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História Leis de Newton - Dioptros


Escrita por: adolf0 e @3tangfei

Capítulo 15 - Dioptros


O tempo é uma ilusão produzida pelos nossos estados de consciência à medida em que caminhamos através da duração eterna.

Isaac Newton

 

Distraído com o atrito de seu lápis contra a folha de gramatura encorpada de seu caderno de desenhos, Ishida rabiscava sobre um croqui, com seus traços finos e marcantes. Seus olhos desviaram-se rapidamente para a porta da sala de aula, vendo Rukia entrar conversando com Bazz B, após terem ido à cantina da escola comprar qualquer coisa para comer no intervalo.

A morena abanou para o colega, arrancando-lhe um sorriso discreto. O bom das terças-feiras era que não possuíam aula de física e ele não precisava conviver com a troca de olhares torturantes de sua colega com o professor.

Rukia e Bazz aproximaram-se da carteira de Ishida, prontos para passarem mais um intervalo como todos os outros.

— Não vai comer nada, Ishida? — A morena perguntou, puxando sua cadeira para o lado da do colega enquanto Bazz apoiava-se na carteira da fila ao lado.

Ele apenas balançou a cabeça negativamente, apoiando a cabeça em uma das mãos e olhando para a Kuchiki. Rukia espichou os olhos em direção ao caderno do amigo, impressionando-se com as roupas desenhadas sobre o croqui.

— Você que fez?

— Sim… — Ele empurrou os óculos com o dedo indicador, fazendo força para não ficar vermelho. Ishida tinha noção das próprias habilidades, mas ser elogiado pela Kuchiki era algo que fazia o coração acelerar.

— Nossa, você bem que podia me ajudar com a fantasia pra festa dos terceirões — Comentou, pegando o caderno do colega para folhear. Estava realmente impressionada com os desenhos de Ishida, era a primeira vez que os via.

— Claro… — Respondeu sorrindo, contente por poder ser útil. — E você, Bazz? Precisa de algo também?

O ruivo escarlate levou uma das mãos ao queixo, pensativo.

— Eu e o Jugo já decidimos do que vamos… — Falou, referindo-se ao namorado. — Mas se a gente precisar de algo eu te falo.

— E do que vocês vão? — Rukia perguntou, curiosa.

— Você vai saber no dia.

A Kuchiki ainda insistia sobre as fantasias do amigo e o namorado quando seu celular vibrou sobre sua mesa. Ela esticou o braço para alcançá-lo, deparando-se com uma mensagem de Ichigo.

 

Trevas-sensei: Ei, nanica.A Luna nos chamou para ir hoje lá [10:32✓✓]

Rukia: Tá, que horas? [10:33✓✓]

Trevas-sensei: Eu tenho umas coisas para fazer à tarde, te pego às 17h00. [10:33✓✓]

Rukia: Hm, vc me pega? rs [10:33✓✓]

Trevas-sensei: ¬¬’ vc tem problemas. [10:34✓✓]

Rukia: Você que tem hahaha. Te espero às 17h então [10:34✓✓]

Trevas-sensei: u_u’ [10:34✓✓]

Trevas-sensei: Tá bom, bjs. [10:34✓✓]

Rukia: =* [10:34✓]

 

— E essa cara de quem viu um passarinho ruivo? — Bazz riu diante o sorrisinho tolo da amiga enquanto ela digitava rapidamente. Era meio óbvio com quem falava.

— Cala a boca, Bazz — Rukia rolou os olhos, guardando o celular dentro de sua mochila. Virou-se então para Ishida que, de repente, tinha o semblante fechado. — Hey, tudo certo, Ishida?

— Ahn…? — O moreno desviou os olhos para o próprio caderno. Aparentemente aquela história toda de Rukia com seu professor de física era real e isso o incomodava profundamente. Saber que estava por tempo indeterminado na penumbra era algo que fazia seu peito apertar. — Sim, sim. — Pigarreou, ajeitando novamente os óculos. — Posso fazer um desenho pra você e depois é só pegar as medidas. — Falou, voltando a um assunto que o deixasse menos desconfortável.

— Claro! Você pode ir hoje lá em casa, se quiser. Vou estar livre até às 17h. — Disse, começando a pensar no que gostaria de vestir como fantasia. — Assim a gente pode desenhar juntos.

Bazz, de onde estava, observava enquanto Rukia e Ishida conversavam. Chegava a sentir pena do colega de classe, que estava claramente apaixonado por sua amiga. Mas, não tinha muito o que fazer. Só torcia para que Ishida não desse a louca e fizesse alguma merda em relação àquilo.

 

II

 

Ichigo fechava a porta de seu apartamento atrás de si, pronto para pegar o trem até a casa de Rukia para irem visitar Luna. Chegou em casa, após dar algumas aulas de reforço para alguns alunos do segundo ano, tomou um banho rápido e já foi ao encontro de sua aluna.

Girando os calcanhares, o professor logo deu de cara com a casa de sua vizinha e, como de costume, não bateu para entrar. Newton, que escutara o barulho de quando ele girara a chave da fechadura de seu apartamento, já o esperava sentado em frente a porta com o rabo balançando de um lado para o outro e a língua para fora.

— Oi, Newton — Ele inclinou-se para afagar a cabeça do pitbull, que já ensaiava um pulo em seus ombros.

— Hey, Ichigo! — Desviou então o olhar do cachorro para a sala de estar, de onde soou a voz grave de Rukia.

O ruivo prontamente ajeitou a postura, sentindo o maxilar contrair. A Kuchiki permanecia em pé sobre uma cadeira enquanto Ishida passava uma fita métrica em sua coxa esquerda. O moreno olhava para o professor com a expressão de quem fora pego em flagrante fazendo algo errado, como, por exemplo, estar perto demais das pernas da mulher alheia.

Ichigo sentiu surgir de seu âmago uma vontade imensa de cortar os braços de Ishida, porém ao se lembrar do quão irritada Rukia ficara em seu último ataque de pelancas, resolveu maneirar na reação.

— Oi, Rukia. — Disse, jogando a chave de seu apartamento sobre o balcão que dividia a cozinha da sala. — Oi, Ishida.

— Boa tarde, sensei. — O moreno cumprimentou, soltando a fita da coxa, anotando o número em um caderninho e passando-a agora em sua cintura fina.

Ichigo pigarreou.

— O que vocês estão, hm, fazendo?

Rukia tentava não rir, sabia que o ruivo estava usando de todo seu Buda interior para não agir feito um babaca.

— O Ishida está me ajudando com a fantasia da festa de despedida dos terceirões.

— Que empenho… — Ele sentou-se no sofá, de frente para Rukia e Ishida. Newton pulou ao seu lado, esfregando a cara entre seus braços até conseguir chegar em seu colo e lamber seu rosto.

— Acho que terminamos, Kuchiki-san. — Ishida terminou de anotar as últimas medidas de Rukia, sentido sobre si um par de olhos castanhos que o encarava constantemente.

— Obrigada mesmo, Ishida — Ela sorriu para o colega, saindo de cima da cadeira.

Enquanto a colocava no lugar, o moreno virou-se para o professor e retribuiu o olhar, sustentando-o. Os dois ficaram se encarando como leões quando finalmente Ichigo resolveu abrir a boca.

— Então você costura, Ishida?

— Por que? Quer uma roupa também? — O moreno cruzou os braços, não se afetando com a pontada de ironia no tom do ruivo.

Rukia reapareceu na sala, pigarreando. Era tão palpável a tensão entre ambos que chegava a incomodá-la. Detestava ainda mais sentir culpa por toda aquela situação, embora soubesse que não havia nada que pudesse fazer.

— Bom, eu vou indo, Kuchiki-san. — Ishida guardou seu bloco de anotações e caderno de desenhos dentro da mochila, jogando-a sobre os ombros e ajeitando então seus óculos, como de costume.

— Até amanhã, Ishida — Ela o acompanhou até a porta, sendo seguida pelos olhares de Ichigo e Newton. — E obrigada!

O ruivo levantou-se, colocando as mãos no bolso e olhando para Rukia enquanto ela voltava para a sala. Ela, que já esperava que o professor fosse dar chilique, surpreendeu-se com seu tom calmo.

— Vamos, então?

— Vamos.

 

III

 

Sentada em uma poltrona em sua sala de estar, Luna lia concentradamente um livro intitulado “Pais de Primeira Viagem”, onde tentava caçar algumas dicas sobre como lidar com seu bebê que estava quase nascendo. Lia também a grafia sofisticada de seu marido pelas bordas das páginas, onde anotara várias conclusões sobre o texto que tentava simplificar a tarefa difícil da paternidade. A loira riu, Byakuya estava tão inseguro quanto ela.

A campainha então soou, anunciando a chegada de seus convidados.

— Os padrinhos chegaram, Akio-chan. — Sorriu, seguindo para a porta a fim de receber os amigos.

— Oi, Luna! — Ichigo e Rukia cumprimentaram em uníssono, no momento em que a loira abriu a porta, ainda com seu sorriso costumeiro no rosto.

— Gente, vocês trouxeram o Newton! — Exclamou, ao ver o cachorro com um gorro de coelho, balançando o rabo em contentamento. A italiana tentou abaixar-se para passar a mão na cabeça de Newton, mas sua barriga de oito meses a impediu.

— Você tá uma bola, Luna! — Ichigo riu, recebendo um chute na canela de sua amiga e outro de Rukia. Ele olhou de uma para a outra, franzindo o cenho. — Porra, por que gostam de me fazer de saco de pancadas?

— Por que você é idiota. — Respondeu a morena, entrando na casa de seu irmão e cunhada.

Os três e Newton seguiram para a sala, enquanto Ichigo resmungava e Rukia perguntava à Luna sobre seu irmão.

— O Byaku tinha reunião hoje na empresa, acho que só chega tarde — Comenta, sentando-se em uma poltrona. Newton, que fora solto por sua dona, correu para deitar-se aos pés da loira.

— E o Akio? — Rukia perguntou, sentando-se no sofá ao lado de Ichigo.

— Inquieto, mas o médico disse que ele está saudável.

— É muito louco saber que tem um ser humano aí dentro — Disse a Kuchiki, apontando para a barriga da cunhada. Apesar de se dar muito bem com crianças, só de pensar em ter um negócio se mexendo em sua barriga dava-lhe calafrios.

— Eu falava a mesma coisa quando a Nath estava grávida do Hiroshi. — A loira riu, lembrando-se do pavor que tinha quando a irmã esperava seu sobrinho. — Mas ela também sempre falava que eu ia mudar de opinião quando tivesse o meu.

— Nossa, eu lembro o demônio que ela virou quando tava grávida — Ichigo franziu o cenho. Ao contrário de Inoue, que ficara apenas manhosa durante a gestação, a irmã de sua melhor amiga ficou virada em um mau humor, que chegou a sentir pena de Grimmjow.

— O Grimmjow e minha mãe não a chamam de Stalin à toa...

— É verdade mesmo que a Yumiko-san queria que você casasse com o Ichigo? — Rukia recordou-se de, naquela mesma sala, escutar boatos sobre o caso, mas não levara a informação a sério.

— Você acha que o Byakuya me detesta por quê? — Ichigo cruzou os braços, bufando. O Kuchiki mais velho já não ia com sua cara quando era professor de matemática financeira, mas depois que começou a namorar Luna e teve que lidar com a sogra falando que preferia Ichigo, a situação ficara complicada.

— Por que você é otário? — Rukia riu da própria retórica, recebendo do ruivo apenas um olhar estreito.

— Você conhece minha mãe, Rukia... Ela é maluca. — Luna deu de ombros, já acostumada com as ideias absurdas de sua progenitora. Ela costumava a falar que os homens japoneses eram sem graça e por essa razão seus dois casamentos foram com estrangeiros. Adorava gabar-se da beleza exótica de Arttur, seu primeiro marido e pai de Luna, e de Victor, o atual esposo e pai de Nath. — Vivia surtando porque falava que o Ichigo tinha cara de finlandês.

Rukia crispou os lábios, virando-se para observar o rosto do ruivo. Bom, ele era bonito, não tinha como negar. Mas não via de onde, além dos cabelos alaranjados, Yumiko poderia achá-lo com cara de finlandês. Por qualquer razão começou a imaginar Ichigo de barba e chapéu de viking e isso lhe soou engraçado.

— Do que tá rindo? — Ele franziu o cenho diante o riso que a Kuchiki deixou escapar.

— Da sua cara de finlandês.

— Caceta, hoje você acordou inspirada em tirar onda com a minha cara?

— Nossa, sabe o que vocês me fazem lembrar? — Os dois viraram-se ao ouvir a voz de Luna, que estava aleatória olhando de um para outro. Olharam-na com a expressão interrogativa, como se pedissem para que concluísse seu pensamento. — Dioptros.

Rukia rolou os olhos. Já não bastava Ichigo com suas explicações bizarras sobre o mundo, sua cunhada também entrou na onda. Às vezes ela esquecia-se totalmente que Luna também era formada em física e fazia parte do pessoal das exatas de seu grupo.

— Hm, Dipos, claro, Diopos. — Rukia cruzou os braços, se fazendo de entendida.

— Dioptros! — Luna riu. — Fala pra Rukia o que significa isso, Ichigo.

— Hm... — O ruivo arqueou as sobrancelhas, perguntando-se o que Luna pretendia com aquilo. — É todo sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Tipo a separação entre o ar e a água.

— Eu não sei mais onde termina Rukia e começa Ichigo, e vice-versa — A loira sorria com seus próprios devaneios, que faziam pouco sentido para os amigos em sua frente. — Não conseguem nem mais disfarçar.

Rukia e Ichigo se entreolharam, sentindo o rosto enrubescer. Não eram fãs de tocar no assunto “o que diabos está acontecendo entre nós?” e ter alguém tão próximo afirmando aquele tipo de coisa era, no mínimo, constrangedor.

— E o Renji? Ele não vem? — Ichigo perguntou, tentando mudar totalmente o rumo da conversa. Já era ruim o suficiente ficar pensando naquilo todos os dias antes de dormir, não estava com disposição para passar vergonha falando sobre aquilo, mesmo que com sua melhor amiga.

Ichigo não queria falar, mas em sua cabeça se fosse para falar de óptica e refração da luz provavelmente diria que Rukia lhe lembrava um prisma. Ela tinha uma capacidade fora do comum de refratar toda sua luz em cores espectrais que atingiam as pessoas em sua volta. Mas esse tipo de coisa o professor de física preferia guardar para si.

-

-

— Venham mais vezes! — A loira gritou da porta de sua casa, abanando para os amigos que já estavam portão à fora. Eles devolveram o aceno, seguindo para o carro de Ichigo.

Apesar de terem conversado ainda muito com Luna durante a tarde, entraram no veículo sob um silêncio constrangedor. Enquanto girava a chave na ignição, Ichigo lembrou-se da primeira vez em que levara Rukia até em casa, em uma situação muito parecida com a que vivia no momento.

A diferença era que na época ele não imaginava que um dia gostaria daquela nanica.

Ichigo pigarreou pela milésima vez no dia, encarando a estrada em sua frente enquanto trocava a marcha.

— Rukia...

— Oi?

— Olha, eu acho que a Luna não está errada. — Foi direto, embora aquilo fizesse suas mãos suarem sobre o volante. — Todo mundo ou já sabe ou finge que não vê.

— É. Talvez. — Ela suspirou, encarando a estrada em sua frente. — Mas aonde você quer chegar com isso, Ichigo?

— Bom... — O ruivo inspirou fundo, sentindo uma gota de suor escorrer por sua têmpora. Não se lembrava de aquele tipo de coisa ser tão difícil. — Talvez, isso se você quiser, claro. — Atrapalhava-se nas palavras enquanto o rosto se avermelhava. Ichigo tentava concentrar-se para não acabar causando um acidente de trânsito. Rukia, porém, sentada no banco do passageiro observava o perfil de Ichigo, achando engraçado as voltas que estava dando para falar algo tão simples. — Talvez a gente deva assumir logo.

— Olha, Ichigo, eu não discordo de você. — Disse, sentindo um efeito Joule tomando de leve seu peito.  — Mas isso pode te trazer problemas com a escola. E tem o Nii-sama também, ele vai te matar.

O ruivo tencionou os músculos do maxilar. Entendia completamente o ponto de vista de Rukia, mas não conseguia deixar de sentir uma pontada de decepção. Só esperava que o que acabara de falar não atrapalhasse a relação que tinha com a Kuchiki.

— Tudo bem. — Respondeu por fim.

— Ichigo.

— Fala...

— A gente podia assumir então, mas deixar só entre nós.

O ruivo virou o rosto rapidamente para olhar Rukia, voltando-se logo para o painel do carro a fim de não causar acidentes.

— Mas pra você tá tudo bem assim? — Questionou. Não queria forçar a barra, também não queria que Rukia se sentisse vivendo algo que não era correto, mesmo que aquele sentimento fosse mais inerente a ele que a ela.

— Não importa o que os outros sabem, mas o que a gente sabe.

— Você tem razão.

— Eu sempre tenho.

Ichigo rolou os olhos, suspirando. A Kuchiki estava certa, no final do dia eram eles que estavam juntos e vivendo aquilo. Então não importava realmente o que os outros sabiam ou achavam que sabiam.

— Ok. Mas eu quero contrato de exclusividade — Falou, erguendo o punho fechado em direção a morena, sem desviar os olhos da estrada.

— Você já tem exclusividade, mas combinado — Disse, tocando o punho de Ichigo com o próprio, em sinal de concordância e de acordo fechado.

Newton, sentado em uma cadeirinha igual a de Isshin, balançava o rabinho e observava seus humanos. Latiu animado, jogando-se entre os bancos dianteiros e subindo no colo de Rukia.

— Acho que alguém ficou feliz — A Kuchiki riu, tentando colocar seu filho no lugar novamente.

O professor sorriu, sentindo-se como Newton.

 


Notas Finais


Será que esse relacionamento as escondidas conta como um ALELUIA ELES SE ASSUMIRAM? lol.
Gente, Leis tá entrando em seus capítulos finais, amém.
Por mim eu escrevia essa fanfic para sempre, mas não tem mais o que fazer kkkkk. Não sei ao certo quantos caps a mais vamos ter, mas não deve passar de cinco '-'.
(mas eu tenho previsões que serão mais 3 se tudo acontecer como eu planejo. Mas eu sempre mudo de ideia, então né.)
Desculpem pela demora, mas eu estou trabalhando o dia inteiro, chego em casa já tarde e fico quase sem tempo de escrever.

Obrigada a todos que estão acompanhando, apesar de a média de comentários ter diminuído bastante, estou muito contente mesmo assim ^_^. Vocês são demais :D
Beijocas!


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