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História Laura e a última canção de amor - Capítulo 25


Escrita por: Cissabks

Notas do Autor


Gente, eu quero agradecer à todas vocês que acompanharam essa história me motivando sempre a publicar mais capítulos e interagindo comigo e meus personagens. Muito obrigada mesmo!! Vocês fizeram essa história acontecer! <3

Capítulo 25 - Capítulo 25


Fanfic / Fanfiction Laura e a última canção de amor - Capítulo 25

Os dias com Vanessa ao meu lado têm sido ótimos. O feriado de Natal que passamos com nosso pai foi incrível e mamãe participou por videoconferência, mesmo que ela esteja longe foi como se estivesse aqui, apesar das horas de diferença. Durante os dias nós fizemos passeios pelas praias, shoppings e parques de Miami. Hoje para mim será um dos passeios mais especiais. Ross nos convidou para um almoço na casa dele e isso me deixou muito feliz.

Há uma semana, dois dias depois da chegada de Vanessa ele decidiu “oficializar” nossa relação. Eu achei rápido, mas ele argumentou que nos conhecemos há bastante tempo e ele tem certeza do que quer. Apaixonada do jeito que estou era inevitável que eu não aceitasse.

Nesse almoço vou conhecer sua família e eles minha irmã. Meu pai não poderá ir pois ele trabalha, o pai de Ross também não vai estar. Porém não vejo isso como empecilho, pois tenho certeza que não faltarão oportunidades para eu encontrar o pai dele e ele o meu.

Eu estou terminando de me arrumar quando ouço uma batida na porta. Vanessa está de shorts e camiseta amarela de algodão e o cabelo solto. Eu estou com um macacão jeans e trança.

- Eu já estou pronta. - Ela diz. - Podemos ir quando você quiser.

Olho para ela através do espelho.

- É bobagem eu estar nervosa? - Pergunto ansiosa.

- Claro que não Laura. Por que seria?

- Ah eu já conheço a mãe dele e a Rydel, até já fui lá. A casa é enorme, você vai ver.

Ela sorri.

- Mas não conheço seus irmão e da primeira vez ele não estava lá... - Continuo - Eu fui como amiga da Rydel, agora estou indo como namorada. Todo mundo vai prestar atenção em mim.

- Sim, mas isso nunca foi problema antes não é? Você sempre se deu bem com todo mundo, mesmo quando eram várias pessoas.

Ela está certa, nunca tive problemas em me enturmar antes.

- Eles vão te adorar. Eu sei disso.

Sorrio e concordo com a cabeça, ela pega minha mãe e nós saímos juntas até a garagem. A casa de Ross não fica longe, mas é em outro bairro. Um dos nobres de Miami. Quando paramos em frente ao grande portão de ferro preto, Vanessa assovia.

- Uau. Quando você disse grande não pensei que era… - Ela suspira. -  Isso aqui. É tipo casa de magnata. Já pensou quanto valeria isso no Monopoly? O valor do aluguel? - Ela diz espantada.

Eu dou uma gargalhada alta.

- Na verdade é bem perto disso. O pai dele trabalha com imóveis.

Aperto o botão do interfone e aguardamos alguém nos atender.

- Laura? - A voz de Rydel sai pela caixinha retangular.

- Sou eu. - Respondo. Assim que falo escuto o estralo da fechadura e o portão se abre.

Vanessa está admirada com o enorme jardim em frente à casa. Eu estaciono meu carro ao lado de outros dois e nós nos encaminhamos até a porta. Antes de chegarmos Ross já está na frente esperando por nós. Ele me dá um beijo e conversa com Vanessa enquanto nos guia pela grande porta dupla de madeira nobre. Ele nos leva até os fundos, onde tem uma grande edícula com área gourmet e piscina. Eu vejo a família dele lá.

Ao lado da churrasqueira tem uma parte com hockey de mesa e jogo de bilhar. Dois garotos estão na mesa de hockey. Um tem o cabelo loiro como o de Ross e o outro castanho. Sentados num sofá estão Rydel e o namorado dela, Ellington, ele está com o braço em volta dela e cutucando seu quadril. Ela dá pulos e gritos agudos enquanto tenta fugir de seus dedos.

Stormie nos encontra na metade do caminho.

- Oi meninas! - Ela está com um sorriso largo no rosto.

- Olá. - Digo e a cumprimento com um beijo no rosto.

- Vanessa, prazer. - Minha irmã diz abraçando-a.

    - O almoço ainda não está pronto, mas aproveitem tudo enquanto esperam.

Ela sai em direção ao interior da casa. Rydel pula quando me vê e corre até nossa direção. Ellington vem logo atrás dela e ela nos apresenta. Ele é muito simpático e brincalhão, mesmo que tenha acabado de nos conhecer, logo faz uma piada sobre nós. Ross caminha até a mesa de Hockey e chama os dois garotos que estavam jogando.

- Eu sou Ryland. - O de cabelos castanho diz com um sorriso.

- Ricker. - O loiro se manifesta.

Nós nos apresentamos e começamos uma conversa divertida sobre cada um. Ryland e Ricker contam como Ross é e tiram sarro dele enquanto Vanessa faz a mesma coisa comigo.

Outro garoto sai da casa e vem até nós.

    - Então, qual é a Laura?

    Sorrio e levanto a mão. Ele sorri de volta.

    - Eu sou o Rocky, mas vocês podem me chamar de o melhor dos irmãos.

    - Hm. Esse é um ótimo apelido. - Digo entre risos.

    Nós sentamos em grupo e conversamos sobre várias coisas, esportes, programas de tv, universidade, eles contam as fofocas da cidade, eu falo de São Francisco e Vanessa conta sobre Nova York. Eles ficam muito interessados em saber que ela faz artes cênicas e perguntam se ela já encontrou algum famoso. Ela conta sobre alguns encontros com as personalidades mais conhecidas e sobre alguns que são tão odiosos quanto se possa imaginar, apesar de não parecerem.

    Stormie logo volta com as comidas e nós a ajudamos. Fico admirada em como aqui não são apenas as meninas que ajudam na cozinha. Os garotos se levantaram de prontidão para ajudar a mãe a trazer as travessas e nós ajudamos com as bebidas. Assim, num curto período de tempo a mesa está pronta e nós estamos sentados degustando a comida e contando sobre nossas vidas. Está tudo uma delícia, Stormie preparou batatas salteadas e carne de cordeiro, legumes e saladas frias. Para sobremesa ela trouxe mousse de chocolate e sorvete de frutas vermelhas.

    Aproveito para jogar um pouco de hockey de mesa com Rocky e ele ganha de mim duas das três rodadas. Eu faço um esforço grande para defender meu lado, mas o disco bate e rebate com força e velocidade que fica quase impossível eu encontrá-lo e mandar de volta ao meu oponente com força suficiente para entrar no gol. Apesar de ter perdido, sou elogiada pois de acordo com a família ele é o melhor no jogo. Ao contrário de mim e Rocky, Vanessa dá uma surra em Ricker no jogo de bilhar. Ela dá voltas pela mesa segurando o taco tranquilamente com sorriso e olhos faiscando pela competitividade. Vanessa adora jogos, mas mais do que isso, ela ama ganhar. Nas quatro rodadas ela ganhou dele por uma grande diferença de bolas. Eu sei que ela tem habilidade nesse jogo, nosso avô ensinou vários truques à ela e em São Francisco ela sempre jogava. Em Nova York não seria diferente. Todos rimos da cara de marra que Ricker não conseguiu disfarçar e depois quando prometeu vingança a ela.

Me diverti muito e nós saímos da casa deles combinando próximas vezes e viagens até Nova York para visitar Vanessa todos juntos. Eu e ela fomos relembrando os fatos da tarde durante todo o caminho até em casa. E depois quando chegamos contamos tudo de novo para nosso pai.

Infelizmente, como tudo a última semana de folga com Vanessa passou rápida demais, ela voltou para casa e eu para a Universidade. Eu já estou com saudade e não vejo a hora da formatura dela chegar.

Tomo um banho relaxante e visto minha camisola de urso. Quero apenas fechar meus olhos e descansar, a cama está macia e os travesseiros maravilhosamente confortáveis. Aos poucos minha respiração vai ficando mais profunda e eu adormeço.

Entre aulas, cafés e projetos os meses voaram e o ano letivo acabou. Ross e eu terminamos nosso portfólio e ficou maravilhoso, garantimos uma nota excelente para que ambos não precisássemos de exames ou ficar mais tempo na FIU. Estou sentada ao lado dele e de Geórgia, Rydel, Amaya e Romeu estão do outro lado da mesa do refeitório.     

Estamos almoçando e conversando sobre como o ano passou rápido demais.

- Eu nem acredito que já vou para casa hoje mesmo. Sinceramente? Não quero passar nem pela frente do campus. - Geórgia diz.

Todos concordamos, ou melhor, quase todos.

- Todo mundo vai embora e eu vou ficar sozinha por mais dois dias nesse prédio infernal. - Amaya bufa.

    - Todos nós avisamos que você deveria ter entregado o artigo sobre influências midiáticas e sua positividade. - Rydel fala um pouco enrolado, já que está engolindo a comida.

- Eu não podia fazer aquilo. Se fosse aleatoriamente eu faria, mas eu não poderia defender a emissora sorteará para mim. É uma das piores de Miami. Eles são a favor de testes em animais. - Ela diz exasperada.

- Mas se tivesse feito não teria pego exame. - Romeu complementa.

- São apenas dois pontos na média. - Ela dá de ombros.

- Ou seja, vinte na prova. - Ele rebate.

- Meu Deus Romeu para de rir da minha desgraça! Só porque você é o bonitão inteligente que pega ruivas anuncia aos quatro ventos e tira A em exatas não precisa jogar na cara dos reles mortais. - Ela explode.

Troco olhares com Rydel. Ela estava com ciúmes da Mauren? Mauren é uma garota do segundo ano que saiu com Romeu por um tempo, ele só falava dela por um bom tempo, mas já faz três meses que acabou.

- Obrigado pelo bonitão. - Romeu responde.

Ela direciona um olhar fumegante a ele.

Rydel me olha por cima do copo que está bebendo e Ross aperta minha mão. Todos percebemos. Será que é possível Amaya é Romeu? Ele é inteligente, engraçado e piadista, mas super tranquilo. Ela por outro lado fala o que dá na telha, é engajada, explosiva e não leva desaforo para casa.

Eu não consigo ver Geórgia, mas pela Rydel sei que ela também trocaram olhares.

- O que é que vocês tanto se olham? - Amaya resmunga. - Isso aqui não é um jogo de polícia e ladrão.

Romeu faz uma expressão de compreendimento e explode numa gargalhada.

Ela vira o corpo todo para encará-lo.

-  VOCÊ ESTÁ RINDO DA MINHA CARA PORQUÊ?

Ele poderia não ter percebido antes, mas assim que aquelas palavras saíram da boca da Amaya ele entendeu. E agora enquanto ela o questiona vejo que o rosto dele está um pouco mais corado que o normal, ele não quer contar. Amaya sempre fazendo todos nós passar vergonha por notar e dizer o que não deveria ser dito, acabou de fazer isso com ela mesma.

Olho para ela e aperto os olhos. Torcendo para que ela entenda a mensagem implícita em meu rosto. Romeu abaixa o rosto para comer e eu pronuncio a palavra “ciúme” ligeiramente e aponto para ela. Graças aos deuses ela me entende e arregala os olhos. Olha para Romeu depois para cada um de nós, abaixa a cabeça na mesa e esconde os olhos.

Seguro o riso.

- Rydel você contou a novidade à eles? - Ross muda de assunto rapidamente. Vejo os olhos de Rydel brilharem de empolgação.

- Nós - ela aponta para Ross e para ela. - Conseguimos um show para nossa banda!

- O QUE? - Eu pulo da cadeira! - Você não falou nada. - Olho para Ross.

- Eu ia contar logo, fazer uma surpresa. - Ele sorri e da de ombros.

- Mas me conta - Viro para Rydel. - Onde esse show? E quando?

- Vai ser em duas semanas, na Golden Night House.

- Oh meu deus! A golden é uma das casas de show mais movimentada de Miami! - Exclamo.

- A gente vai conseguir ingressos? - Geórgia pergunta.

- Claro, todo mundo! - Rydel diz.

Ela conta como entraram em contato com o dono do local, como Ross convenceu todos os irmãos a aceitarem a proposta e as ideias para a sequência de músicas.

Nós passamos um bom tempo conversando sobre o show e os ensaios e logo chega a hora de nos despedirmos. Eu e Ross subimos para pegar as últimas caixas no meu dormitório e colocar no carro.

- Nem acredito que o ano acabou. - Suspiro quando chegamos no meu quarto.

- Eu não acredito que faz quase um ano que eu dormi com você nesse quarto.

- Parece que foi ontem. - Digo.

- Eu me senti tão bem aquela noite, até hoje nunca tive uma igual.

Sorrio.

    - Acho que meus melhores momentos eu passei com você - Ele continua. - O feriado, a praia, os ensaios, as aulas. Tudo fica melhor quando você está junto.

    Ele me abraça.

    - Para mim também. Você deu sentido a essa cidade para mim Ross. Você é meu lar.

    Ele olha meu rosto e eu me sinto a garota mais linda do mundo. Nossos lábios se tocam e eu poderia flutuar de tão leve que sinto meu corpo e coração. Nós nos afastamos e eu fecho com fita adesiva as últimas caixas de papelão do quarto.

Vou até o banheiro e busco a caixa com os itens de higiene. Ross vai pegar a caixa em cima da escrivaninha,  meu caderno de música cai e algumas folhas se espalham pelo chão. Ele se abaixa e junta as duas folhas mais próximas e devolve, dá dois passos a frente e pega a mais distante. Ele passa os olhos pela letra.

- Essa é muito boa. - Ele me estende a folha.

Eu vou até ele e leio a música que ele tem na mão. Foi a música que escrevi nos meus primeiros dias em Miami, uma música que fiz sobre mim e Peter. Tanta coisa aconteceu que parece que foi em outra vida, com outra pessoa. Quase um ano depois, mas parece que foi há uma década.

Pego a folha e lembro a vida que eu tinha e a vida que eu tenho. Minha revolta em casa e no avião. As lágrimas que derramei no colo do meu pai. Olho para Ross. E penso em todos os momentos que passei com ele. Todas as angústias, o medo, a decepção por pensar que ele não sentia o mesmo. Agradeço por ele ter aparecido em minha vida, com esses cabelos loiros ele foi um sol nas nuvens negras em que eu me encontrava.

- Você sabe o que é isso? - Levanto os olhos até encontrar os deles. Eu poderia me perder na imensidão desses olhos - Essa Ross - Aponto para o papel. -  Foi a última canção de amor que eu fiz e que não foi para você.

Ele abriu o maior dos sorrisos e seus olhos se encheram de um brilho que me fez amá-lo ainda mais.

- Sabe Laura, eu acho que eu nunca fiz uma canção de amor que não fosse para você. Eu acho que todas as músicas que eu já escrevi eram sobre quando eu iria te encontrar e como seria depois de ter você. E nenhuma delas… nenhuma… - ele me beija - se compara ao que sinto com você.

Nossos lábios se encontram novamente. Eu não sei como serão os próximos anos, se estarei em São Francisco ou Miami, a única coisa que eu sei é que o lugar onde eu devo e quero estar é aqui, nos braços do garoto que eu amo.

 

 

FIM

 



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