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História Laura e a última canção de amor - Capítulo 24


Escrita por: Cissabks

Capítulo 24 - Capítulo 24


Fanfic / Fanfiction Laura e a última canção de amor - Capítulo 24

Desci quase dois degraus por vez. Meu coração bate forte em meu peito. Conforme chego ao hall vejo a sombra de Ross atrás do vidro fosco da porta. Sinto os dedos tremerem levemente por conta da ansiedade de vê-lo, abraçá-lo e ouvir o que ele tem a dizer.

Viro a chave para destrancar a porta e ele se afasta ao ouvir do som do metal contra a fechadura. Minha alma toda se ilumina ao deparar-me com seu sorriso tranquilo e olhos brilhantes. Ele abaixa o rosto e me dá um beijo rápido.

- Desculpe por não ter voltado antes para ficarmos mais tempo juntos. - Diz.

- Você está aqui agora. - Falo com a cabeça encostada em seu peito. O coração dele está acelerado e isso me assusta. Ele está com medo? Será que oque veio me dizer é aquilo que mais temi durante toda essa semana? - Então… - Começo, mas não consigo terminar.

Ele coloca as mãos ao lado do meu rosto e me admira por alguns segundos. O ritmo do meu coração diminui e sinto-me mais calma, como ele consegue fazer isso comigo?

Ele encosta a testa na minha e suspira.

- Eu não vou mais.

E sorri.

Aquilo para mim é como ar para um pulmão desesperado. Eu pulo em seu pescoço e o abraço forte. Estou tão feliz. Beijos suas bochechas, sua boca, seu pescoço e o abraço apertado mais uma vez.

            Você não faz ideia do alívio que eu estou sentindo agora. - Falo.

            Ross está com um sorriso largo no rosto.

             Eu sei porque senti o mesmo.

             Como você conseguiu? - Afasto o corpo para olhar seu rosto.

              - Desde que meu pai me disse isso eu estava pensando num modo de contornar a situação. Eu pesquisei pelas filiais, conversei com gerentes de equipes atras do funcionário mais competente em ascensão que soubesse e desse conta de chefiar uma filial sozinho. Eu tinha o contato de um rapaz, mas ele não tinha me dado certeza se aceitaria a proposta. Ele ligou hoje e aceitou. Quando passei meu pai que ele poderia me substituir ele simplesmente aceitou. Pensei que seria mais difícil. Eu demorei para encontrar essa saída. Por isso demorei em contar a você. Eu queria resolver antes que você soubesse. - Ele olha para os pés. - na verdade minha atitude foi egoísta, eu não contei porque não queria que você desistisse de mim. Eu pensei que se lhe dissesse que ia embora você pularia nos braços do Burks. - Ele fez uma cara de nojo.

Rio.

- Burks era só meu amigo Ross. E ele não é tão ruim quanto você pensa, ele é divertido.

Ele revira os olhos

- Você está defendendo ele?!?

Rio outra vez.

- Você podia conhecê-lo antes de odiá-lo.

- Ele faz piadas horríveis.

Levanto as sobrancelhas.

- Ele olhava você como uma hiena olha para um pedaço de carne.

- AHÁ! Então você não gosta dele por ciúmes!

Ele dá de ombros.

- Ele sempre foi livre para poder ficar com você. Antes mesmo que eu percebesse eu o invejava porque sabia que ele poderia ter o que eu nunca teria.

Coloco a mão em seu rosto.

- Agora você tem. Era só uma questão de coragem.

- Vejo isso agora. Sinto muito por ter sido um babaca com você. Um covarde. Não sei se você entende, mas eu tinha medo dos meus próprios sentimentos… - Ele me encara. - Na verdade ainda tenho. Ainda me assusta tudo isso que eu estou sentindo.

- Eu sei. - Digo compreensiva. Eu entendia perfeitamente. - Aconteceu tão rápido não é?

- Exatamente! Eu te conheci numa manhã e na mesma semana já estava com o coração aos pulos só por te ver.

Eu sorri e de repente ele começou a rir. Ele desatou numa gargalhada

- Do que você está rindo? - Pergunto com as pontas da boca para cima, quase rindo com ele.

- Eu lembrei… - ele arfou. - eu lembrei daquele ensaio do portfólio... - Ross colocou a mão no batente da porta e esperou a respiração normalizar. - que eu levantei você e você pegou na minha bunda!

Ai Meu Deus! Meu rosto tomou uma coloração vermelho vivo apenas de lembrar daquele dia.

- Você fez aquilo apenas para eu te soltar ou porque queria mesmo segurar nas minhas partes? - Ele pergunta debochado.

Eu bato em seu ombro.

- Claro que foi para você me soltar. Eu fiquei morrendo de vergonha, ainda mais depois que você ficou estarrecido daquele jeito.

- Até aquele momento eu estava convencendo a mim mesmo que você era apenas uma amiga, que eu não sentia nada por você é que para mim você era uma parceira como qualquer outro garoto. Aí eu te segurei e sentir seu corpo nas minhas mãos foi como um choque, mas eu consegui ignorar. Até você tocar em mim. Quando você fez aquilo… - ele passou a mão no cabelo. - Por Deus Laura foi a primeira vez que a vi como mulher, quando admiti para mim mesmo que você não era só uma parceira. Foi como um choque e eu não parei de pensar naquilo o dia todo.

Então foi por isso que ele esteve estranho naquele dia. Sorrio.

- As coisas entre nós foram tão estranhas. Cada um pensando muito sem dizer nada um para o outro. - Digo.

Ele ri.

- Acho que se tivéssemos sido sinceros teria sido bem mais fácil.

- Mas agora está tudo certo e é isso que importa. - ele beija minha testa. - Está tarde, eu vou para casa.

- Tudo bem. - Eu estou segurando a mão dele e não a solto.

- Eu sei que eu não disse ainda, mas acho que isso é algo muito importante… - ele está com os olhos fixos no meu. Estou confusa. - e eu não queria dizer antes de ter certeza. Hoje eu tive certeza. - ele segurou minhas duas mãos e sorriu. - Eu amo você Laura. Amo mesmo, mesmo tendo sido rápido demais, intenso demais, eu sei o que eu tenho aqui.

Sorrio e ele me beija.

Eu durmo com a certeza que sou a garota mais feliz do mundo.

 

Os raios do sol me forçam a abrir os olhos. Eu pisco ainda com as pálpebras pesadas. Sinto o cheiro de pão torrado e isso é um ânimo a mais para levantar. Encontro meu pai na cozinha e tomamos café juntos. Meu pai gosta tanto de café quanto eu e nossos modos à mesa são parecidos.

Eu estou passando a manteiga no pão quando a campainha toca. Meu pai levanta e eu mal presto atenção em quem está na porta. Penso que deve ser o carteiro e foco para não deixar nem um cantinho de massa sem cobertura.

- Poxa… nenhuma faixa de boas vindas, uma recepção calorosa com gritos de viva e cartazes ou um fã clube me esperando?

Viro repentinamente ao ouvir aquela voz tão familiar.

- MEU DEUS VANESSA! É VOCÊ!

Minha irmã está parada na porta da cozinha com uma bolsa e um sorriso enorme no rosto.

Levanto de supetão e corro até ela. Meus braços estão presos em volta dela. Senti tanta saudade do cheiro e do abraço. Nós éramos muito grudadas e quando ela foi embora eu sofri no começo, mas me acostumei. Porém isso não mudou a forma como sinto a saudade de passar horas e horas na companhia dela.

- Você não falou nada! Não me contou que vinha! - Exclamo.

- Eu quis fazer uma surpresa. Não tinha chance de eu passar as festas sozinha. Mesmo a virada do ano sendo tão espetacular em Nova York.

Ela senta para comer conosco e nos conta como estão as coisas com o agente, os testes e conta que está esperando a resposta de um teste que fez para uma das protagonistas de uma série.

Nós passamos mais de uma hora depois de já termos terminado apenas conversando. Depois eu a levo para andar pela orla e mais tarde saímos para comprar nosso almoço. O almoço é a comida preferida da Vanessa, risoto de frango com folhas verdes amargas.

Nós comemos juntos e eu conto como está a faculdade, papai conta sobre sua vida e nós combinamos de sair à noite para mostrar a ela a cidade.

Quando terminamos, Vanessa se oferece para ajudar a limpar a cozinha e eu falo para ela descansar da viagem. Ela dorme por uma hora e depois nós duas tomamos um refrigerante juntas. Eu conto a ela tudo o que aconteceu na última semana. Ela sabia sobre Ross, mas não contei sobre a possibilidade dele ir embora quando conversei com ela. Eu não queria dizer pois se pronunciasse em voz alta tornaria a coisa real e por isso não comuniquei.

Porém agora nós duas estamos sentadas na área e eu conto a ela todo o caso. Ela fica assustada com a enrolação que foi minha história com Ross, mas fica feliz por tudo ter se resolvido entre nós. Ela diz que não vê a hora de conhecê-lo e que faz muita questão disso.

Eu aproveito a companhia da minha irmã e me sinto totalmente completa desde que cheguei em Miami. Eu estava feliz. Verdadeiramente feliz.


 



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