. O irmãozinho da Claire, Dave, está sentado tomando seu café da manhã. Eu estou com fome porque a hora em Miami seria 13h00, mas aqui ainda é 10h00.        

- Você deve estar com fome né? - Claire pergunta.

- Na verdade estou.

- Acho que nenhum lugar está servindo almoço.

- Tudo bem, eu como uma torrada agora e almoço depois.

A manhã tem sido incrível. Sinto como se não tivéssemos passado esses três meses separadas. Isso é amizade, é mesmo estando longe, nunca estar realmente longe. É aquela pessoa que você pode ficar tempos sem ver, mas assim que encontra não faltam assuntos nem intimidade. Nós passamos por várias ruas de São Francisco e lugares que frequentávamos. As lembranças ainda são muito recentes para mim, e mesmo agora não rejeitando Miami como no início, aqui ainda é minha casa. É possível ter duas casas? Sentir que tem dois lares?

Subimos uma colina e estamos deitadas na grama verde, de onde estamos é possível ver a ponte golden gate e os carros pequeninos passando por ela. Parece uma maquete com carrinhos de brinquedo.

- Eu estou apaixonada pelo Jackson. - Claire diz. - É a melhor sensação do mundo. O meu peito parece que vai explodir e minhas mãos ficam trêmulas quando estou perto dele.

- Quero conhecê-lo. - Digo.

- Você vai. Ele está ansioso, disse que finalmente vai saber quem não deixa meu coração livre para ele. - Ela ri.

- Você me ama tanto assim?

- Mais. - Ela me abraça. - Nossa estamos tão melosas que nem nos reconheço.

Rimos.

- Vamos almoçar e aí podemos encontrar algumas pessoas.

Claire e eu vamos até o Michael’s, um restaurante que sempre íamos em ocasiões especiais. As paredes são todas cobertas por papéis de parede de desenhos animados. E cada parede tem um tema, onde as mesas, os pratos e copos são todos daquele tema. Inclusive os cardápios.

Sentamos numa mesa do Toy Story, os pratos são iguais ao chapéu do Woody e o porta-guardanapos é o Slinky. Me sinto tão criança aqui, e de um lado bom, tudo me deixa feliz.

- O que vão querer meninas? - Quem nos atende é o Rodney, ele é o dono. Ele nos conhece por tantas vezes que viemos, mas nunca lembra nossos nomes. - Fazia tempo que não as via por aqui. Acharam outro restaurante? - Ele levanta uma das sobrancelhas. Rodney é alto e um pouco gordinho. Ele está sempre de camisa polo com um avental enrolado na cintura.

- Ela se mudou. - Claire diz. - E não teria graça eu vir aqui sozinha.

- Ah, você é uma amiga fiel. Então, o que vão querer?

Fazemos nossos pedidos a Rodney e quando eu o chamo pelo nome ele diz que por causa disso, por eu ter me mudado, mas mesmo assim lembrar do nome dele, as sobremesas serão por conta da casa. O que é ótimo porque eu estou morrendo de fome.

Após o nosso almoço espetacular Claire e eu fomos encontrar alguns amigos no shopping. Eu estava ansiosa para vê-los. Conversei com eles algumas vezes enquanto estive fora, mas não muito. Apesar disso, gostava muito deles. Quando chegamos ao terceiro piso vi todas as lojas que eram tão familiares para mim. Avistei o cabelo ruivo do Calum sobre as pessoas. Agradeci por ele ser tão alto, o que facilita completamente o processo de encontrá-lo. Claire e eu caminhamos até ele. Quando me vê ele estende os braços de modo receptivo, dou um abraço apertado nele.

- Senti sua falta Feliz. - Ele diz. Quando estávamos na sétima série Calum me apelidou de Feliz, o anão da branca de neve, por causa da minha altura (óbvio), mas também porque ele diz que eu tenho a mania de olhar o lado bom de tudo, assim como o Feliz.

Solto do seu abraço e já encontro outro. O de Raini. Raini e Calum sempre foram melhores amigos. Inseparáveis. Os pais deles eram amigos de colégio e continuaram assim. Calum e Raini tinham uma relação tão próxima quanto irmãos, porém, eles não são irmãos e por isso começaram a namorar há aproximadamente um ano. Ela é uma baixinha de cabelos preto cacheados e super divertida. Abraço-a. Raini me aperta e me balança.

- Que saudade!! - Ela quase grita.

- Eu também senti de vocês. - Digo. E sou sincera. Engraçado como só percebo agora a falta que senti deles.  

- O que podemos fazer? - Calum pergunta.

- Podemos ir ao centro de jogos. - Claire responde animada.

E é isso que fazemos. Compramos várias fichas. Jogamos hockey de mesa, corrida, basquete, guitar hero, um jogo do Tom e Jarry em que temos que acertar as argolas no pescoço dos personagens e dança. Me divirto como há muito não fazia, saímos com pulseirinhas, anéis de plástico, rindo e exaustos. Meu cabelo está colado na testa pelo suor e minhas bochechas estão vermelhas. Vamos até a praça de alimentação e escolhemos a mesa da loja de sucos. Eu peço um suco de morango com pedaços da fruta e tomo prazerosamente.

- E aí Laura como está Miami? - Raini pergunta.

- Está tudo bem. No começo pensei que não fosse me acostumar, mas agora já me sinto em casa. Você ia gostar de lá, as praias são lindas, as orlas também, e tem muitos, mas muitos, shoppings e lojinhas. - Digo.

- E seu curso? - Calum pergunta.

- Eu estou gostando, agora já aprendi algumas coisas sobre fotografia então não sofro mais como no começo. Nas primeiras semanas todos aqueles termos e fatos históricos pareciam grego. As aulas de música tem sido ótimas, mas por enquanto estamos apenas na teoria. E ciências é muito bom também. Os professores se aprofundam bastante. Você ia gostar Claire, a zona C do meu prédio é apenas para isso. São uns 25 laboratórios.

- Meu Deus! Meu curso é apenas química e nós não temos todos esses laboratórios! - Ela responde indignada.

- Vocês precisam ir para lá. - Falo animada. - Podem me visitar, a gente arruma um lugar para dormir. Tenho que certeza que tem lugar para todos na casa do meu pai. Nós poderíamos ir à praia e sair à noite, e vocês conhecerão meus amigos de lá e o campus. Será ótimo. - Fico feliz porque eles se animam também. E levam a sério minha proposta de irem mesmo me visitar.

- O que acham de sairmos amanhã à noite? - Calum pergunta. - Não digo hoje porque você deve estar cansada. - Ele me diz.

- Por mim tudo bem. - Digo.

- Podemos ir na Go go. - Claire exclama. - Eu não fui lá ainda, você lembra Laura? É a casa noturna que estava para abrir com open food. Dizem que é espetacular e o preço não é tão alto quanto se imagina.

- Nós fomos. - Raini diz. - E é bem legal mesmo. As paredes são cobertas por fotos de famosos. Acho uma ótima ideia.

- Então tudo certo. Amanhã! - Falo.

Encerramos nossa tarde com cinema e um jantar com hambúrgueres e batata. Estar com meus amigos tem sido maravilhoso, nós nos víamos todos os dias na aula e depois que nos formamos era mais raro, mas ainda assim saíamos com frequência. E então quando soube que me mudaria, eles fizeram uma despedida para mim, que até hoje foi a despedida mais emocionante e chorosa que tive.

Quando chegamos à casa de Claire o céu está escuro e as luzes da frente estão acesas. O irmãozinho dela está na sala jogando video-game e seus pais já foram se deitar. Subimos até o quarto e ela arruma um colchão para mim ao lado da cama. Assim que estamos arrumadas para dormir apagamos a luz e cochichamos no escuro. Senti falta disso também.

- E o Ross? Alguma novidade? - ela sussurra.

- Não - Sussurro de volta.

Como uma ironia do destino meu celular vibra. É ele, me desejando boa noite. Fico tão feliz.

- Ele está totalmente afim de você. - Claire diz. Não posso vê-la, mas pelo seu tom de voz sei que está sorrindo. - Quem manda uma mensagem estando três horas adiantado apenas para desejar boa noite a alguém com certeza tem sentimentos por essa pessoa.

- Sentimentos de amizade? - Digo desanimada.

- Não Laura, não são de amizade. Olha, quero que você me responda com sinceridade, nem que você precise pensar antes de me responder.

- Ok. - Falo.

- Por que você está boicotando este possível relacionamento? Eu entendo sobre não querer algo com ele pela metade, mas você está boicotando a si mesma. Insiste em dizer que ele não tem sentimentos por você, quando claramente ele tem. Fica numa dúvida eterna sobre estar sendo correspondida, mas eu sei que você sabe que está. Aquele momento que vocês tiveram na praia comprova isso. Amigos não tem momentos como aquele. Amigos não tocam narizes. - Ela diz. E ela está certa, por algum motivo venho tentando negar e me convencer que somente eu estou nisso, mas sinto que ele também está. Penso por algum momento antes de responder.

- Acho que me sinto culpada por me apaixonar assim tão rápido, como se de alguma forma estivesse traindo o Peter. E também porque tenho medo, tenho medo de me envolver com ele e que depois de um tempo ele se arrependa. Não quero arriscar nossa amizade.

- Não é mal nenhum você superar o Peter. Vocês não deram certo juntos, não vai ser possível construir algo. Mas você não deve desperdiçar sua felicidade por culpa. E outra, você não vai perder a amizade do Ross. Ela vai mudar, mas por algo melhor. Antes você viver isso e mudar sua vida, do que se perguntar eternamente como teria sido se tivesse tido coragem de encarar e viver esse sentimento. - Diz.

- Você é uma ótima guru Debuss. - Cochicho.

- Eu sei. Agora responde o boa noite do menino que ele deve estar com os olhos ardendo de tanto esperar.

 

De: [email protected]

Data: domingo, 09 de outubro de 2016   02:47

Para: [email protected]

Assunto: ei você

Hey…

Boa noite!

 

Pego meu celular e respondo Ross.

 

De: [email protected]

Data: domingo, 09 de outubro de 2016    00:09

Para: [email protected]

Assunto: Re:(ei você)

Hey, boa noite para você também…

 

Adormeço com um pequeno sorriso nos lábios.

Pela manhã Claire e eu tomamos um banho de piscina. Ela faz panquecas para o almoço e à tarde fazemos maratona de filmes românticos. Passamos o dia descansando, rindo e lembrando das coisas mais legais. Por isso logo vemos que já está na hora de nos arrumarmos para sair. Jackson, o namorado de Claire, vai passar nos buscar e encontraremos Calum e Raini lá. Estou ansiosa porque Jackson disse que soube que o Peter e seus amigos também vão.

Coloco uma calça de couro e uma blusinha de alça pretas, bota e um colar comprido que comprei numa feirinha em Miami. Claire está de shorts jeans, blusa branca e um blazer rosa bebê.

Jackson buzina, nos despedimos dos pais dela e logo já estamos passando pelos muitos carros nas avenidas da cidade.

A Go Go casa noturna é grande e elegante. É bem iluminada com várias mesinhas espalhadas pelo local. O bar fica no final do lado esquerdo e escadas em ambos os lados levam para um andar superior. Não está muito cheia e isso é agradável, pois não tem um fluxo exagerado de pessoas.

Calum e Raini nos encontram na frente do poster da Marylin Monroe como combinamos. Conversamos um pouco, mas logo Claire me convida para dançar. Danço com ela, sozinha, e depois dançamos em grupo. Passo pelo menos duas horas dançando sem intervalos. Vou até a mesa descansar e peço um energético e pego uma bruscheta do garçom que passa por mim. Mal termino de comer e Claire está ao meu lado me puxando novamente para a pista de dança.

Quando estamos na metade do caminho um garoto meio baixo nos interrompe. Reconheço-o como um dos amigos de Peter. Theodore Jensen, se não estou enganada.

- Ei! Se não é a grande Laura. - Ele grita. Seus olhos e bochechas estão vermelhas e ele está com um copo na mão.

- Oi você. - Digo. Não quero arriscar chamá-lo pelo nome e errar.

Nós temos que agradecerrrr muito voze. - A voz dele está alterada e as palavras saem arrastadas.

- Agradecer? Pelo que? - Pergunto.

- Pelos bários churrascos que você deu.

- Do que você está falando? - Estou confusa. - Eu não churrasco nenhum.

- Sabe?  A aposta. - Ele faz um gesto com a mão como se fosse óbvio. Continuo olhando para ele confusa. - A aposta se o Peter te levasse pra cama ele ganharia entradas grátis para todos os jogos da temporada, se não levasse nós teríamos churrascos grátis por um mês. Dã. - É como um tapa na minha cara. Não pode ser verdade. Minhas pernas amolecem e Claire segura firme em meu braço para eu não cair.

- Ah a aposta. - Claire joga um verde. - Eu não me lembro de tudo. Explique novamente Jensen. - Ela diz, estimulando-o a falar mais.

- Nós estávamos na zorveteria e apostamos com o Paul que se ele levassssse a mais nerrrd do lugar pra cama ele teria ingrezos grátis do zogo a temporada inteira. - Ele fala de um jeito estranho, mas infelizmente consigo entender tudo o que diz. - Aí voze foi embora e ele PERD...

Antes que ele termine alguém o interrompe.

- SAI DAQUI T.J! - É Peter. Ele aperta a mão no ombro de Theodore e o empurra com força para trás. Meus olhos estão ardendo. Eu preciso de ar. Saio cambaleando em direção à porta.

- Laura!

- Deixa ela babaca. - Escuto Claire gritar.

- Laura! - A voz dele está mais próxima.

Não consigo caminhar até a saída, sinto como se de repente tivesse desaprendido a andar. Encosto o corpo e me jogo na cadeira. Era tudo mentira. Não passava de uma brincadeira absurda entre um grupo de garotos. Eu fui feita de idiota.

- Laura! Eu quero explicar. - Olho para ele e meu peito dói. Ele é alto, alguns centímetros mais alto que Ross. Seu cabelo está perfeitamente arrumado como sempre, ele está usando uma camiseta azul marinho e sua tatuagem está a mostra. A tatuagem que eu sei exatamente o dia que ele fez. Foi depois de ganhar a prova de nado peito nas regionais, no dia seguinte na escola ele apareceu com ela. - Foi uma aposta, mas só no começo. Eu vi você naquela sorveteria, parecia tão frágil e ingênua, e quando eles ofereceram a aposta eu aceitei. - Eu queria interrompê-lo. Dizer para ele nunca mais dirigir uma palavra para mim. Nunca mais me olhasse. Mas minha garganta estava fechada, por mais que meu cérebro mandasse abrir a boca, o corpo não respondia. - Pensei que seria fácil. Era só ficar com você e tirar uma foto depois. Mas conforme a gente foi saindo eu gostei de você! Eu juro que gostei. E não quis mais aquela aposta. - Suas palavras não valem de nada. Sua expressão é uma mistura de desespero e tristeza, mas não me comove. - Eu não quero que você me odeie, por favor, eu não quero que termine assim. -  Ele me fez de estúpida, os primeiros encontros, as coisas que dizia, era tudo fingimento. Enquanto eu repassava nossas conversas, ele só estava pensando quando me levaria para cama e provaria aos seus amigos que pegou a idiotinha da escola. -  Não contei aos meus amigos que mudei de ideia para eles não pensarem que eu era um idiota bobão, mas eu já tinha desistido da aposta, queria ficar com você de verdade. Você é incrível.

Uma risada debochadas saiu de minha boca.

- E eu sou um bosta. - ele passa a mão no rosto.

Antes eu pensava como um cara como ele teria gostado de mim, mas agora penso como eu pude gostar dele? Será que eu nunca percebi o quanto ele era vazio? Sinto meu estômago revirar.

- Eu estou com nojo de você. - Minha voz sai firme e áspera, como se eu fosse a mulher mais forte naquele lugar, caminho pisando firme, torcendo para que minhas pernas não vacilem. Porém, quando passo pela porta e o ar gelado da madrugada bate em meu rosto o choro sai alto e intenso. Um braço segura meus ombros que estão chacoalhando por conta dos soluços.

- Vai ficar tudo bem. - É Calum.

Ele está com Raini, Claire e Jackson. Todos me abraçam. E eu choro no abraço dos meus amigos envolta pela noite escura de São Francisco.

 


Notas Finais


FOTOS:
Calum e Raini: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRJdFnrC_7Cs8DA50rHEyuOI7QpFuKxiPFx9lPTzgStZmCEtBDQ

Laura e Claire. Essa é a foto delas no primeiro ano do colégio que a Claire mandou para a Laura colocar no porta retrato: http://66.media.tumblr.com/7d72e36a8278d0f3c2aa973fad7db325/tumblr_n1bdgrPKm21tntkdao1_500.jpg


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