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História League Of Mutants - A estranha no dormitório.


Escrita por: Nandiota

Notas do Autor


E aí?
Bom, essa é minha primeira fanfic de carrossel e a minha primeira aqui no site.
Na verdade, faz bastante tempo que eu não posto nada e que escrevo só pra mim. Queria saber a opinião de vocês. Eu sei que preciso melhorar em muitas coisas, e que meu português não é perfeito, mas eu me esforço muito. Espero que me ajudem nessa jornada e que eu possa contar com vocês.
Logo saberão o poder de todo mundo e logo os outros personagens aparecerão.
Besos e boa leitura!

Capítulo 1 - A estranha no dormitório.


Alicia estava distraída aquele dia. Seu dormitório estava uma bagunça e o seu plano cada vez parecia mais furado.

Para explicar melhor, ela pretendia fugir de um lugar que ela não fazia a menor ideia de onde ficava, que era de segurança máxima, e que ela não tinha a menor ideia do que fazer depois, caso conseguisse sair.

A verdade era que morava ali desde que nascera e odiava aquele lugar com todas as suas forças. Ela e os outros adolescentes eram tratados como ratos de laboratório.

Sempre sendo testados, sempre sendo examinados. Constantemente torturados.

E o pior: Com dezoito anos te mandavam para algum lugar misterioso e os boatos que corriam era que você ia para uma base militar, servir de arma contra os inimigos. Sem nenhuma chance de fugir, de defesa.

E tudo era lindamente encoberto pelo governo.

Advinha quem ia fazer dezoito anos dali a seis meses?

Ah, ela definitivamente odiava aquela vida.

- Gusman? – Ouviu alguém a chamar e largou o caderno com as anotações de matemática. – A diretora quer falar com você. – Alicia assentiu, pegou o seu caderno e saiu do pátio.

A verdade é que ela não sabia direito qual era a da diretora.

Ela parecia ter um pouco de pena dos adolescentes, mas nunca fizera nada pra mudar.

E, bom, Alicia tinha quase certeza que ela era uma agente muito especial do Exército dos Estados Unidos. Afinal, precisariam de alguém de muita confiança pra comandar um lugar daqueles.

- Diretora. – Alicia a cumprimentou a mesma, e a mulher lhe apontou a cadeira em frente à sua. – Por que me chamou?

- Como você sabe, seu quarto é o único vago da ala feminina, pois espantou todas as outras colegas de quarto, mas informo que outra menina entrou na escola e o seu quarto será ocupado. – A diretora explicou, vendo o rosto da menina contorcer-se em uma carranca.

- Nós havíamos feito um acordo. A senhora disse que se eu não aprontasse mais, poderia ficar sozinha. – A menina falou, controlando para não se descontrolar.

O erro da maioria das pessoas era chegar e achar que podiam contra a diretora daquele local. Não podiam. Por isso que ela conseguia muitas coisas naquele lugar. Porque sabia conversar.

- Eu sei muito bem do acordo que fizemos, não precisa me lembrar, Alicia. Eu te chamei aqui apenas para informar, não para pedir a sua opinião.

- Pra que isso, hein? A senhora sabe que seja lá quem for essa menina, ela vai sair correndo igual às outras.

- Para o seu bem eu espero que não. – A diretora falou séria, e Alicia arqueou a sobrancelha.

- Como assim, “para o meu bem”? – A menina perguntou semicerrando os olhos e a diretora devolveu-lhe um olhar frio.

- Ora, Alicia! Sabemos que você está quase fazendo dezoito anos, não seria problema algum para mim, adiantar a sua saída daqui. Se aprontar alguma coisa com a menina, é melhor ir arrumar as malas.

- A senhora não... – Alicia começou incrédula, mas foi interrompida.

- Eu sim. Eu sou a diretora desse lugar e faço o que eu bem entender, ouviu? Acho que é melhor você ir arrumar o dormitório. Logo a sua colega de quarto chega. – A diretora finalizou e Alicia saiu da sala às pressas. Odiava aquele lugar com toda a sua força.

Foi para o dormitório, aproveitando que não havia nenhuma “consulta” ou aula aquele dia, e o arrumou. Estava com tanta raiva, que podia sentir sua bochecha queimar de ódio. Mas era com se controlar, pois quando ficava com raiva as coisas não ficavam muito bem.

Seu poder era a telecinese, e se saía bem na telepatia.

Não podia ler mentes, mas podia comunicar-se com as pessoas através dela. Podia mover objetos com a mente, levitar e até fazer um campo de força razoavelmente forte. Esses eram os únicos poderes que haviam se desenvolvido, mas certo dia ouvira um doutor dizer que ela tinha um grande potencial e que provavelmente desenvolveria outros poderes.

Ela só não sabia se isso era bom ou não.

Era realmente muito difícil controlar seus poderes, principalmente quando eles vinham da mente, e a sua era uma bagunça.

Na verdade, todos eram terminantemente proibidos de usarem seus poderes sem ser em alguma aula preparatória.

Ou seja, ela só sabia fazer o que queriam que ela fizesse.

 Apenas.

E mesmo assim, o que sabia era muito pouco. Ela tinha pouco controle sobre seus poderes e quando ficava com muita raiva, ou quando perdia o controle... Bom, ela realmente perdia o controle. Objetos voavam a sua volta e ela começava a ver coisas que não queria, como lembranças de um passado que um dia fora bom, ou de um que conseguira ser o pior.

Era irônico o fato de ela ter certo controle sobre a mente dos outros, mas nenhum controle sobre a sua.

Ouviu vozes e sentou-se em sua cama. O quarto estava perfeitamente arrumado.

A porta abriu-se e a diretora entrou com mais duas pessoas. Um menino e uma menina. Os dois aparentavam ter a sua idade.

O rapaz guiava a menina, e ela usava óculos escuros, enquanto usava um bastão dobrável para se guiar.

Cega.

- Alicia, essa é a sua nova companheira de quarto. – A diretora falou, e a tal garota sorriu para um ponto que definitivamente não era onde Alicia estava. O menino olhou impaciente para a diretora, mas mal olhou Alicia nos olhos. Ele era bonito, até. – Ajude-a no que ela precisar.

Depois de sentenciar que Alicia pagasse de babá, a diretora falou com o rapaz e ele guiou a menina cega até a cama vazia. Depois disso, falou alguma coisa no ouvido da mesma e lhe beijou a testa. Direcionou um olhar de desdém para a diretora e seguiu para o lado da mesma. Em nenhum momento direcionou o olhar para Alicia, e ela realmente não sabia o porquê de se importar com isso.

- Qualquer coisa, vão na minha sala. – A diretora avisou e saiu com o menino, que parecia relutante em deixar a tal garota sozinha ali.

- Prazer, meu nome é Marcelina. – A garota sorriu para o nada de novo, e Alicia suspirou. Não estava com pena da menina; na verdade, estava com pena de si mesma.

- Alicia. – Ela respondeu, vendo o sorriso da menina alargar-se.

Seis meses difíceis estavam por vir.


Notas Finais


Obrigada por ter lido até aqui!
<3


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