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História Le Noir - Infância perdida


Escrita por: SunHee_sun

Notas do Autor


Pessoas cheirosaaas *-*
voltei com mais um capítulo de Le Noir ~uhuuul~ eu queria ter postado ontem, mas eu estava acabada de sono e acabei não conseguindo fazer isso haha, mas aí está ele!


Boa leitura <3

Capítulo 2 - Infância perdida


Fanfic / Fanfiction Le Noir - Infância perdida

[ Zelo POV’s ]

 

-O que está acontecendo aqui?! – indagou aquela voz mais do que familiar que preenchia o lounge assim como preenchia a minha mente.

Era MinA

-Nada não, noona. Só estou resolvendo umas coisas aqui...- falei ajeitando a mira do fuzil. – vai ser rápido.

-Ainda vai atirar em mim?- JongUp Hyung questinou Himchan. – acho que não seria uma boa ideia, não é mesmo, Zelo?

-Sim, mestre. – hyung estava satisfeito e isso me deixava satisfeito também – Himchan, joga essa arma no chão.

-Zelo... não se...

-AGORA! – gritei – eu disse pra você largar essa porra de arma agora!

- Ok... – Himchan fez como eu havia ordenado pois, caso contrario, eu iria atirar.

-Noona, pega essa arma e dê pro JongUp hyung, por favor. – se tem alguém que eu respeito nesse lugar é o meu mestre e a minha noona, por eles eu dou a minha vida.

MinA pegou a arma do chão dando- a para meu mestre, que se aproximou lentamente de Himchan enquanto transparecia que estava pensando em algo a executar, dava para ver pela sua risada que ele tinha um plano em mente.

-E agora Kim Himchan, pode ir rezando porque no inferno você não entra, pois você já está nele, não é mesmo? – JongUp colou o cano da arma na testa de Himchan, fazendo o ambiente ficar ainda mais pesado.

 

[ MinA POV’s ]

 

-E agora Kim Himchan, pode ir rezando porque no inferno você não entra, pois você já está nele, não é mesmo?  – O caçador havia virado a presa.

JongUp mantinha a arma na testa de Himchan e Zelo com o fuzil na nuca dele. Não tinha como Himchan fugir ou revidar, era um suspiro mais brusco e sua vida acabaria ali mesmo.

Junghong, ou melhor Zelo, como todos o chama por aqui também é um dos protegidos de JongUp. Até seus seis anos de idade ele viveu uma vida normal que toda criança merece ter.

Sua família era composta apenas por seu pai e sua mãe. Eles não eram ricos. Eram pessoas simples, mas que viviam uma vida confortável, vida esta que seus pais conseguiram construir depois de anos de árduo trabalho.

No entanto, circulava boatos de que a família havia herdado uma certa quantia em joias de uma tia-avó solteirona de Jung, que havia falecido de velhice e como ela não tinha marido nem filhos, seus bens foram para os parentes mais próximos, no caso, o pai de Zelo.

Mas o conto de fadas do nosso pequeno Junghong terminou quando assaltantes invadiram sua casa e os fizeram reféns. Eles queriam as joias, mas o pobre pai de família relutava em entregá-las, pois pretendia vendê-las e com esse dinheiro pretendia custear os estudos do filho, que sonhava em um dia ser cantor. O pai sabia que seu filho tinha talento, desde pequeno era possível perceber, mas mesmo que ele se matasse de trabalhar nunca conseguiria custear boas escolas e bons cursos para seu filho se aprimorar e conseguir realizar seus sonhos.

Ele relutou, a mãe tentou convencê-lo a entregar as joias, mas os bandidos não pensaram duas vezes em descarregar a arma no pai daquela criança que assistia perplexo tudo o que acontecia naquela sala, se sentindo completamente perdido e vulnerável.

A mãe de Jung tentou protegê-lo, agarrou o filho o envolvendo com o corpo de modo a tentar isolar aquela pequena criança daquele mundo horrível que a cercava.

Mas a falta de balas não foi empecilho pra um dos bandidos que começou a esfaquear a mulher, que gritava e depositava todas as forças que se esvaiam de seu corpo para proteger sua criança.

Junghong não pôde fazer nada, afinal o que uma criança podia fazer? Ele apenas se encolheu debaixo do corpo da mãe, sentindo o mesmo sangue que corria em suas veias escorrer do corpo daquela que lhe havia concebido a vida. Será que esse presente chamado vida, foi realmente um presente ou uma desgraça que lhe foi dada? Junghong se questionava ainda sob o corpo sem vida da mãe.

 No fim, os bandidos pegaram as joias e foram embora deixando naquela sala dois corpos sem vida e uma criança órfã.

Assim que souberam do ocorrido, os vizinhos trataram de chamar a polícia e os órgãos responsáveis para retirar os corpos dali. O carro da funerária chegou e a ultima vez que Junghong viu o rosto dos pais foi no momento que dois homens fortes levavam os corpos para dentro do veículo.

-Tchau papai, tchau mamãe...- disse abanando a mãozinha.

Essas foram as últimas palavras daquela criança que já não chorava mais, que agora vivia num mundo sem cor onde existia apenas o preto no branco e o branco no preto.

Zelo me contou que passou alguns dias na casa de uma vizinha, e logo apareceu uma mulher do conselho tutelar que o levou para um orfanato. Lá lhe contaram que teriam uma vida melhor e que conseguiria novos pais. Mas nunca se acostumou com a ideia de ter “novos pais” afinal pai e mãe é algo que a gente pode substituir? Ele não queria pais novos, ele queira seus pais de volta, aqueles que o amavam e que ele amava, mas apesar da pouca idade Jung sabia que nunca mais eles voltariam.

Sendo assim, dias depois fugiu daquele lugar e a partir de então passou a ser uma criança de rua. Eu sei bem o que é estar na rua, eu passei por isso e foi um dos piores momentos da minha vida... e eu já era uma pessoa adulta quando isso aconteceu,imagino o quão difícil foi para uma criança.

Nas ruas, Zelo aprendeu de tudo. Tudo de ruim que existia no mundo se concentrava naquele corpo de criança.

Com seus sete anos ele tentou roubar um cara boa pinta, mas sua performance não foi tão boa assim. Com certeza o cara tinha muito mais experiência no crime do que ele.

Era o pai de JongUp, que nessa época já era o bandido mais temido de toda Coreia.

- Quem você pensa que é para relar em mim, pivete?- disse analisando Zelo pelo canto do olho.

Zelo sempre diz que naquele momento sentiu seu muito cair quando viu o olhar daquele homem, mas sentiu mais pressão ainda vindo do olhar daquele pequeno ser que o acompanhava. Era JongUp.

 

                                            ***    

 

-Pega ele, pai. Eu sei que ele vai ser útil no futuro.

-Cala a boca, Up. Eu já tenho que aturar você, pra que eu vou querer outro estorvo pra ficar me chamando de pai o dia todo?!

-Lembra do cachorro que eu te pedi? Eu esqueço essa ideia se você me der esse moleque no lugar.

-Heeim?? Tá maluco?? De que vai te servir esse pivete?

-Pai, como futuro líder do esquema você não acha que tenho que seria bom eu ir formando meu exército?

-Hmm... tem razão hahahaha, que moleque inteligente, tinha que ser meu filho!

 

                                              ***

 

E foi assim que JongUp entrou na vida daquela criança perdida, e foi assim também que entrou para o esquema.

Zelo, apesar de ter sido tirado da rua como um cachorro, sempre respeitou e admirou muito JongUp.  E desde muito cedo Zelo passou a ver no seu hyung a figura paterna que havia sido tirada da sua vida de maneira tão brusca, pois foi ele quem, de certa maneira, o tirou do inferno chamado rua. Foi JongUp quem o ensinou como manejar uma arma, foi JongUp quem fazia tudo, até lhe dava comida. E por conta disso, Zelo é extremamente fiel ao seu hyung, ou mestre, como também o chama. Os dois cresceram juntos e a fidelidade de Jung passou a ficar ainda mais forte com os anos.

Vários anos depois, foi a minha vez de chegar aqui no prostíbulo. No meio tempo em que fiquei em “descanso” conheci Jung e após ter minha criança eu comecei a vender meu corpo aqui no prostíbulo.

Eu me recordo claramente, era apenas mais um dia rotineiro em que eu me preparava para mais uma noite de sexo quando JongUp se adentrou no meu quarto.

 

-Hoje você não vai trabalhar, MinA.

 

Fiquei surpresa com as palavras que vinham da boca daquele homem. Naquela época, JongUp contava com seus 23 anos eu com 21 e Zelo beirava seus 18.

 

-Dá um jeito nesse menino.

 

Empurrou Zelo para dentro do meu quarto. Chegava a ser engraçado como um rapaz daquele tamanho ficou sem saber como reagir naquela situação.

 

-Mostra pra ele o que é viver.

 

JongUp me disse batendo a porta do quarto. E assim ficamos eu e Jung por alguns minutos em silêncio.

Zelo sempre viveu em função de JongUp, tudo o que fazia era para JongUp, pelo JungUp e vivendo em função dele. Era tamanha devoção que mesmo vivendo num meio de prostituição, Zelo nunca havia se envolvido com uma mulher, sexualmente falando, não que ele não tivesse vontade, afinal Zelo estava no ápice da sua puberdade, mas porque não queria desagradar aquele que tinha como mestre, ele tinha medo de fazer algo que o desapontasse.

E como Zelo teve sua iniciação sexual comigo, acabou criando um vínculo em relação a mim. Para Jung, JongUp é sua figura paterna e eu sou a sua referência materna, não que ele me visse e me veja como uma mãe, mas eu sei que sou um suporte para ele, pra onde ele corre quando tem problemas e quando quer se sentir homem também.

 

                                           ***

 

-Zelo, posso te perguntar uma coisa? – fui me aproximando lentamente.

-Uhum, pode perguntar. – respondeu um tanto tímido.

-Você é virgem? – fui direta.

-Hm – me consentiu balançando a cabeça em sinal positivo. Era difícil entender como alguém conseguia ser virgem convivendo com prostitutas diariamente, mas resolvi não questionar.

-E o que você acha de mim? Eu provoco alguma coisa em você? – toquei levemente em seu membro, que começava a despertar por de baixo do grosso tecido da calça.

-Muito, MinA-shii...desde a primeira vez que eu te vi, eu.. eu pensei coisas muito mal intencionadas. – Era evidente como aquele par de olhos não conseguia desviar o olhar dos meus peitos, que queriam a todo custo se libertar daquele sutiã apertado.

-Você já bateu pra mim? – provoquei me insinuando um pouco mais.

-Óbvio. – ele estava tentando se controlar a cada toque mais generoso que eu aplicava no seu membro que já o incomodava no aperto da calça.

-Você pode me tocar, sabia? E mais, não precisa de tanta formalidade... só noona está bom...- mal deu tempo de aproximar minha boca da dele quando fui surpreendida.

Jung me agarrou, me prensando contra a parede e me beijou com a ansiedade de quem tem os hormônios à flor da pele. Não posso negar, aquilo foi deliciosamente prazeroso.

-Ah.. como você é gostosa, noona. – dizia com a voz abafada e afobada enquanto consumia meu pescoço com a boca e meus peitos com suas mãos.

Deixei que ele continuasse fazendo tudo o que tinha vontade, ele apertava minhas nádegas com força esfregando nossas intimidades, que se tornavam cada vez mais intimas.

-Espera... – falei o conduzindo pra cama.

Ele sentou na beira do colchão e eu fiquei de joelhos diante dele, em poucos instantes havia aberto sua calça que me revelou um membro rijo que a muito tempo ansiava por sexo.

-Você é bem dotado, heim criança? – vi ele sorrir maliciosamente.

Não pensei duas vezes em abocanhar o membro de Jung enquanto acariciava toda a extensão. Ele gemeu meu nome, segurou meu cabelo com força e pediu mais.

Fiz um oral bem caprichado, mas tomei cuidado para que ele não gozasse, pois a diversão estava só começando.

-Noona... eu quero você. – disse enquanto me atirava na cama. Eu abri as penas sinalizando para ele ir em frente. – Eu não sei fazer isso direito, mas...

Zelo nem terminou de falar quando eu já me senti invadida por aquele rapaz que loucamente procurava satisfazer seus desejos mais pecaminosos que a carne lhe implorava.

E foi assim a noite toda, a primeira transa foi meio desajeitada, tinha horas que ele não sabia como proceder, mas ele foi rápido em pegar o jeito da coisa.

Depois de experimentar muitas coisas na cama, Jung caiu no sono por conta da exaustão. Ele dormiu na minha cama pelo restante da noite e boa parte do dia seguinte e como eu havia sido dispensada do trabalho, fiquei observando aquele ser que tinha corpo de homem, mas rosto e alma de criança. No fundo ele ainda era uma criança perdida, aquela criança de seis anos que se perdeu no mundo quando viu seu mundo destruído. Por mais que soubesse atirar com maestria, que já tivesse cometido tantos crimes na pouca idade que tinha, ele ainda preservava, no seu momento de descanso, o semblante sereno de uma criança inocente.

 

 

[ Himchan POV’s ]

 

O jogo havia virado, anteriormente eu tinha JonUp na minha mira, mas agora eu estava na mira de JongUp.

Fui obrigado a largar minha arma, pois se não fizesse isso com certeza Zelo iria atirar, não tenho dúvidas disso já que Zelo é, e sempre foi, muito fiel a JongUp.

E MinA... bem, mesmo que ela não quisesse ela não poderia trair JongUp, afinal ela é uma protegida dele. Apesar de saber disso, de saber que é uma enorme afronta se apossar de um protegido eu me recuso a abrir mão de MinA.

Aqui no Le Noir ela é como uma caixa de segredos, ela já se deitou com os chefões mais importantes do país e com todos nós que fazemos parte do controle do esquema, por isso ela de sabe muita coisa sobre muita gente e nesse mundo do crime ter informações a respeito do seu inimigo pode ser seu grande trunfo.

-E agora Kim Himchan, pode ir rezando porque no inferno você não entra, pois você já está nele, não é mesmo? – JongUp voltou ainda mais filho da puta, ele não consegue enxergar que se eu não tivesse assumido o lugar dele todo o esquema teria ruído e desmoronado e provavelmente estaríamos todos presos.

Nesse tempo de sua ausência muita coisa mudou. Novas alianças foram feitas e nosso lucro aumentou muito, e isso é mérito meu, tudo isso é fruto do meu esforço. Eu não quero entregar tudo de mão beijada a esse moleque mimado. Eu assumi o poder e agora que o consolidei não quero abrir mão de nada e é por isso que eu me recuso a aceitar ordens de JongUp.

Quando assumi o controle do esquema eu não o fiz por compaixão a ele, mas fiz por mim. Naquele momento eu vi a possibilidade de alcançar o poder, e consegui.

- Hyung, quando você quiser eu atiro. – disse Zelo pressionando ainda mais o fuzil contra minha cabeça.

-Ok...- JongUp gargalhou. Ele parecia se sentir muito satisfeito em me ver naquela situação. – mas espera um pouco... faz tempo que eu não me divirto assim. Aliás Himchan -shii, sua cara está ótima!

Naquele momento eu tive certeza que seria meu fim, não tinha por onde escapar. Assim que JongUp fizesse o sinal, Zelo iria atirar também e tudo terminaria de uma maneira sem graça. Nunca pensei que teria uma morte tão... tão...idiota.

Olhei para minA pela última vez tentando entender o que o olhar daquela mulher estava querendo me dizer. Tudo o que eu sentia por ela não ia além de uma atração física, mas eu não queria que tudo terminasse assim. Eu sabia que tinha muitos planos a realizar e que ela seria muito importante para que isso acontecesse, querendo ou não eu partilhei alguns anos da minha vida na mesma cama que aquela mulher.

Mas eu não tinha mais motivos para me lamentar, tudo iria se extinguir e o jeito era aceitar o meu fim, e o fim das minhas ambições também.

Era a hora.

Tudo iria terminar em dois tiros.

Era questão de segundos, ou melhor...

Frações de segundos...

 

-Eu de você não faria isso, JongUp-shii...-eu ouvi uma voz grossa, porém calma, se aproximar adentrando o lounge. Era Bang Yongguk.

-Por que não? Quem você está achando que é para me dar ordens? – JongUp olhou furiosamente para o mais velho. Ele sempre odiou que o interrompesse em “momentos de diversão”.

-Porque se você quer ganhar esse jogo, esse cara aí é uma das peças essenciais. –Bang explicou apontando pra mim com a cabeça.

-Como assim? –JongUp se mostrou interessando.

-Ele sabe de muitos segredos que são de seu interesse então, se você atirar... eles irão pra dentro do caixão também. – disse sugestivo.

-Hmm – ele pensou- Ok... eu vou deixar você viver, Kim Himchan. Mas saiba que eu vou te tirar do meu caminho assim que eu tiver aquilo que quero de você. – abaixou a arma.

-E se você tentar alguma coisa contra meu hyung saiba que não terei piedade em apagar você – desta vez a ameaça veio de Zelo.

 

Encarei Bang Yongguk por alguns instantes. Não dava para imaginar o que se passava na mente daquele ser envolto de mistério. Será que ele estava jogando em qual lado? Meu ou de JongUp? Ou talvez estivesse nos manipulando para fazer seu próprio jogo?

A única certeza que é possível ter, é que o Le Noir é muito mais do que um prostíbulo, é o lugar onde você nunca sabe a real intenção do outro, lugar em que você deve desconfiar até de si mesmo. 


Notas Finais


E aí? O que acharam? Tadinho do nosso Jung >.<
E o Bang? Em que lado do jogo vocês acham que ele está? hahaha façam suas apostas!

Beijinhos da tia e até o próximo capítulo <3


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