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História Le Chant des Sirènes - Capítulo VI


Escrita por: IzzySilveira

Notas do Autor


OIII gente, voltei com mais um capitulo, ate eu estou surpresa com a rapidez hehe
Boa leitura e Desculpem qualquer erro!

Capítulo 7 - Capítulo VI


Capítulo  VI

Não se lembrará do que é ter medo, na verdade poderia dizer que nunca o sentirá, talvez por ser uma sereia, seu orgulho fosse maior do que qualquer demonstração de sentimentos. Sentimentos eram fraquezas, as sereias melhor do que ninguém sabiam que demonstrar sentimentos não era algo bom, foi por amor que elas são amaldiçoadas, por um sentimento elas foram privadas de sentir qualquer outro. Lucy nunca havia se importado em sentir algo, mas era impossível não perceber o imenso vazio que sentia ao ouvir lendas de amor e se abster do sentimento, sabia bem do amor que tanto já ouviram falar, mas ainda era um terreno desconhecido para si.

 Lucy não sentia medo, e por vezes achava aquilo bom, quem nada teme nada sofre, mesmo com aquele mais temido cão a sua frente, a loira nem ao menos cogitou a ter medo, Ortros poderia ser temível e ter sua fama, mas Lucy não ficava para trás, seria uma luta entre dois seres mitológicos.

 - O duas caras, você poderia passar essa chave para a gente? Já estou sem paciência.- era incrível a arrogância de Natsu, era como se nada pudesse abatelo, algo extremamente tolo na concepção de Lucy, Ortros era um ser mitológico e era necessário a calma e pensamento lógico para atacá-lo, algo que parecia ser totalmente desprovido de Natsu.

- Quem ser esse humano patético?- Ortros gargalhava com sua voz grave e estridente.- Você não passa de um reles mortal!- a ira era algo evidente em sua voz.

-E quem se importa?- Lucy olhou para Natsu e respirou fundo, se colocou na frente dele, algo que não imaginária fazer.- Você não está com seu colar, não vai conseguir sozinha.

-Pois então!- uma luz dourada foi surgindo do corpo de Lucy, seus cabelos esvoaçavam com o vento, sua roupa foi sumindo e dando lugar a uma outra, Natsu olhava de olhos arregalados,  Lucy usava um macacão com uma calda, sua roupa verde destacava com alguns detalhes dourados, os cabelos loiros presos em um rabo, em sua mão estava um arco. – outras sereias precisam do colar para eu usar o poder.- os olhos achocolatados foram em direção a Natsu.- Mas eu não!

Lucy segurou o arco com firmeza na mão esquerda, e com a direita puxou a linha fazendo assim, surgir uma flecha dourada, apontando em direção a criatura, que não sabia reagir ao espanto ou sarcasmo.

-Uma sereia?- a criatura gargalhou alto.- Acho que sua deusa não sabes de seu paradeiro.- Lucy ignorava, ainda apontando a flecha, Natsu olhava meio perplexo com o que estava ocorrendo.- Mesmo que seja uma sereia assim tão poderosa, não é páreo para mim.

-Por que você não apenas mantém-se calado? Sua voz está me causando dores.- Lucy falou indiferente, não demonstrava temer ou se abalar pela criatura, que por sua vez já estava irritada com tal petulância.

 Apontando a flecha dourada e finalmente a soltando de seus dedos, a flecha foi em direção a Ortros, e antes que o atingisse, a flecha se tornou mil, mil flechas douradas em direção ao cão, que nem ao menos demonstrou se abalar, parando em posição de ataque, soltando um latido alto, repelindo as flechas e fazendo um grande vento, chicoteando Natsu e Lucy que tiveram que  segurar para não voar.

Lucy olhava aquilo com sua expressão normal, sabia que não seria fácil, mas também não facilitaria as coisas para a criatura. Novamente a luz dourada surgiu de seu corpo, e novamente Lucy estava com uma outra roupa, era um macacão com uma calda com um ferrão. Lucy fez posição para o ataque deu um rodopio, e assim formou se uma tempestade de areia indo em direção a criatura que ficou presa em meio aos redomoinho de areia, logo em seguida jogou areia em formas de facas acertando o animal, que ficou enfurecido ao ver os corte, rugindo e desfazendo a cortina de areia, Lucy sorriu de lado e trocou novamente seu star dress*, vestindo a roupa como de uma gueixa, Lucy com suas duas espadas foi em direção ao bicho, desviando das vezes que ele rugia ou tentava acertar com sua calda. Lucy desviava com destreza, fez um grande corte na perna do bicho, que com ódio jogou lhe longe, fazendo-a bater em uma parede com força, Lucy sentia a ardência em seus ossos, mal percebendo a grande pedra que ia cair sobre si, sendo puxada por Natsu que a tirou a tempo do lugar, antes que fosse esmagada, Lucy olhou surpresa para o rosado, não esperava que o mesmo a salvasse. Natsu olhava com olhos apertados para o animal, depois se virou para a loira.

- Acho que vamos ter que lutar juntos!- Lucy levantou as sobrancelhas em questionamento.

-Não preciso de ajuda!- Natsu sorriu de lado, se levantando e retirando suas duas espadas e as girando na mão com agilidade.

- Eu não sou de ficar olhando!- fogo surgiu da espada de Natsu, o tom vermelho alaranjado brilhava sobre o metal, que fora feito especialmente para o rosado.

Natsu correu em direção ao bicho, a sua determinação era algo visível em seus olhos, o sorriso de lado demonstrava que medo o rosado não tinha, Lucy resolveu não ficar olhando e fazer algo a respeito, precisava de um plano e rápido. Olhou para Natsu correndo e trocou sua roupa rapidamente, para a de empregada, as correntes em seu pulso balançavam, Lucy se agachou e com tremenda força bateu as mãos no chão, fazendo um estrondo com rachaduras no chão, tremendo, fazendo Ortros desequilibrar, Natsu pegou impulso em uma pedra que foi levantada pelo estrondo e pulou em cima do bicho, fazendo vários rodopios e cortando a pele dura do animal, que grunhia irritado, Natsu foi jogado no chão pela calda do bicho, e antes que caísse ao chão, Ortros usou sua garra afiada arranhando o peito de Natsu. Lucy pode ver o sangue voar e Natsu cair com força no chão e gemendo logo em seguida, Lucy atirou sua corrente nas pata de Ortros, e prendendo no chão a corrente, Ortros se debatia tentando soltar.

-Irei matá-los, e finalmente provar a doce carne de uma sereia!- Ortros dizia irritado tentando se livrar da corrente, Lucy se aproximou de Natsu que cuspia sangue, mas aparentava estar melhor do que ela imaginava.

-Nossos ataques não surgirão efeito nele dessa maneira, preciso chegar até sua coluna e acertá-lo por cima de modo que fique veraneável!- Lucy analisava as opções, sabia que a corrente não suportaria muita tempo.

-Então lhe darei tempo, vou distraí-lo enquanto você faz isso.- Lucy olhou para o rosado que se levantou como se nada tivesse acontecido.- só me diga aonde tenho que acertá-lo.

-No coração!- Lucy trocou a roupa novamente, vestia  um sutiã preto com branco e um short com uma perna de calça, balançou seu chicote fazendo um estalo no ar.- Mas a caixa torácica dele e muito dura, eu lhe ajudo no final.

E antes que Natsu pudesse dizer qualquer coisa, Lucy correu, usando seu chicote nas árvores para subir até a costela do animal, que por vezes tentava atacá-la com sua calda, Lucy levou chicotadas da calda serpentina do animal, mas ignorou a dor e avançou dando um grande pulo, e acertando um soco em cheio na costela do bicho com sua forca sobre humana, o fazendo grunhir e cair no chão. Natsu correu e acertou sua espada no peito de Ortros, que gritou arranhando novamente Natsu, Lucy girou no ar e caiu em pé com destreza, e usou toda sua força que aquele poder a proporcionava e junto com Natsu empurrou a espada no peito do bicho, que por vez perderá a vida. Lucy soltou o ar pesadamente olhou para o animal caído, e depois para o colar, levou a mão em direção ao objeto dourado e o puxou, arrancando de Ortros, quando Lucy tocou a chave , o objeto brilhou e Lucy sorriu, aliviada.

Natsu estava mantendo se firme, mesmo com seus sérios machucados, que demonstrava não ter nenhum. Lucy havia atirado uma flecha no céu, fazendo a explodir, como se para sinalizar o local onde estavam, rapidamente o restante das pessoas foram aparecendo, alguns com machucados leves e outros com machucados mais sérios. Lucy ajudou a todos, afinal seu poder era para isso.

-Lucy por favor ajude o Jellal!- Lucy olhou para a ruiva que estava extremamente nervosa, a loira podia perceber apenas pelos olhos da ruiva, aparentemente a ideia de perder aquele garoto, deixava Erza extremamente assustada .

-Ele está com muito veneno no corpo, e já se espalhou!- Lucy falou após avaliar o corpo do azulado que suava e tremia. Erza arregalou os olhos olhando para o amigo.- vou ajudá-lo, será um pouco doloroso e ele vomitará sangue.- Lucy olhou para a amiga e sorriu.- precisarei da sua ajuda, se acalme e esteja preparada.- Lucy pousou sua mão na de Erza de forma delicada, Erza olhou para a loira e assentiu rapidamente.- segure-o!- Erza colocou tronco de Jellal em seu colo, seu braço sobre os ombros do azulado o abraçando, Lucy pousou a mão na região ferida e uma luz surgiu de sua mão, fechou os olhos e se concentrou, proferindo algumas palavras, enquanto o azulado gritava e se rebatia com Erza o segurando firme, depois de algum tempo de certa agonia para o azulado e de certa forma para a ruiva também, Jellal parou de gritar, até que virou para o lado vomitando um sangue escuro, sentia dor, fechava os olhos tentando conter, não conseguia parar de vomitar. Lucy retirou sua mão e a ferida estava curada e sem nenhuma veia escura ao redor, Jellal havia parado de vomitar e respirava com dificuldade.- terminou!- Lucy deu um sorriso doce satisfeita, Erza a puxou para um abraço surpreendendo a loira, que lentamente retribuiu o abraço e sorrira.

Lucy se aproximará meio incerta, afinal não tinha tal intimidade com a azulada ainda, e Lucy não sabia como se aproximar da garota, tinha certeza que era ela a garota que já fizera parte de seu passado, mas nada poderia fazer. Ao se aproximar da azulada sentia nostalgia, ela a fazia lembrar de tempos que antes eram esquecidos e apagados de sua mente, a fazia se sentir com saudades do tempo em que não se escondia tanto como agora, lembrava de sua casa, tudo o que hoje ela estava longe, sentia saudades de quando era criança e tinha sua pureza , sua inocência, algo que hoje ela vem perdendo com rapidez, o mundo a veio corrompendo, com suas impurezas fazia Lucy se fechar, e perder cada vez mais seu encanto infantil e se tornando realmente o ser sem sentimentos. Olhou para a azulada que fechava os olhos com dor.

-Acho que posso ajudá-la!- Lucy se agachou na altura da garota que a olhou surpresa, sempre tivera curiosidade e vontade de se aproximar da sereia, mas por vez a mesma ainda não havia criado coragem. Lucy repousou a mão na coxa pálida da garota, o machucado era fundo e grande, não tão perigoso ao ponto de ir a óbito, mas era de fato preocupante.- Você é uma das que está com o machucado mais perigoso.- Juvia olhava ao redor como se evitasse olhar a sereia, que reparou e a encarou com uma sobrancelha em pé.- tens medo de mim?- Juvia olhou nos olhos achocolatados e um grande sentimento de nostalgia a invadiu.

- Não!- disse sincera.- Apenas o sentimento que você me causa, me e estranho!- Lucy sorriu de lado, enquanto começava a cura a garota.

-E por que já nos conhecemos!- Juvia arregalou os olhos, piscou meio incrédula, saberia se já conhecia a sereia antes.- Você foi um dos primeiros contato humano que eu tive.- Juvia não conseguia disfarçar a surpresa, e por  mais estranho que parecesse, não duvidava das palavras da sereia.- quando éramos pequenas nos conhecemos, em um lago perto de sua casa, você costumava ir lá quando me viu.- com sua face serena, Lucy continuava a curar a perna analisando o machucado que aparentava estar melhor.- Você me perguntava coisas sobre as sereias e eu sobre os humanos, você sempre dissera que amava a água, e sempre quis ser uma sereia.- Lucy a olhou com os olhos meio tristes.- um dia sua casa foi destruída em uma tempestade e você perderá sua família.- Juvia engoliu em seco, falar sobre aquilo era doloroso para si.- Eu ajudei e a protegia, até que minha mãe descobrirá sobre, e me proibiu de vê-la e apagou sua memória.- Lucy olhou como quem pediu desculpas.- ela não acha que devemos misturar com os humanos, me desculpe por ela mexer em suas memórias, a magia de uma sereia e absoluta, você nunca se lembrará, mas fico feliz que de certo modo você ainda me reconhece.

-Então...- Juvia olhava para o chão perplexa, era estranho tudo o que acabará de ouvir, mas não sentia como se fosse mentira, seu coração reconheceu a sereia, e isso era suficiente.- Obrigada por cuidar de mim! 

- Você era minha amiga!- Lucy sorriu gentil.- Mesmo que fôssemos jovens, cuidávamos uma da outra.-Juvia sorriu.- pronto, terminei!

-Obrigada Rival do amor!- A azulada se levantou indo embora, Lucy a olhava com as sobrancelhas juntas sem entender o que havia ocorrido.

**

O navio estava da maneira que haviam deixado, barulhento com vários marujos empolgados e curiosos. Ficaram eufóricos com a notícia que haviam pego a chave, gritaram que seria feita uma comemoração, como se alguma vez eles precisassem de motivos para tais badernas que aconteciam no navio.

Lucy olhava tentando disfarçar o sorriso que formava em seu rosto , a animação era de certa forma contagiante, admitia não compreender os humanos, costumavam comemorar qualquer feito. Costumavam dizer que por não serem mortais, festejavam cada feito grandioso, para ser memorável e respeitado no dia de seu leito, para que não houvessem arrependimentos. Por vezes Lucy ficava curiosa em saber como era a vida humana, serem tão frágeis e mesmo assim com tamanha coragem, se perguntava como seria viver cada dia como se fosse o último, de sempre ter desafios, ter sentimentos e sensações novas a cada dia, poderia até dizer que sentia certa inveja dos humanos.

 Seria Lucy uma das mais poderosa sereia, com curiosidade da humanidade ? Nunca negará que os humanos eram uma incógnita em sua mente, com o tempo e o que fora vendo deles, a fez sentir nojo e desgosto da raça que despertava esse sentimento nela, mas ao passar esses momentos com Fairy Tail, Lucy perceberá que os humanos lutam por causas inúteis, apenas para se darem o gosto de se sentir vivos, mesmo que nem todos fossem bons, nem todos eram maus, e mais importante, eles valorizavam algo que nenhum ser mitológico valorizava, a vida.

Olhou para a porta da cabine do capitão, estava fechada como de costume, Natsu não estava com os outros, e Lucy imaginou que o mesmo estaria lá dentro. Guiou seus pés até a cabine e a simplesmente abriu, vendo o rosado deitado na cadeira com os pés em cima da mesa, e fechava os olhos com força.

- Não sabe bater?- ele ainda mantinha os olhos fechados, permanecia da mesma maneira.- Lucy.- a loira levantou uma sobrancelha em questionamento em como ele sabia que era ela, sem ao menos olhar.

- Você está machucado!- ele abriu um olho e depois o outro dando de ombros como se o assunto abordado não fosse nada.

-Não irei morrer.- ele disse simplesmente voltando a fechar os olhos, Lucy se aproximou jogando os pés do rosado no chão, que abriu os olhos com uma cara irritada, como de costume, antes que abrisse a boca para falar tais bobagens que sempre eram ditas, Lucy abriu a camisa do rosado vendo um imenso machucado feito pelas garras de Ortros, arregalou os olhos surpresa, ele não deveria estar vivo.- Você está bem petulante mulher.

-Como está vivo?- Lucy perguntou simples e direta, o rosado pareceu não se abalar dando de ombros.- foi muito profundo, provavelmente pegou seu osso e músculo, já perdeu muito sangue, não importa o quanto seja forte, você foi ferido por um ser mitológico.

-E estou vivo!- ele disse simplesmente, abanou a mão.- Apenas saia.- Lucy ignorou e sentou na mesa, estava curiosa.

- Eu posso curá-lo!- Natsu levantou uma sobrancelha e não pode deixar de sorrir de escárnio.- Você me ajudou, não gosto de ficar devendo algo a alguém como você.- ele a olhou Lucy se referia no momento em que ele a carregou a salvando de um esmagamento.- Mas sinceramente não me importo se morrer.- Natsu deu um largo sorriso.

-Não posso lhe dar esse gosto!- sentou se ajeitando na cadeira enquanto a loira se levantou, e abriu devagar a blusa do rosado, ainda surpresa em como ele se mantinha normal diante da ferida, passou o dedo devagar vendo que a ferida dava dois de seus dedos a largura de cada garra, Natsu fechou o olho obviamente incomodado com a dor, Lucy sorriu de lado apertando um pouco mais, fazendo o rosado a olhar de cara fechada, a loira apenas deu de ombros, pousou as mãos devagar e fechou os olhos, suas mãos iluminaram e ela sentia o calor que sua magia emanava. Segundos depois podia ouvir Natsu agonizar de dor, e remexer inquieto, fincava os dedos na cadeira até que seus dedos estivessem brancos, remexia inquieto, Lucy se concentrava em sua cura e sentia desgaste mais que o normal. Natsu a segurou pelo pulso a puxando, fazendo a agachar, loira abrir os olhos e vê a  proximidade em que se encontravam.- está... fazendo isso... de ..propósito.. não é?- Natsu suava e sua respiração acelerada, até mesmo Lucy estava surpresa com tal reação, retirou a mão vendo que o machucado estava curando, mas estava lento, ela apertou os olhos, e depois decidiu prosseguir, fazendo o processo de cura de olhos abertos, suas mãos brilhavam, mas parecia ferir Natsu, fazia o sentir mais dor que o necessário, continuou vendo que o rosado grunhia mais, até que finalmente estava acabado, Lucy passou o dedo na pele que agora estava em perfeito estado, uniu as sobrancelhas em questionamento, era como se o corpo de Natsu recusasse a cura de Lucy.

Levantou os olhos para o rosado vendo que o mesmo tinha os olhos fechados e a tentava regularizar a respiração, seu peito subia e descia rápido, gotas de suor escorria de seu corpo, que estava quente. Natsu abriu os olhos, e foi como se uma visão surgisse na mente de Lucy, via o rosado sendo pendurado por espinhos e sendo torturado, com algas venenosas e vários outras coisas usada para sua tortura, sentiu seu corpo congelar ao ver quem fazia tais coisas, sereias. Fechou os olhos com força e ao abrir de volta, deu de cara com os olhos verde musgo a encarando de volta, Natsu mantinha um rosto impassível sem reação, sua pele pingava suor, o cabelo estava caído na testa meio úmido. Lucy respirava pesadamente de olhos arregalados, não acreditava no que virá, podia ver claramente como se estivesse lá, Natsu estava preso com metade do corpo submerso na água enquanto, sereias o torturavam, levantou rapidamente e a passos rápidos saiu da cabine fechando forte a porta atrás de si, Lucy tinha a respiração irregular, nunca imaginara ver suas irmãs fazer algo como aquilo, sabia que haviam sereias que seguiam suas próprias regras, dando jus ao nome de monstros que os humanos nos davam, mas nunca imaginou vê-las fazendo algo assim.

Foi até a beirada se encostando no mastro e olhando o mar, pensando em suas irmãs, fechou os olhos e decidiu por voltar ao seu tanque, precisava da água do mar, mesmo que fosse daquele pequeno tanque. com a ajuda da pequena Levy, Lucy entrou enrolada em um lençol, ao colocar seu corpo na água, ficou sentada no fundo, esperando as mudanças de seu corpo. A pele humana ia se desfazendo dando lugar a suas escamas douradas com diamantes, a pele ia se desfazendo e virando poeira e sumindo na água, seu seio fora tampado por seu sutiã encrustado de diamantes, em sua cabeça sua tiara aparecia como mágica, Lucy abriu os olhos e soltando o fino lençol, e deixou sentir a água em seu corpo, suas guelras se deliciava com a água recebendo oxigênio, e como mágica ela podia respirar fora e dentro da água. 

Lucy notou o brilho em sua cintura e sorriu ao ver a chave do portal do carneiro, Áries, em um cinto preso em sua cintura, um cinto delicadamente feito de pedras brilhantes, com uma pequena calda em volta, como se fosse um curto véu. Levando os dedos e tocando a chave ela sentiu um calor, e sorriu triste ao sentir a magia negra que havia corrompido a magia de luz.

**

Natsu estava parado olhando seu peito, não por que achava seu físico algo notável, mas por que agora estava sem nenhuma cicatriz, mesmo que ardesse um pouco, não havia mais nenhuma ferida ali. Unia as sobrancelhas lembrando da imensa dor que sentirá quando Lucy começou a curá-lo, queimava de uma maneira que incomodava como se impedisse Natsu de respirar, sentia a dor em seus ossos, sentia seu corpo se curando e voltando ao que era, mas o incomodava muito, ele queria apenas tirar as mãos de Lucy com sua magia sobre si. Lembrou de quando a loira o olhou com os olhos arregalados após ver novamente uma memória do rosado, lembrou de como ela parecia surpresa e triste ao mesmo tempo.

-Tsc, ela é igual!- ele balançou a cabeça puxando sua cadeira ficando próximo da mesa olhando o mapa e sorrindo logo depois ao ver onde se aproximavam. Abriu a porta colocou a mãos na coluna e olhou para os marujos que gargalhavam, e se divertiam, olhou para o tanque vendo Lucy com metade do corpo submerso conversando com Cana, fez careta, vê-la novamente como sereia sempre o incomodava.- MARUJOS!-  ele gritou tendo a  atenção de todos inclusive da sereia.- daqui um dia, estaremos em terra, poderemos parar em um taverna e pegar nossos amigos que faltam!- todos berraram em comemoração, Natsu sorriu depois olhou a sereia que o olhava, Natsu se virou indo para outro canto.

Outros? Teria mais? Lucy se perguntava olhando ao redor vendo que o navio já estava bastante cheio, mesmo que o navio fosse gigantesco, ela pensava se comportará todos.

-Por que olhas tanto para o capitão?- Cana atraiu a atenção de Lucy, com um sorriso de lado e um olhar safado, Lucy sabia que algo que não prestava iria sair da boca da morena.- tá querendo um pedaço não é?- Lucy fez careta apenas de pensar no assunto.

-Estou apenas curiosa em relação a algumas coisas!- Cana deu de ombros e tomou um gole de sua bebida.

-Falando em curiosidade, como tu toma banho?- Lucy levantou uma sobrancelha, Cana apontou para o corpo de Lucy .- digo se você entra na água, você não transforma?- Lucy não pode deixar de sorrir, Cana era uma pessoa extremamente alto astral.

-E questão de magia Cana, eu concentro minha magia quando quero transformar, posso me transforma em água doce e salgada, mas algo como banho não vai me transformar.- Cana assentiu, compreendendo.

- Por que tem que ficar nesse vai e volta, não pode apenas ficar como humana? Digo, não seria mais fácil para você? – Lucy deu um sorriso tímido.

- De certa forma sim, mas se ficarmos muito tempo fora da água, e considerado traição a deusa Anfitrite!- Cana abriu levemente os lábios.- Por isso não posso ficar em minha forma humana o tempo todo.- Cana pigarreou, sabia que o assunto era delicado, mas descarada demais para não questionar.

-O colar tem algo haver com isso?- Cana se encolheu com medo da reação da loira, mas a sereia apenas deu de ombros.

- Digamos que sim.- olhou para a morena que o olhava com os olhos violetas brilhando de animação, sabia que no fundo Cana era inocente.- Anfitrite nos dá aquele colar como uma benção, para algumas sereias, e necessário o colar para o uso do poder, por ser um presente de uma deusa, se o quebramos, temos o resto da vida em tortura, quebrá-lo e como se fosse ir contra a deusa, ir contra ela é um adultério.- Cana fez uma careta.

-Parece duro demais.- Cana colocou os braços na beira do tanque.- o que a deusa Anfitrite e para as sereias?

-Ela é nossa deusa, nossa mãe, somos suas servas.- Lucy sorriu.- devemos a vida a ela.- Cana assentiu.

-Por que ela é dura com vocês ?- Lucy deu de ombros passando a mão no pescoço sentindo a falta do colar.

-Ela não é dura, são apenas regras, e assim com qualquer outro Deus.- Cana se aproximou de Lucy que sorriu da careta da garota.

- A primeira sereia viveu Infeliz?- Lucy desfez o sorriso ao ouvir o que a morena disse, que notará o incomodo da loira.- desculpe, não deveria questioná-la sobre essas coisas.- Lucy negou com a cabeça.

-Tudo bem, então você provavelmente acredita na verdadeira história, não nas outras versões.- Lucy soltou o ar pesadamente.- Sereias amam uma única vez, ela não pode se apaixonar novamente, ela ainda vive, e só ela sabe dizer se é infeliz.- Cana piscou surpresa, por um momento havia esquecido que sereias eram seres imortais.

-Quantos anos tem Lucy?-  a sereia gargalhou com a capacidade da morena agir sem pensar e na sua habilidade de mudar de assunto.

-Dezoito, depois de certa idade paramos de envelhecer!-Cana abriu a boca surpresa e segundos depois já estava mudando de assunto é fazendo a loira gargalhar.

**

Haviam parado em terra firme, todos estavam animados, amavam o mar, mas sentia falta do solo e da bagunça que era as cidades. Lucy tentava esconder a animação e o nervosismo, pela primeira vez iria estar no meio de humanos em uma cidade, nunca havia ido em uma, e admitia estar curiosa, mas também tinha certo receio de ter contato com mais humanos, ela sabia que alguns eram a maldade em pessoa, vira com seus próprios olhos.

Fora intimida por Natsu para não sair de perto dele, ficará incomodada com o ultimato, afinal odiava receber ordens, mas não podia ao menos rebater sobre tal assunto, Natsu nunca a deixaria sozinha no barco, afinal todos queriam ir na cidade, e obviamente não deixaria ela longe de seus olhos, não restará outra opção além de concordar.

Mal haviam saído do barco e uma coisa peluda voou em direção a eles, eram três gatos, um com pelagem branca e até mesmo usava roupas, deixando claro que era uma fêmea vaidosa, o outro com pelagem negra, e o outro que havia pulado em cima de Natsu era azul, os três tinham asas, na hora Lucy os reconhecerá como exceeds, nunca havia visto um de perto e sempre tiveram curiosidade, e vendo os de perto Lucy pode constatar que eram extremamente fofos, a branca fora em direção a pequena Wendy, que Lucy ficava curiosa para saber por que uma criança estaria presente nessa perigosa missão. O de pelagem Preta fora em direção a Gajeel.

- Oh então essa é a garota?- Lucy olhou para o dono da voz fina, o pequeno bichano azul, sorria com as mãozinha na bochecha.- Eu sou o Happy!- Lucy sorriu.- Eu havia apostado que o Natsu não ia conseguir.- ele fez bico.- perdi dois peixes, isso é muito!- ele olhou com os olhinhos brilhando de tristeza para a sereia.- Você me deve dois peixes!- ao notar o que havia dito, o gato rapidamente arregalou os olhos e tapou a boca com suas pequenas patinhas.- me desculpe, você não vai querer que eu coma uma de você!- Lucy ficou sem expressão enquanto o gato parecia desolado, após um segundo ele abriu um imenso sorriso a olhando animado.- Você pode falar com os peixes? Isso é um imenso talento.

- Ah não... as criaturas do mar nos respeitam, mas não conversamos.- Happy balançou a cabeça com a mão na cintura, e Lucy não conseguia não achá-lo fofo.

-Que desperdício de talento, Tsc, seria um talento muito útil!- Lucy sorriu, e Natsu olhava com cara de tédio para o amigo bichano, definitivamente Happy era quem sempre foi.

**

Todos haviam entrado em uma taberna, que estava cheia com vários tipos de pessoas, ia de homens grandes que faziam cara feia para colocar medo em que os enfrentassem, outros que gargalhava por qualquer coisa por não estar mais em seu juízo perfeito por conta da bebida, Mulheres que se jogavam no colo dos homens. Era uma bagunça que Lucy jamais vira, e por onde andava estava atraindo atenção que definitivamente não queria , os homens a olhavam impressionados, algumas mulheres não disfarçavam a cara feia ao olhá-la.

Natsu havia se sentado com seus marujos espalhados pelo local, outros ainda estavam do seu lado, Lucy se manteve em pé segurando Happy, que no curto tempo já havia se tornado um amigo.

-Olha só quem está aqui!- um homem bateu forte na mesa, tinha os cabelos espetados em uma cor de vermelho escuro, um de seus olhos era fechado com cicatriz que ia até a metade da bochecha.- Se não é a amaldiçoada fairy tail?!- o olhar de Natsu para o tal cara a frente, não era um olhar bom, Lucy conhecia bem aquele olhar.

-O que foi que disse?- Natsu perguntou com um timbre que era nítido sua raiva, o rosado olhou para o homem de cima abaixo.- o único amaldiçoado aqui será você! quem e você?

-Sou Cobra, da Oracion seis!- cobra deu um sorriso diabólico.- não se esqueça desses nomes!- O homem sorriu debochadamente, olhou para o lado vendo Lucy, e levantando a sobrancelha em questionamento. Lucy sentiu a energia ruim, negra, e Lucy sabia aquele homem definitivamente era um homem ruim, e coisa boa não sairia dali.

Fim!

 “Não nos deixemos criar males imaginários, quando sabemos que temos tantos outros reais para enfrentar.

- Oliver Goldsmith-


Notas Finais


FIIIM!
Então esse foi o capitulo, talvez foi um pouco parado, mas tem pequenos detalhes que são importantes no desenvolvimento da historia mais a frente,uma explicação, gosto de lutas sem muita enrolação, então as vezes sou bem direto, admito estar aprendendo como narrar as lutas, mas para frente serão lutas maiores.
Natsu e Lucy mostrando que ate mesmo quando não querem são melhores juntos hehe
*Star dress: para quem não acompanha o mangá, e um feitiço ligado a Magia dos Espíritos Celestiais no qual o usuário incorpora o poder de um Espírito Celestial em seu corpo, ela troca a roupa usando uma para determinado espirito, eu coloquei alguns poder que ela usa, mas foi ideia da minha cabeça, não sei bem qual e os poder que ela usa quando esta com o Star-dress.
As roupas que ela utilizou, foi de sargitarios, scorpion, cancer, virgo e taurus.
Lucy e Juvia já se conheciam, ela não é uma sereia, sorry, eheh.
AAH o Happy apareceu, em um historia cheia de seres mitológicos e mais, com certeza vai ter exceeds sim!
Obrigado por lerem, espero que tenham gostado!
Beijocas e Arigatou!
I.C.S


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