Eu o via de longe. Sempre longe. Imerso em pensamentos e em ideias. Tão longe de mim quanto da realidade que o cercava.
Com um lápis em mão, trabalhava duro em composições que um dia iriam surpreender o mundo, um reconhecível talento que definitivamente deveria ser exposto. Suas letras eram obras raras que eu tive o prazer de apreciar algumas vezes - oportunidade única viver letras e melodias numa intensidade que eu nem sabia ser possível. Em suas músicas era fácil perceber que havia um sentimento em sua essência, uma mensagem por trás dos panos. Isso me orgulhava. A capacidade de transmitir tantas coisas por meio de palavras.
Eu o via concentrado. Sempre concentrado. Não havia nada que pudesse o trazer de volta a esse mundo. Nem o vento que fustigava seu rosto, remexia seus cabelos e mudava a página de seu caderno. Tampouco as vozes que gritavam perto de si. Jihoon estava absorto demais em seu fluxo para notar algo ao seu redor... Para me notar. Mas eu já havia me acostumado. Aliás, eu mesmo escolhi não ser notado. No final, sou apenas um idiota covarde.
Tão patético... Sempre patético. Uma pessoa de cabelos azuis está se escondendo por entre as árvores para observar um menino escrever. E ele gosta. E continua a observar. Ele o faz porque o menino que observa é o foco de sua admiração. Tão patético... Tão apaixonado...
Acho que ainda é muito cedo para dizer que amo esse garoto. Sinto algo com intensidade avassaladora, mas não creio que seja amor. Esse é um sentimento profundo demais para ser dito com tanta facilidade. Digo que estou irremediavelmente apaixonado. Isso está se tornando a minha doença.
Não vejo Jihoon como perfeito; mas vejo-o como luz. É exatamente esse o efeito que ele tem em mim. Raios de luminosidade que fizeram a nebulosidade da solidão se afastar de mim. E espero que pra sempre Woozi seja a minha luz.
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