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História Le Petit Secret - Coccinelle Noire


Escrita por: AnnaCookiee

Notas do Autor


Sei que demorei, mas CARALHO! Olha o tamanho desse capitulo! Eu tive um enorme bloqueio mas porra, olha o tamanho


Espero que gostem mesmo!!

Beijos <333

Capítulo 17 - Coccinelle Noire


Fanfic / Fanfiction Le Petit Secret - Coccinelle Noire

Separaram-se, e então, o mundo voltou para o casal. Os gritos de horror fizeram a adrenalina correr em suas veias.

 

- O que está acontecendo? – O moreno perguntou, segurando os ombros do loiro, o mesmo olhou ao redor, preocupado.

 

- Fique aqui, vou olhar. – E antes de se separarem, Mika beijou sua testa, e então se foi. Sentia um péssimo pressentimento, e isso lhe fazia seu estômago embrulhar.

 

Quando percebeu, já estava no centro do festival, suas mãos tremiam de medo? Não, tremiam de frio, percebeu o chão coberto por uma fina e resistente camada de gelo, logo se transformou.

 

- Plagg, me transforme!

 

...

 

O pequeno kwami, mesmo envergonhado e feliz pelo seu dono, não sentiu aquelas presenças. As presenças do kwami da joaninha e da raposa.

 

E se tivesse percebido? Iria contar para Mika? Não podia, e então, apenas ficou em silêncio, fingindo-se de bobo. O bobo gato preto que adorava queijos fedidos.

 

...

 

 

Nathanael sabia, sabia que Yuichiro estava desesperado e confuso, e sentia-se horrível por ter e aproveitado disso, sentia que havia corrompido uma pessoa, sentia como um akuma de Hawk Moth, e precisava tirar esse peso. Quando sentiu a brisa de frio, logo percebeu que tinha algo de errado, e sem pensar duas vezes, se escondeu trás da árvore.

 

- Trixx, me transforme!

 

...

 

Enquanto caminhava junto de Shinya, viu aquela bagunça que habitava perto de um festival, até que reconheceu as luzes enfeitadas, as barracas e o doce aroma de algodão doce que pairava pelo local, ate que ouviram gritos. Entretanto, o grito que mais chamou a atenção do albino, foi o grito de sua filha, Shinoa.

 

Separou-se do seu namorado e correu até o local, com o coração acelerado de medo, medo de perder sua filha, aquela que sempre cuidou e viu seus primeiros passos.

 

Quando chegou, viu que ela procurava pelo seu amigo Yuichiro, e então, sentiu a mão firme de Guren segurar a sua, que tremia desesperado.

 

- Acalme-se!

 

- Mas a Shinoa!!

 

- Ela está bem!

 

- Guren, ela está em perigo...! – E então, cuspiu sangue.

 

Não entendia, porque sangue saiu de sua boca? Viu o olhar pasmo do moreno, e então percebeu a espada que atravessara seu estômago.

 

Agora que percebeu que foi esfaqueado, percebeu a ardência que tomou conta de seu estômago. Doía muito, mas o que mais doía era a reação de Guren.

 

Quando Ferid retirou a espada de dentro do Hiiragi, o mesmo caiu no chão. E num balançar, começou a chover pequenos pedaços de gelos.

 

Era estranho ver o enorme caos que reinava naquele local, mas a chuva parecia tão bonita. Pareciam lágrimas, lágrimas congeladas, daquelas que vocês segura por tanto tempo num coração frio, que então chegam no ápice e se derramam, frias, junto de seu coração e sua sanidade.

 

...

 

Aquele sentimento novamente... Aquele sentimento que Guren tanto temia, e pensava que depois de se livrar dele, seria livre.

 

Seu passado tinha que voltar, e com fazer os erros do maior levar o mais precioso do homem.

 

Segurou o corpo pálido do menor, que tinha um filete de liquido carmim escorrendo do canto da boca. Sabia que Shinya estava prestes a morrer por sua culpa, e se arrependia disso.

 

Eles iriam ser felizes, iam fugir, se casar, ter um casa só deles e ter um filho, que chamariam de Tulipe.

 

Tulipa... A flor do perdão, a flor que tinha o branco mais puro que os cabelos de Shinya Hiiragi.

 

Ao olhar aquela cor que estava levemente manchada pela lama com o sangue do menor, fez seu corpo tremer.

 

Iria ficar sozinho. Iria ficar somente ele e seus arrependimentos.

 

E num grito mudo, encarou o céu nublado, onde chovia pequenas peças de gelo.

 

Era tudo culpa do Akuma que criara.

Tudo culpa pelo seu egoísmo.

Tudo causado pela sua obsessão de retirar o enorme peso do arrependimento.

 

Quando Guren Agreste poderia ser um homem livre e feliz?

 

“Breve é a loucura, longo é o arrependimento.”

 

Onde tinha visto essa frase? Provavelmente num dos milhares de livros que lera na biblioteca de sua escola. Aquela frase lhe dera as forças que precisava.

 

Aquela frase lhe fez lembrar do sorrisos as pessoas que mais lhe importavam.

 

Mesmo em diversas línguas, Guren sentia o verdadeiro significado da frase.

 

O arrependimento dói, não é mesmo?

 

 

- Nooroo... – Pela primeira vez, iria se transformar para uma coisa boa, ou a vingança de duas pessoas amadas seria um motivo ruim? – Me transforme.

 

- Vamos nos divertir, Hawk Moth. – Falou Ferid, ao ver o quão nervoso estava aquele que mais odiava.

 

...

 

Quando Mika saiu, Yuichiro engoliu seu medo, e suspirou, vermelho. Sentia-se idiota, por acreditar tão facilmente nas pessoas. Mas logo respirou fundo, se acalmando, chamou por Tikki, e se transformou.

 

- Tikki, me transforme!

 

Lançou seu ioiô até os postes que iluminavam o local, e então foi para o centro, vendo o chão de gelo, barulhos de algo se chocando podiam ser ouvidos, e as vezes, gritos de fúria.

 

- Ladybug! – Ouviu a voz de Akage, seu amigo que estava atrás de uma das barracas.

 

- Akage! O que está acontecendo?

 

- Parece que um Akuma atacou... – Desviou o olhar, escondendo a parte do homem machucado, sabia que a morte daquela garota abalara seu psicológico, e mesmo arriscando, não contou. Apenas levou o corpo para os policiais, que chamaram a ambulância. – Um herói está lutando contra ele.

 

- Espere, herói?! – E sem mais nem menos, correu até onde estava Hawk Moth, sabia que era alguma batalha, mas não pensava que era do ex-vilão contra sua criação.

 

- O quê está fazendo, Hawk Moth?! – Apertou o ioiô de joaninha, prestes a lançar no homem.

 

- Morra Ferid! – Ignorando a joaninha, Guren defendeu do ataque que a espada de 666, logo contra-atacou, indo para cima.

 

- My Lady, acho melhor não interrompermos essa briga. – Disse Chat Noir, se aproximando lentamente.

 

- Por que o dono está lutando contra sua criação? – Perguntou Akage.

 

- Não faço idéia.

 

Num movimento rápido Ferid, apareceu ao lado de uma garota que estava escondida entre os arbustos, ameaçando cortar sua garganta.

 

- Shinoa!! – Gritou Hawk Moth, se aproximando.

 

- Não se aproxime! Ou então a garota morre!

 

Nesse momento, o clima ficou ainda mais tenso, o peso da vida de uma garota estava nas costas dos heróis. O olhar de Guren focou neles, e então suspirou, como se implorasse por ajuda.

 

- Iremos lhe ajudar, Hawk Moth. Em nome de Paris!

 

- Obrigado, Ladybug...

 

Mesmo parecendo confiante, Yuichiro não estava nada bem. Temia perder uma amizade tão importante para si.

 

Nunca acreditou muito em Deus, ou em seres superiores, mas que Deus tenha piedade de suas almas, apenas eram crianças.

 

...

 

Era impossível. Mesmo estando todos cansados, não conseguiam derrotar o akuma, que nem suado estava.

 

E então, o penúltimo bipe de Akage foi soado.

 

- Akage, pode voltar e descansar um pouco. Vamos dar conta daqui! – Falou Chat Noir, apoiando-se em seu bastão metálico.

 

- Não! Eu não vou embora! Vou lutar com todas as minhas forças! – Balançou sua cauda, atingindo Ferid, mas o mesmo segurou, como se não fosse nada.

E então o ultimo bipe. Akage voltou a ser o tímido Nathanael, e então caiu no chão, exausto, sem conseguir se mexer.

 

- Akage!! – Ladybug viu o corpo do seu amigo, levou a mão até sua boca, espantado. A vergonha tomava seu rosto aos poucos, lembrando do momento que havia entrado na casa dele, e feito aquilo.

 

E então, foi a vez de Hawk Moth, que derrubou sua espada de madeira, e então caiu no chão, voltando a ser Guren Agreste.

 

- .... Hawk... Moth..?  - Seu mundo caiu, quase perdeu as forças das pernas, ao ver que seu pai na verdade era o vilão que tanto lutava, o vilão que destruiu Paris várias vezes.

 

Já Yuichiro, não sabia o que dizer. O cara que tanto admirava, era o antagonista de sua vida heróica, desviou o olhar mordendo os lábios.

 

- Eu não acredito... – Falou Ferid, surpreso, logo caiu na risada. – Eu finalmente consegui acabar com ele! Veja mãe, vinguei sua morte! Veja!!

 

Estava louco, perdera a sanidade por conta de sua vingança, e não tinha mais volta.

 

- É... melhor... – Chat Noir balançou a cabeça, afastando os pensamentos bobos que tinha. – É mewlhor você se acalmar, 666. – O típico sorriso presunçoso apareceu em seus lábios.

 

E isso fez Ladybug voltar ao normal.

 

- Tem razão, Kitty. – E então se olharam, confiavam plenamente um no outro, e não tinham coragem de falar.

 

 

Quando seus sentimentos forem os mesmos, e seus corações se tornarem um só, uma nova arma surgirá.

 

Ambos balançavam suas armas, caminhando juntos um em direção ao outro. Até que juntaram suas armas, formando um enorme arco e flecha  vermelho e verde.

 

 

Coccinelle Noire. A arma mais poderosa dos poderes de miraculous.

 

Suas mãos, entrelaçadas, puxaram o fio junto da flecha, enquanto viam Ferid correr em direção à eles. Então soltaram, atingindo o Akuma.

 

Uma enorme explosão de luz branca foi solta quando a flecha atingiu o 666.

 

Ambos caíram no chão, ofegantes até que perceberam, que faltavam dois minutos para que voltassem ao normal. O poder era enorme, e esgotava o tempo deles.

 

- Kitty, precisamos ir! – Ladybug se levantou, prestes a sair quando sentiu a mão firme de seu parceiro segurar a sua.

 

- Escute... Esse é o ultimo akuma que lutamos, depois, nunca mais vamos nos ver... Pode... Mostrar-me, quem você é? – Seus olhos estavam curiosos, queriam ver quem era a pessoa que se escondia por baixo da máscara heróica de Ladybug.

 

E sem poder responder, Mika abraçou o garoto, ouvindo o ultimo bipe dele.

 

E voltou a ser Yuichiro.

 

Chat se afastou, encarando o rosto do moreno, sorrindo.

 

- ... Por que sorri? – Perguntou o de olhos esmeraldas, desviando o olhar.

 

- Eu estou feliz. Por ser você. – O penúltimo bipe do gato negro foi soado, e logo se abraçaram novamente. Em silêncio, aproveitando o momento, o momento dos dois, daquela felicidade.

 

E então, ao ouvir o ultimo bipe, Chat Noir voltou a ser Mikaela Agreste.

 

Novamente se separaram, e encararam seus rostos por um longo tempo.

 

Abruptamente, Yuu empurrou Mika, se afastando, assustado.

 

- ... Era você?!

 

- Me desculpe, Yuu...

 

O Dupain-Cheng, comprimiu os lábios, num misto de vergonha e arrependimento. Se arrependia de ter acreditado nos dois, principalmente se arrependia em ter pensado que poderia parar de amar Chat Noir.

 

Segurando-se para não chorar, encarou os olhos azuis do loiro.

 

- ... Você se arrepende de ter dormido comigo? De ter-me conhecido? – Mika perguntou, se aproximando lentamente.

 

- ... Você se arrepende? – Rebateu a perguntando, se afastando cada vez mais.

 

- Eu não me arrependo, Yuu.

 

- ... Eu sim. Me arrependo de ter acreditado em você. – Sua fala foi como uma facada no coração de Mika, a dor de ter traído aquela pessoa que mais confiava se igualava a dor de perder uma mãe. E sem dizer nada, Yuichiro correu, correu até as árvores, escondendo suas lágrimas.

 

 

- Ah.. Sinto muito... – Levou lentamente a mão até a nuca, coçando, trêmulo.

 

E junto com a chuva de gelo, suas lágrimas desceram facilmente, sentindo seu coração cair em cacos. A pessoa que mais admirava e amava estava arrependido de ter lhe conhecido, seu pai, destruía tudo aquilo que tentou consertar.

 

Viu a policia se aproximando, e então correu, em direção á Torre Eiffel.

 

...

 

 

Por algum motivo, aquela visão do ponto turístico de Paris sempre lhe trouxe felicidade, mas ao ver o modo que ela estava iluminada, o modo que carregava os pedaços de gelo, deixava a noite mais triste.

As lágrimas continuavam a cair, levantou sua mão, vendo aquele tecido macio e sua yukata. Pensou em Ladybug fazendo aquilo só para ele. Como podia ser tão idiota? Nem notou a semelhança que ambos tinham. O que mais doía e lembrar da noite que ele e Yuichiro tiveram, aquela noite de amor. Tinha feito aquilo como se fosse para tirar o joaninha de sua cabeça, mas nem passou pela sua cabeça que tinha feito aquilo com o seu grande amor.

 

 

E nem percebeu a mariposa que estava em Ferid se aproximar, aquela mariposa esquecida, a mariposa corrompida.



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