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História Legado Lestrange - Inversão de Papéis


Escrita por: venus89

Notas do Autor


Olá, amores! Desculpem, eu sei que prometi um capítulo por dia, mas eu estive muito ocupada.
Para compensar, eu queria mostrar pra vocês a página que eu criei pra fanfic. Vai ter várias curiosidades lá sobre os personagens e sobre um monte de outras coisas. Passem lá depois. Ainda está em construção e eu vou adicionar muita coisa ainda, mas mesmo assim, passem por lá! =D
Beeeijos da Tia Vênus!
Deixarei os links nas notas finais! =D

Capítulo 21 - Inversão de Papéis


1996

Expresso Hogwarts

Estava calado, amuado, desgostoso. A mão enfaixada, pois a tinha cortado. Não deixara que a mãe o curasse. Tinha quebrado a garrafa de whisky que tinha ganhado do pai e acabara com um corte muito feio na mão. Não queria que fechasse rápido. Queria que a dor o lembrasse para sempre.

Ele odiava o pai. Odiava. Ele roubara sua irmã. A levara para longe, sabe-se lá o porquê.

Quando sua mãe soube, caiu na bebedeira, se achando a culpada. Como ela seria culpada? Como alguém iria imaginar que ele entraria na casa e levaria Alhena na calada da noite, sem ninguém perceber?

Seu avô estava tão arrasado que ficou doente. Não saía mais da cama. Sua avó estava super preocupada com ele. Por isso era Lupin quem vinha levá-lo para a estação. Sentia a mão do homem em seu ombro, de maneira gentil.

–Nós vamos achar Alhena. Não se preocupe, está bem? – perguntou Lupin pela vigésima vez – Nós já sabemos onde ela está e já estamos bolando um plano para resgatá-la. – Rasalas apenas concordou em silêncio, apesar de não acreditar naquilo. Suspeitava que Lupin só falava aquilo para tentar alegrá-lo. Aquele natal tinha sido um pesadelo – Vamos nos sentar ali? Chegamos muito cedo. – disse Lupin apontando para um banco. Apenas deu de ombros e o seguiu. Se sentaram e suspiraram ao mesmo tempo. Olhava para o trem com desânimo, sem querer voltar para a escola. Sua mãe não estava bem e nem o avô... e a situação o deixava completamente alarmado. Lupin pegou um chocolate do bolso do casaco e lhe ofereceu metade. Aceitou sem hesitar. Lupin sempre tinha deliciosos chocolates. Mordiscou sua metade e se esparramou mais no banco de madeira – E então... você e Gina? Estão bem? – perguntou Lupin, casualmente.

–Sim. – respondeu ele – Ela é legal. – disse dando de ombros – É muito bonita e duela bem.

–Vocês começaram a sair por conta do seu grupo secreto de DCAT? – perguntou Lupin com um sorriso gentil. O olhou levemente surpreso.

–Como sabe da AD?

–Harry contou para Sirius, que me contou. Eu inclusive dei alguns livros pro Harry, de natal, para ajudar com as aulas. – riu Lupin. Rasalas soltou um suspiro.

–Pode crer.

–Vai ser difícil para você continuar treinando com a mão desse jeito... e o quadribol, como vai ficar? – perguntou Lupin olhando para a mão dele. Rasalas olhou a mão enfaixada e concordou.

–Vou falar com Madame Pomfrey quando chegar em Hogwarts e eu tiver certeza de que meu pai não vai aparecer para falar comigo. – murmurou sentindo aquela onda de raiva que agora passara a dominá-lo sempre que pensava no pai.

–Acha que a Sonserina tem chances esse ano? – perguntou Lupin, casualmente.

–Eu espero que sim. – disse dando de ombros.

–Bem. Harry me contou que você jogou sujo no último jogo. – riu Lupin. Rasalas não conseguiu ficar sério. Seu sorriso insolente brotou em seu rosto.

–Sonserina, não é? – perguntou dando de ombros. Lupin deu um sorriso e bagunçou seus cabelos.

–Só você, Rasalas.

Rasalas se permitiu rir.

–E você e Tonks?

–O que tem a Tonks? – perguntou Lupin o olhando.

–É muito óbvio.

–O que?

–Ela está caidinha por você. – riu Rasalas. Lupin piscou surpreso.

–Está? – perguntou ele chocado.

–Está sim. Acredite, eu sei como uma garota fica quando está gostando de alguém. – riu Rasalas o olhando de rabo de olho. Lupin corou de leve e coçou o queixo.

–Eu achei que Sirius estava apenas tirando uma com a minha cara... vocês combinaram isso? – perguntou ele.

–Não. Mas o que vai fazer a respeito? Desistiu da minha mãe? – perguntou Rasalas.

–Sua mãe não quer nada comigo, infelizmente. – suspirou Lupin. Rasalas soltou um muxoxo.

–Que droga... eu queria que vocês ficassem juntos. – murmurou desapontado. Lupin o olhou curioso.

–Mesmo?

–Sim. Você é legal... – murmurou Rasalas – Queria ter notado isso antes.

Lupin o olhou com carinho. Sempre achou que seria estranho receber um olhar daqueles de um homem, mas não foi. Baixou os olhos, entrelaçando os dedos e Lupin fez o mesmo.

–Eu queria ter tido um filho igual a você. – murmurou Lupin – Sem tirar nem por... – adicionou ele, colocando a mão em seu ombro. Rasalas sorriu e falou sem conseguir conter.

–Eu queria que você fosse meu pai. – murmurou com um nó na garganta. Lupin passou o braço ao redor de seu ombro e o sacudiu de leve. Rasalas fingiu que tinha um cisco em seu olho, para disfarçar uma lágrima solitária e Lupin foi gentil o suficiente para olhar para o outro lado, na mesma hora – Eu fui tão idiota... idolatrando ele... Um assassino... ele é um assassino maluco. Que apoia o Lorde das Trevas... e agora ele sequestrou a minha irmã... e se ela ficar perto do meu tio? E se ele fizer algo ruim com ela?

Lupin pareceu ficar tenso. Ele o olhou surpreso.

–O que você sabe sobre Rodolfo?

–Sirius me contou... o que ele fez com a minha mãe. Contou tudo. – explicou Rasalas – Se ele tocar num fio de cabelo da minha irmã...

–Eu tenho certeza de que Rabastan não permitirá. Ela é filha dele, afinal.

–Ele não liga pra nós. – sussurrou Rasalas, magoado – Ele só liga pro mestre dele. – Soltou um suspiro, sentindo o ar faltar – Eu disse para ele que nunca iria perdoar se ele voltasse a seguir aquele lunático. Mas ele foi assim mesmo. – fez uma pausa, olhando para a mão machucada – Eu sempre achei que ele se importava com a gente... mas ele não se importa. Não se importa mesmo. A Lena tá doente e ele levou ela embora assim mesmo...

Lupin ficou calado durante alguns segundos e então colocou a mão em seu ombro novamente.

–Seu pai se importa com vocês, Rasalas... só que ele ainda não sabe como lidar com isso... lembre-se que ele ficou muito tempo em Azkaban e...

–Sirius também ficou. Mas ele sempre está lá pro Harry. E ele nem é o pai dele...

–Mas antes de se preocupar com Harry, ele só tinha espaço para pensar em se vingar de Pettigrew. Seu pai pensa em vocês. Provavelmente ele acha que Alhena estará mais segura com ele. Por isso ele te deixou aquele bilhete.

–Protegendo ela como? Deixando ela com aquele monte de malucos assassinos? – perguntou zangado – Enquanto ele sai por ai para torturar trouxas?

Lupin soltou um suspiro.

–Eu não sei o que passa na cabeça dele... mas ele nunca foi pai de vocês, realmente. Ele está aprendendo agora.

–Você nunca foi pai de ninguém, mas mesmo assim parece saber o que fazer melhor do que ele. – resmungou Rasalas. Lupin sorriu de lábios fechados, parecendo tocado pelo o que tinha dito – Não tente defender ele, Lupin. Não tente.

O homem concordou em silêncio.

–Ok. Não vou.

–Como a minha mãe pode um dia gostar de um babaca que nem ele?

–Mas você gostou um dia, não gostou? – perguntou Lupin, com um sorriso.

–É completamente diferente e você sabe! – resmungou com uma careta – Eu era só um garoto carente querendo um pai.

–Sim, eu sei... eu sei... – ele deu uma risadinha – Eu queria ter resposta para essa sua pergunta, mas eu não tenho... eu me perguntei isso durante muito tempo, na verdade... sempre achei Rabastan arrogante e preconceituoso... mas sua mãe não era exatamente muito cabeça aberta pra esse tipo de coisa, na época. – Rasalas olhou para Lupin, surpreso – Ela não era a favor de matar os trouxas, ou de purificar o mundo bruxo... nem essas asneiras... mas um dia ela e Lílian brigaram...

–Quem é Lílian?

–A mãe do Harry. – respondeu Lupin – Ela era nascida trouxa. Sempre que sua mãe ficava com raiva, murmurava ofensas para ela. Várias vezes ela a chamou de sangue ruim... isso antes mesmo de sair com Rabastan... – Rasalas o olhou surpreso – Eles eram parecidos em muitas coisas, se você parar pra pensar...

–Por que você não pegou minha mãe na escola?

Lupin deu uma risadinha sem jeito.

–Eu fiquei intimidado. Sua mãe era toda cheia de atitude... ela queria sair comigo, mas eu não tive coragem... por... por conta do meu problema, sabe? Eu tinha medo de prejudicá-la... – Lupin suspirou – Eu fui bobo... ela nunca ligou pra isso... eu acho que teríamos dado certo... ou eu gosto de pensar que teríamos...

Rasalas suspirou e concordou.

–Eu... – mas o trem apitou.

–Opa... hora de ir. – murmurou Lupin – Ou você quer ficar aqui? Mais um pouco?

Rasalas suspirou.

–É melhor eu ir.

–Ok. Eu te deixo lá na porta. – disse Lupin amigavelmente.

Andaram lado a lado, até a entrada, onde a horda de alunos se preparava para voltar para a escola. Abraçou Lupin e recebeu uns tapinhas amigáveis nas costas. O homem ainda bagunçou seus cabelos mais uma vez, antes de falar:

–Se cuide.

–Cuida da minha mãe enquanto eu estiver na escola. – pediu Rasalas, com preocupação.

–Vou cuidar, não se preocupe. – prometeu ele.

Sentindo-se ligeiramente mais leve, puxou o malão, a tempo de ver um aluno da Corvinal abraçar o pai e ter seus cabelos bagunçados por ele. Então é assim que sempre acontece... quando se tem um pai de verdade... ele pergunta sobre o quadribol, sobre garotas, dá conselhos, conforta, faz piada... nada sobre Lorde das Trevas, ou causa puro sangue...

Soltou um muxoxo e procurou uma cabine vazia. Se sentou e soltou um suspiro, preocupado com a irmã. Só esperava que a encontrassem e a trouxessem de volta o quanto antes.

Quando chegou em Hogwarts, Gina pulou em seus braços. Quis levá-la imediatamente para um canto escuro, mas os irmãos dela o olhavam com alguma censura. Então apenas jantou com ela, na mesa da Grifinória. Tirou um pouco de onda com Harry por ele precisar de aulas extras de poções com Snape e então chamou Gina num canto.

–O que foi? – perguntou ela.

–Quer dormir comigo essa noite? – perguntou com um sorriso safado. Gina o olhou ponderando.

–Como? Na Sala Precisa?

Tinha pensado no dormitório... mas a Sala Precisa parecia um lugar melhor. Não sabia até que ponto seus amigos poderiam ser idiotas.

–Sala Precisa. – concordou.

Gina mordiscou o próprio lábio.

–Ok, mas... mas vai ter que se comportar. – disse ela sorrindo marota.

–Eu sempre me comporto. – disse sorrindo.

Gina sorriu de volta, arqueando a sobrancelha.

Foi realmente difícil escapulir com ela, mas conseguiu.

–Você tem irmãos demais, sabia? – perguntou franzindo a testa enquanto se esgueiravam num corredor. Ela apenas sorriu. Chegaram no corredor da Sala Precisa e Rasalas pensou que precisava de um lugar para passar a noite com a namorada. Logo a porta apareceu e os dois entraram. Ele trancou a porta e só então parou para prestar atenção.

Estavam num quarto modesto. Com uma cama de casal, cheia de pétalas de flor. Havia um banheiro simples. No quarto tinha uma prateleira cheia de poções. Gina caminhou até lá e ficou lendo os rótulos.

–São perfumes. – riu ela – Menos esse. – ela se virou com um frasco de poção azul escuro – Isso é chá de lua.

Ele sabia pra que servia chá de lua... para evitar gravidez.

–Vamos precisar disso? – perguntou ele com um sorrisinho, se aproximando dela.

–Eu não vou dizer que não. Mas eu não ficaria assim tão esperançoso, ouviu? – perguntou ela, sorrindo.

–Ouvi. – disse rindo – Eu só quero passar um tempo com você... só nós dois. – murmurou a olhando nos olhos.

Mas era óbvio que ele não queria ficar só nos beijinhos.

Puxou a namorada pela cintura e a beijou com volúpia. Estava louco para, como diziam os trouxas, avançar o sinal. A deitou na cama e a mordiscou no lábio. Gina sorriu e o mordiscou de volta, em seguida. Ficou de joelhos em cima dela e tirou a camisa. Ela o olhou com desejo e ele jogou a camisa no chão.

Deitou-se sobre ela, para beijá-la novamente. Passou as mãos pelas coxas finas dela e as apalpou com desejo. Abriu as pernas dela para se encaixar melhor e a empurrou com o quadril, arrancando um delicioso gemido dela. A foi beijando pelo pescoço, notando que ela usava a gargantilha que ele tinha dado. Suas mãos subiram para os botões da blusa dela, os desabotoando, um por um. Sorriu para ela e a ajudou a tirar a camisa, adorando o modo como ela corara.

Gina não era de corar.

O colo sardento dela era lindo. Ela tinha mais peito do que Hermione tivera quando se agarrara com ela no baile de inverno. Gina usava um sutiã branco com uma borda cor de rosa. Ela muito bonito e sexy, apesar da cor. A beijou na barriga e no umbigo, fazendo-a gemer novamente. Suas mãos foram para os botões da calça jeans, mas ela o segurou apreensiva.

–Calma... muito rápido... – murmurou ela.

–Eu só quero te ver. – disse sorrindo, cheio de desejo – Não vou fazer nada que não queira...

Ela corou novamente e deitou a cabeça no travesseiro. Entendeu aquilo como consentimento e desabotoou a calça. Ficou de joelhos novamente, para tirar o tênis que ela usava. Os jogou no chão e então puxou a calça dela, a despindo. Ela usava uma calcinha no mesmo padrão do sutiã.

Voltou a beijá-la na barriga, amando como ela se arrepiava. Desceu os beijos para o ventre dela e o roçou o nariz no pano da roupa de baixo. Gina gemeu mais uma vez, arqueando as costas, de leve. Sorriu, achando-a arisca. A beijou na virilha e na coxa. A mordiscou com certa força e então a olhou, se divertindo. Ela sorriu para ele, com o rosto corado. Subiu pelo corpo dela, com as mãos e a tocou por cima do sutiã, enquanto a beijava no pescoço. Com as mãos já acostumadas com aquela travessura, a apalpou de maneira a arrancar outro gemido dela. Ficou naquilo por um tempo, para acostumá-la, encorajá-la, deixá-la desejando mais e mais. Teriam a noite toda. Nenhum professor iria aparecer e ninguém descobriria a Sala Precisa.

–Gina... – sussurrou no ouvido dela, a alisando pela pele macia. Passou as mãos pela curva da cintura dela – Eu quero você...

Ela engoliu em seco e ele a beijou apaixonadamente. Sentiu a mão dela o puxar pela nuca, para aprofundar o beijo. Se deitou sobre ela, colocando seu peso sobre os cotovelos. Sentiu as unhas dela o arranharem de leve pelas costas, o atiçando inteiro. A mão dela passeou pela linha de sua coluna e parou em sua bunda. Não ligou. Gostou do toque dela.

–Ras... – murmurou ela num gemido sem fôlego.

–O que?

–Eu quero te ver também. – pediu ela. Rasalas sorriu para ela e a beijou novamente. Gina escorregou as mãos pelos seus quadris, procurando pelo botão de sua calça. Ela se atrapalhou um pouco com eles, mas depois de algumas tentativas conseguiu desabotoar. Sentiu um instantâneo alívio com isso, pois suas calças já estavam apertadas pelo volume de sua excitação. Tirou os sapatos com os pés e sentiu Gina empurrar sua calça para baixo.

Se deitou na cama, de barriga para cima e Gina ficou de joelhos, ao seu lado, o ajudando a se livrar da calça. Ela o olhou por inteiro. Seu peitoral, seus braços definidos pelo quadribol, a barriga magra, os cabelos que formavam uma linha pequena do umbigo até se perder em sua roupa debaixo. Ela o olhou um tanto assustada ali, onde o volume já estava em seu máximo, quase querendo fugir do tecido branco da cueca.

Gina o tocou na barriga e foi descendo os dedos, lentamente. Sentiu todos os pelos de seu corpo se arrepiarem. Olhava a reação dela, mas quando ela o tocou por cima do pano, fechou os olhos, jogando a cabeça para trás. Soltou um gemido quando ela o pressionou com a mão, prestando atenção nos contornos de sua anatomia por baixo do pano.

Sentiu a namorada se aproximar e voltou a olhá-la. Ela o beijou na barriga e foi subindo os beijos até encontrar seus lábios. Ela se deitou completamente em cima dele. A apertou com luxúria na bunda, a puxando contra si, perdido em desejo. Ela o beijou apaixonadamente e ele retribuiu o beijo, completamente louco por ela. Queria se afogar naqueles lábios macios. Passou as mãos pelas costas dela, até encontrar o fecho do sutiã. Com os dedos trêmulos, o abriu. Levou as mãos até os ombros dela e empurrou para baixo, para retirar a peça. Gina sentou em seus quadris e ele retirou o sutiã, achando os lindos seios sardentos dela simplesmente maravilhosos. Engoliu em seco a admirando. Os seios empinados, com aquela linda auréola cor de rosa. Os ombros sardentos, cobertos pelos compridos cabelos cor de fogo. A barriga lisa, o umbigo delicado e as pernas finas, flexionadas para trás.

–Você é linda. – sussurrou hipnotizado. Gina sorriu e segurou suas mãos. Ela beijou uma e depois a outra e então as colocou sobre seus seios.

Rasalas se sentou e a beijou novamente nos lábios, massageando com desejo os dois seios dela. Desceu os beijos para o pescoço dela e a chupou ali com força. Ela arfou e moveu os quadris em cima dele fazendo-o gemer. Apoiou a testa no ombro dela, completamente arrepiado pelo movimento do quadril dela. Sentiu os braços dela envolverem seu pescoço e o puxar contra ela. A beijou no ombro e então afundou o rosto entre os dois seios dela. Beijou um, passeando a língua pela auréola, depois o outro, o sugando de leve.

Gina soltou um sonoro “Oh”, e ele voltou a deitá-la na cama. Nunca tinha feito aquilo, mas era fazendo que se aprendia. Escorregou a mão pela barriga dela e colocou o tecido da calcinha de lado. A tocou então, apreciando o quanto ela estava molhada. Gina gemeu de maneira deliciosa e ele colocou um dedo dentro dela, observando o rosto dela se contorcer de tesão e prazer. Quando colocou o segundo dedo, ela gemeu ainda mais e o segurou nos ombros. Mexeu os dedos, tentando aprender com o corpo dela como ela gostava mais. A cada gemido dela, a cada vez que ela esfregava as pernas uma na outra, a cada unhada em seus braços, costas e costelas, sentia que estava mais próximo do próprio limite.

Segurou a mão dela e a guiou para si, para que ela retribuísse o toque. Não o fez de maneira exigente, mas delicada, num pedido. Quando ela o tocou com as pontas dos dedos, soltou um gemido rouco.

Gina baixou sua roupa de baixo, para segurá-lo com firmeza. Ao se sentir abraçado pela mão dela, deitou a testa na testa dela. Segurou a mão dela com delicadeza, a guiando no movimento.

–Assim... – sussurrou baixinho – Assim...

Gina o mordiscou na orelha e continuou com aquela carícia. Retribuiu amando cada gemido que ela dava.

–Está bom assim? – perguntou ela com a voz baixa, num sussurro sem fôlego.

–Está ótimo, Gina... está ótimo...

Gemeu mais uma vez no ouvido dela e a beijou apaixonadamente. Pegou a calcinha dela e a tirou, para conseguir acariciá-la mais facilmente. Voltou a provocá-la com os dedos, amando cada segundo daquilo. Se posicionou entre as pernas dela e se preparou para fazer o tão sonhado sexo, mas ela o segurou no peito.

–Não... por favor... – murmurou ela timidamente.

Achou que ficaria zangado, mas não ficou. Sorriu e concordou, a beijando na testa. Voltou a tocá-la e se contentou em ser tocado. Quando estava para chegar no ápice, segurou a mão dela.

–Espere. – murmurou – Eu... eu vou no banheiro terminar isso...

–Ok...

Se levantou da cama e correu para o vaso. Apoiou-se na parede e terminou o serviço ali soltando um gemido rouco. Respirou fundo e sorriu extasiado. Nunca tinha tido um orgasmo tão intenso. Se aprumou e lavou as mãos antes de voltar para a cama. Se deitou ao lado de Gina e voltou a beijá-la, como se nunca tivessem parado.

Ficaram naquele amasso até muito tarde, quando o sono finalmente os laçou. A abraçou com carinho e lhe deu um beijo de boa noite. Ela se acomodou mais perto dele e entrelaçaram uma das mãos. Então fechou os olhos, completamente feliz e satisfeito.

Mas sonhou com aquele dia no lago, com Daphne a se aproximar, o encarando com aqueles lindos olhos azuis. Abriu os olhos antes que ela o beijasse no sonho. Apertou-se mais com Gina, se achando um cretino.

Merda.

*

Draco olhou Rasalas suspirar. Damian olhava para ele, perplexo.

–Mas... mas ela está bem, não é? Seu pai não... não iria fazer nada ruim com ela! Ela está protegida. – perguntou Damian boquiaberto.

–Eu não sei. – resmungou Rasalas. Estavam o grupo inteiro num corredor do segundo andar. Draco estava sentado na janela. Rasalas encostado na parede, ao seu lado. Vince e Greg do outro, Damian e Blair fechando a roda. Rasalas tinha acabado de contar que sua irmã tinha sido sequestrada. – Meu pai está meio doido... – ele colocou as mãos no rosto, coçando os olhos, parecendo cansado – Eu estou tão preocupado... ela está muito doente.

Concordou mentalmente. Ela estava mesmo.

A última vez que vira Alhena, antes do recesso, foi no verão, quando ela estava simplesmente bonita, carnuda, num corpo violão de dar água na boca. Se Damian não fosse tão assumidamente louco por ela, certamente teria tentado alguma coisa... mas quando voltou para casa, para o recesso...

Alhena estava hospedada com sua família. Ela estava assustadoramente magra. Vestida com aquelas capas negras, que o pai dela tinha arrumado, parecia mais um dementador do que um ser humano. Ficou simplesmente chocado ao vê-la daquele jeito.

Seu pai tinha explicado que ela iria morar lá por um tempo e que ele tinha que ajudar Alhena a se fortalecer, pois o Lorde das Trevas teria usos para ela... e principalmente... ninguém, absolutamente ninguém, nem Crabbe, nem Goyle e nem o irmão dela, poderiam saber que ela estava ali.

Mas guardar aquele segredo de Rasalas era realmente difícil.

–Eu não acho que seu pai vai deixá-la desprotegida... – murmurou Draco. Apesar que sempre tinha Rodolfo. Sua mãe contara que, há muitos anos atrás, Rodolfo tentara pegá-la desprevenida e tentara assediá-la. Não soube ao certo o que ele tentou fazer, mas o primo dela, Sirius Black, flagrou e gritou. Ela fez o primo prometer que ele não contaria pra ninguém, pois tinha medo de que Bellatrix achasse que era culpa dela, ou que ela teria seduzido o cara. – Ele gosta de vocês, não gosta?

–Eu não sei o que passa na cabeça daquele idiota. – rosnou Rasalas, indignado.

–Não diga isso. – riu Draco, tentando descontrair – Graças ao seu pai o Blair vai ter que correr pelado nas masmorras e você vai poder escolher alguém para zoar com a Pansy. Já pensou em alguém?

Rasalas fez uma careta.

–Eu não vou escolher alguém.

–Como não? – perguntou Blair, indignado – Eu vou me foder sozinho?

–Não vou obrigar Pansy a passar por uma humilhação dessas. Simples assim. – respondeu Rasalas – Eu cresci com minha mãe e com a minha irmã... eu não iria querer que alguém fizesse isso com Alhena.

Draco deu de ombros, Damian concordou em silêncio, Blair fez uma careta e Vince bufou.

–Tinha esperanças de você me escolher. – lamentou ele.

–Isso significa que eu não preciso correr pelado?

–Ah, não. Você totalmente vai ter que fazer isso, Blair. – riu Draco – Não é, Rasalas? – o colega deu um sorriso breve e concordou com a cabeça.

–Droga. – resmungou Blair – Bem... vamos pro treino?

Rasalas e Draco concordaram.

Os três se despediram dos amigos e desceram as escadas, para irem para o campo. Colocaram a roupa de treino, ficaram meia hora escutando Miles falar sobre técnicas e técnicas e estratégias, até que foram para o campo treinar.

Era a primeira vez em muito tempo que a Sonserina tinha um time tão técnico. Normalmente eram apenas os jogadores gigantescos, com um apanhador pequeno e leve. A Sonserina sempre jogava destruindo os outros jogadores, dando tempo para o apanhador pegar o pomo.

Mas já não era mais assim.

Blair era grande, era verdade. Ele e Miles eram os maiores do time. Draco era alto, mas magro e esguio. Rasalas era alto e forte, mas não era um monstro. O mesmo valia para Montague, Avery e Yaxley.

Mas a nova estratégia vinha funcionando... Rasalas e Blair eram bons batedores, Miles era um excelente goleiro e ele era muito bom apanhador. Os artilheiros não eram ruins. A Grifinória tinha um ataque mais forte, mas podia arriscar que Sonserina e Lufa-Lufa tinham um ataque em pé de igualdade, com a Corvinal com o time mais fraco do ano. O próximo jogo era contra a Corvinal, diga-se de passagem, mas Miles parecia completamente convencido de que iriam jogar contra a Seleção Irlandesa no lugar disso. Os treinos estavam cada vez mais puxados.

Quando finalmente terminaram de treinar, Rasalas não conseguia levantar o braço, de tanta dor e Draco precisava andar com as pernas um tanto abertas demais, pois a virilha estava completamente dolorida por conta da vassoura.

–O Miles ficou louco. Tá todo mundo enlouquecendo nessa escola. – resmungou Rasalas fazendo careta – Acho que desloquei meu ombro de novo...

–Está falando sério? – perguntou Blair.

–Eu realmente não consigo levantar o braço... – resmungou Rasalas.

–Deixa eu ver. – pediu Blair – Senta aqui. – disse ele apontando para uma mesa com um abajur. Rasalas concordou e Blair segurou o braço dele com firmeza. Depois colocou o pé no ombro dele. Rasalas o olhou em pânico.

–Blair... o que você vai fazer, Blair? – perguntou o amigo, em pânico, mas Blair puxou o braço dele de uma vez e eles escutaram um estalo. Rasalas gritou de dor e olhou para o próprio braço. Blair o olhou e sorriu.

–Tenta agora?

Mas Rasalas simplesmente pulou em cima dele para chutá-lo, furioso, fazendo Draco rir. Minutos depois estavam voltando para o Salão Comunal. Blair e Rasalas levemente irritados um com o outro.

–Pelo menos agora consegue mexer o braço, seu mau agradecido. – resmungou Blair.

–Você quase arrancou meu braço fora, seu biruta!

Draco riu novamente se jogando numa poltrona. Rasalas e Blair se sentaram também. Blair na outra poltrona e Rasalas no sofá, onde Damian estava estudando.

–Céus, cara. Você só sabe estudar? – perguntou Rasalas. Damian apenas deu de ombros – Você precisa arrumar uma namorada, isso sim.

Damian piscou parecendo triste e soltou um suspiro, voltando a se concentrar em suas anotações. Draco tinha certeza que ele estava pensando em Alhena. Soltou um suspiro, se lembrando que ela estava em sua casa, sã e salva, longe de qualquer perigo, sendo ensinada pelo Lorde das Trevas em pessoa, ganhando um monte de presentes do pai, que estava louco para ficar amigo dela.

Não podia negar que Rabastan estava tentando. Ele passava o dia todo com ela, querendo saber de tudo sobre ela. E quando precisava sair, sempre voltava com algum presente. Tia Bellatrix simplesmente se apaixonou por Alhena e quando não era o Lorde das Trevas a ensinar qualquer coisa para ela, era tia Bellatrix. As duas se tornaram algo como amigas...

É como ver um rato e um gato sendo amigos... Pensou consigo mesmo. Aquilo tinha tudo para acabar em desastre... No que Alhena vai se transformar?

Olhou para Rasalas, que estava sentado de maneira esparramada pelo sofá, com a cabeça jogada pra trás. Blair se levantou, dizendo que iria tomar um banho, mas Rasalas e Draco estavam simplesmente cansados demais para saírem do lugar.

Os minutos passaram, sem que a coragem para levantar aparecesse e logo as meninas apareceram. Pansy, que agora estava super amável, temendo o castigo dos sete minutos no paraíso, se sentou com Emília um tanto longe deles. Mas Daphne se aproximou, ficando em pé logo atrás de Damian.

–Já terminou a tarefa do Snape?

–Já. Quer dar uma olhada? – perguntou Damian mexendo em seus papéis, provavelmente procurando a tarefa.

–Depois. – respondeu Daphne – Você parece concentrado agora. Pode terminar de fazer o que você...

–Ok. – cortou Damian voltando a pegar seu material de DCAT.

Daphne escorregou mais para a esquerda, onde Rasalas estava sentado, com a cabeça para trás e a boca meio aberta. Jurava que ele tinha dormido. Daphne riu, olhando para o garoto e isso serviu de confirmação. Ela soltou um suspiro e baixou a cabeça. Por um momento achou que ela iria beijá-lo. Ficou olhando, atento, com um sorrisinho no rosto.

Daphne colocou as duas mãos nos ombros de Rasalas e os apertou. O garoto gemeu e sorriu contente, parecendo ainda estar dormindo. Daphne tamborilou os dedos pelo pescoço dele e ele sorriu de novo, apreciando o toque dela. Ela continuou com aquela massagem nele e Rasalas se remexeu como um gato que estivesse gostando de algum cafuné.

Daphne desceu as mãos pelos braços dele, os massageando e Rasalas abriu os olhos. Daphne se curvou sobre ele e os dois se encararam. Jurou que eles iriam se beijar. Rasalas riu para Daphne e a acariciou na nuca. Abriu a boca, surpreso, mas o amigo suspirou e a apertou no nariz, para se levantar em seguida.

–Hum... Banho... isso... – disse ele, corando e colocando as mãos nos bolsos. Depois saiu quase correndo para os dormitórios.

–O que raios foi isso, Greengrass? – perguntou Draco, com um sorriso.

Daphne soltou um muxoxo e se sentou no sofá.

–Não foi nada. – resmungou ela.

–Você ainda gosta dele, não gosta? – riu Draco. Daphne corou e até Damian parou de olhar para suas anotações – Rasalas é legal... apesar de não ter muito bom gosto... boa sorte com ele.

–Eu não gosto do Rasalas! – ralhou Daphne se levantando, ainda corada.

–Essas irmãs Greengrass... sempre tão óbvias, sempre tentando negar o que todo mundo já sabe... – riu Damian.

Draco o olhou curioso.

Irmãs?

***

Correram fugindo da chuva, rindo de se acabar. Pararam para se esconder embaixo de uma loja e Rasalas a puxou a beijando, completamente contente. Gina o abraçou ao redor do pescoço e os dois riram um para o outro.

Aquele certamente era seu melhor dia dos namorados...

Só pararam de se beijar quando Chang passou chorando por eles. A olharam curiosos, mas logo deram de ombros. Tinham coisas mais importantes para se ocupar. Cho Chang sempre estava chorando de qualquer maneira...

****

Ele viu quando Gina entrou no Salão Principal, suja de lama e água da chuva, depois do treino. Correu até ela e a girou no ar sem se importar de se molhar. Ela gargalhou, desfazendo a cara feia e o irmão dela bufou parecendo ficar ainda mais zangado. Rasalas colocou a namorada no chão e a beijou carinhosamente. Depois a olhou nos olhos.

–Jantar?

–Jantar. – riu Gina – Na mesa da Grifinória?

–É claro. – riu ele ficando de mãos dadas com ela. Se sentaram ao lado de Harry e Hermione – Oi, galera. – disse se servindo com um enorme pedaço de frango – Estou morrendo de fome... que cara é essa? – perguntou Rasalas.

–Você entende as mulheres! – disse Harry parecendo zangado. Rasalas piscou e sorriu sem jeito.

–Eu acho... que sim... na maioria das vezes... – murmurou confuso, olhando para Gina, que parecia tão perdida quanto ele.

–Como você consegue entender o que elas pensam?

–Bem... eu normalmente pergunto. – respondeu colocando mais arroz – Elas respondem, eu interpreto e é isso... mas se você me der um contexto...

–Cho queria saber se eu gostava dela, então ficou falando que outro garoto a chamou pra sair e depois falou do Cedrico! – explicou Harry parecendo simplesmente indignado.

–Hum... – ele olhou novamente para Gina – Ok, primeira pergunta... antes dela começar com isso... o que você fez?

–Nada!

–Hum... nada?

–Nada! – repetiu Harry.

–Mãos dadas? Sorrisinhos cheios de segundas atenções, secadas? Frases de duplo sentido?

Harry piscou, confuso.

–Eu deveria ficar secando a Cho?

–Eu seco as garotas. – respondeu Rasalas, mas Gina o olhou com censura – Digo... secava... secava – riu ele olhando para ela – Mas você faz o estilo tímido, Harry... as garotas pensariam que você é um psicopata. – riu Rasalas – Harry... se ela ficou falando isso foi porque você não pareceu interessado. Quando você saiu com a Cho? Foi em Hogsmeade?

–Isso. E se eu não estivesse interessado eu não teria chamado ela pra sair... – resmungou Harry.

–Harry... eu não acho que seja o suficiente... Você ficou olhando para ela, para deixá-la convencida de que você só tem olhos para ela? Ou ficou olhando para os lados, nervoso demais pra olhar pra ela? Pegou na mão dela? O que você fez?

Harry bateu na própria testa.

–Nada...

Rasalas deu uma risadinha.

–Mais sorte na próxima vez, Harry... mas vai por mim, Chang não é garota pra você. – disse colocando uma colherada de arroz na boca. Harry o olhou curioso.

–Por que não?

Esperou um pouco, até engolir, para responder. Odiava quando o cunhado falava de boca cheia, não iria fazer igual.

–Cho é uma menina romântica e cheia de carências. Você não vai aguentar uma mulher assim. Você gostaria mais de uma garota forte, decidida, independente...

–Como Gina. – disse Rony de uma vez. Gina engasgou com um pedaço de brócolis e começou a tossir.

–Sim, se ela estivesse disponível. – respondeu apertando os olhos – Você deveria tentar... a Patil. A da Grifinória. Não a da Corvinal... – riu Rasalas.

–Patil? Eu nunca nem falei com ela direito.

–Como não? Ela não foi seu par no baile de inverno? – perguntou Rasalas franzindo a testa. Harry corou de leve.

–Ah... é...

–Vocês não conversaram porque passaram a festa toda se beijando? Ou você fez o mesmo que fez com a Cho? – perguntou com um sorrisinho. Harry corou novamente, desviando o olhar – Céus, Potter... Você deveria chamar o Sirius pra conversar mais vezes quando voltar de férias. – ele disse baixinho – Minha mãe disse que ele manjava desses assuntos... se nem ele conseguir te ajudar, você é um caso perdido. – riu Rasalas. Harry deitou a cabeça nos braços, desanimado.

****

–Eu não acredito nesse filho de uma puta-sangue-ruim-dos-infernos! – rosnou Draco, olhando furioso seu exemplar do Pasquin, que Damian tinha lhe vendido.

–Eu amo Potter... Eu nunca consegui vender tanta coisa. – riu Damian contando as moedas de ouro em cima da mesa, completamente satisfeito.

Rasalas, apesar de tudo, não sabia que Lúcio Malfoy era um comensal de morte. Harry nunca tinha lhe dito.

–Draco. – murmurou ele. O amigo o encarou, enquanto Vince rosnava ameaças a Harry, lendo a entrevista. Harry tinha denunciado os pais dos dois e o pai de Greg – Por um acaso você, Greg ou Vince sabem onde está a minha irmã?

–Não. – responderam os três, furiosos demais para desviar o olhar de suas respectivas revistas. Estreitou os olhos, desconfiado.

–Eu espero que não. – sibilou zangado.

*****

Ela e Rasalas duelavam lado a lado. Ela preocupada, centrada, e Rasalas com aquele sorriso insolente de sempre. Não reconhecia os homens de máscara, mas tinha certeza de que estavam em Hogwarts.

Rasalas soltou um poderoso feitiço em um deles, capaz de partir seu feitiço escudo.

–Tome isso! Há! – gritou ele com aquele sorriso sempre insolente. Por que ele precisava ser sempre insolente? Sentiu sua varinha voar de sua mão e olhou para o comensal com quem duelava. Ele soltou mais um feitiço, mas Rasalas a protegeu – Por que não pega alguém do seu tamanho, heim? Seu saco de bosta de dragão!

–Cale-se! – sibilou o comensal. Sua voz era distorcida. Não conseguia reconhecer. Quem era? Quer era?

“Por favor, me deixe reconhecê-lo. Me deixe reconhecê-lo. Quem é? Eu preciso saber. Eu preciso saber antes que...”

–Não vou calar! Eu sou Rasalas Lestrange e eu vou... – ela arfou. Rasalas fez seu escudo, mas a magia do outro comensal foi mais forte. Ele atingiu seu irmão no peito.

“Mostre o rosto. Mostre o rosto. Por favor, me mostre o rosto!”

–Não deveria falar tanto, moleque. – Rasalas parecia estar se movendo em câmera lenta, sem conseguir se mover – Avada Kedavra!

Ficou tudo verde e ela ouviu a risada. E então Rasalas caiu no chão. Morto. Sem vida. Ela olhou para o comensal desesperada.

“Me mostre o rosto. Não termine agora não termine agora...”

Mas tudo começou a derreter e sua cabeça doeu horrivelmente.

Se sentou de uma vez, respirando rapidamente. Estava molhada de suor. Suas mãos tremiam muito e seu corpo inteiro estava tenso, doendo pelo estresse. Respirava tão ofegante, que parecia alguém com crise asmática. Fechou os olhos, segurando a cabeça e arfou, chorando.

Precisava descobrir quem era aquela pessoa. Ou então... ou então...

Lembrou-se de Rasalas cair no chão, imóvel, com a sombra de seu sorriso insolente ainda no rosto.

Se levantou angustiada e saiu do quarto. Escutou o pai roncar na outra cama, mas não se demorou ali. Saiu do quarto tremendo absurdamente. Seu coração batia acelerado. Sua cabeça doía horrivelmente.

Tremeu por conta do frio e se abraçou tentando se esquentar. Usava uma camisola apenas. Os braços nus estavam arrepiados, mas não ligou. Foi até a sala de chá e acendeu a lareira. Se sentou próxima ao fogo, esfregando as mãos. Suspirou cansada, preocupada.

Preciso descobrir logo... preciso ficar forte e descobrir quem vai matar Rasalas e então... olhou para a própria varinha. Teria coragem? Mesmo que para salvar Rasalas? Teria coragem de matar alguém?

Eu nunca errei uma previsão... será que se pode mudar o destino de alguém? E qual será o custo disso? Qual será o preço da vida do meu irmão?

–Não importa. – murmurou olhando para a própria varinha – Não importa o preço, eu vou pagar...

Respirou fundo e se abraçou novamente, tentando se esquentar. Estava melhorando mais rápido que seu pai e tia. Provavelmente por ser mais nova. Mas todos ainda diziam que ela precisava melhorar.

Mas sempre que se olhava no espelho reparava nas indesejadas gorduras. Estava com medo de voltar a ser aquela Alhena gorda, insegura, indesejada...

É besteira achar que posso voltar a ser quem eu era há três anos atrás...

Suspirou e olhou as chamas da lareira. Foi quando ouviu passos. Sentiu o coração acelerar e a pele arrepiar, sem saber quem era. Apertou a varinha com força e esperou até a pessoa se identificar.

–Sem sono?

Respirou aliviada. Era só o pai.

–Sim. – respondeu. Rabastan se sentou ao seu lado e bocejou – Na verdade... eu tive um pesadelo.

Rabastan concordou com a cabeça, abraçando os joelhos de maneira folgada.

–Quer conversar a respeito? Sou especialista em pesadelos. – murmurou ele, também olhando para o fogo. Se perguntou até onde seria sensato conversar com ele.

–Como faço para controlar o pesadelo e transformá-lo em sonho?

Rabastan deu uma risadinha triste.

–Minha vida teria sido mais fácil em Azkaban se eu soubesse fazer isso. – respondeu ele. Alhena suspirou – Eu nunca agradeci... por você ter vindo comigo. – murmurou o pai. Ela o olhou timidamente – Significou muito pra mim...

Eu só vim por Rasalas. Pensou sem conseguir encará-lo.

–Hum...

–Eu espero que um dia você pare de me bloquear... – murmurou ele – Eu sei que não confia em mim... mas um dia eu vou fazer isso mudar.

–Eu espero que sim. – murmurou calmamente – Mas acho que estamos melhorando... não acha?

Ele sorriu com os lábios juntos.

–Eu espero que sim. – respondeu ele. Sentiu seu pai tocá-la no rosto de maneira carinhosa – Você parece mais saudável... isso é bom. – ele suspirou – O que acha de escrever para sua mãe e para Rasalas?

–Não é perigoso? Eles podem descobrir onde nós estamos... – disse preocupada.

Rabastan concordou, mas sorriu em seguida.

–Eu dou um jeito de entregar a carta. – disse ele com um sorriso – O que acha?

Alhena sorriu, contente, mas então sentiu um calafrio.

–Mas... você vai ter que se arriscar?

–Eu sei me virar.

–Não... melhor não. – disse o olhando com preocupação – Se você for pego e eu acabar sozinha aqui...

Seu pai sorriu e a acariciou no rosto de novo. No início não gostava quando ele fazia aquilo, mas agora achava um afago carinhoso.

–Quando eu e seu tio éramos pequenos... nós costumávamos acordar de madrugada e tomar sorvete, com calda de chocolate, bem quente. A gente se sentava no quarto dele e tomávamos escondido, em frente à lareira... – Rabastan sorriu e passou a mão pelo cabelo – Mas quando eu completei uns doze anos... Rodolfo, além da calda de chocolate, colocou Veneno de Fada nos nossos sorvetes. Foi meu primeiro porre. – Alhena o olhou curiosa – Eu acho que um pouco de álcool iria ajudar a esquentar e a dormir depois, o que acha?

Ela sorriu sem jeito.

–Eu nunca bebi...

–Bem. Já está na idade de provar. – riu Rabastan pegando a varinha.

–Eu nunca gostei de bebidas... mamãe era alcoólatra. – Rabastan, que provavelmente estava para conjurar alguma garrafa de bebida, congelou no mesmo lugar – Ela, quando ficava muito triste, bebia até desmaiar. Eu e Rasalas tínhamos que cuidar dela... por isso a gente sempre teve uma resistência com bebidas... – Alhena soltou um suspiro – Eu não sei se quero beber... tenho medo de ficar igual a ela...

Rabastan soltou um suspiro.

–Eu entendo. – ele disse levemente desapontado... como se ele tivesse achado que tinha tido a melhor das ideias, mas tivesse descoberto em seguida que era horrível – Bem... nesse caso...

–Foi tio Rodolfo quem fez aquelas cicatrizes nela? – perguntou Alhena.

–Foi. – respondeu Rabastan – Eu e seu tio tínhamos uma relação como a sua e a da Rasalas, mesmo ele sendo bem mais velho que eu... seis anos mais velho... – ele suspirou – mas eu o considerava meu melhor amigo... – Rabastan respirou fundo e coçou os olhos – Ele... eu nunca vou perdoá-lo pelo que ele fez... ele feriu sua mãe de um jeito... eu não acho que ela voltará um dia a ser aquela mulher que ela costumava ser... quando eu a conheci...

Alhena se ajoelhou e se sentou em cima das próprias pernas.

–O que ele fez com ela? – perguntou Alhena. Notou o desgosto no rosto do pai. Ele adquiriu um ar tom sombrio que era assustador de ver.

–O que ele podia fazer de pior... – respondeu ele. Alhena se lembrou de quando Pierre a assustou na cozinha, na noite em que se beijaram pela primeira vez – É por isso que não quero que ande sozinha. Nunca. – murmurou Rabastan – Eu só confio no Mestre, aqui... em mais ninguém.

–Tia Bellatrix sabe? – perguntou Alhena, que tinha adquirido uma grande empatia pela tia.

–Eu não sei... mas não duvido. E se não souber, ela não vai se importar caso alguém conte pra ela... sua tia desprezava a sua mãe.

–Por que? – perguntou Alhena.

Rabastan soltou um longo suspiro.

–Pelos pais dela... – murmurou ele olhando o fogo – Pelo jeito diferente dela...

–Você gostava da mamãe? Desse jeito diferente dela?

Ele sorriu.

–Sim... me apaixonei por ela por conta disso, eu acho... – ele baixou os olhos – Sua mãe era diferente de todas as garotas do colégio... eu nem lembro como ela era antes de... de realmente começar a ser si mesma... ela sempre tinha sido controlada pelos pais. Mas quando eles foram assassinados, ela pode ser livre. E então começou a usar o cabelo colorido... as tatuagens... eu achava muito legal. – ele suspirou – Eu era um adolescente um tanto bobo... sua mãe me transformou em homem... – ele a olhou – E ela me fez uma tatuagem também... mas eu tinha que esconder do meu pai ou ele ficaria louco de raiva.

Alhena sorriu ao ver como o pai parecia contente em relembrar do passado. Sua mãe sempre evitara falar a respeito e ela aprendera a não perguntar sobre. Mas Rabastan não parecia se importar em falar.

–Você amava a mamãe? De verdade? – perguntou curiosa – Ou foi só uma paixão avassaladora?

Ele coçou a barba, pensando a respeito.

–Os dois, eu acho... eu realmente tive uma... – ele franziu a testa e a olhou sorrindo – Uma paixão avassaladora... – ele deu uma risadinha e ela riu também – Sua mãe era única... eu não conseguia pensar em outra coisa que não fosse ela e... bem... e ser como meu irmão... virar um soldado... lutar pela causa...

–Hum... – murmurou desviando o olhar.

–Mas... – ele respirou fundo e olhou para trás. E então ele baixou a voz, para falar num sussurro – Teve um momento... que nem mesmo na causa eu conseguia pensar... eu... eu pensei até mesmo em desistir de tudo... por ela.

–Mesmo? – perguntou chocada – Quando? Ela sabe disso?

–Eu acho que ela não sabe... – murmurou ele – Mas foi quando ela me salvou... eu estava ferido e ela me acolheu... ela pediu tanto para que eu fugisse com ela... para longe da guerra... para outro país... – ele suspirou – Eu me pergunto algumas vezes... como teria sido se eu tivesse concordado. Se tivéssemos simplesmente fugido.

–Já se arrependeu de não ter ido com ela?

–Muitas vezes... – confessou ele – Tive muitos anos em Azkaban para me arrepender de muita coisa... mas... o que eu mais me arrependi... foi daquele natal em que eu a levei para conhecer o seu avô... – ele suspirou – Eu deveria ter defendido ela... ou ao menos fugido para a casa dela... para não deixá-la sozinha no natal... se eu tivesse tido um pouco mais de coragem, nós teríamos nos casado. Eu tenho certeza que sim... – Rabastan se deitou no tapete, com a barriga pra cima.

–Rasalas iria gostar de ter tido você com a gente desde sempre... – murmurou ela – Ele sempre sentiu muita falta... de um pai. – se deitou ao lado dele olhando para o teto.

–E você?

–Eu também, é claro... – olhou para o pai – Sempre achei que não faria falta. Que minha mãe era o suficiente. Ela não era tudo, mas era suficiente... – ela sorriu para ele – Mas agora que eu estou com você todos os dias... eu realmente queria que tivesse sido sempre assim...


Notas Finais


E ai??? Curtiram???
Eu acho as cenas Lena/Rabastan simplesmente fofas... o Rabs tentando se conectar com ela e ela finalmente permitindo isso...
Ai que orgulho.
E juro que a Lena tá melhorando. Nada de vomitar, Dona Alhena Lestrange...
E o Rasalas, tadinho... eu também amo as cenas dele com o Lupin ^-^
Eu amo qualquer cena com o Lupin, porque o Lupin é um fofo *0*

Bem, comentem ai. Sério... o Próximo capítulo é o mais engraçado da história... de verdadeeeeee xD
Eu ri muito escrevendo ele... No próximo capítulo teremos:
Draco dançando de cuecas;
Rasalas bêbado;
Pansy com medinho;
Damian com momento In The Feels
Draco com uma mordida (não vou dizer onde hehehehehe)
E muito mais!
Então comentem. Só leva um minutinhoooo!!
Beijos e até a próxima!

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https://www.facebook.com/tiavenus.fanfics.9


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