Marrinette pousou em um beco próximo a padaria de seus pais, quando a transformação se desfez. Tikki deslizou até a suas mãos, visivelmente cansada, mas a mestiça não deu atenção a isso, ainda estava embasbacada com o que tinha acontecido na batalha. Especificamente com o ruivo. Mesmo depois de tudo aquilo, foi um verdadeiro milagre terem vencido o akuma só com um membro, pois a Ladybug ficou completamente atrapalhada em suas ações. Agora como Marinette, tentou transformar em palavras a confusão de pensamentos que sentia e a única coisa que saiu e sua boca foi:
— Tikki, viu aquilo?
— O que deveria ter visto? — Ajeitando seu corpinho confortavelmente nas mãos de marinete.
— O Nath... Ele disse que estava com a Marinette, e que a salvou, mas obviamente ele não estava com ela, porque ela sou eu... Nath nunca foi um mentiroso, mas por que ele diria aquilo? A custo de quê, ele mentiria? — A garota atropelava nas próprias palavras, a Kwami teve dificuldade em entender o que ela tagarelava.
— Calma Marinette, você está imaginando coisas demais, talvez devesse tirar sua dúvida falando diretamente com ele.
— O que? Mas... Como eu poderia falar com ele? — Parecia que iria desencadear um novo falatório sem fim, afinal ela não tinha a intenção de revelar sua identidade.
— Não precisa ser agora e quando chegar o momento você vai saber. — A garota pareceu aliviar-se com as palavras, pequena kwami, que ao constatar isso prosseguiu com a sua fala. — Isso pode esperar, você lembra que deixou o Adrien na escola, sozinho?
A mestiça deixou fez um som engraçado quando gritou desesperada. Colocou Tikki dentro de sua bolsa onde havia um cookie preparado para momentos como esse e partiu em disparada para a escola. Corria desesperada demais para notar que alguém virava a mesma esquina que ela, em direção oposta, quando se deu conta não podia mais mudar a rota de colisão. Acabou trombado fortemente contra o corpo. Chocaram um contra o outro, com uma violência lançados ambos ao chão. As queixas saíram simultaneamente, Marinette massageava seu bumbum dolorido se desculpando em seguida.
— Está tudo bem. — A garota olhou instantaneamente o dono da voz, claro que ela reconhecia aquela voz mesmo no escuro. — Eu não estava prestando atenção.
— A-A-Adrien?! — Ao ver o garoto no chão, a azulada moveu-se o mais rápido que conseguiu para ajudá-lo a se levantar. Se desculpando inúmeras vezes. Ele acabou se divertindo com forma atrapalhada que ela agia.
— Geralmente é o garoto que oferece ajuda. — O som das palavras soaram alegres, atingiram a garota com uma força de uma avalanche, tirando dela qualquer linha de raciocínio decente.
— Oh! Eu, sinto muito... — Soltou a mão dele assim que ficou em pé.
— Tudo bem. Eu estava procurando você. — A menina piscou várias vezes processando as últimas palavras.
— Estava. Me. Procurando?
— Fiquei preocupado, queria saber estava bem, você sumiu. — Parecia inacreditável o que ouvia, o seu querido Adrien, preocupado com ela. Cogitou estar em algum sonho, como os que ela tinha todas as noites, mas a perna dolorida a fazia entender que aquilo era real.
A mestiça encheu os pulmões para responder, ou dizer alguma bobagem já que o loiro conseguiu destruir seu juízo, quando o bolso vibrou e tocou uma vergonhosa música de Jagged Stone. Pegou rapidamente o celular, quase o deixando cair, olhou a tela de contato, não escondeu uma expressão confusa ao ver quem ligava. Nathanael. Nesse momento se lembrou do que havia acontecido antes, sobre a mentira que ele havia feito para a ajudar a encobrir sua identidade. Não sabia se deveria atender. Arqueou as sobrancelhas, mordeu o lábio inferior e ficou estática.
O loiro assistia se divertindo com as caras e bocas que ela fazia, até esticar sua visão e ver a tela do celular. O nome Nath, arrancou toda a diversão da sua face, tomado por uma irritação e agiu sem pensar. Tomou o telefone da mão da garota. Marinette piscou algumas vezes até entender que seu celular não estava nas suas mãos, olhou para Adrien que clicou em um botão e recusou a ligação.
— Eh... Acho que a ligação caiu. — Devolveu o telefone a menina que ainda o encarava perplexa. — Preciso conversar com você, quer tomar um sorvete?
— Comigo conversa. Você sair? Digo, ter um encontro? Quem não iria querer sair com você? Só se eu fosse louca para dizer não. — A mestiça bateu a mão na testa se dando conta de como pareceu estúpida.
— Entenderei isso como um sim.
Antes que Marinette pudesse dizer qualquer outra coisa boba seu telefone tocou novamente. O modelo antecipou as ações e antes dela olhar a tela, segurou a sua mão e arrastou até a praça ao lado.
O Final do baile solar dava seu último espetáculo, despedindo mansamente do céu de Paris. A luz do sol dava lugar em cena para as luzes das estrelas e das luminárias da praça que acendiam preguiçosamente. O clima frio de outono fez com que Adrien dar conta que justificativa esfarrapada não incluía o o clima, pois não era nada propício para coisas geladas. Por sorte encontrou um substituto perfeito uma barraquinha de churros de chocolate. Ainda estavam de mãos dadas quando chegaram em frente à barraca, Marinette não reclamou, mas ficou seriamente preocupada já que sua mão soava em enxurrada. Além de modelo, o jovem sabia ser um perfeito cavaleiro fez questão de pagar o churros para a garota que, tocada aceitou de bom grado. O telefone tocou uma terceira vez, fazendo que a mão se desatassem. Mestiça apegou novamente o celular e o jovens olharam imediatamente para a tela, mas antes que o loiro fizesse qualquer coisa imprudente marinete recusou a chamada, respirou fundo e finalmente fez uma frase coerente.
— Você queria falar comigo? — Ergueu seu maravilhoso par de olhos azuis cobalto, fazendo o menino, por um segundo, se sentir sufocado. Culpado.
— Ah... Sim! — Pego em sua própria mentira, ele não queria conversa com ela, somente queria que ela não atendesse o telefonema e acabou assim. — Sobre o trabalho de arte, nós não terminamos e devemos entregar segunda. — Adrien devia muitos agradecimentos a professora.
— Verdade. — Admitiu a menina caindo nas palavras do menino, o fazendo sentir ainda pior. — O que acha terminar o trabalho amanhã, depois da aula?
— Ótimo. Podemos nos encontrar na minha casa. — Ao menos lá ele não precisaria fingir nada, foi o que pensou.
— Su-sua c-casa? — Abriu um sorriso bobo. — C-claro. Eu vou avisar a Alya.
— Hnm a Alya. — Sussurrou desapontado, Marinette não entendeu o porquê, nem mesmo Adrien sabia. A única coisa que o garoto tinha certeza era a culpa.
A mestiça pego seu telefone para avisar a amiga, mas antes de enviar qualquer mensagem seu telefone voltou a tocar. Sobressaltada quase fez o telefone cair pela segunda vez, novamente era Nathanael. A garota ficou na dúvida de atendia ou não. Acabou decidindo por conta própria, cancelar a ligação. Falaria com ele no pessoalmente, seria melhor assim.
— Marinette, fique longe desse Nathanael. — Foi tão repentino que por um minuto pareceu ler mente dela, mas ele só agiu por impulso.
— Do Nath? Por quê? — Adrien contorceu a face ao ouvir o apelido do garoto tomate, sair da boca da mestiça
— Não confio nele.
— Não confia?
— Sim, ele não parece ser uma pessoa de sentimentos sinceros, de qualquer forma, me preocupo com você, afinal você é minha amiga muito importante. — A garota de repente foi tomada uma alegria, saber que estava no pensamento do menino, mas depois toda alegria deu lugar a uma estranha melancolia. Somente amiga.
— Obrigada. — Adrien não era capaz de compreender que sentimentos que cresceram no coração da mestiça, por isso os ignorou.
— Então, até amanhã. — Foi a primeira vez que notou o quanto aquela frase o enchia de alegria. haveria um próximo dia para estar ao lado dela.
— Até aman-amanhã.
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