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História League Of Mutants - Nenhum podre é tão podre.


Escrita por: Nandiota

Notas do Autor


Heeeeeeeeeeeeey!
O capítulo era pra ser postado beeem antes.
Primeiro porque vocês foram INCRÍVEIS!
Me deram um apoio maravilhoso e eu nunca tive um capítulo com tantos comentários. Comentários MARAVILHOSOS, devo ressaltar.
O próximo capítulo vai ser a "continuação" desse.
Eu tô tentando organizar o que eu vou colocar nos capítulos pra não demorar tanto e pra eu conseguir ter uma noção maior da estória.
A demora deve-se ao fato da mudança que eu ia fazer, mas acabou que depois de ensacar tudo, não mudarei mais.
Enfim, espero que gostem <3

Capítulo 6 - Nenhum podre é tão podre.


- Chega os dois! – Helena gritou alto, vendo o campo de guerra que havia se formado na sala. Alicia de um lado, e Paulo do outro.

Isso sem contar nos colegas que se dividiam e faziam apostas de quem ia levar uma madeirada primeiro.

- Ah, deixa de ser chata. – Valéria resmungou alto, e a professora a olhou, reprovando sua atitude.

- Meninos, vocês sabem que alguém pode se machucar com essa brincadeirinha boba. E além do mais, agora é a vez da Bianca.

- Bibi. – A menina corrigiu sutilmente, sorrindo para todos à sua frente.

- Está pronta, querida? – A mais velha perguntou suavemente para a menina, que assentiu. – Então galera, o poder da Bibi é o fogo, então peço que vocês fiquem bem distantes e calmos. Nada sairá do controle, e pra que tudo dê mais certo ainda, preciso que vocês se comportem. – Bibi fora até a cabine de vidro transparente, e lá entrara, vendo todos os seus colegas de classe vidrados.

Não sabia muito bem o que fazer, não era boa em testes, mesmo aquilo não sendo um.

Pensou por alguns segundos, e logo sorriu, estendendo a mão como se fosse receber um prêmio.

Sua palma da mão avermelhou-se e logo uma bola de fogo flutuou em cima da mesma. Alargou o sorriso, ao ver que todos estavam vidrados nela.

Jogou a bola de fogo em uma carteira plástica que tinha no local, vendo a mesma derreter como se fosse água.

Todos na sala ficaram boquiabertos. Ver aquilo de perto era extremamente lindo e... Assustador.

 - Muito bom, Bibi! – A professora Helena elogiou, vendo a menina corar. Sua pele ainda tinha manchas vermelhas, e Bibi sabia que logo só pioraria.

É... Poderes sempre vêm com consequência.

- Obrigada, professora. –A ruiva agradeceu tímida, e voltou para o seu lugar.

- Carmen Carrilho. – Helena chamou e o silêncio fez-se presente.

- Ué, quem é Carmen? – Laura perguntou confusa, tirando as palavras da boca de todos. Afinal, quem era a tal Carmen?

Bibi até quis apontar para a mais nova amiga, mas Carmen pediu silêncio e assim ela o fez.

Esse alvoroço de “quem é?” e o fato de ninguém saber quem é ela, só fez a menina fincar fortemente seus pés no chão. Não queria de jeito nenhum aparecer.

- Por favor, Carmen. Sei que está na sala, todos estão. Apareça e venha aqui na frente. – A professora falou, olhando para o rosto de cada menina.

Carmen suspirou e foi até a professora.

Todos ficaram ainda mais confusos, nem tinham visto que a menina estava no local.

- Carmen, não precisa ficar com medo, todos somos amigos aqui. – A professora falou mansa, e a menina assentiu, mal olhando no rosto dos alunos.

Não queria que vissem que seu rosto estava tão vermelho quanto o cabelo de Bibi.

- Está tudo bem. – Carmen falou baixinho, vendo a professora assentir e suspirar. Sua classe era cheia de gente com personalidades diferentes. Sabia que não era uma classe comum, dali sairia algo de bom, ela tinha certeza.

- Bom, Carmen, pode nos falar qual é o seu poder e demonstrá-lo? - A menina suspirou alto, tomou coragem, e resolveu abrir a boca.

Quanto mais rápido melhor.

- Meu poder é a invisibilidade. Posso ficar invisível e atravessar paredes, porém, apenas por meia hora. – Carmen explicou, e todos, sem exceção a invejaram.

Qual é, às vezes todos nós queremos ficar invisíveis e fingir que não fazemos parte desse monte de nós que é o mundo.

Carmen concentrou-se um pouco, fechou os olhos e tentou focar. Estava nervosa demais e isso a influenciava muito.

Alguns segundos depois, ouviu exclamações e coisas do tipo: “Ela sumiu”.

Sorriu, sabendo que não podia ser vista.

Era uma sensação tão boa, tão libertadora.

Andou entre os alunos e ninguém sequer suspeitou. Pegou um piloto e escreveu no quadro: “Pra quem não sabia, essa é a Carmen Carrilho”.

O primeiro a ver fora Jaime. O menino levou um susto ao ver o piloto flutuando. No começo todos pensaram em Alicia, claro, mas logo que Carmen terminara de escrever, aparecera em frente ao quadro, fazendo todo mundo levar um susto daqueles.

Todo mundo aplaudiu, é claro.

A menina não demonstrara seu poder, ela fizera um verdadeiro show.

- Muito bem, querida! Duvido alguém não saber quem é você agora. – A professora falou risonha, e Carmen assentiu, sentindo-se menos incômoda.

Pela primeira vez na vida, Carmen Carrilho tinha sido corajosa para fazer algo.

- Cirilo Riviera. – A professora chamou e o menino foi afobado até a professora.

- Sou eu mesmo, professora! – O menino falou animado, e os colegas de classe riram.

- Então, Cirilo, pode nos dizer qual é o seu poder?

- Ah, essa é fácil. Meu poder é o teletransporte.

- Ah, tá de brincadeira comigo. – Valéria balançou a cabeça em negação, e apertou as têmporas. – Sério que você ainda não vazou daqui? Cê é maluco ou o quê, meu filho? – Perguntou de forma engraçada, e ganhou uma cutucada de Davi e outra de Jorge.

- Cala a boca, sua louca. – Jorge murmurou pra Valéria, que deu de ombros.

- Ah, é esse o problema. Eu não posso me teletransportar pra um lugar que nunca vi. Tipo assim, eu só posso ir para um lugar que eu conheça, fora a isso... – Cirilo deixou a frase no ar, e todos compreenderam.

Podiam ter poderes incríveis, mas parecia ser impossível sair daquele local.

Sempre um empecilho.

- Pode mostrar seu poder pra gente? – Helena perguntou, e o garoto assentiu.

Cirilo olhou ao redor sorrindo.

Iria parar dentro da cabine onde Bibi demonstrara seu poder.

Dois segundos depois, o menino tinha desaparecido.

Começaram a varrer o local com os olhos, até ver Cirilo desesperado batendo na porta de vidro.

- Hei, abram aqui! – O menino gritava, e a professora correu pra abrir, sem entender o desespero do menino.

Majo apenas revirou os olhos.

Cirilo era patético.

- Cirilo, tá tudo bem? – Helena perguntara, e o menino a olhou como se fosse louca.

-Claro que não, professora! Me prenderam aqui dentro, não viu? – Ele perguntou com o coração acelerado, e todos os alunos se entreolharam cochichando.

- Ih, esse é doidão. – Alicia comentou para Marce, que apesar de não estar vendo nada, conseguia sentir toda a movimentação.

- Cirilo, ninguém o colocou aí. Você se teletransportou, não lembra? – A professora perguntou, agora com medo de verdade.

- Ué, me teletransporte... Ah, cara! – Cirilo exclamou, entendendo tudo. – Desculpa gente, é a minha consequência. Sempre que eu me teletransporto, eu esqueço do porquê. – Cirilo comentou, e todos continuaram olhando para sua cara, não sabendo se acreditavam que era só uma brincadeira idiota, se ele era louco, ou se falava a verdade. – Juro! – Completou, e todos deram de ombros.

- Ok, que tal a gente esquecer esse episódio? Todos têm consequências, tô certa? – A professora perguntou, vendo-os assentir. – Então pronto. Cirilo, sua demonstração foi incrível.

- Obrigado. – Cabisbaixo e cheio de vergonha, Cirilo fora para o seu lugar.

- Daniel Zapata. – Helena chamou, e o menino andou até a mesma confiante.

- Olá professora. – Daniel dera um sorriso, fazendo algumas meninas suspirarem.

Qual é, ele era realmente muito lindo. E aquelas covinhas eram um golpe muito, muito baixo.

- Então Daniel, pode nos dizer qual é o seu poder?

- Claro. Eu tenho super inteligência, memória fotográfica e psicoleitura. – O menino listou, fazendo todo mundo ficar confuso.

- Psico o quê? – Jaime perguntou, achando que Daniel estava falando grego.

- Psicoleitura, Jaime. – O menino falou, fazendo o fortão dar de ombros. – Bom, mesmo sem eu querer, consigo dar uma lista completa sua. Sei que o seu nome é Jaime Palilo, você tem dezessete anos, tem um e setenta de altura e setenta e dois quilos... Muitos deles de massa muscular. – Daniel listou os dados do menino, e todos ficaram de cara no chão.

- Você é um robô, ou quê? – Mário perguntou espantado e Daniel deu de ombros.

- Quase isso. – O menino falou, voltando para o seu lugar.

- Daniel, isso foi ótimo! – Helena exclamou e o menino assentiu sorrindo.

- O Davizinho é agora, né? – Valéria se intrometeu e a professora sorriu.

- É sim, Valéria. Davi Rabinovich, ou Davizinho, pode vir aqui na frente, por favor. – A professora falou brincalhona, e todos os alunos começaram a rir da cara de Davi, que estava mais vermelho que pimentão.

- O-oi professora. – Davi gaguejara, fazendo todos rirem mais.

- Pode ficar calmo, Davi. Tá tudo bem, ok? – Perguntou de jeito tranquilizador, fazendo o menino assentir com vergonha. – Fique calmo e nos fale do seu poder. – A professora pediu de jeito gentil, e o menino suspirou.

- Você consegue Davizinho! – Valéria gritou histérica, e o menino olhou desesperado para Jorge, que entendeu o recado. Jorge colocou uma mão sobre a boca da menina, e Davi conseguiu respirar mais aliviado.

Valéria era ótima e ele amava a namorada, mas ela realmente não sabia muito a hora de parar.

- Hm... Eu tenho super velocidade, regeneração celular e eu também tenho grandes conhecimentos em artes marciais, mesmo nunca tendo estudado. É um dos meus poderes. – Falou rápido, vendo a professora assentir.

- Demonstre para a gente. – Pediu e Davi assentiu. Tomou ar e... Correu o local todo em menos de três segundos.

- Wow! – Alguém exclamou lá de trás, assim Davi parou na frente da professora novamente.

- Parabéns, Davi! – A professora exclamou animada, e Margarida ajeitava o cabelo que havia parado na sua cara, depois do “Furacão Davi”.

- Obrigado. – O menino agradeceu confiante, e foi até Valéria, que pulou no mesmo, dando um beijinho rápido.

- Hei, nada de agarração, meninos! – A professora pediu, e o casal começou a rir.

- Agora é a vez de quem? – Jaime perguntou, na maior brisa, e todo mundo olhou pra cara dele.

- Justamente de quem perguntou. – Paulo falou debochado. e Jaime mostrou o punho, fazendo os colegas rirem.

- Venha até aqui, Jaime. – A professora pediu e o menino andou até lá todo largadão, mas cheio de medo.

Sempre falava algo de errado. Sabia que sua inteligência sempre o deixava na mão, só esperava que o mesmo não acontecesse com a sua força.

- Já tô aqui, fessora. – Jaime apresentou-se a classe riu, apenas por ser Jaime. Ele era engraçado até falando “Oi”.

- Jaime, pelo que vejo aqui o seu poder é muito útil, mas precisa ser usado com muita responsabilidade, uh? – A professora falou, e Jaime deu de ombros.

- Bem útil pra ser usado como arma. – Jaime era um pouco burro sim, mas idiota não. Nunca idiota. Ele sabia muito bem o porquê do interesse que os médicos tinham nele. Ele era um belo e forte rato de laboratório. Provavelmente o mais requisitado pelos cientistas daquele lugar.

- Sim, Jaime. Infelizmente. Mas não só pra isso, você sabe. Todos aqui sabem que são mais que isso. Vocês são importantes, e de verdade, eu vejo um potencial enorme aqui. Sei que vocês vão fazer a diferença.

- Não parece quando estamos enjaulados desse jeito. – Alicia retrucou, e Jaime concordou.

- Pelo menos vocês podem enxergar. – Marcelina falou amarga, e o silêncio a seguir fora inevitável.

O irmão fora até a menina, e apertou sua mão, para ela sentir que o mesmo estava ali cuidando dela, independente de tudo.

- Parece que a força não é tão importante assim. – Jaime murmurou com pesar.

No momento, todos ficaram em completo silêncio, apenas envergonhados demais por se preocuparem por coisas tão fúteis.

Mas no final, tinham mesmo que se envergonhar?

Nenhuma dor é maior que a outra.

Nenhum podre é tão podre assim. 



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