História Leah e Damon A Flor e O Beija Flor

Sinopse:
Leah:
Eu já estava tão cansada de tudo aquilo, de vê-los juntos, de olhar ao redor e ver todos vivendo seus "felizes para sempre" enquanto eu ainda era obrigada a baixar a cabeça e obedecer. Estava saturada sofrer ao ver eles juntos, de ser apontada como a loba amargurada de novo e de novo, tendo que esconder minha dor com palavras ácidas e irônicas.
Eu não podia aguentar mais, todo aquele cansaço me deixou como um sol saturado, a dor derramava toda vez que a minha cabeça encostava no travesseiro gotejando como uma pia transbordando. A sensação era sempre tão doentia, eu precisava me libertar de tudo aquilo, precisava desesperadamente salvar a mim mesma por que ninguém mais faria isso por mim.
Tinha que me lembrar que mesmo que estivesse rasgada em cada extremidade, eu ainda era uma obra prima. Esqueça tudo que acha que sabe, porque essa história é minha e eu estou rasgando as páginas e quebrando os vidros de tinta!

Damon:
Eu não aguentava mais viver nesse ciclo interminável amar, cuidar, proteger e depois ainda assim ser o vilão da história. Tente outra vez e todo ciclo se repete, denovo, denovo e denovo, uma e outra vez, cometa erros, seja julgado, se culpe e os carregue para sempre.
Tente e falhe, para ser apontado como um caso perdido, tente e consiga, seja ignorado e no fim o resultado ainda será o mesmo. Enlouqueça sedendo a mistura ácida de seus instintos, dor, mágoa, raiva e loucura e quando acordar será o monstro. Seja chamado assim por tempo suficiente que você mesmo vai começar a acreditar no que eles dizem, tente provar que estam errados, tente fazer melhor e então do começo faça tudo outra vez.
Não era eu o assassino em série, mas era eu a ser apontado como o sanguinário descontrolado, não era ele a ama-lá além de um feitiço de atração de duplicatas, mas foi ele que ela escolheu uma e outra vez. Eu estava tão cansado, passei tanto tempo apenas tentando e falhando desde que me lembro, estava tão cansado, sempre cansado, havia passado da hora de quebrar aquele maldito ciclo.

Naquele dia não era eu que estava errado pra falar a verdade também não estava certo, não estava nada além de cansado, sequer havia ódio. Apenas parti, eu precisava me libertar, sem olhar pra trás, me desligar não era fugir de tudo como um covarde, não era uma fuga, não dessa vez.
Era apenas ir e pela primeira vez atravessaria com coragem e fecharia a pia esquecida, Deus sabe a quanto tempo ela estava tranbordando e gotejando de dor. Eu precisava me curar e concertar minhas peças quebradas, uni-las e me tornar eu mesmo, pela primeira vez em muito tempo.