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História Le Noir - Afronta


Escrita por: SunHee_sun

Notas do Autor


Olá pessoas lindas <3 tudo bem?
Sim, demorei de novo, mas por favor não me matem *se esconde* hahaha estou tentando organizar a minha vida aos poucos xD
Essa semana comecei a fazer aula de canto *-* e a professora me pediu para mostrar alguma música de kpop, já que ela não conhecia e eu tinha dito que gostava. Aí como uma boa baby, resolvi panfletar B.A.P e mostrei Fermata e Pray e ela gostou! huehuehue ela disse que eram músicas bonitas e bem feitas :3 imagina só se não deu aquele orgulhinho hehe.

Agora estou com uma agenda para fazer a organização as fics, e pretendo seguir o ritmo de postar um capítulo por semana. Tentarei postar sempre às sextas ou aos sábados. Isso vai variar, pois vai depender um pouco do volume de coisas que terei que fazer durante a semana.

Mas agora vamos deixar de enrolação, né? Segue aí mais um capítulo fresquinho de Le Noir.

Ah! Muito obrigada pelas visualizações, favoritos, comentários (os responderei assim que eu puder <3 como eu já disse, estou com a minha vida um tanto bagunçada ainda haha me perdoem <3 )

Boa leitura!

Capítulo 6 - Afronta


Fanfic / Fanfiction Le Noir - Afronta

[ JongUp POV’s ]

 

O chuveiro estava ligado há algum tempo e o vapor da água quente começava a desfazer a imagem que eu via refletida no espelho. Aquele era mesmo eu?

Tenho que admitir que a discussão que tive com MinA me deixou profundamente irritado. Olhei para as minhas roupas que estavam jogadas no chão, as fitei por um instante como quem fita o além e voltei meu olhar para o espelho, onde já não havia mais um Moon JongUp ali, apenas uma imagem desfigurada por causa do vapor.

De baixo do chuveiro, deixei a água escorrer pelo meu corpo. Quieto. Será que MinA ainda está aí? Cogitava a possibilidade dela ainda estar no meu quarto. Era estranho pensar em MinA. Toda vez que esse nome ecoava na minha mente eu sentia raiva, eu sentia vontade de matá-la, mas ao mesmo tempo essa ideia era repugnante.

Aquele banho estava se tornando uma verdadeira tortura. Os pensamentos não paravam de vir à tona, pensamentos mais do que desagradáveis, por isso resolvi enrolar meu corpo na toalha e ir me vestir.

Abri a porta do banheiro e me deparei com um quarto vazio, uma cama bagunçada e uma porta entreaberta. MinA tinha ido embora. Queria que ela tivesse ali para dizer a ela o quão errada estava a respeito das suas suspeitas, que eu jamais desejaria ter uma mulher como ela ao meu lado. Sim, era isso mesmo! Onde já se viu eu me apaixonar por ela? MinA desde sempre foi um brinquedo para mim, para ser usada e descartada e isso nunca mudaria. Pelo menos eu queria acreditar que não.

Desci e fui até o lounge do Le Noir, que começava a ficar cheio, passei o olho entre as pessoa procurando por MinA ou por aquele verme, mas tudo o que eu vi foram as mesmas caras de sempre.

Fui ao balcão do bar pedir alguma bebida, de preferência algo que fosse bem forte. Não me sentei para tomá-la. Resolvi sair andando por aí a fim de encontrar MinA, mas tudo o que eu ganhei foi um esbarrão.

- Hyung! Tudo bem? – era Zelo que havia batido no meu ombro.

- É, acho que sim. – me demorei a responder passando o olhar pela multidão – você viu a MinA?

- Vi... mas ela estava diferente. – me respondeu.

- Como assim diferente?- quis saber mais.

- Ela estava com roupas, digamos normais...- dizia cauteloso. – a última vez que a vi ela estava perto da saída.

- Da saída? – foi uma pergunta retórica e Zelo me respondeu balançando a cabeça em sinal positivo.

- Quer que eu vá procurá-la, hyung? – me sugeriu.

- Não precisa, eu mesmo faço isso. Toma. – entreguei a bebida a ele- se quiser pode tomar o resto.

Falei e deixei Zelo pra trás. Pelo o que conheço de MinA ela provavelmente estaria vagando pelas ruas. Decidi averiguar.

Andei por um bom tempo pela redondeza do Le Noir, ela não deveria ter ido muito longe, mas estava difícil de encontrá-la, meus pés doíam e o frio começava a incomodar.

Resolvi descansar um pouco num parque do qual estava próximo. Afinal, eu não tinha pressa, a realidade é que eu nem sabia o porquê de estar procurando aquela vadia.

 Sentei-me num banco qualquer e peguei meu celular, para tentar mais uma vez ligar para ela. Era uma atitude idiota já que eu de todas as vezes que tentei deu caixa postal, por que dessa vez seria diferente? Porém me surpreendi quando percebi que não, o celular estava chamando e ao mesmo tempo ouvi um toque de celular perto de onde eu estava. Olhei para os lados e não havia ninguém, mas ao olhar para trás pude ver a figura de uma mulher sendo abraçada por uma outra figura masculina. Achei que fosse muita coincidência, por isso resolvi verificar de perto.

Ao me aproximar, pude ver que ambas as figuras eram familiares para mim. Familiares até demais.

Não pensei duas vezes e puxar o sujeito pelo colarinho e socar-lhe a cara. Sim, era aquele verme, Daehyun. Antes que ele pudesse se levantar o atingi com o chute no estômago fazendo com que ele se resumisse a uma massa contorcida no chão.

- VADIA! – peguei MinA pelos braços e comecei a arrastá-la comigo.

- ME SOLTA, JONGUP! ME SOLTA! – ela esperneava igual a uma criança chorona.

- CALA A BOCA E VEM COMIGO! – nós ainda não tínhamos terminado o que começamos mais cedo.

- SEU FILHO DA PUTA! EU NÃO QUERO IR COM VOCÊ! – o choro de MinA me irritava mais do que o normal.

- A PUTA AQUI É VOCÊ! – me cansei do showzinho de MinA e a empurrei com força e nisso ela acabou caindo no chão.

Eu ia largá-la ali mesmo, mas antes que eu pudesse reagir eu senti algo se chocando contra o meu queixo.

- Não está vendo que ela não quer ir com você, idiota?! – aquele verme me disse com o rosto ensanguentado.

- Ela não tem que querer nada. – respondi frio enquanto sentia o gosto de sangue tomar conta da minha boca. – ela sabe muito bem que a partir do momento que eu a tirei da rua ela passou a ser minha propriedade.

- Sério mesmo, cara? – ele ria soprado – você já parou pra pensar que ela é uma pessoa e não um objeto para você tomar posse?

- Ela é uma puta, e dentro do meu puteiro elas tem dono. – eu o encarava e ele fazia o mesmo.

- Acho que esse puteiro não é tão seu assim... – debochou e isso foi a gota d’água para socar-lhe novamente a cara.

 

 

[ MinA POV’s ]

 

Novamente JongUp e Daehyun estavam trocando agressões. JongUp era um pesadelo na minha vida, me maltratava, mas dava a entender que me queria por perto. Me humilhava dizendo que eu era apenas uma puta descartável, mas as atitudes dele não demonstravam isso. Se eu fosse realmente tudo o que ele fala, ele não teria vindo me buscar a força, não estaria se matando com Daehyun. Ele tinha tantas putas, mas a perseguição era apenas comigo.

Pensei em tentar separar os dois, mas de nada adiantaria. Eu sei que não iria conseguir conter a ira de JongUp, nem a raiva de Daehyun. E no final das contas ambos já me haviam feito sofrer tanto que eles mereciam se matar.

Me levantei com um pouco de dificuldade quando senti uma mão me oferecendo apoio.

- Noona, o que aconteceu?! – era Zelo, que me perguntava preocupado. Ele não sabia de nada a respeito do que havia ocorrido antes entre mim e JongUp. E eu também não queria falar-lhe nada a respeito, para não deixá-lo perturbado. Zelo às vezes se desestabilizava muito facilmente quando eu e  JongUp brigávamos. E todas nossas brigas anteriores nunca chegaram num nível como a de hoje.

- Está tudo bem, Zelo. Eu só não estou muito bem hoje, estou indisposta, por isso acabei caindo aqui. – inventei na hora.

- Mesmo? – perguntava ressabiado enquanto lançava alguns olhares em direção à briga. Ele não sabia se me socorria ou se ia defender o hyung dele.

Zelo resolveu ficar com a primeira opção quando percebeu que alguns outros homens iam em direção aos dois e tentavam apartar a briga.

Estava difícil para andar, provavelmente eu acabei torcendo meu pé quando JongUp me jogou no chão. Tentei disfarçar para que Zelo não percebesse, mas foi em vão.

- Noona, o que houve?! Seu tornozelo está inchado! – ele agachou para ver de perto.

- Ah... eu acho que foi na hora que cai, devo ter torcido. – rezei para que Zelo não me enchesse de perguntas.  

- Então vem aqui que eu te levo. – ele se posicionou para que eu subisse nas costas dele.

Eu estava tão exausta, tão atordoada e com dor que nem o questionei, apenas me ajeitei naquelas costas grandes e deixei com que ele me levasse.

Não consigo me lembrar de muitos detalhes daquele trajeto, tanto que passei pelo Le Noir e não vi ninguém, sendo que é um lugar que está sempre lotado de gente.

Só fui ter consciência quando senti Zelo me colocar no macio de uma cama. Finalmente terei paz. Pensei. E realmente pude sentir uma tranquilidade que vinha daquele ser que se preocupava em cuidar de mim.

Sei que Zelo tratou de improvisar um curativo para o meu pé, limpou minhas feridas que tinha na pele e as cobriu com curativos.

- Toma isso, noona. Vai te ajudar a dormir melhor. – ele me deu um comprimido e um copo de água. Provavelmente era remédio para dor, mas infelizmente aquele remédio só tirava a dor da carne.

- Agora descansa, noona. – Zelo deu-me um beijo na testa logo após terminar de me cobrir.

- Fica aqui comigo? Promete que não vai embora? – resmunguei quase fechando os olhos.

- Sim, eu prometo, noona. – senti ele se sentar na beirada da cama e fazer cafuné nos meus cabelos, foi o que faltava para me render ao sono.

 

 

[ JongUp POV’s ]

 

Eu estava resolvendo minhas pendências com Daehyun quando alguns caras apareceram para nos atrapalhar, um bando deles me seguraram de um lado e os outros seguraram o verme.

Dava para ver que o rosto o dele estava ensanguentado e o meu não devia estar diferente. Era perceptível pelas marcas de sangue que haviam pelo chão.

Acabou que me trouxeram arrastado de volta para o Le Noir. Queriam que eu fosse para um hospital fazer um curativo decente, mas eu não quis perder tempo com isso. Apenas joguei uma água e coloquei uma gaze qualquer que achei no banheiro.

Decidi que dormir seria a melhor opção depois do dia infernal que eu havia tido. Sim, era isso mesmo que eu iria fazer. Fui até o meu quarto, mas ao abrir a porta não encontrei o que eu esperava encontrar.

- Hyung! – Zelo falou ao me ver.

- Por que você está aqui? – perguntei.

- A noona não estava bem e... bom, achei que fosse melhor trazê-la pra cá.

 Só então percebi que aquele monte de cobertas era MinA dormindo. Eu tinha pensado que poderia dormir em paz.

- Fiz errado em trazê-la pra cá? – me perguntou com uma certa preocupação.

- Tudo bem, larga ela aí mesmo. – acho que MinA não iria me encher o saco.

- Vou indo então, hyung. Ela tinha pedido para eu ficar aqui... não queria ficar sozinha. – se explicava.

Apenas concordei com a cabeça e logo vi Zelo fechar a porta. Passei a chave e me deitei do jeito que estava.

Fazia frio naquela noite, mas Zelo teve a brilhante ideia dar todas as minhas cobertas para MinA. Eu não queria ter que mexer nela, muito menos acordar aquela vadia. Já não bastava estar novamente trancafiado com aquela mulher no mesmo lugar onde a briga começou, ainda ter que falar com ela seria detestável. Eu não estava fim de trocar nem um olhar com ela.

Fui puxando aos poucos uma coberta, bem devagar para não acordar MinA, mas a cada movimento que eu fazia ela se mexia na cama, até que em um determinado momento ela se virou, ficando de frente pra mim. Era desagradável ter que olhar para a cara dela, mas ao menos tempo isso me agradava.

Me deitei frente a frente com MinA e olhando mais de perto pude ver vários detalhes que nunca tinha reparado naquele rosto. Senti curiosidade em tocar o cabelo úmido dela, mas fiquei receoso se atendia ou não aos meus desejos.

Quando estava prestes a tirar uma mecha que estava caída no rosto, MinA segurou minha mão e resmungou o nome do Zelo. Permaneci em silêncio.

- Sua mão está gelada...- resmungou mais uma vez.

- Já que acordou, pode ir dormir lá no seu canto. – falei me desvencilhando da mão quente de MinA.

- Hm? – abria os olhos com dificuldade – JongUp?

- Vai, pode ir pegando seu rumo! – me sentei de costas.

- O que você está fazendo aqui? – me respondeu com uma pergunta.

- Não posso ficar no meu quarto? – respondi grosso.

MinA olhou confusa para os lados e só então percebeu que ali não era o quarto dela.

Antes de se levantar ela me olhou mais uma vez, e em silêncio foi em direção à porta. Nessa hora deu para ver que ela estava com o pulso enfaixado e andava com dificuldade, só então pude ver que um dos pés dela também estava enfaixado.

No entanto, MinA não conseguiu se quer chegar até a porta, ela acabou caindo no meio do trajeto. Me levantei pensando na possibilidade de ajudá-la, mas logo fui repreendido.

- Não precisa. – se levantava com dificuldades – foi só uma fraqueza na perna.

E em silêncio MinA passou por aquela porta deixando um silêncio ainda maior para trás. Talvez tivesse sido melhor deixar ela dormindo aqui... Me senti estranho.

Deitei, mas o sono que tanto achei que me tomaria não surtiu efeito. Resolvi ficar com os olhos fechados, mas fui interrompido ao sentir uma claridade me incomodando. Era a porta que tinha sido aberta e alguém entrava por ela.

- MinA? – me deparei com a figura dela ao acender o abajur.

Ela ficou quieta, apenas caminhou na minha direção com a mesma dificuldade de antes enquanto trazia uma arma nas mãos.

Me sentei na beirada da cama conforme ela foi chegando mais perto.

MinA ficou parada na minha frente e me olhava com um olhar melancólico. Era nítido que ela queria chorar, mas estava se segurando.

- Eu tomei uma decisão. – me disse com a voz estrangulada.

Fiquei quieto esperando ela continuar até que me apontou a arma.

- Vamos acabar com tudo isso, JongUp. – a mão dela tremia enquanto lutava em vão para segurar as lágrimas.

- Toma!

Continuava com a arma mirada em minha direção.

- Toma logo! – aumentou o volume da voz – coloca um ponto final de uma vez por todas, por favor.

- MinA...

- Vai logo, JongUp. – me deu a arma e se abaixou, ficando de joelhos diante de mim enquanto deixava a cabeça abaixada.

- O que você está querendo com isso? – fui direto.

- Eu não aguento mais, JongUp. Não aguento mais ser humilhada, sofrer por algo que não tem solução, não aguento mais essa vida!

Era isso mesmo? MinA queria que eu a matasse?

- Vai ser rápido, e nem vai fazer diferença pra você, que já matou tantas pessoas...- MinA pegou o cano da arma e o posicionou no centro da testa, fechou os olhos esperando o simples movimento do meu dedo que a levaria pra outro lugar.

- Min...eu...

- Eu tinha esperanças que você gostasse de mim, nem que fosse bem pouco. – ela me dizia com dificuldade de segurar o choro. – mas depois de hoje eu caí na real que eu realmente sou uma puta de estimação pra você, alguém descartável. Então é por isso que eu to te pedindo, já que você tem tanta raiva de mim, aperta esse gatilho e acabe com a sua raiva e me faça o favor de me libertar disso tudo.

Fiquei pensando se deveria ou não fazer o que MinA me pedia. Ela não estava errada em dizer que às vezes eu tinha vontade de matá-la, mas me sentia incomodado quando tinha esse tipo de pensamento.

- JongUp...

Ela parecia suplicar para que aquela bala estourasse logo seus miolos, ela pedia com a voz cansada para que a vida dela tivesse um fim.

Continuei a encarando, com a arma apontada para sua cabeça. Era difícil pensar claramente, seria muito fácil apertar o gatilho. Era uma questão de milésimos de segundos, mas eu não conseguia ter certeza que seria fácil lidar com o que viesse depois.

Aperto? Ou...não? Tomar essa decisão parecia mais difícil do que nunca.

Respirei fundo e procurei fazer o que tinha vontade naquela hora. Tomei uma decisão.

- MinA... eu não estou afim de fazer isso... pelo menos não hoje.

Tirei a arma que ainda estava apontada para a testa dela e a guardei. Ela não disse mais nada, apenas apoiou a cabeça no meu joelho e se deixou chorar tudo o que podia.

Eu deveria abraçá-la? Era algo que eu me questionava se seria o ideal a se fazer, mas eu sei que não conseguiria. Então apenas a segurei pelos braços, ajudando MinA se levantar e a deitei na cama.

- Dorme aqui mesmo. – falei. – o que é que o Zelo fez pra você dormir? Te cobriu?

Peguei a coberta e a joguei sobre o corpo de MinA, mas de nada adiantou, ela continuou chorando. Ela chorava baixo, mas mesmo assim era um som irritante.

A deixei quieta no canto dela e resolvi sair daquele quarto procurar o Zelo pra dar um jeito naquela situação.  

 

[ MinA POV’s ]

 

Ao entrar no meu quarto, a primeira coisa que tratei de fazer foi pegar a arma de JongUp, que havia escondido mais cedo no meu guarda roupas. Estava decidida a por um fim na minha vida, afinal eu não tinha mais nada a perder, não tinha minha filha, não tinha família e era constantemente humilhada e maltratada.

Então que mal me faria ter uma bala cravada na cabeça? Seria uma dor que acabaria com tantas outras.

Peguei a arma e coloquei novamente as munições. Apontei para minha cabeça, mas na hora minha mão falhou e não consegui apertar o gatilho.

Eu achei que JongUp não se recusaria a fazer esse serviço, afinal ele já tinha tentado me matar mais cedo, no entanto acabei sendo surpreendida com a atitude dele.

Agora eu estava novamente deitada na cama de Moon JongUp. Não sei se felizmente ou infelizmente, eu estava sozinha ali.

Cheguei ao ponto que não tinha mais lágrima, apenas fiquei quieta enquanto ouvia a minha respiração cansada.

- Noona! – era Zelo que entrava por aquela porta.- O hyung me disse que você estava acordada.

- Jun... eu quero te pedir uma coisa.

 

[ Zelo POV’s ]

 

Ao entrar naquele quarto eu vi minha noona num estado pior do que quando a havia deixado ali há algum tempo atrás.

- Junhong...– ela me chamou pelo meu verdadeiro nome. Não achei que isso fosse um bom sinal.

- Pode falar... – respondi apreensivo.

- Jun... eu quero te pedir uma coisa – me disse baixinho.

- Pode pedir o que você quiser. – me ajoelhei ao lado da cama deixando meu rosto próximo ao dela.

- Promete que não vai me negar isso? – me dizia com um olhar de súplica.

- Claro, pode pedir o que for que eu faço. – ela me abraçou. Eu pude sentir a respiração cansada dela.

- Acaba com o meu sofrimento? – sussurrou no meu ouvido – tira a minha vida?

Fiquei sem reação ao ouvir tais palavras vindas de minA, eu imaginava que ela pudesse me pedir qualquer coisa, mas jamais que me pediria para matá-la.

- Não! Não! Jamais! – uma onda de desespero começo a tomar conta de mim. O mesmo desespero que senti quando vi meus pais sendo assassinados na minha frente.

Lembranças daquele dia invadiram minha cabeça e eu conseguia rever e reviver a cena da minha mãe morta sobre mim, o sangue que escorria do corpo dela, o sangue que ela derramou para poupar o meu.

- Não, noona! Me peça tudo, menos isso! – dessa vez foi eu quem suplicou – eu já perdi a minha mãe... eu não quero perder você também!

- Jun... – ela se sentou na beirada da cama e me abraçou – me desculpa, eu jamais deveria ter pedido isso a você, me desculpa...

 - Nunca mais fale isso! – meu corpo tremia só de pensar em perder MinA – você é importante demais pra mim.

- Desculpa, meu anjo. Prometo que nunca mais pensarei isso de novo. – deu-me um beijo na testa e secou algumas lágrimas insistentes que escorriam dos meus olhos.

Conversamos por horas sobre assuntos aleatórios, eu queria saber o que realmente estava acontecendo com ela para chegar a tal ponto, mas resolvi não tocar no assunto. Isso só iria piorar as coisas.

Depois de muito conversarmos ela acabou dormindo de novo. Pelo menos dessa vez pareceu estar mais aliviada, até arriscou sorrir. Eu não perguntei a ela, mas sabia que JongUp hyung estava envolvido nisso. Era visível que MinA sentia alguma coisa por ele, mas eu não conseguia entender as atitudes do hyung, ele a queria por perto, mas a machucava. E dessa vez ele foi longe demais... MinA tinha vários arranhões pelo corpo, fora a torção no tornozelo, o pulso dolorido e com certeza JongUp estava envolvido nisso.

Achei melhor levá-la para dormir num outro lugar, a maior besteira que fiz foi levá-la da outra vez para o quarto do hyung. Dessa vez a peguei nos braços e a levei para o meu quarto. Minha cama não era muito grande e nem muito confortável, era uma cama de solteiro, mas achei que MinA iria ficar melhor ali.

JongUp hyung não apareceu em momento nenhum enquanto eu estava no quarto dele com MinA. Assim que a deixei no meu quarto, decidi procurá-lo. Passei novamente no quarto e ele estava vazio. Desci até o lounge do Le Noir e ali ele também não estava, nem no bar. Só me restou procurar em um lugar: no salão de jogos.

Decidir ir até lá. Acho que dentre os vários ambientes do Le Noir o salão de jogos é o pior deles, é onde as coisas mais baixas acontecem, onde as negociações mais macabras se acertam.

De primeira vista não consegui encontrá-lo, vi apenas Himchan jogando Poker com uns outros caras engravatados, Yongguk também estava lá. Provavelmente estavam negociando vendas de órgãos.

Andei por todo salão e o cheiro de bebida e cigarro começava a ficar cada vez mais insuportável. Eu já vivo no Le Noir há muitos anos, mas ainda é difícil me acostumar com o cheiro daquele ambiente.

Avistei JongUp hyung encostado numa parede qualquer se agarrava com uma mulher de cabelos longos. Fui me aproximando e fiquei esperando ser notado.

Assim que ele notou minha presença, tratou de dispensar a garota. Talvez ele tenha entendido pelo meu olhar que eu queria conversar em particular.

- Seu quarto está livre. – falei e recebi o silêncio dele como resposta enquanto me encarava com seu olhar sarcástico.

- MinA não me disse nada, mas... – fui interrompido por JongUp.

- Mas o quê? – me indagou.

- Eu acho que as coisas estão indo longe demais, hyung. – falei firme.

JongUp riu soprado e caminhou na minha direção.

- Você não tem que achar nada, Zelo. – disse frio e apenas sentir o estalar da palma da mão dele no meu rosto.

Ri soprado.

- Hyung, você sabe que tenho muito apreço por você, mas você sabe que também o quanto eu amo minha noona. – virei meu rosto e o encarei novamente. – então, se um dia eu tiver que escolher entre você e ela, eu não pensarei duas vezes em ficar ao lado de MinA.

JongUp não disse nada, apenas remoia minhas palavras. Me aproximei mais, deixando meu rosto próximo ao dele.

- Hyung, eu não quero ter que chegar ao ponto de fazer isso...

Aproximei minha boca do ouvido dele e sussurrei:

- Mas você sabe que, aqui no Le Noir, você só tem a mim ao seu lado.

Me afastei andando de costas, sem tirar os olhos dos de JongUp hyung. Eu nunca o tinha afrontado antes, e nem queria ter feito isso, mas o que aconteceu hoje foi além dos limites que eu poderia aceitar.

Como eu falei, se eu tiver que escolher entre ele e MinA eu ficarei ao lado dela.

E, assim, conforme fui me afastando fui deixando a imagem de JongUp ser consumida pela fumaça dos cigarros que estavam acessos naquele lugar.


Notas Finais


Então gente, o que vocês acharam? Será que vai dar treta entre o Up e o Zelo? mwahaha ~veremos.
E esse JongUp é um cabeça dura tsc tsc dá vontade de entrar dentro da fanfic e dar uns tapas pra ver se acorda, não acham?
E o Zelo... mds que menino lindosamente fofo! <3 Alguém faz o favor de me presentear colocando um Zelo na minha vida??? kkkk juro que eu queria ç.ç

Mas então é isso gente, espero que tenham gostado.

Beijos da tia e se cuidem <3


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