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História League Of Mutants - Coração de pedra.


Escrita por: Nandiota

Notas do Autor


Oieeeeee!
Primeiramente eu quero agradecer a todos os comentários que me motivaram e a todas as pessoas que se preocuparam comigo.
Sim, eu tava mal, mas acreditem, vocês me ajudaram pra caramba.
AMO VOCÊS!
Sobre a fic: Alguns poderes eu vou falando, outros vocês acabam pegando pelas dicas! Mas enfim, logo TODOS os personagens vão aparecer e TODOS os poderes vão ser identificados.
Eu tenho que dar um destaquezinho a mais para uns personagens, mas todos são importantes. Nesses primeiros capítulos, eu tenho dado um destaque a mais para a Ali, o Paulo e a Marce, mas eles são tão importantes quanto os outros.
Tem capítulos que eu preciso dar um destaque a mais pra um personagem, é normal.
Enfim, espero que vocês tenham uma boa leitura!
BJIN <3

Capítulo 4 - Coração de pedra.


- Cara, você acha que a gente pode fugir? Sabe, de verdade mesmo. – Paulo perguntou para Mário, assim que todos saíram da sala de aula.

- Eu não sei, acho que ninguém nunca tentou, mas eu quero. Eu nunca falei sobe isso com ninguém, mas eu sinto que meu lugar não é aqui. Eu tenho mais a oferecer, eu quero ser livre. – Mário confessou, e Paulo assentiu. Ele entendia.

Mário precisava ser livre, e isso era meio nítido. Às vezes, Mário se sentia tão angustiado por ficar preso que dava pra se sentir de longe.

- Também, com esses poderes. Não sei se você sabe, mas animais não gostam de ficar enjaulados. – Paulo brincou e Mário riu, dando de ombros.

- Pois é, cada vez eu me sinto mais angustiado. Não sei explicar, só quero ir embora.

- E vai. E se não der pra eu ir junto, pelo menos leva a minha irmã daqui. – Paulo falou e Mário assentiu. Ele havia visto a menina de longe e ela parecia realmente ser frágil. – Falando nisso, por que você não vira uma formiga e sai logo daqui?

- Você acha que eu não tentei? Eu não sei se eu tenho poder o suficiente pra isso. Quero dizer, eu não consigo me transformar em animais muito pequenos e nem nos muito grandes. Esse poder não tá me servindo muito.

- Acho que é por que você ainda não desenvolveu tudo.

- Pode ser. Bom, aqui todo mundo é assim. Acho que ninguém atinge o seu potencial máximo, ou sei lá.

- Acha que isso é defeito de fábrica ou...?

- Nunca parei pra pensar, agora bora logo pro refeitório ou a gente não vai comer nunca. Esse é o único horário em que todas as alas se encontram, então lá fica uma coisa de louco. – Mário levantou-se e Paulo o seguiu.

Mário até que era legal.

Era bom ter alguém pra conversar de igual pra igual. Querendo ou não, era mais pai de Marcelina do que irmão.

                                                                            ...

- Majo? – Cirilo chamou a menina, que mais uma vez, o ignorou. Na verdade, isso acontecia muito. Maria Joaquina não era do tipo amigável com ninguém, principalmente com Cirilo, que era o único que se importava com a garota de verdade.

Dessa vez, porém, Cirilo resolvera deixar a menina quieta. Ele não sabia se estava pronto pra desistir do amor platônico, mas sabia que não aguentava mais a indiferença ou a raiva gratuita que Maria insistia em direcionar a ele. Era um bom garoto, e se Maria não via isso, ela é quem perdia... Não é?

Ah, quem ele queria enganar? Maria Joaquina era seu ponto fraco. Sempre seria.

Se conheciam de outros carnavais. A mãe de Majo era muito próxima da dele, então sempre conviveram juntos.

Ela costumava ser mais doce, mas quanto mais o tempo passava, mais azeda a garota ficava. Ele não sabia bem o porquê daquilo, mas acontecia. Antigamente, Majo era muito dependente dele. Ele era o seu único amigo e a única família que lhe sobrara, e isso parecia ser muito importante pra garota.

Parecia.

O tempo passou e ela passou a se importar cada vez menos com os sentimentos dos outros.

Maria petrificava pessoas.

Literalmente.

Por trás, constantemente era chamada de “coração de pedra” e Cirilo bem que queria dizer que era por conta dos poderes da menina. Não era.

Mas agora eles tinham que se aproximar de novo! Nova turma, novas pessoas e Majo era a única pessoa que ele conhecia. Não era difícil pra ele fazer amigos, mas ele queria a companhia dela, e essa era a única desculpa que ele tinha.

- Cirilo? – O menino ouviu uma voz feminina o chamando e quase achou que fosse Maria Joaquina mudando de ideia, mas era óbvio que ela não queria papo com ele – apesar de estarem sentando juntos na mesa do refeitório -.

- Oi Gio, como cê tá? – Cirilo perguntara simpático para a menina à sua frente. Giovana era muito doce com ele, e ele era muito doce com todos. Maria Joaquina queria vomitar só de ver a simpatia dos dois.

- Bom, eu tô ótima. Caí na sala com a Camila de novo! – Ela comentou animada e Cirilo sorriu. – Mas enfim, queria perguntar se você não quer sentar com a gente... Claro, se não tiver ocupado. – Ela falou, e olhou discretamente para Maria Joaquina, que olhava pro prato sem muito apetite.

- Ah... – O menino coçou a nuca sem graça. Não queria ir. – Bom, é que eu...

- Você deveria ir, Cirilo. Não há nada que te prenda a essa mesa; na verdade, eu até prefiro ficar sozinha, se é que você me entende. Não deixa os seus amigos sozinhos por alguém que não faz a mínima questão da sua presença. – E era isso. De dez coisas que Maria Joaquina falava, onze delas era algo cruel.

Bom, dessa vez ela pegara realmente pesado. Não que Cirilo já não estivesse acostumado com a grosseria constante da garota, mas tudo tem limites.

Ele levantou-se e seguiu Giovana, que olhava Maria Joaquina com cara de nojo.

Era isso que as pessoas tinham de Maria Joaquina: Nojo, pena, indiferença.

Maria Joaquina já havia sido cruel com a maioria dali, não era de se admirar que a maioria não gostasse dela.

Ela poderia até dizer que se importava com aquilo, mas seria uma grande mentira.

                                                                          ...

- E aquele garoto de fone? É bonitinho, né? – Valéria perguntou para Laura, que já havia se enturmado com Davi e Jorge também. Não era muito difícil fazer amizade com Valéria, então também não era difícil fazer amizade com os que a cercavam.

- Sim, mas ele tem uma áurea muito pesada. Não sei explicar, mas ele é muito tenso, sabe? – A menina explicou para Valéria, que assentiu. Laura tinha o poder de controlar as emoções alheias, e já havia se metido em muitas confusões por bancar de cupido pra quem definitivamente não queria se apaixonar.

- E aquele Mário que enfrentou a professora? Calor, né? – Val brincou se abanando e Davi a olhou carrancudo. – Calma amor, eu tô ajudando a Laurinha a escolher um pretendente, você sabe que eu só tenho olhos pra você. – Ela falou manhosa, e deu um selinho em Davi, que logo se derreteu.

Laura achava aqueles dois muito engraçados, e muito, muito sentimentais!

- Ai pelo amor de Deus, não vão começar a melação, né? – Jorge perguntou mal humorado e Davi riu, se separando de Valéria.

- Você também tá precisando de uma namorada, Jorginho. Que tal o Jorge, Laurinha? Ele até que é gato, e fica mais ainda quando não sai falando do relacionamento alheio.

- Sim, ele é gato, mas ele já tá de olho em outra flor. – Laura piscou para Jorge, que virou um pimentão.

- COMO ASSIM? – Valéria gritou animada e Davi afundou o rosto nas mãos, já sentindo vários olhares sob a mesa deles.

- Eu não sei do que você tá falando, e acho bom parar de falar. – Jorge falou entredentes, e Laura gargalhou.

- Seu segredo tá guardado, Jorginho.

- Que guardado o quê? Quem guarda as coisas é cofre, pode desembuchando, minha filha!

- Amor, será que dá pra parar? Olha a cara do Jorge. – Davi falou e apontou pra Jorge que tava uns muitos tons mais vermelho, e com a carranca do tamanho do mundo. A carranca não era novidade, mas ver Jorge corar era coisa que raramente acontecia. – Ele claramente não quer falar sobre isso. – Davi enfatizou o claramente e Valéria emburrou.

- Tá, tanto faz, não queria saber mesmo.

- Obrigado. – Jorge falou zangado e Valéria deu língua para o amigo.

Era óbvio que ela iria descobrir.

Ninguém era inocente ao ponto de achar que ela deixaria aquela história passar batida. Valéria já adorava se intrometer na vida das pessoas e causar muito, e ainda encontrara Laura que era o cupido daquele lugar... Puf, aquelas duas juntas não daria coisa boa.

                                                                          ...

- Você bem que podia se esforçar mais pra se dar bem com o meu irmão. – Marce falou, já sentada na mesa do refeitório com Alicia.

- Seu irmão não parece se esforçar nadinha pra isso. – Ela deu de ombros, dando a primeira garfada. Ela havia discutido com Paulo no meio da sala de aula por causa de uma bolinha de papel que ele havia acidentalmente atirado na cabeça dela.

Bom, ele não tinha culpa que Alicia e a lixeira ficavam na mesma direção, mas também não podia dizer que não achou engraçado quando a bolinha foi com tudo na cabeça da esquisita.

Apelido esse, aliás, que ele havia achado que combinava perfeitamente com a Gusman. Coisa que ela havia abominado rapidamente.

Não fora surpresa nenhuma quando um lápis passou voando com tudo na cabeça do Guerra. Bom, surpresa nenhuma para Alicia, é claro.  

- Ali, meu irmão não sabe lidar muito bem com as pessoas. Ele é ogro que nem você, vocês deveriam se dar bem.

- É, mas não nos demos. E não somos nada parecidos, aquele garoto não foi com a minha cara desde o momento que chegou. Agora que eu peguei implicância, já era. – Alicia sentenciou e Marcelina suspirou derrotada. Aqueles dois iam dar um trabalhão.

- Ah não! – Alicia falou frustrada, e escondeu o rosto com as mãos.

- O que foi? – Marce perguntou não entendo nada.

- Advinha quem tá vindo pra cá? E olha, tá trazendo um amiguinho. – Alicia debochou, olhando pra Paulo que vinha conversando com Mário.

- O Paulo arrumou um amigo? – Marce perguntou animada. Ela não teve tempo de conhecer Mário, mas ficava extremamente feliz que o irmão estava se enturmando.

- Sim, também estou surpresa. – Alicia falou cínica e Paulo chegou na mesa, já se sentando. Alicia achou aquilo uma falta de respeito e até quis retrucar, mas resolveu ficar quieta.

Sua implicância com Paulo era mais pessoal.

 Por quê?

Porque num primeiro momento ela tinha achado ele bonitinho, e depois ela descobrira que por dentro ele era oco da Silva.

Um perfeito idiota.

Urgh, de bonitinho ele só tinha a cara mesmo.

- Marce, eu trouxe um amigo pra te conhecer.  – Paulo explicou para a menina, e a ajeitou, para que ficasse na mesma direção de Mário.

- Prazer, eu sou a Marcelina, a irmã desse chato. – Marce falou sorrindo e Mário a olhou admirado. Ela provavelmente era a menina mais linda que ele já vira na vida, e ele nunca comentaria nada com Paulo, porque o menino parecia ser do tipo ciumento – no nível mais intenso da palavra-.

- Prazer, eu sou o Mário, colega de quarto dele. – Mário falou sorrindo encantado, e se entristeceu um pouco por a menina não poder ver isso.

- Mário? É aquele que falou com a professora, não é? – Marce recordava bem da voz dele, só não queria que alguém soubesse.

- Sim, você lembra? – Mário perguntou bobo e Paulo arqueou a sobrancelha.

- Acabou de acontecer, cara. – Paulo se intrometeu e Alicia revirou os olhos. Ele havia acabado total com o clima que obviamente estava se formando.

- Ah, eu sei, mas... – Mário deixou a frase no ar e deu de ombros. Paulo realmente acabara com o clima.

- Bom, tanto faz, eu achei a sua atitude muito corajosa, Mário! – Marce voltou a falar e ela e Mário engataram uma conversa super bacana, enquanto os outros dois ficavam de vela.

Não que Paulo percebesse que estava de vela, mas ok.

Marce não estava com nenhuma esperança nem nada do tipo. Mário definitivamente era um cara legal e tinha algo nele que fazia com que ela quisesse ficar perto. Ela não sabia ainda o que era, mas tinha. Mas o fato era: Ela era cega.

Isso poderia não ser empecilho pra muita gente, mas pra ela era. Nunca havia nem beijado ninguém, e por mais que às vezes se apaixonasse, como qualquer garota, as suas paixões eram diferentes.

 Ela não se apaixonava por rosto ou por corpinho bonito, ela se apaixonava por palavras, atitudes e caráter.

Não podia dizer que Mário tinha aquilo, mas se sentia bem em conversar com ele.

Que pena que não podia ver seu rosto.

No fim, ela continuava cega, e nenhum garoto merecia isso.

Afinal, ela já havia estragado a vida de seu irmão, não estragaria a vida de mais ninguém. 

 


Notas Finais


<3
Obrigada por ter lido até aqui.


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