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História Lego House - Um aniversário e uma decepção.


Escrita por: fireworksgirly

Notas do Autor


EU SEI QUE EU DEMOREEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI

mas olha, voltei e tá enorme né? ta enorme pra poupar o tempo fora

e se preparem pra ler muito

muito

ESPERO QUE GOSTEM <3

comentem pra tia saber que gostou hein? amo vcs

Capítulo 7 - Um aniversário e uma decepção.



Kéfera POV

Havia se passado um mês depois do ocorrido, pra ser mais exata, um mês e oito dias.
Nesse ultimo mês minhas tonturas vai e vem, mas eu evito de contar ao Gustavo, e eu ainda tenho que ir no medico, isso tá começando a me preocupar, porém, esses últimos dias nãos estão tantos.
A Bruna voltou pra casa, mas o Gustavo ficou ainda mais alguns dias comigo e depois voltamos a nossa vidinha, ele lá e eu cá. Falando em Gustavo, amanha ele fará 24 anos, e o aniversário dele caiu bem numa segunda feira, então ele combinou com os amigos que depois da aula faria uma churrascada pra não passar em branco. Os amigos dele queriam trazer umas amigas, isso não tá me cheirando bem, não sei porquê.
Era domingo de tarde e a Bruna estava me ajudando a escolher uma roupa para amanhã, e em seguida ajudei a mesma também, nós tínhamos muita cumplicidade nisso, desde pequenas e eu amo isso, ela me conhece como ninguém e sabe quando estou mal ou quando estou mentindo.
Depois de arrumarmos nossas roupas, decidimos ver um filme, mas de alguma forma eu não conseguia prestar atenção, pois meus pensamentos sempre iam em direção ao Gustavo, ele consegue mexer comigo mesmo não estando ao meu lado.
Eis que meus pensamentos foram interrompidos  pelas mãos da Bruna que tocaram meus pés pedindo atenção, a olhei e ela estava estranha, me ajeitei no sofá.
-O que você tem?  -  Perguntei e ela mordeu o lábio.
-Eu quero atenção amiga, você tá ai no mundo da lua, eu tô a trinta minutos falando e você ta nem ai. – A mesma fez um biquinho.
-Desculpa Bru, eu não estou com uma sensação muito boa sabe?  - E realmente não estava, eu tinha uns pressentimentos estranhos quando algo ia acontecer, sendo ele bom ou mal.
-Ah Kéfera, vai dar tudo certo amanhã, é só uma festa, o que poderia dar errado? –Ela fez uma pausa, e nessa pausa eu respirei fundo. – É só ansiedade, fica calma.
-Tudo bem, eu vou tentar –Encostei minha cabeça no sofá e voltei meu olhar para a tv, em que passava alguma coisa em que nem tinha mais ideia, a questionei.
-O que você tá vendo?  - Ela me olhou e ouvi uma risada baixa.
-Você estava tão distraída que nem percebeu o que eu falei. É um filme, Um brilho eterno de uma mente sem lembranças. – Droga, o Gustavo já falou desse filme, tá vendo como ele me persegue em poucas coisas?
-Ah tá, parece ser legal.  –Olhei pro telefone em que ficava em cima da estante. – Que tal pedirmos uma pizza? – Sugeri, eu estava ficando morta de fome, e não estava com cabeça pra fazer comida, e a Bruna, é outra preguiçosa.
-Pode ser, vai pedir a de sempre? –  Geralmente pedimos uma de calabresa, mas hoje eu queria uma diferente.
-Acho que vou pedir marguerita. – A olhei pensativa.
-Você tem enzima ai? – Perguntou e eu concordei com a cabeça. 
Peguei o telefone e disquei o numero da pizzaria, pedi a pizza e uma coca zero, desliguei e ficamos esperando. Enquanto isso eu ficava envolvida com o enredo do filme, não é atoa que é o filme preferido do Gu, é um romance diferente do casual, seria engraçado se existisse uma maquina igual do filme, em que apagasse nossas lembranças, acredito que muita gente seria mais feliz.... ou não.
-Kéfera, você não tá ouvindo o interfone?  -E mais uma vez Bruna atrapalhou meus pensamentos, olhei pro interfone e pude ouvir o barulho, tomei impulso e corri até o mesmo, atendi e  vi que era a pizza, desliguei o interfone e olhei pra Bruna.
-Você é tão preguiçosa, não sei como somos amigas. –Soltei uma risada baixa.
-É muito amor, mas pra você pagar com a língua eu vou arrumar os pratos, ok? – Ela disse enquanto se levantava e vinha na minha direção.
-Tá bom baleia. –Mordi meu lábio e fui até a estante, peguei meu cartão e fui em direção dela.
-Eu já volto, não faça nada que possa se arrepender. –Abri a porta e pude ouvi-la sussurrar algo, dei de ombros e fechei a porta.

Gustavo POV

Era de noite e eu estava feliz em que tudo estava dando certo para que amanhã fosse um bom dia, meus pais resolveram deixar a casa inteira só pra mim, para que tenhamos mais privacidade na festa, então de dia eles fariam toda aquela cerimonia que família faz, para que de noite role toda a brincadeira.
A festinha iria acontecer no terraço da minha casa, o Júlio queria fazer o churrasco, ele só me deu as coisas que iria precisar e eu comprei, as bebidas também, enfim, tudo que precisava já estava comprado, meus pais queriam arrumar lá e eu, precisei apenas chamar  as pessoas, mas nisso minha mãe quis entrar na frente, ela convidou a vizinha e essa minha vizinha vai vir com uma amiga dela, que no caso não quis me contar qual é, não sendo alguém que não me agrade, tudo bem.
Sem muita enrolação, já estava ficando tarde e eu sou muito ansioso, já tinha feito todas minhas higienes e resolvi ir dormir, pois amanhã seria um longo dia.
Ouvi  alguns barulhos vindo da porta, não sabia ao certo que hora era porém, certamente já era de manha. Segui imóvel, pois sabia exatamente o que seria. Logo comecei a ouvir a porta se abrir e começarem a cantar “Parabéns pra você.” Abri meus olhos e estavam meus pais e meus irmãos com uma bandeja de café da manha e um pequeno bolo de aniversário, me sentei na cama meio sonolento e agradeci a todos, minha mãe me deu alguns presentes e resolvi curtir aquele momento com eles.
 Depois daquele momento família, resolvi pegar meu celular em que estava no criado mudo e checar minhas mensagens, abri o instagram e tinha uma notificação, fui logo chegar e era da minha digníssima primeira dama.
Era uma de nossas primeiras fotos, tiramos quando estávamos indo pro cinema.
“Olha quem está fazendo aniversário hoje? Exatamente, o meu anjinho, o meu indiozinho mais lindo.
Feliz aniversário pra pessoa em que faz meus dias mais felizes, que me atura mesmo quando estou querendo matar um, parabéns pra pessoa que é responsável por todos os meus sorrisos e que sempre esteve onde eu sempre precisei.
Eu o amo muito e preciso de você, sabe que tenho um pouco de vergonha de me expressar desse jeito ao público, mas eu não podia deixar passar essa data tão especial, com a pessoa mais especial pra mim, a quem eu serei eternamente grata e que sempre vai querer seu bem, e te dar todo o amor que precisa.
Te amo mizi, feliz aniversário.”
Ao terminar de ler, não havia notado o enorme sorriso que estampava em meu rosto. É realmente muito bom quando estamos apaixonados e acordamos com uma demonstração de carinho assim. Em fim me levantei e assim fui pro banheiro e fiz todas minhas higienes e voltei ao meu quarto, eu só estava com minha bermuda preta, não havia necessidade de me arrumar, então desci para a sala, onde meus pais estavam arrumando umas malas, me aproximei dos mesmos e perguntei  sendo um pouco irônico.
-Isso  tudo ai é pra passar alguns dias ou vão finalmente deixar essa casa pra mim e se mandar? – Mordi meu lábio e minha mãe Rita me olhou com um sorriso sincero, como essa mulher consegue ser tão feliz?
-Ah meu filho, nunca se sabe o que pode acontecer não é mesmo? – Meus pais e meus irmãos iriam pro interior, pra casa da minha avó por alguns dias, como eu disse ALGUNS DIAS,  não um mês.
-Mas não é muita mala não? – Perguntei  examinando as quatro malas de viagem, olhei pro meu pai que as pegava e ia diretamente a porta.
-Não, é o suficiente. – Minha mãe respondeu enquanto pegava as outras duas malas e me dava um beijo na bochecha, surpreso a questionei.
-Ué, mas já?  - Não achei que iriam tão cedo assim.
-Sim meu filho, não se preocupa que já arrumamos lá em cima pra você e seus amigos, o resto é por sua conta. – Ela terminou e foi indo pra porta e me olhou de lado. – Juízo mocinho, não é por que estamos fora que pode fazer o que quiser hein? –Ri baixo e fui até a porta, acenei pros meus irmãos e beijei a testa da minha mãe.
- Fica tranquila, e boa viagem. 
-Feliz aniversário filho. – Ela  deu as malas para meu pai e voltou para me abraçar, a apertei no abraço e a vi entrar no carro, fiquei ali os observando sair com o carro e logo fechei a porta, olhei ao redor e respirei fundo. – Parece que estarei um pouco só esses dias.  – Fui andando até a área de fora e subi a escada para o terraço, vi as mesas e tudo arrumadinho, meu pai já fez questão de  por as caixas amplificadoras e o carvão na churrasqueira, estava tudo como deveria estar, fui até a geladeira do terraço e vi algumas bebidas, mordi meu lábio e desci até a sala e peguei o telefone, decidi já chamar os meninos para arrumarem a parte em que prometeram.

Pov  Kéfera

Hoje seria a festinha do Gustavo e eu ainda estava com uma sensação estranha, mas decidi ignorar. Eu e a Bruna então decidimos irmos á um cabeleireiro e de lá já para o maquiador, não era muito cedo, mas já tinha passado da hora do almoço e combinei com o Gustavo que as cinco e meia estaria lá, então lá fomos eu e Bruna fazer  nossas estéticas, optei por cachos, sempre gostei de cachos e ela já tinha cachos, então quis alisar, engraçado como é sempre ao contrário né? Não pense que foi apenas isso, tonalizei meu tom de castanho e ainda fizemos as unhas, seria muito chato contar tudo que aconteceu naquele salão, mas poderia dizer que falamos muito sobre algumas cantoras do momento, e o quanto de namorados elas já tiveram, meio merda esse assunto né? Mas o que poderia se esperar de um salão? Estávamos no tédio poxa!
E então já estávamos de cabelos e unhas prontas e fomos pra um maquiador, ele só fez o casual, não era uma festa pra se abusar, mas eu quis abusar pelo menos do batom e do delineador, e coloquei  longos cílios, já a Bruna fez uma bem básica mesmo, e logo após pedimos um taxi e fomos para casa, ao chegar fomos correndo nos arrumar pois estávamos quase atrasadas.
Coloquei um vestido vermelho em que realçava minhas curvas e com detalhes em brilho, com um salto preto  e Bruna colocou um vestido verde florido com um salto baixo. Em relação a estilos sempre fomos muito diferentes, ela gostava de ser normal, já eu gostava de me sentir ousada e elegante.
Já era 4:30 e começamos a nos apressar, demos nossos últimos retoques e peguei minha bolsa e o presente do Gustavo, fomos para o carro da Bruna e ao entrar senti meu celular vibrar na bolsa, o peguei e era uma mensagem do Lucas, iriamos o buscar, era só avisando que estava pronto, então fomos a caminho da casa dele. Enquanto Bruna prestava atenção no transito eu só pensava em como seria a noite, até que senti a mão de Bruna no meu ombro me tirando do transe.
-Vai dar tudo certo, sua ansiosa. – Ela rio baixo. – Se você tá assim agora, imagina no casamento né? -  Ri baixo e respirei fundo e logo sorri.
-É, vai dar tudo certo!. –E assim seguimos nosso caminho, buscamos o Lucas e em menos de vinte minutos chegamos na casa do Gu, a Bruna estacionou o carro bem em frente, assim que sai do carro vi uma moça Loira um pouco mais alta que eu e uma morena entrando, olhei para Lucas que vinha pro meu lado,  e sussurrou:
-Você conhece essas ai? – Perguntou confuso e o sussurrei de volta.
-Não faço a menor ideia. – Logo a Bruna surge atrás de nós. 
-Tão cochichando o que vocês dois?  -Mordo meu lábio e vi Gustavo sair do portão para nos cumprimentar, dei um selinho nele e Lucas logo nos interrompeu.
-Cara, quem era aquelas duas que entraram?  - Gustavo olhou para trás um pouco confuso e voltou a nos olhar.
-Ao que parece, são minhas vizinhas que minha mãe convidou. – Ele me olhou. – Por que? 
-Nada não. – Sorri e peguei na mão dele e entrelacei os dedos, e entramos em sua casa e fomos direto pro terraço,  Gustavo estava lindo como sempre, com suas calças vermelhas, tênis preto e blusa preta com seu cabelo bagunçado, incrível como esse garoto que tem aparência de 18 anos está fazendo 24.
 

POV Geral

Se passaram algumas horas e a musica já estralava alta e geral já estava bêbado, Gustavo já tinha cantado os parabéns e metade dos convidados foram embora, menos os mais chegados e pessoas que moram perto.
Na cozinha estavam as duas vizinhas de Gustavo, e uma delas, Giovana, sempre foi afim de Gustavo, desde em que eram pequenos.
-Amiga, você vai fazer isso mesmo? –A amiga de Giovana sussurrava, um pouco preocupada com a atitude da amiga.
-Esse garoto vai ser meu, nem que seja por uma noite. – Giovana pegava um copo de plástico e tirava de dentro de uma sacola um remédio e depositava incontáveis gotas no mesmo.
-Isso é loucura Giovana! Você é loira, bonita, por que quer insistir em algo que nunca vai ser seu? Ele é maluco por aquela menina! – E ela estava certa, mas Giovana era teimosa e deu de ombros pra amiga e saiu pela porta e foi até o terraço, pegou outro copo de plástico e colocou vodca com guaraná em ambos  e resolveu ir atrás de Gustavo.
Giovana era o tipo daquelas garotas que nunca desiste do que quer, Gustavo sempre a ignorava, desde pequeno, sempre foi educado com ela, mas nunca chegaram a ter amizade, ele nem entendia o por que da mãe ter chamado, pois ela tinha amizade com a mãe dela, mas não com ela.
Kéfera já havia bebido um pouco e estava distraída com a Bruna dançando com o resto do pessoal, e Gustavo estava descendo as escadas quando esbarra em Giovana, mas vamos dizer, que ela fez de propósito e ao sentir esbarrar ela bateu as costas na parede, para fingir que foi sem querer.
-Nossa, desculpa! Tá tudo bem ai? – Gustavo perguntou preocupado, e ela acenou a cabeça.
-Eu estava mesmo te procurando, eu não te trouxe presente, mas eu resolvi te trazer uma bebida. – Ela disse o  entregando e ele pegou.
 – Não tem nada não, o importante é que se divertiu. – Ele deu uma pausa e bebeu  um gole e Giovana o olhava como se fosse uma conversa casual. – E cadê sua amiga? – Perguntou olhando para baixo da escada e voltou a olhar. 
-Ah ela deve ter ido no banheiro. – Rio baixo, e em seguida Gustavo começou a se sentir tonto e se segurou no corrimão, logo o questionou – Ta tudo bem? 
-Tá, eu tô ótimo, com licen..- Ela o interrompeu. 
-Deixa que eu te ajudo a descer, você ta estranho. – Ela  o segurou no braço e o fez a abraçar, e desceram juntos, o fez sentar em um banquinho perto da porta da cozinha e voltou a questionar.
-Tá tudo bem mesmo? Bebe mais um pouco, deve ter sido a altura. – Ele a olhou confuso e bebeu mais um longo gole e deixou o copo na cadeira e respirou fundo.
-Eu vou me deitar um pouco no meu quarto. -  Ela estendeu a mão. 
-Deixa que eu te ajudo a subir Gu. – Ele olhou para a mão estendida e pegou na mesma, ao se levantar sentiu como se suas pernas estivessem bambas e nisso fez que Giovana o abraçasse e foi o guiando até seu quarto. Ao chegar na porta, Gustavo a Olha e morde os lábios.
-Olha, deixa que daqui eu assumo tá? Vai ficar tudo bem. –Ele abriu sua porta e sentio mãos em seus ombros e olhou para Giovana que o olhava preocupada.
-Deixa eu te ajudar, só vou me sentir melhor quanto já estiver na cama. – Gustavo respirou fundo e entrou em seu quarto com Giovana, ela o fez deitar, antes de ao mesmo se despedir ela  fechou a porta e voltou e ficou acariciando o corpo de Gustavo, os olhos de Giovana não saiam dos dele, Gustavo a questionou:
-Você não vai procurar sua amiga não? – Ele mordeu os lábios, ele não estava em seu estado normal mais, além de estar bêbado, não tinha forças pra se levantar daquela cama. Giovana percorreu os dedos até os lábios do mesmo e sussurrou:  Não antes de uma coisa. -  Ela segurou o rosto De Gustavo e o fez a beijar, os beijos estavam ficando cada vez mais quentes e  ela já estava ficando por cima dele. Gustavo amava a Kéfera, porém tinha algo: Todo homem tem a carne fraca, e por mais que ele tentasse a fazer parar, não conseguia  e então ele foi na dela, sem pensar nas consequências e no perigo em que estava correndo.

Pov Kéfera

Percorri os olhos por todo terraço e pude notar que já fazia um bom tempo que o Gustavo não estava ali. Então perguntei a algumas pessoas que estavam próximas se haviam visto o Gu, mas ninguém o havia visto. Enquanto procurava encontrei o Lucas, que visivelmente não estava em seu estado normal, estava meio impaciente e agitado, quando o questionei se havia visto o Gustavo, ele me respondeu que não o viu, porém ainda mais nervoso, como se não quisesse me contar e isso me deixou nervosa, senti meu estômago revirar. Tentei afastar esses pensamentos, afinal, ele só devia estar bêbado.
Encontrei a Bruna e resolvemos procurar pela casa, ele poderia estar precisando de ajuda com alguém muito bêbado tentando destruir tudo, resolvemos então que ela procuraria no primeiro andar e eu procuraria no segundo. Assim que descemos, parei no fim da escada, encarei o corredor enquanto Bruna seguiu para o andar de baixo. Senti um frio repentino percorrer o meu corpo e mais uma vez senti meu estômago revirar, meu coração acelerou e ao mesmo tempo ficou apertado, meu coração dizia para continuar onde estava, voltar para o terraço e esperar que voltasse, mas a minha cabeça gritava para continuar. Mesmo com toda essa confusão de sentimentos, encarei o corredor e fui em direção ao quarto do Gustavo, já se ouvia a música da festa bem baixo e distante, ela estava sendo substituída por algo que eu jamais queria ouvir, nessa situação.
A medida que me aproximava do quarto do Gu, os barulhos, que deduzi serem gemidos, ficavam mais altos e eu tentava a todo custo pensar que aquilo não estava acontecendo, apesar de reconhecer em qualquer lugar o tom de voz dele, preferi pensar que ele estaria vendo talvez um filme pornô.- É isso Kéfera – respirei fundo e olhei para cima tentando conter as lágrimas que começaram a tomar conta dos meus olhos – não é nada demais, ele jamais faria isso com você.
Parei em frente a porta ainda fechada e pude ter a certeza de que aquilo não era um filme pornô, era real e o que estava por vir quando eu abrisse aquela porta, mudaria minha vida para sempre. Então eu respirei fundo mais uma vez, juntei toda força que eu tinha para conseguir ver aquilo e abri a porta devagar. E sim, eu pude ver a cena que eu jamais imaginei ou esperei ver algum dia na minha vida: O Gustavo, o meu Gustavo transando com outra mulher. Senti minhas mãos ficarem geladas, meu coração parecia que estava cada vez menor, as lagrimas? Ah essas já haviam tomado conta de todo meu rosto em questão de segundos. E ele? Nem haviam notado a minha presença. Senti algo em minha mão direita, era a aliança que ele havia me dado, não fazia sentido continuar usando aquilo, já que o amor que ela representava quebrou no instante que abri aquela porta. A retirei do meu dedo, a olhei por alguns poucos segundos e a coloquei no chão do quarto dele, ao lado da porta. Pensei em sair sem fazer barulho, mas a decepção deu lugar a raiva, bati a porta com toda força que tinha e sai correndo em direção as escadas.
Peguei a minha bolsa e só uma coisa martelava na minha cabeça “sai dessa casa, vai para longe” e foi o que eu fiz, passei pela Bruna como um furacão e ela provavelmente fez uma cara do tipo “o que essa maluca tem?” mas eu precisava sair daqui o quanto antes e o que eu menos queria era ter que explicar o que aconteceu. Cheguei na calçada e senti o vendo frio invadir meu corpo, caminhei o mais rápido que pude até o ponto de ônibus que ficava a algumas ruas da casa do Gustavo, a medida que caminhava os soluços e o choro foram ficando mais intensos, por mais que eu respirasse fundo e tentasse manter a calma, era inútil. 
Assim que cheguei ao ponto de ônibus, me sentei e me permiti chorar um pouco na tentativa frustrada de aliviar tudo aquilo que eu estava sentindo, mas nada fazia aquela tristeza diminuir ou tirar aquela cena da minha cabeça. Encarei meu pés e pela milésima vez respirei fundo tentando conter as lágrimas, mas era inútil. 
- Talvez o amor não seja para mim – acabei falando sem perceber, o que era somente um pensamento.
Fui desperta dos meus pensamentos por um carro parando em minha frente, encarei a janela do carona um pouco assustada, já era quase de manhã e a rua estava fazia. Mas antes que eu ficasse nervosa, as duas portas foram abertas e dela saíram Bruna e Lucas, que vieram em minha direção e me abraçaram. Não consegui conter as lágrimas durante o abraço, quando nos separamos Bruna segurou meu rosto e seu olhar mostrava que ela compartilhava da minha tristeza. 
- Não vamos tocar no assunto ok? - Ela disse isso e tentou secar as lágrimas que insistiam em continuar caindo – Mas você não pode ficar ai sozinha a essa hora, vamos para casa! - Eu só consegui a abraçar o mais forte que eu pude e ela retribuiu a altura – Estamos aqui com você baleia.
Ela disse isso e fomos em direção ao carro, o caminho até minha casa foi em silêncio, só se ouvia o meu choro e as minhas tentativas de respirava fundo para o conte-lo.
 


Notas Finais


o que será que vai dar hein?hmmm

espero que tenham gostado <3


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