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História Le Noir - Reticências...


Escrita por: SunHee_sun

Notas do Autor


Olá pessoas do meu coração \õ/ como vocês estão? Passaram bem o Natal? hahah espero que o Papai Noel tenha deixado a bias de vocês de baixo da árvore de natal xD
Mas enfim, hoje venho com o último capítulo de Le Noir desse ano de 2016. Prometo em 2017 escrever muuuuitos capítulos novos pra vocês hahaha *----*

Não faz muito tempo que eu estou nesse mundo de 'escritas de fanfics' mas eu estou amando muito, MUITO MESMO! Por isso eu quero agradecer a cada um de vocês que vem favoritando a fic, comentando, ou somente acompanhando, cada pequeno gesto de vocês, cada visualização é um presente enorme que eu ganho, é um direcionamento que eu recebo e eu fico muito feliz em poder criar um mundo e trazer vocês para esse mundo.

Por isso, agradeço cada um de vocês que tem estado comigo nessa caminhada <3 saraghae vocês ^^

Agora vamos para o quinto capítulo de Le Noir \õ tenham uma boa leitura <3

Capítulo 5 - Reticências...


Fanfic / Fanfiction Le Noir - Reticências...

[ MinA POV’s ]

 

Segui JongUp em silêncio até chegarmos ao quarto dele. Ele também não disse uma só palavra, mas por onde passava deixava marcas de sua ira.

Abriu a porta e mal deu tempo de eu entrar quando o ouvi batê-la com força.

- Pronto, tá esperando o que pra começar a falar?! – disse intimidador enquanto me encurralava na parede. – de onde você conhece aquele cara?! Quem ele é?!

- Meu ex. – disse curta e grossa enquanto o encarava.

-O QUE?! – dava para ver pelo olhar que JongUp estava furioso. – é agora que eu volto pra terminar o que comecei.

Disse e rapidamente abriu a porta, mas antes que ele pudesse sair eu consegui puxá-lo para dentro novamente. Tranquei a porta e joguei a chave num lugar qualquer.

- PORRA, JONGUP! DÁ PRA ESPERAR EU EXPLICAR??!- me exaltei.

- NÃO GRITA COMIGO! –me segurou com força pelo braço.

- CALA BOCA E ME ESCUTA! – tentava me desvencilhar das mãos dele. JongUp apertava meu pulso com tanta força que chegava a sentir minha mão dormente.

- QUEM VAI CALAR A BOCA É VOCÊ! – vi o cano da arma de JongUp apontado na minha direção, rente ao meu rosto.

Apenas ouvi barulho seco e desagradável da bala sendo disparada no momento em que empurrei o braço de JongUp fazendo com que ele apertasse o gatilho. Por sorte, a bala parou num pedaço qualquer de parede e não em mim.

- VOCÊ TÁ LOUCO?! – JongUp ficou quieto e pensativo por alguns instantes.

Aproveitei esse momento de dispersão para tomar-lhe a arma e tirar as munições que ainda restavam nela. Foi tudo em questão de segundos e quando percebi já havia voado pra cima dele.

- IDIOTA! – eu gritava enquanto estapeava JongUp, que tentava me segurar.- VOCÊ É UM LOUCO! VOCÊ VENDEU A MINHA FILHA! EU TE ODEIO, EU TE ODEIO, MOON JONGUP!

- VÁ À MERDA, MINA! ESSA MENINA IA VIRAR UMA PUTA IGUAL A VOCÊ!

Ficamos discutindo e trocando agressões e ofensas por um bom tempo até o ponto em que o cansaço foi maior e JongUp conseguiu me jogar na cama e me imobilizar mantendo o corpo em cima do meu enquanto prendia, com as mãos, os meus pulsos na cama

- AGORA CALA A BOCA! – mal deu tempo de eu pensar em revidar quando senti a boca dele colar na minha. De início eu gritei, esperneei, mas minha raiva foi se esvaindo e fui me entregando aos movimentos dos lábios daquele idiota chamado JongUp. Minha raiva acabou se transformando em lágrimas que escorriam contra a minha vontade enquanto beijava a boca dele, que também baixava a guarda aos poucos. Eu não posso dizer que não estava gostando do beijo, mas um misto de sentimentos me consumia por dentro.

- Cretino. – não me contive e dei um tapa na cara de JongUp, que ficou em silêncio. – eu te odeio! Te odeio! Te odeio! – dava pequenos socos no peitoral de JongUp enquanto me acabava em lágrimas.

JongUp nada falava, muito menos reagia. Apenas ficava me olhando fixamente.

- Eu te odeio tanto, que às vezes eu acho que não te odeio tanto assim, seu idiota...- por mais que eu batesse nele, a sensação de incômodo não passava e eu só sentia cada vez mais a vontade de ganhar um abraço e poder chorar em paz.

Quando eu disse minhas últimas palavras pude perceber a expressão dele mudar. Fico claro que JongUp se sentiu incomodado também, tanto que saiu de cima de mim e ficou sentado na beira da cama, calado.

Ficamos em silêncio por uns bons minutos, sem olharmos pra cara um do outro. Eu sentada na cama, encostada na cabeceira, enquanto JongUp estava sentado na ponta dela. Os tapas e arranhões começavam a arder na pele, certamente JongUp também estava sentindo o mesmo ardor.

Aos poucos fui me acalmando, minhas lágrimas foram cessando e decidi quebrar o silêncio que dominava aquele quarto.

- Por que você não admite logo de uma vez, heim? – recebi o silêncio dele como resposta.

- Heim?! Por que você age assim, Moon JongUp? – insisti dando-lhe uns cutucões nas costas.

- Admitir o que, porra?! – se virou mostrando um rosto irritado, mas pensativo.

- Que você sente algo por mim. – falei curta e grossa enquanto o encarava.

- Eu não tenho que admitir nada disso. – disse seco.

- Então por que você ficou tão irritado quando eu disse que Daehyun era meu ex? – cuspi tais palavras na cara dele.

- Sei lá, MinA! Me deixa em paz! – dizia ríspido.

- Tá vendo? Só você que não enxerga. – disse chamando a atenção do olhar dele novamente.

- Enxergar o que?! – JongUp estava mal humorado, mas sem disposição para iniciar outra briga.

- Que você sente algo por mim. – retruquei.

- Você quer que eu diga o que? Que eu estou apaixonado por você? É isso mesmo, MinA? Por que você acha que eu me apaixonaria por uma puta igual a você?! – JongUp dizia tais palavras sem o menor pudor, demonstrando estar irritado com aquela conversa.

- Você tem tantas putas aqui, mas por que só comigo você reage assim. – joguei tais palavras no ar e JongUp não soube o que responder, apenas se levantou da cama em foi em direção ao banheiro enquanto bufava.

 

                                                     ***

Não esperei que JongUp voltasse de lá. Rapidamente tratei de procurar a chave da porta e sair de lá, eu precisava tomar um ar, ver gente, sei lá, tudo menos olhar pra cara dele de novo.

Brigas entre a gente não eram muito frequentes, mas quando brigávamos não nos limitávamos apenas a agressões verbais. No início eu ouvia tudo calada, mas com o tempo fui sabendo lidar com JongUp e a enfrentá-lo, apesar dele detestar tal atitude. O maior problema dele é que ele vira um ser irracional, quer resolver tudo na bala, ele não sabe sentar e conversar como alguém civilizado, então já que é assim eu tive que aprender a “conversar” do jeito dele.

Fui para o meu quarto, tomei um banho e me arrumei para sair, coloquei uma roupa qualquer que me deixasse confortável, um tênis no pé e peguei meu celular e alguns trocados.

Me olhei no espelho e nem reconheci a prostituta de luxo que eu havia sendo há anos, aquela que tem que estar sempre maquiada e com roupas curtas e apertadas para mostrar a maior quantidade possível de pele. Há muito tempo eu não me via como estava naquele momento, tanto tempo que eu sentia como se fosse um disfarce, uma forma de eu ficar neutra entre as pessoas do mundo lá fora. Dessa forma até parecia a MinA de alguns anos atrás, a MinA que vivia perto do Daehyun...

 

                                             ***

 

Desci as escadas com pressa, ouvi Himchan falar alguma coisa comigo, mas o ignorei completamente. Hoje eu não queria saber de trabalho, de homem nenhum, de nada. Mandei um foda-se bem grande pro mundo e decidi que depois resolveria os problemas que minha atitude poderiam causar.

Sai do Le Noir, que já começava a se encher de gente, e virei uma esquina qualquer rumo a um destino qualquer. Meus passos foram desacelerando aos poucos permitindo com que eu me desse ao luxo de chutar algumas pedrinhas do chão enquanto o ar gelado pesava sobre meus ombros.

Estava completamente imersa nos meus pensamentos, nos problemas que vinham se acarretando dia após dia. Eu detestava ter que admitir isso, mas querer saber mais sobre minha filha era um fato cada vez mais presente na minha vida, daí Daehyun resurge do nada na minha vida, e agora essa briga com JongUp... eu o encurralei na parede em relação aos seus sentimentos, mas a verdade é que eu nem sei ao certo o que eu sinto por ele. Às vezes tenho muita raiva dele, mas às vezes o quero perto de mim, sinceramente não sei mais o que pensar a respeito de nada.

Minha distração era tanta que nem percebi que alguém se aproximava de mim, apenas me dei conta quando fui puxada pelo braço e levada até um beco escuro qualquer.

Foi tudo tão rápido que não tive tempo de gritar, muito menos pensar e quando me dei conta o sujeito já estava me prensando com o corpo contra a parede. Mas o mais estranho é que não havia sinais de intenções de qualquer tipo de violência, apenas dois braços me envolvendo enquanto uma respiração cansada era depositada próxima aos meus ouvidos.

Foram segundos de silêncio com aquele desconhecido que pareceram séculos, eu não sabia seu nome, sua idade, muito menos seu rosto.

- Acho que a gente precisa conversar...- ou melhor, eu achava que não sabia.

Daehyun?

 

 

[ Daehyun POV’s ]

 

Eu estava sentando no bar próximo ao salão principal do Le Noir quando vi MinA passar apressada por entre as pessoas, sem dizer uma só palavra ou dirigi o olhar para alguém.

Ela parecia estar imersa em inúmeros pensamentos que a perturbavam, tanto que se quer notou que eu a seguia.

Pensei em chamá-la, mas acho que não seria uma boa ideia, talvez eu não soubesse como reagir ou o que falar quando ela dirigisse o olhar a mim. Resolvi levá-la para algum lugar que ninguém pudesse nos ver, e o lugar mais próximo foi um beco mal iluminado ao qual estávamos passando por perto.

Encurralei MinA contra a parede para que ela não fugisse de mim, para que pelo menos me ouvisse.

- Acho que a gente precisa conversar... – falei e fiquei esperando alguma resposta em troca, mas tudo o que recebi foi o silêncio dela.

Eu sei que seria muito difícil essa conversa, afinal a última vez que havíamos nos encontrado foi para por um ponto final na nossa história, e foi um rompimento regado de mágoas e ressentimentos. Mas eu também sabia que uma hora ou outra teríamos que conversar a respeito disso, afinal de contas iríamos nos ver frequentemente, já que agora eu fazia parte do esquema.

- MinA, não finja que não sabe de nada...- prossegui.

- Eu não quero conversar com você. – me disse seca.

- Não é uma questão de querer ou não, nós vamos ter que conviver mais juntos do que você pensa.

- O que você quer dizer com isso? – me retrucou.

- Agora eu faço parte do esquema também. E pelo que percebi você também faz, caso contrário não estaria sentada lá com os outros.

- Eu estava apenas servindo de companhia, como uma prostituta faz.

- Não adianta mentir pra mim.

Retruquei e diante disso puxei MinA pelas mãos até um pequeno parque que havia ali nas proximidades.

Não era um parque bonito nem feio, era um parque qualquer, com pessoas quaisquer.

Só parei de puxá-la quando chegamos em frente a um banco, no qual um luz amarela pairava sobre nós. Indiquei que sentasse e assim ela fez e em seguida me sentei ao lado dela.

- Como você está? – perguntei sem jeito.

- Larga mão de ser fingido, Daehyun. Você não tem vergonha na cara, não?

- Aish, e você não perde essa mania de dar coice nos outros, não? – disse ríspido diante do mau humor com que ela jogou-me tais palavras na cara.

- Só te respondo como você merece ser respondido. – disse curta e grossa.

- Eu? Por que?

- Você sabe muito bem do que eu estou falando, Jung Daehyun!

- Não acredito que você está desenterrando aquela maldita história do passado. – pensa numa mulher chata, essa era MinA mal humorada.

- Estou sim, porque foi tudo culpa sua!

- Sério, eu não acredito que você vai começar tudo isso de novo!

- Você não queria conversar?! – me disse ríspida.

- Sim, mas se eu soubesse que você estava tão mal humorada nem teria chegado perto de você.

- Pois é, você escolheu um péssimo dia.

- Então tá. - Suspirei e resolvi ficar quieto.

Ficamos calados por um bom tempo, cada um olhando para o lado oposto, da mesma maneira como eram nossas brigas no tempo de namoro.

De vez em quando eu arriscava olhar para ela, mas MinA permanecia sentada na outra extremidade do banco com a cara emburrada. Percebi que ela tinha alguns vergões na pele quando ela arregaçou as mangas do casaco.

- Como você conseguiu isso aí? – falei apontando para os machucados.

- Nada de mais, eu me estapeei com JongUp.

Ah sim... aquele idiota. Pensei comigo.

- Me deixe ver. – me aproximei dela e percebi que os ferimentos eram mais profundos que eu imaginava. – aish MinA, você não presta nem pra limpar isso aqui direito?

- É claro que eu limpei, eu tomei banho. – me retrucou.

- Mas se quer fez um curativo. – retruquei como resposta.

- Já passei por tanta coisa que isso aí não é nada. – riu soprado enquanto virava os olhos.

- Como você veio parar aqui? – perguntei enquanto, sem perceber, segurava a mão dela.

- Fui puxada por você, não lembra? – me disse com uma cara sínica.

- Ah MinA, para de se fingir de idiota. – virei MinA de frente pra mim. – eu estou perguntando como você vai parar no esquema?

- Tsc, é uma história bastante longa. – respondeu enquanto tinha o olhar direcionado ao chão.

- Se você quiser me contar eu não me importo... – falei enquanto cutucava o cantinho da unha – e acho que você não deve estar muito afim de voltar pro Le Noir.

Deu pra ver que ela não estava nenhum pouco afim.

- Tudo começou quando meus pais descobriram que eu estava grávida do meu ex. Eles queriam que eu abortasse a criança, mas eu não tive coragem. A partir de então minha realidade passou a ser as ruas, pois jamais me admitiram como mãe solteira.

Eu tentava processar tudo o que ouvia, mas era difícil aceitar tudo o que ela me contava. Jamais imaginaria que MinA havia passado por tais coisas, afinal ela vinha de uma família rica, havia estudado nas melhores escolas, sempre teve tudo o que precisava. Mas nesse ponto eu percebi que na verdade ela nunca teve nada.

- Eu passei praticamente toda a minha gravidez na rua.

- Com quantos meses você descobriu que estava grávida?

- Com uns três meses, e logo não deu mais para esconder. – me respondeu e voltou a me relatar o que havia ocorrido. – Até que um certo dia JongUp apareceu na minha vida... naquela altura do campeonato eu se quer sabia com quantos meses eu já estava, eu só sabia que a minha barriga estava enorme. Eu já havia passado de tudo, fome, frio, desespero, eu cheguei ao ponto de matar uma pessoa para que não ser morta. Então JongUp me propôs que eu fosse trabalhar no prostíbulo dele.

- Então foi assim que você o conheceu. – comentei .

- Sim, eu já prostituía nas ruas, então a proposta dele não me causou nenhum estranhamento e como eu não tinha nada a perder resolvi aceitar, pois caso contrário minha filha nasceria na rua mesmo.

- E onde está essa menina? Ela está morando com seus pais? – questionei.

Antes de continuar, MinA suspirou e percebi que daqui pra frente seria mais dolorido pra ela continuar a contar tudo.

- Se você não quiser contar mais... tudo bem, não se force a isso. – falei meio sem jeito.

- Não tem porquê eu evitar, Daehyun. – me respondeu e me mantive calado –  e não, ela não está morando com meus pais, eu se quer cheguei a pegar minha filha nos braços.

O parto foi feito em condições absurdamente precárias, foi ali mesmo no Le Noir, e aconteceu que acabei perdendo a consciência assim que terminei de dar a luz, por conta do sangramento que foi intenso. Quando acordei, JongUp me disse que a criança havia nascido morta e que já havia mandado enterrá-la, eu acreditei, ou melhor, me forcei a creditar e aceitar tal realidade por todos esses anos, mas recentemente descobri que ele vendeu a minha filha para um casal de coreanos que vivem nos Estados Unidos. Mas sabe...

- Espera, eu escutei certo?! – A interrompi. – ele vendeu a menina com quem vende um pedaço qualquer de carne?

- Sim, mas... – MinA falava com a voz estrangulada, como se a qualquer momento não fosse mais capaz de segurar as lágrimas. – mas pensa só se ela estivesse comigo... que futuro ela teria? Nenhum!

- Mas e o pai da criança? Você não chegou a falar nada pra ele? – perguntei ansiosamente.

- Falei mas ele deixou claro que não assumiria filho nenhum. – MinA já havia desistido de segurar as lágrimas.

- Quanto tempo você ficou com esse sujeito? – perguntei.

- Uns três meses. Quando a gente terminou da última vez eu fiquei com tanta raiva de você que eu me joguei nos braços daquele ordinário, na esperança de esquecer tudo.

Quando ouvi essas últimas palavras vindas de MinA eu senti uma enorme culpa dominar meu interior, afinal se a gente não tivesse brigado, tudo poderia ter sido diferente...

Ficamos novamente calados, encarando o chão. O único som que se ouvia era o choro insistente de MinA, era triste vê-la sob aquela luz amarela me contando todas a situações que uma atitude minha havia causado em sua vida. Eu queria confortá-la, dar-lhe um abraço, sei lá, mas não sei se deveria fazer isso, afinal de nada adiantaria agora. Tudo aquilo já havia acontecido.

Liguei alguns fatos que começaram a me perturbar, eu não podia se quer pensar em algo do tipo, na verdade eu não queria pensar em tal possibilidade, mas... ainda era uma possibilidade.

- MinA.

A chamei e ela me dirigiu a atenção.

- Por acaso, existe alguma possibilidade dessa menina...-  pausei- dessa menina ser minha filha?

Percebi que minhas palavras  atormentaram MinA ainda mais.

- Claro que não. Claro que não, Daehyun! Você está louco? De onde você tirou essa ideia absurda?! – ela ficou perturbada e tentava a todo custo negar tal possibilidade, acho que tentava negar mais para si mesma do que pra mim.

- Escuta! – a segurei pelos ombros fazendo com que parasse de se mexer de um lado para o outro. – se você descobriu essa gravidez com uns três meses e se você ficou com esse cara por três meses... pode ter acontecido de eu ter te engravidado pouco antes da gente terminar, entende?

- Não Daehyun... não me deixe mais louca do que eu estou, tira isso da tua cabeça.

 

[ MinA POV’s ]

 

Daehyun me surpreendeu com uma pergunta absurda, ele agora pensava que podia ser o verdadeiro pai da minha filha. A lógica dele até poderia ter algum sentido, mas eu me lembro muito bem que a gente já estava num clima estranho antes de terminarmos tudo e a gente não transava a tempos por conta disso.

- Daehyun, você está louco, a gente já não transava a um bom tempo antes daquela briga.

- E aquele dia da festa?! – ele me perguntou e fiquei sem entender nada.

- Mas que porra de festa, Daehyun?! Você deve tá confundindo com outra festa e com outra mulher das tantas outras que você pegava enquanto estava comigo.

- Eu não vou negar que eu pegava todo mundo que eu podia, mas você esquece que a gente não tinha nada sério. Mas a gente transou aquele dia!

Eu não ia iniciar a mesma discussão de anos atrás.

- Tira essa ideia absurda da sua cabeça, porque a gente não foi em festa nenhuma.

- Claro que a gente foi! – ele me chacoalhava – a gente se encontrou lá e bebemos tudo o que podíamos, aish MinA! Eu não acredito que você estava pior do que eu!

Eu ainda não entendia, porque até então não me lembrava de porcaria de festa nenhuma.

- Então você está querendo dizer que a gente encheu a cara e fomos pra cama, bêbados, e eu estava tão ruim que se quer lembro que transei com você?!

- Sim, exatamente isso.

- Eu não posso acreditar em algo que não me lembro, Daehyun.

A verdade é que eu não conseguia acreditar nele, nosso relacionamento foi construído a base de tantas mentiras que era difícil acreditar em Daehyun novamente, mas por outro lado, não teriam motivos para ele mentir sobre algo tão sério...

- MinA, para de ser cabeça dura. Não lembra daquela festa? Agora me recordei que era aniversário do Minsu, e que foi naquela balada que tinha perto da sua casa.

Na hora que Daehyun me narrou tais detalhes, foi como se fragmentos daquele dia surgissem no meu pensamento, na realidade nem sei se eram lembranças eu se minha mente, que já estava tão perturbada, imaginava coisas que não deveria imaginar.

- Tá pode até ser que eu saiba qual foi essa festa, mas como que a gente transou lá?! A gente se pegou no meio da balada, por acaso? – falei irônica- Pensa, Daehyun!

- Claro que não, a gente foi até a sua casa, que era perto, e a gente transou lá. Por isso que pra você não existe nada de estranho nessa história, pois quando você acordou, você estava na sua cama, como se alguém tivesse te levado pra casa. E eu não estava mais lá porque eu voltei pra festa quando eu vi que você tinha apagado na cama depois de transar.

- E meus pais...?

- Eles estavam viajando, não lembra?

Agora tudo realmente fazia sentido, é claro que meus pais não estavam em casa, eu me lembro que essa festa foi no final do ano, e eles sempre passavam os últimos meses do ano na Europa.

Mas... e se Daehyun fosse mesmo o pai da minha filha? O que eu iria fazer agora? Tudo poderia ter sido diferente se eu soubesse desse pequeno detalhe.

Eu já não aguentava mais tudo aquilo, voltei a chorar quando eu me convenci que ele poderia estar certo, eu só queria fugir dali, fugir do mundo, fugir de mim.

Me levantei sem dizer uma só palavra, larguei Daehyun pra trás. Não sabia para onde ir, o que fazer. Talvez cometer uma loucura? Não era má ideia. Comecei a correr, a correr cada vez mais rápido rumo a um lugar que nunca chegava. Corria, mas corria sem direção, sem porquê.

- MinA! Espera! – era Daehyun que me puxava pelo pulso me envolvendo num abraço apertado, me fazendo enterrar a cara no seu colo. A verdade é que eu queria mesmo era me enterrar completamente naquele homem que me fazia tão bem, mas me fazia tão mal ao mesmo tempo.

- Nada me tira da cabeça que eu sou o pai da sua filha, Min...- Daehyun disse com a voz falha enquanto me mantinha protegida do mundo. Depois disso me desliguei completamente de tudo, apenas me dei o direito de chorar na esperança de aliviar a angústia que existia dentro de mim.

Acho que o ponto final que pensamos ter colocado no nosso relacionamento foram, na verdade, apenas algumas reticências...

 


Notas Finais


Então minha gente, o que acharam? Que venham muitas tretas em 2017 whahaha

Moça que comentou no capítulo anterior sobre o Dae ser o pai da criança perdida, por acaso você lê mentes? xD Eu fiquei tipo "AI MEU DEUS, NÃO POSSO COMENTAR DECENTEMENTE PORQUE SE NÃO VOU DAR SPOILER" sério eu fiquei sem saber o que fazer, pois isso já estava planejado na minha mente aí você descobriu tudo antes haushauhsaush <3

Mas e aí, vocês acham que ele é mesmo o pai da menina? ou será que tem chances de ser o ex da MinA mesmo?

Geeeente, a fic tá tomando proporções que eu jamais imaginaria kkkkk mas estou adorando muito :3

Então nos vemos no ano que vem kkkk tenham uma ótima virada de ano e que 2017 possa ser um ano incrível pra todos nós!

Beijinhos da tia aqui <3


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