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História League Of Mutants - Uma memória a menos, outras a mais.


Escrita por: Nandiota

Notas do Autor


Ok, ok, NÃO ENROLAREI.
Nos vemos nas notas finais.
Perdoem os erros, não vai dar pra consertar hj.

Capítulo 9 - Uma memória a menos, outras a mais.


- O que você queria falar comigo? – Marga perguntou para Laura, assim que saíram da sala de aula prática.

- Você sabe que eu posso controlar algumas emoções, não é? – Perguntou, vendo a outra assentir. – Então, eu não sei direito o que aconteceu, mas quando eu toquei em você, eu pude sentir coisas.

- Que tipo de coisa? – A morena perguntou temerosa, vendo Laura dar de ombros.

- Aí é que tá, eu não posso falar. Quero dizer, eu tenho quase certeza que são memórias perdidas. E eu consegui sentir a emoção delas. Do que você sentiu quando as viveu.

- Você acha que eu perdi alguma coisa?

- Eu tenho certeza, Marga. Eu consegui sentir que você não tem a menor ideia do que tá acontecendo, mas tem algo em torno de você que... Você precisa conversar com o Daniel. E tenta conversar com o Jorge também. A empatia dele é bem melhor que a minha. – Laura afirmou, e Margarida assentiu confusa.

Sua mente estava bem mais bagunçada do que ela achava.

...

- Paulo, você tá bem? – Mário perguntou, assim que todos saíram da sala.

O moreno estava pálido, e encarava o nada. Era algo meio atípico para um peralta como Paulo Guerra.

- Na verdade não. – A voz dele saíra num fio, o que fez Mário rapidamente se preocupar.

- Cara, você quer que eu chame alguém, ou...? – Sentou perto do amigo, que negou com a cabeça, ainda meio aéreo.

- Eu preciso ficar sozinho, Mário. Pode dar uma passada na Marcelina? Não sei se quero ela sozinha com a... Esquisita. – Ele falou, de um jeito completamente esquisito e letárgico.

Mário assentiu, e saiu.

Não só porque Guerra havia pedido, mas por que ver Marce parecia ser algo que tudo dentro dele almejava, e ele realmente não conseguia entender por quê.

O que aquela baixinha tinha, afinal?

Por que ela acalmava sua fera?

Ou agitava...

Ele realmente não entendia, e também não sabia se queria entender. No momento, ele só queria chegar perto dela, e sem precisar procurar, ele chegou.

Como, ele não sabia, mas algo o havia levado exatamente onde ela estava.

- Marcelina? – Ele perguntou calmamente, tendo noção de que a menina poderia se assustar com a sua presença.

O estranho é que Alicia não estava por perto, o que era algo muito difícil de se ver nos últimos dias.

- Hm... Sim? – A menina perguntou dócil, tentando não parecer que tinha reconhecido o timbre de voz. Apesar de tudo, ela tinha uma boa memória.

Ainda mais quando essa memória parecia querer decorar cada coisa sobre uma certa pessoa.

Não fora difícil saber quem estava ali.

Ela poderia classificar várias formas para ter descoberto: O cheiro, a voz, o jeito de falar, mas ela não sabia por qual meio havia descoberto.

Só havia.

- É o Mário, colega de quarto do Paulo. – Ele explicou, sentando ao lado dela.

A menina sentiu vontade de rir, mas não o fez. Ela sabia muito bem quem estava ali.

- Oi Mário, o que faz aqui?

- O Paulo pediu pra eu ver se você estava bem.

- Ah. – A menina fez um barulho com a boca, e deu de ombros. Era frustrante saber que ele só estava ali porque o irmão dela havia pedido, mas ao mesmo tempo era reconfortante tê-lo ao seu lado. Mesmo que fosse esquisito terem aquela ligação. – Bom, eu estou bem.

- Sim, percebi. – Ele deu um sorriso sem graça, se sentindo completamente estúpido. Por que estava se sentindo tão nervoso? – E por que aquela sua amiga não está aqui?

- Alicia? – Perguntou, estranhando a pergunta, e o pior: não gostando nadinha da mesma.

- É.

- Ela não precisa ficar perto de mim o tempo todo, Mário. – Respondeu ácida, mas se arrependeu logo em seguida.

Não precisava ser idiota, mesmo que seu gênio pedisse por isso. Ou seu ciúme.

Tanto faz. 

- Não, eu sei. Desculpa, não foi o que eu quis dizer! - "Estúpido" era a única palavra que piscava em vermelho na cabeça de Mário. 

Ele quase podia ver um letreiro com piscas-piscas e a frase "Mário é um belo idiota" na sua frente. 

- Esquece, eu fui estúpida. É uma boa pergunta, mas ela não estava se sentindo bem, e eu pedi para que ela me deixasse aqui no jardim. É um lugar bom. Tem muitos cheiros diferentes. – Ela afirmou, respirando fundo, enquanto sorria para o nada.

Mário achou que havia visto coisas muito belas na vida, mas nada se comparava àquela cena.

- É-é um lugar muito bo-bonito. – Céus, ele estava se sentindo patético!

Por que havia gaguejado?

Ele não gaguejava!

- Eu não consigo ver, mas posso imaginar que seja. – Ela sorriu mais uma vez, e ele se sentiu um otário de novo.

Marcelina conseguia fazer tudo parecer tão leve, mas aí ele fazia tudo se tornar complicado.

Ele queria começar um assunto, queria falar sobre tantas coisas! Queria descobrir mais sobre a garota que parecia alheia e completamente focada em tudo ao mesmo tempo.

Queria falar com ela.

Queria poder contar sobre os seus medos, falar sobre seu tipo de comida preferido, ou sobre como as coisas pareciam mais certas quando ela estava por perto.

Ao invés disso, Mario apenas sentou-se ao lado dela.

E então ali ficaram, os dois em silêncio, mesmo querendo gritar.

                                                                              ...

- Isso é uma merda, não é mesmo? – Jorge ouviu a voz de Daniel, e tentou se concentrar.

Era para isso que estava ali, afinal.

- Sim, uma merda. – Concordou, sem saber direito com o que concordava.

Nada na sua vida era fácil, mas fingir que não sentia nada por aquela caipira era realmente horrível.

Principalmente quando ela o olhava como se realmente não o conhecesse.

No final, ela realmente não o conhecia.

Não mais.

- Mas e a sua consequência, Margarida? – Daniel perguntou, com uma prancheta na mão.

Estavam ali a meia hora, com o menino que nem louco recolhendo todos os dados possíveis.

Ele tinha colegas de classe muito interessantes, e realmente queria estudar sobre todos.

- Eu... Eu não sei direito qual é. – A menina deu um sorriso sem graça, vendo Daniel a olhar confuso.

- Como não sabe?

- Ela simplesmente não sabe. É assim com algumas pessoas, Daniel. – Jorge se meteu, completamente desconfortável.

Dava pra ver o quanto Margarida estava confusa.

- Nunca conheci ninguém que não tivesse consequências, Jorge. – O menino rebateu cético.

- Não disse que ela não tem, disse que ela não sabe.

- Isso é impossível.

- No mundo em que vivemos, onde a gente viu um cara abrir um portal para um novo mundo, e uma menina ficar invisível, você realmente acredita que algo possa ser impossível? – Retrucou ácido, vendo o gênio mirim dar de ombros.

- Você tem razão. Mas talvez não saber da consequência seja parte da consequência. – Infelizmente Daniel ainda era um gênio.

Jorge suspirou.

Manter aquilo em segredo dificultava tudo, e seus supervisores ficariam muito bravos caso algo vazasse.

Ele realmente não tinha o que fazer.

Praticamente ordenaram que fossem com Daniel, então agora teriam de aguentar toda e qualquer dor de cabeça que o menino provocasse.

Ele só tinha pena de Marga.

- Você acha que a minha consequência é não saber que tenho uma consequência? – A morena perguntou completamente confusa, enquanto sentava num banco perto do loiro, que imediatamente ficara tenso.

Margarida já havia ficado calada demais naquela sala, porque era realmente difícil de acompanhar quando dois gênios paravam para conversar, mas agora era dela de quem estavam falando.

Ela merecia saber.

- Na verdade, acho que você pode estar com algum bloqueio. Talvez não tenha a ver com a consequência. Algum trauma recente? – Daniel perguntou, sentando se frente para a menina.

- Eu... Na verdade, eu não consigo lembrar de muita coisa. Quase nada, na verdade. – Ela confessou baixinho, e Jorge trincou o maxilar.

- Amnésia? Isso é interessante. – Daniel falou, arregalando os olhos, e começando a escrever compulsivamente em sua prancheta.

- Jorge... É Jorge, né? – Margarida perguntou, e o garoto assentiu contragosto. Não só porque ela não lembrava seu nome, mas por que ele não queria falar com ela. Não podia. – Laura disse que você podia me ajudar.

- Ela disse? – O loiro arqueou a sobrancelha, se sentindo completamente irritado.

- Sim.

- Bom, ela está enganada.

- Mas você tem o poder da empatia, não é? Laura disse que você conseguiria me ajudar, porque ela ainda não conseguia domar esse tipo de poder muito bem. Diferente de você. – A morena apresentara os fatos, teimosa que só.

Uma coisa Jorge podia dizer: Ela era uma das garotas mais determinadas que ele já conhecera. Com, ou sem memória.

- Margarida, receio que não poderei te ajudar. – Jorge tentou novamente, vendo que ser rude não adiantaria.

- Na verdade, acho que você pode. – Daniel levantou os olhos para os dois, e depois voltou para o caderno. – Droga, vou precisar de um assistente.

- Ele disse que você pode. – Marga falou, com os olhos pidões.

- Margarida...

- Por favor, eu prometo que não vou ser tão chata, se é o que te preocupa.

- Isso não...

- Por que você não quer me ajudar? – Ela perguntou, fungando um pouco, e Jorge se sentiu a pior pessoa do mundo.

Que merda, ele nem se importava com isso, mas ela fazia com que ele se importasse.

- Tudo bem, só não fica me olhando com essa cara. – Ordenou mal-humorado, e levantou do banco em que estava.

- Prometo! – A morena beijou os dedos cruzados, e ele achou aquela atitude completamente infantil e completamente Margarida.

Que aquilo não fugisse de seu controle.

E ele teria uma longa conversa com Laura sobre a frase “Seu segredo está guardado, Jorginho”.

Ela parecia não saber o significado.

                                                                       ...

Ele alisava os cabelos dela calmamente, o que era bem irônico, contando que ela era a pessoa menos calma que ele conhecia, e ele tinha o seu poder como a palavra mais longe de “calma” possível.

Mas funcionavam assim.

- Você também tem medo? – Davi ouviu a voz de Valéria soar do nada, e engoliu em seco, sabendo do que a menina falava.

- Acho que todo mundo tem um pouco, Val.

- É tão merda. – Ela murmurou baixinho, e ele concordou.

- Mas a gente vai passar por isso, uh?

- Não sei não, Davizinho. Dessa vez eu acho que a gente tá mesmo encrencado. Não tem como fugir. – Ela falou, deixando a calmaria de lado, e sentando ao lado do namorado.

- Você precisa ficar calma, Val. Não dá pra saber do futuro.

- Nesse caso dá, dá sim. E pode relaxar, eu não vou surtar. De novo. – Acrescentou baixinho, encostando as costas no peito do garoto de cabelos cacheados.

Nem todas as consequências eram físicas.

As dela, por exemplo, eram emocionais. Bipolaridade crises de raiva eram algo que ela não podia controlar muito, principalmente quando as coisas não iam de acordo com o que planejava.

Ela tinha controle do clima, e queria ter controle de tudo ao seu redor também.

Infelizmente não era possível, e então seu cérebro entrava em colapso.

- Você sabe que não tem culpa. Não fica com essa cara, Val. – O menino puxou o rosto dela para si, dando um beijo em seguida.

Ele se sentia muito mal de ver a namorada daquele jeito, mas também se sentia bem em saber que era um dos únicos que conseguiam a acalmar.

- Bom, não quero falar sobre isso. Você precisa comer agora, sabe que já está quase na hora. – Ela se levantou, pegando uma barra de cereal, que sempre tinha na mochila.

Metabolismo acelerado.

Acelerado demais.

Se ficasse por mais de três horas sem comer, Davi desidratava e então... Bom, não precisava ser um gênio para saber o que aconteceria.

- Ainda bem que eu tenho uma namorada linda pra me lembrar, né? – Ele sorriu maroto, e ela piscou de forma divertida.

- Querido, sorte sua que ser controladora tá no meu currículo. – Valéria sorriu marota, entregando a barra de cereal ao namorado, que apenas riu em negação.

Eles realmente funcionavam bem juntos, e ele não conseguia pensar em como isso seria diferente.

                                                                      ...

“Fica quietinha, vai... A mamãe promete que te deixa ir brincar depois disso”.

Aquela frase perturbadora ecoava na mente de Paulo toda vez que ele fechava os olhos.

O rosto da mulher era absurdamente parecido com o de Alicia, mas o olhar era completamente diferente.

Era medonho.

- Ok, a gente precisa conversar. – Ele explodiu, entrando com tudo no quarto da irmã e da colega de quarto.

Havia encontrado com Mário e Marce no jardim, então sabia exatamente onde Alicia estava e que melhor: estava sozinha.

- O que você quer, cara? – A voz da morena era cansada, mas ele pouco se importava.

Estava angustiado, estava irritado e culpava ela por isso.

Ok, ele também a entendia um pouco, mas ele queria despejar aquilo.

- Eu não suguei só os seus poderes, Alicia. Eu suguei suas memórias. Provavelmente as piores delas. – Ele confessou, vendo a boca da morena escancarar.

- Você o quê?! – Ela perguntou perplexa, e um pouco alto demais.

- Não grita, eu tô com dor de cabeça, merda! – Ele também elevou o tom de voz, o que foi idiota e meio contraditório.

Mas era assim entre os dois.

Ficavam perto um do outro e pronto, parecia que o QI abaixava e eles voltavam a ser duas crianças do maternal.

Os argumentos com certeza eram usados por crianças.

- O que você veio fazer aqui? Sério, eu não tô com cabeça pra você hoje. – Ela suspirou derrotada, vendo que em menos de uma semana conhecia mais Paulo do que outras pessoas com quem ela havia estudado por anos.

E aquilo era muito ruim, porque ela definitivamente não simpatizava nadinha com o garoto à sua frente.

- E quando você tá?

- Tem razão: Nunca. Por isso, por favor, cai fora.

- Eu cairia, se eu conseguisse ao menos fechar os olhos sem ver o rosto daquela mulher. – Ele despejou na lata, fazendo Alicia arregalar os olhos.

- Que mulher? – Perguntou num fio de voz, vendo Paulo sentar na cadeira, com os ombros curvados.

Ele parecia tão cansado quanto ela.

- Acho que você sabe do que eu tô falando.

- Eu realmente não sei o que fazer sobre isso, Paulo. Caso eu soubesse, isso não me assombraria, e então, não te assombraria. – Alicia confessou, encostando-se na cabeceira da cama.

O que poderia fazer?

Mentir?

Gritar?

Pedir pro outro sair?

- Você precisa superar isso, ou a gente vai ter uns pesadelos sinistros.

- Por que você foi mexer com isso, hein? – Ela perguntou com raiva, e uns objetos que estavam na penteadeira caíram no chão.

Ela precisava se controlar.

- Eu realmente preciso te lembrar que foi você que se voluntariou?

- Eu pensei que você ia sugar meus poderes, não dar uma de professor Xavier. – Não era que podiam assistir X-Men naquele lugar?

- Isso é tão merda pra você, quanto pra mim. – Paulo garantiu, e Alicia deu de ombros.

- O que você quer fazer, então?

- Eu preciso que você tente superar isso, extravasar essa raiva, esse medo... Isso tudo. – Ele listou, fazendo uma careta.

É, ele entendia.

Era irônico, era esquisito, e era uma total afronta, mas Alicia Gusman não podia negar que, no momento, Paulo Guerra era o único no mundo todo que a entendia.

Uma merda. 


Notas Finais


LEIAM
LEIAM
LEIAM
EXTRA!
EXTRA!
EXTRA!
GANHE UM IPHONE SE LER.
PERCA O BV ESSE ANO.
DEIXE DE SER CARENTE.
FIQUE RYCO.
BASTA LER.
Galera, eu escrevi esse capítulo morrendo de dor, porque eu literalmente estou esperando amanhecer para ir pro hospital.
Não tenho carro, e minha mãe estava muito desesperada, porque eu estava chorando de dor, e não consigo andar para ir pro ps.
Resolvi escrever, porque minha irmã gosta muito da fic, e disse que poderia ajudar a passar o tempo.
Ajudou.
Daqui a pouco eu devo ir pro ps, e não sei se vou ficar internada, mas isso já tem sido rotina na minha vida.
Bom, felizmente descobrimos o que eu tenho, e infelizmente é uma merda.
Eu tenho Lúpus eritematoso sistêmico e isso afeta não só meus órgãos internos, como me dá muitas dores nas articulações.
Como agr, que eu nao to conseguindo andar de dor nas pernas.
Eu não sei como vai ser, mas eu NÃO vou abandonar a fic, E NEM PRETENDO.
Amo ocês tudo, e prometo responder os lindos comentários.
Por favor, quem acredite em oração, ore por mim. Quem reza, reze. Quem não acredita em nada, só torce pra eu ficar bem <3
Eu tô precisando, juro que tô.
Obg por tudo, gente <3
O IPHONE É MENTIRA.


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