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História Lay Me Down (Ziam Mayne) - Attempt


Escrita por: ZeeyumX

Notas do Autor


:)

Capítulo 23 - Attempt


Era uma manhã ensolarada. Os passarinhos cantavam felizes, e era até possível ouvir crianças rindo e brincando. Era um dia atípico.

O Malik havia acordado cedo - para não dizer que ele não tinha dormido -, e seu humor estava excelente. Parecia o dia mais feliz de sua vida, e seus planos não podiam ser melhores.

Faziam duas semanas que não via Liam, mas não era por nada pessoal. Zayn só estava se empenhando loucamente em seu TCC, e Liam compreendia. Os dois costumavam conversar por telefone quando Payne chegava do trabalho.

Zayn deixou seu celular na cama e se jogou sobre a irmã, que ria como uma hiena engasgada.

"Faz quanto tempo que vocês estão juntos?" Waliyha questionou, ofegante. Suas bochechas estavam coradas devido ao riso recente e excessivo.

"Dois meses e algumas semanas. Não sei ao certo."

"Como não sabe?"

"Ah, vai cuidar do seu relacionamento. Você ta há quanto tempo com a Stewart?"

"Um ano e dois meses, tirando as brigas."

"Que lindas. Você ta com fome? Eu to morrendo de fome, vamos fazer o almoço." Pegou impulso para se levantar.

"Veste uma calça pelo menos, hoje é dia da Elsie vir passar roupa."

"Nossa, quanto tempo que não vejo ela." Pegou a primeira peça de roupa que encontrou no chão, mas era uma camiseta.

"Uhum." Liyha concordou. "O que você vai fazer? Eu fico com a sobremesa."

"Batata frita, to com preguiça." Comemorou internamente ao encontrar uma bermuda, ignorando a mancha de molho de tomate na frente.

"Você é tão imundo. Não sei como não tem ratos nesse quarto."

Zayn não se importou em responder, apenas ergueu o dedo médio antes de sair do quarto com seu maço de cigarros e isqueiro na mão.

No andar inferior Elsie cantarolava uma música desconhecida pelo falso loiro, mas que tinha um ritmo interessante. A loira balançava os quadris enquanto passava as roupas, e levou um susto quando Zayn a abraçou por trás.

"Jesus, Zayn."

"Eu sei, obrigado." Malik riu, deixando um beijo estalado na bochecha da mulher mais velha antes de soltá-la. "Tudo bem?"

"Sim, e com você?"

"Tudo ótimo." Se jogou no sofá e tirou um cigarro de dentro do maço.

"Você não me disse que ia parar de fumar, Zayn Javadd?"

"Disse, mas as coisas mudam." Gesticulou com uma das mãos antes de acender o canceroso entre os lábios.

"Essas coisas não deveriam. Essa coisa te mata aos poucos, meu filho."

"Eu sei." Soprou a fumaça. Elsie não sabia que dizer aquilo era uma espécie de incentivo.

Minutos de silêncio rolaram enquanto Malik fumava seu cigarro com uma calma absurda, a mente em seu próprio mundo.

"Como eu ouvi que ninguém foi pra cozinha, já me encarreguei de pedir comida por telefone." Waliyha anunciou conforme descia as escadas que ligavam a sala ao segundo andar.

"Pediu o que?" Elsie perguntou. Zayn sequer se mexeu. Seus remédios estavam começando a fazer efeito.

"Subway maravilhoso. Espero que gostem da minha escolha." Soprou beijos. "E antes que pergunte, não tem cadáver no seu pão, Malik."

"Quando chegar me chama, por favor?" Ele disse e se levantou. "Eu vou subir."

"Vai fumar?" Waliyha perguntou mordiscando os lábios, o cotovelo apoiado no corrimão.

"Já to fumando." Bateu as cinzas do cigarro no cinzeiro que carregava consigo.

A adolescente rolou os olhos, dando licença para o irmão passar.

Zayn trancou a porta de seu quarto e escorregou pela mesma até sentar no chão. Seus braços automaticamente envolveram seus joelhos, e o cigarro caiu sobre o piso. O primeiro soluço escapou pela garganta do garoto no segundo em que sua cabeça pendeu para frente, finalmente o fechando em seu próprio casulo.

Existiam momentos em que Zayn só ficava triste por conseguir ser tão egoísta e desgraçado. Para ele aquilo saía do comum, porque não era algo normal.

"Príncipe." A voz de Yasser soou em sua cabeça, e um calafrio passou pela sua espinha.

"P-pai." Zayn mordeu os lábios tentando não emitir sons.

Sem nenhuma resposta, Malik se rendeu ao choro. Ele não conseguia, seu mundo nunca seria a mesma coisa de quando seu pai estava vivo, e seu psicológico o fazia concordar com isso todo maldito segundo de cada fodido dia.

Mesmo quando seu pai estava vivo, as coisas ainda eram ruins para o Malik mais novo. Ele não tinha amigos, se sentia um lixo em diversos aspectos, e odiava com todas as forças ir para o colégio. Lá era o pior lugar do mundo.

Quando Zayn estava com seu pai, tudo isso parecia ir para o espaço. Ele se sentia incrível, invencível, inteligente. No entanto, ele não estava mais ali, e saber que nunca mais estaria deixava o moreno quinhentas mil vezes pior. Mesmo que já tivesse amigos e um namorado incrível, ele se sentia terrivelmente vazio.

A cada grunhido frustrado Zayn aumentava a força que puxava os cabelos, não conseguindo mais controlar sua crise. Sua respiração estava engatada, e era possível sentir seu coração pulsando nos ouvidos.

Sentindo o mundo rodar lentamente, o moreno deu o seu melhor para levantar do chão e cambaleou até sua cama com o intuito de pegar seus remédios na mesa de cabeceira. Mas naquele momento, as drogas não eram para fazê-lo melhorar.

Com a ajuda da garrafa d'água que estava ali, Malik engoliu cerca de dezoito comprimidos dando o seu melhor para não vomitar todos na mesma hora. Eram os únicos que estavam no frasco.

Zayn só parou de beber água quando começou a perder o controle dos movimentos e o mundo escurecer. Tudo o que ele se lembrava era de ter escutado seu celular tocando a introdução de Heart Out da banda The 1975. Era o toque de Louis.


Notas Finais


(:


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