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História Leis de Newton - Primeira Lei da Termodinâmica


Escrita por: adolf0 e @3tangfei

Capítulo 1 - Primeira Lei da Termodinâmica


Não sei o que posso parecer aos olhos do mundo, mas aos meus pareço apenas ter sido como um menino brincando à beira-mar, divertindo-me com o fato de encontrar de vez em quando um seixo mais liso ou uma concha mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente por descobrir à minha frente.

Isaac Newton

 

 

Prólogo – 1ª Lei da Termodinâmica

 

Assinale a alternativa que corresponde ao nome do físico que postulou a seguinte lei:

“Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.”

a)    Sir. Isaac Newton

b)    Albert Einstein

c)    Ptolomeu

d)    Aristóteles

e)    Galileu Galilei

 

“Wtf? Isso está incluso no código penal? Não. Sério. Só me falta falarem que se eu não respeitar essa lei eu vou presa.”.  – Uma figura pequena remexia-se em sua cadeira tagarelando mentalmente e sentindo a ansiedade tomando-lhe os nervos, fazendo-a suar frio.

            Seus olhos, em um tom que parecia uma mistura de violeta e azul, direcionaram-se lentamente a um homem logo à frente, encostado em sua mesa de professor e observando atentamente seus alunos concentrados na prova daquele dia.

            “Quem deveria ser preso era esse ser maléfico do Kurosaki. Hunf.”. – Bufou impaciente. – “Ok Kuchiki Rukia, concentração.” – Tentou uma inspirada profunda, para arejar o cérebro. Voltou-se novamente para a folha sobre sua carteira, passando os olhos por cima das letras que pareciam formar frases sem nexo algum.

            “Hm... Sir Isaac Newton... Até onde eu sei, Sir não é um título cedido à qualquer um....”  - Concentrou-se no nome em que seus olhos estavam sobre, tentando formular algum argumento forte para continuar com sua linha de pensamento. – “Bom, ninguém com dinheiro o suficiente estuda física. Risca ele.” – E completou seu monólogo silencioso deslizando o grafite na superfície da folha sulfite.

            Após o ato de coragem, a Kuchiki levou a ponta do lápis até a boca mordendo-o como fosse aqueles canudos açucarados. Tentava, praticamente em vão, raciocinar acerca da questão em sua frente, buscando nas profundezas pouco desbravadas de seu cérebro a resposta para a segunda das dez questões de seu teste de física.

            Por fim, respirando coragem para dentro de todo o seu pequeno ser, levou a ponta mal apontada do grafite até a alternativa “d”, marcando-a com um pequeno xis.

            “Aristóteles, é sempre ele.”  - Concluiu, começando a sentir uma pontada de confiança. Talvez em breve seu professor reconhecesse o gênio das exatas que tinha como aluna e logo também o mundo reconheceria seu valor frente à ciência.

            Ou tão logo ela jogar-se-ia da ponte mais próxima, para o lago mais próximo, amaldiçoando o professor de física mais próximo.

~

            — Primeira lei da Termodinâmica. – Falou em seu tom frisado, pautando como de costume o assunto que seria abordado no dia. Alguns alunos, incluindo uma nanica cabeçuda, reproduziam em suas mentes criativas os sons de tambores, como se a fala do professor fosse rodeada por algum suspense. – Durante a década de 1790, vários físicos foram desenvolvendo essa lei, porém agradeçam à Clausius e Kelvin a formulação de seu enunciado.

            “Clausius... Kelvin... Estejam queimando no inferno, por favor.” Foi o que a Kuchiki, sentada na terceira carteira da fila mais próxima à janela, pensou.

            - A primeira lei da termodinâmica, nada mais é que a lei de conservação da energia. – Continuou, virando-se para o quadro negro para começar a escrever. -  A lei enuncia que a energia total transferida para um sistema, é igual à variação de sua energia interna, e sua expressão matemática que traduz essa lei para um sistema ISOLADO – Alterou dois tons a voz para que os alunos, nada animados, ficassem atentos ao detalhe. Já com o giz deslizando sobre a superfície do quadro negro ele completou – é: : ΔU = Q + W. Onde Q e W são, respectivamente, o calor e o trabalho trocados entre o sistema e sua vizinhança.

         A cada nova palavra dita pelo sensei, Rukia era tomada por uma onda de sono. Perguntou-se se o morango não estava falando em algum outro idioma, afinal não conseguia entender bulhufas do que o mesmo falava.

         - Cahan. – O professor, vendo que nem seu cabelo de cor alaranjada conseguia manter a atenção da maioria para si, pigarreou como numa tentativa de falar “hey, eu estou aqui, seus acéfalos.”. – Para simplificar essa lei, vou dar-lhes um exemplo muito simples.

         Alguns pares olhos direcionaram-se, finalmente, para o professor carrancudo. A palavra simples dificilmente era aplicável a uma aula de física, no entanto era a única capaz de dar um pouco de esperança para as mentes brávias dos pobres alunos do terceiro ano do colégio karakura. Com aquela palavra que soava esperançosa, os pupilos tentaram dar mais uma chance aquela tal termoalgumacoisa.

         - Pensem na prova que vocês fizeram ontem, por exemplo. – Começou, largando a giz sobre sua mesa e cruzando os braços. – Digamos que a nota da prova de vocês equivale à variação de uma energia interna. Para conseguirmos ditar uma variação delta U, o que precisamos mesmo?

         Pôde-se ver uma mão levemente trêmula erguer-se, sinal de que uma resposta estaria por vir. O professor apenas olhou para o aluno corajoso e balançou a cabeça, como falasse que passava a palavra para ele.

         - Precisa somar o calor e o trabalho?

         - Exatamente! – O professor sorriu, irônico, como se um prodígio houvesse o respondido. – Agora pensem que o cérebro de vocês representa o “calor” e que o esforço de vocês de estudar em casa representa o “trabalho”. O que teremos como resultado?

            Silêncio.

           - NOTAS MEDÍOCRES, ÓBVIO. – Respondeu ele mesmo sua questão, usando de toda a afabilidade do seu ser.

            Os alunos retraíam-se em suas carteiras, prevendo o que viria logo após.

            - Gostaria que vocês respondessem, pelo amor de Newton, quem diabos disse para vocês que Peso é medido em Kg. Porque eu não fui. – À medida que Kurosaki-sensei ia falando, sua testa ficava cada vez mais enrugada, mostrando toda sua indignação diante de tanta inteligência. – Peso, meus caros alunos, é medido em N-E-W-T-O-N-S. Até a minha vó sabe disso!

            Mais silêncio.

            Enquanto os alunos sentiam-se lá... pequeninos.... sem esperanças de um mundo melhor... O professor parava para respirar fundo e não ter um ataque cardíaco em seus, apenas, 26 anos de idade. Ichigo tinha plena consciência de que a matéria que lecionava não era dais mais fáceis, porém não conseguia deixar de ficar puto com tanta falta de atenção.

            - Eu deveria zerar todo mundo...Não que a maioria de vocês já não tivesse feito isso e me poupado o trabalho... – Retomou a fala, parecendo um pouco mais calmo, ao contrário dos alunos. – Mas, eu resolvi dar uma última chance para vocês. – levou a mão aos cabelos alaranjados, bagunçando-os e ponderando se ao final iria ou não arrepender-se daquilo. – Final do bimestre eu farei mais uma prova. Os que não passarem, se preparem para repetir de ano em física.

            Ainda mais silêncio.

            Os alunos, que até o começo daquele dia não estavam levando aquele componente curricular tão a sério, mentalmente rezavam por algum tipo de milagre. Sabiam o que repetir o ano em uma matéria significava. Vivendo num local como o Japão, repetir de ano ou qualquer coisa parecida significava apenas uma coisa: morte. Social, claro.

            Encontravam-se em um ano difícil, o último do período colegial. Prestar os exames da faculdade não seria tarefa fácil, e passar era praticamente um sonho impossível (principalmente em universidades públicas.). E, por mais que esse fosse motivo para toda a garotada se esforçar ainda mais, parecia que aquilo apenas tirava a pouca atenção que tinham.

            Julgando pela escola que em estudavam, uma particular, era de esperar-se que tivesse condições para bancar uma universidade particular. Porém sabiam que não era isso que seus pais, os mesmos que podiam expulsá-los de casa e deserdá-los, esperavam.

            E, com aquela eterna promessa estudantil (muito parecida com as promessas de começo de ano) de mudança de comportamento, escutaram o sinal anunciando o fim da aula.

            Antes de deixarem a sala de aula, ainda em silêncio excessivo, os alunos passaram na mesa do professor para pegar suas respectivas provas. Com exceção de dois ou três, as notas haviam sido, de fato, muito abaixo da média. E ainda com um sentimento de culpa penetrando por cada célula, os pequenos e queridos pupilos tomaram rumo de retorno ao lar.

            Uma tal de gênia da ciência, entretanto, seguia seu caminho sem um pingo de remorso. Oras, tinha culpa ela por ser submetida àquelas aulas de introdução à loucura?

            “Ganbare, Rukia! Você vai conseguir se recuperar!”.

            Torcia por si mesmo, enquanto as profundezas da sua alma amaldiçoavam nomes como Galileu, Joule, Kelvin, e aquele tal de... Newton.

 


Notas Finais


Essa fic eu escrevi originalmente em 2009, não tenho mais nada da antiga, então resolvi reescrevê-la!
Espero que eu consiga lembrar o que fiz naquela época e que vocês se divirtam! x)
Eu devo atualizar apenas uma vez na semana (ao contrário da minha outra que eu atualizo umas 2x/semana), mas nunca se sabe! lol


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