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História Lembranças ... - Capítulo Único - Lembranças ...


Escrita por: maah_dango

Capítulo 1 - Capítulo Único - Lembranças ...


Fanfic / Fanfiction Lembranças ... - Capítulo Único - Lembranças ...

Talvez isso tenha sido a muito tempo, mas isso não importa, porque essa foi, de fato, a primeira vez que vi um plácido Luhan a minha frente. 

 

Era um dia lúgubre, meus pais decidiram fazer uma pequena viagem. Evidentemente eu estava animado, eram meus primeiros anos na China e qualquer passeio parecia uma aventura. Entretanto, assim como o dia monótono, meus pais pareciam tristes e vazios. 

 

Quando coloquei o pé para fora do carro, pisando na grama coberta neve, cada pelo do meu corpo pareceu despertar-se, em minha cabeça um turbilhão de lembranças rodara rápido, apenas dando-me tempo para distinguir algumas. Foi totalmente pavoroso me ver em um carro tombado, sem capacidades para chamar por qualquer ajuda.  Talvez, se nessa época eu já soubesse de tudo, não teria ficado tão inquieto por saber mais desta história.  

 

O lugar era realmente lindo, as árvores cobertas por mantas brancas e galhos esguios só deixavam a paisagem ainda mais impecável.  Me afastei dos meus pais indo em direção a uma pequena trilha, lembro-me que na época era difícil chama-los assim, principalmente pelo fato de sempre saber que fui adotado. O caminho dava a um lugar afastado que, estranhamente, parecia mais frio que o resto do parque. Olhando mais atentamente notei um vetusto banco de madeira a frente, mas o que me surpreendeu foi ver uma pequena figura, nublada e tristonha, depositada sobre este.  

 

Tentei me aproximar, os olhos do miúdo corpo pareciam me analisar. A cada passo que eu andava o corpo sobre o banco se encolhia mais e mais. 

 

— Olá. — disse devagar, tentando não assusta-lo ainda mais. A expressão que esboçou foi de confusão e surpresa. 

 

— Oi...  

 

— Como se chama? — continuei tentando parecer amigável, e ele continuou me encarando, incrédulo. 

 

— Luhan. — perguntei-me quanto ele demoraria para perguntar qual era o meu nome, e em minha contagem de tempo particular, já se passavam séculos.

 

— Meu nome é Baekhyun. — disse tentando continuar a conversa.  

 

Antes que eu pudesse me sentar ao seu lado no banco algo forte me atingiu na cabeça, e junto com a terrível dor vieram novamente as lembranças, as quais eu tinha quase certeza de que não eram minhas, mas que de qualquer forma estavam lá. Luhan parecia assustado, notoriamente eu também estava.  

 

As lembranças eram atrapalhadas e doloridas, haviam luzes, barulhos de buzinas e logo depois um estalo, então tudo ficava silencioso. O garoto a minha frente me olhava, imensamente curioso, mas de qualquer forma não poderia contar aos outros algo que nem mesmo eu sabia.  

 

— Não me olhe assim, é apenas uma dor de cabeça.  — ele se convenceu, relaxando os músculos e deixando o olhar novamente ameno. 

 

— Baekhyun... — antes que Luhan pudesse terminar o que estava dizendo ouvi ao longe os gritos de minha mãe a me procurar, era hora de ir.  

 

—Preciso ir Luhan, nos encontraremos de novo. — virei de costas, deixando um sorriso para o garoto.  

 

— ... não volte mais. — Luhan finalmente completou a frase que estava dizendo. Estaria mentindo se fingisse que não havia escutado, mas convenhamos, mentir as vezes era necessário, principalmente quando se tratava de algo tão singular quanto a pequena imagem de Luhan. 

 

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Quando eu completei 15 anos e Luhan ainda estava ao meu lado cheguei à conclusão de que queria ele comigo para sempre. Após aquele dia foram diversas as vezes que eu fugi a noite para encontrar com Luhan no parque. Foram também diversas as vezes que eu fiquei sem comer nos intervalos da escola, economizando o dinheiro para comprar as passagens de ônibus.  

 

Luhan era estranhamente incrível. Ensinava-me sobre música, contava-me sobre filmes de décadas atrás, era extremamente interessante saber tudo o que ele tinha para dividir. Todavia, Luhan tinha suas peculiaridades, e era quando um sopro gelado me fazia acordar para a realidade e ver que a figura a minha frente voltara a sua melancolia particular. Logo após isso eu tentava me aproximar para conforta-lo, e, como sempre, ele fugia, me deixando apenas com a ideia de como seria sentir o toque de sua pele.  

Isso não costumava me incomodar, eu entendia completamente o fato de ser errôneo o desejo de tocá-lo, mas cheguei a um certo ponto de não aguentar mais. Por vezes, isso deixava-me inseguro e com medo, o problema seria eu? A partir desse ponto eu me deixe levar por pensamentos depressivos e que nunca fizeram parte de mim. 

 

Apesar de toda a minha história, sempre fui confiante e radiante. Considerava meus pais um presente dos céus e era muito grato a toda essa minha nova vida com a família Zhang. Mas então conheci Luhan, e ele me fez pensar qual o sentido de tudo aquilo se eu não pudesse tê-lo da forma como eu queria. Eu estava me tornando uma pessoa totalmente patética. 

 

— Luhan ... — minha voz saiu fraca e anasalada, eu poderia desabar a qualquer momento.  

 

— Diga. —  ele respondeu calmo, como sempre, talvez fosse para disfarçar as coisas que já sabia, ou simplesmente porque queria fingir que não era nada. 

 

— Você sabe o que é. — o som receoso que saiu de meus lábios fora abafado por flocos brancos que desciam lentamente do céu.  

 

Luhan aproximou-se tranquilamente, era evidente o ar misterioso que cobria o caráter do garoto, mais ainda o semblante estranhamente vago.  Era como um livro com páginas faltando, e cada vez mais eu me via afundando naquele abismo de questionamentos.

 

— Você voltou, por quê? — a expressão continuava a mesma — mesmo que eu tenha dito para que não fizesse.

 

— Voltei porque eu precisava saber mais ... — a frase pairou sobre o ar, Luhan não entendia e eu sabia disso. Ele sentou ao meu lado, tão suave que a neve por de baixo de seu corpo não se afundou. Era exatamente essa proximidade que me fazia voltar as lembranças, logo a dor de cabeça veio e tudo ficou escuro.

 

De novo eu estava lá, no banco de trás de um carro, sendo arremessado de um lado para o outro pelo impacto da batida. Meus pensamentos se misturavam com o cheiro de fumaça, será que foi assim o fim de meus verdadeiros pais? Nesse momento eu já não podia mais conter a emoção de pensar que eu poderia realmente estar revivendo algo cujo meus pais passaram.

 

Luhan parecia assustado, foi só então que percebi as gotas quentes que escorriam por meu rosto. Acho que, depois de tudo, seria um bom momento de contar a ele, e foi o que fiz.

 

— Luhan... — comecei um tanto receoso ­— foi na primeira vez que eu te vi que tudo começou, foi na primeira vez que eu te vi que tive a primeira lembrança. Luhan, acho que eu possa estar tendo lembranças do acidente dos meus pais.

 

— Como são as lembranças? — foi tudo o que ele disse.

 

— No começo é tudo um pouco bagunçado, mas depois me vejo sentado no banco de trás de um carro, tem muito barulho e, depois de ser jogado de um lado para o outro, tudo fica em silencio.

 

— Um acidente de carro? — Luhan parecia cada vez mais distante.

 

— Sim, mas só acontece quando eu estou perto de vc. — aproximei-me, tentando ser o mais delicado possível — Se você me deixasse encostar em você, talvez ... ­— mais lagrimas escorram — talvez eu possa ver meus pais verdadeiros.

 

De repente Luhan se levantou, um tanto desolado. Claro que eu temia sua reação, claro que eu havia pensado na possibilidade de ele me achar maluco, mas não imaginei que ele iria simplesmente se levantar e me largar ali. Queria poder me levantar e correr atrás da figura que desaparecia por entre as arvores do parque, mas o frio e o sentimento de devastação só me mantiveram parado no chão.

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Assim como se passaram meses desde que não via Luhan, passaram se meses cheios de pensamentos sobre ele. Pensei um pouco sobre tudo o que havia acontecido e cheguei a uma pequena conclusão: Luhan, assim como eu, poderia ter perdido seus pais em um acidente de carro.  Sobre não querer ser tocado, bem, eu penso que isso possa ser relacionado a algum tipo de trauma.

 

Obviamente que depois de pensar tanto, eu não poderia deixar de querer ver Luhan novamente. Então naquela noite eu iria, de qualquer jeito, me encontrar com ele, iria liberta-lo de seus medos.

 

Meus pais já estavam dormindo, era tão graciosa a vida que levava pertencendo a família Zhang, mas Luhan era tão importante que se tornou prioridade sobre tudo ou qualquer coisa que me era valoroso antigamente. Tendo isso em mente, fugi mais uma noite.

 

Não era mais inverno, o clima não era mais tão denso, isso aliviava levemente o temor que sentia. Sem muita demora já me via posto à frente do tão conhecido banco. Esperei uma, duas três horas e nada de Luhan. Então o desespero bateu, gritos cortaram a garganta, lágrimas inundaram meus olhos, só queria me livrar daquela desesperada saudade. Chamei por Luhan, mas as palavras pareciam sumir com a brisa leve.

 

Derrotado, eu estava a ponto de me desfazer junto com a terra no chão. Subitamente o clima mudou, o frio invadiu sem permissão alguma, um arrepio subiu vagarosamente a espinha. Se não tivesse inclinado paulatinamente poderia morrer ali mesmo de parada cardíaca, pois Luhan aparecera misteriosamente sentado ao meu lado.

 

— Luhan! — gritei desesperado, pronto para pular em seu pescoço, e eu realmente o faria, mas Luhan já estava distante.

 

— Baekhyun me escute... — ele começou, mas era evidente que eu não escutaria, eu tinha muita coisa a dizer.

 

— Me escuta você! — levantei, caminhando em direção ao menino que se afastava mais e mais — Eu já entendi o por que de tudo isso, você não precisa ter medo de me contar, sabe... — a melancolia em minha voz se fez presente — nós devemos ter alguma ligação, por causa do acidente, por que nossos pais morreram da mesma forma. Provavelmente é por isso que só posso ter as lembranças quando estou com você. — eu estava na frente de Luhan, meus dedos quase tocavam seus ombros.

 

Por algum motivo, Luhan não se encolheu, não se esquivou, muito menos tentou fugir, simplesmente deixou que eu alcançasse seus ombros. Tudo passava em câmera lenta, e quanto mais próximo eu chegava, mais o frio aumentava e mais as pontas dos dedos doíam. Logo depois tudo parou, eu podia ver minha mão sobre Luhan, mas a sensação era de que ela pairava sobre um manto de ar congelante. Encarei-o com um olhar pávido, ele mantinha uma lágrima presa em seus olhos, e quando esta fraquejou e caiu, minha cabeça reconheceu a dor tão esperada ao longo desses meses.

 

Eu estava, mais uma vez, dentro do mesmo carro, mas algo mudara. Eu me encontrava do lado oposto do banco de trás, virei me para o lado e vi que Luhan estava sentado ali, no mesmo lugar em que eu estivera das outras vezes. Tentei chamar sua atenção, mas ele parecia não me ver. Afinal, aquelas poderiam ser as lembranças de Luhan, não minhas. Pelo menos eu havia acertado no fato de que os pais deles também haviam falecido.

 

Os barulhos, o carro balançando enquanto Luhan era arremessado de um lado para o outro, então eu vi, definitivamente, a pior cena de toda a minha vida. A porta traseira se abriu e Luhan foi lançado brutalmente para fora do carro. Quando estique a cabeça para fora, meus olhos focaram em inúmeras poças de sangue junto a um corpo inerte estirado no chão de uma estrada qualquer. Os pais de Luhan desceram desesperados do carro, pareciam-me familiares, mas não pude ver seus rostos, nem ouvir o que diziam, eu estava destruído.

 

Quando voltei a realidade, foquei nos olhos de Luhan, ele havia me mostrado seu mistério, eu finalmente pude entende-lo, mas doía, doía tanto que por um momento eu perdi a sanidade.  Tentei agarrar a figura a minha frente de todas as maneiras possíveis, mas não podia sentir nada além da atmosfera densa e gélida que era Luhan.

 

Derrotado ajoelhei-me no chão e rezei, rezei com todas as minhas forças para que aquilo não fosse verdade, para que fosse apenas um sonho que se transformou em pesadelo. Gritei, chorei, implorei por ajuda, mas nada. Luhan ajoelhou-se em minha frente, e eu continuei berrando por socorro.

 

Em meio a tanto desespero, passou despercebido uma luz forte e lívida vindo de dentro de Luhan. Quando me pus a olhar para frente por um momento, ele me encarava com um sorriso puro e singelo, aproximou seus dedos de meu rosto, e eu, então, pude sentir a quentura de sua pele, era real. Ele secou minhas lagrimas e me abraçou, sentir seu corpo e seu cheiro pela primeira vez me encheram de esperança. Subitamente ele passou a me encarar, terno e gentil, fechei os olhos e senti a macieis de seus lábios, as lágrimas não se contiveram depois disso. Senti como se estivesse flutuando, o aperto dos braços de Luhan fora ficando mais brando, até o momento que abri meus olhos e Luhan não estava mais ali.

 

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Os dias se passaram como uma condenação. Quem saberia dizer se eu estava realmente ficando maluco? E mesmo que estivesse, nunca desistiria de encontrar Luhan mais uma vez. Todas as noites, sem exceção, eu passava a procura dele, ele não poderia simplesmente ter morrido a tanto tempo, eu não podia aceitar.

 

Com as buscas noturnas o sono me dominava durante as aulas. Claro que não demorou muito para que meus pais se preocupassem e notassem que algo de errado estava acontecendo, a nossa linda família Zhang estava desmoronando, assim como eu.

 

Eu estava prestes a colocar os pés para fora de casa, mas algo me impediu. Minha mãe segurava a barra de minha camiseta. Naquele momento meu coração oscilava entre desespero e paralisia.

 

— Aonde você pensa que vai, Baekhyun? ­— a senhora Zhang parecia realmente estressada, mas nesses últimos dias vinha sendo assim sempre, ou talvez tenha sido eu o único a mudar, mas isso não importava agora. O que importava era sair dali e procurar por Luhan.

 

— Eu vou encontrar Luhan. — me desfiz do aperto de suas mãos, mas antes de correr para fora de casa pude notar sua feição mudar completamente, era como se ela mesmo houvesse visto um fantasma.

 

Então eu corri, corri mais do que minhas pernas podiam aguentar. Apesar de todos os dias serem repletos de frustrações, algo me dizia que hoje eu conseguiria algo novo e era por isso que eu não iria desistir, mesmo que meu corpo implorasse por descanso. Graças a esse esforço a viagem até o parque fora mais rápida o possível.

 

O mesmo banco, as mesmas árvores, mas algo me dizia que não era ali que eu deveria estar. Eu chamei por Luhan centenas de vezes enquanto andava, desgovernado, por todo aquele lugar enorme. De repente um pequeno caminho me chamou a atenção, meus gritos sessaram e eu prossegui por entre a pequena trilha. Algo dentro de mim suplicava para que eu desse meia volta, mas outro algo, bem mais forte, me obrigava a seguir em frente.

 

Os galhos das árvores arranhavam o meu rosto, podia sentir a ardência dos pequenos cortes, mas eu não pararia de correr. Por fim cheguei a uma pequena clareira. O ar pesou e meus olhos, embaçados por culpa das lágrimas, só conseguiram focalizar uma pedra quadrada no meio do local.

 

Meu coração acelerou e, mesmo que eu não quisesse, minha mente já estava imaginando o pior sobre aquela situação. Em paços lerdos aproximei-me da tal pedra, esfreguei os olhos para poder enxergar melhor. Foi então que eu reparei nas inscrições que haviam sobre a pedra.

 

Meu corpo estava estático, eu não podia acreditar no que estava escrito sobre a pedra, aquilo só podia ser fruto de uma alucinação mental por causa de tudo o que estava acontecendo. Mas depois que se passaram dez minutos e as escritas na pedra ainda diziam “Luhan descanse em paz. Nós te amamos, papai e mamãe Zhang” cheguei à conclusão de que não poderia simplesmente ser apenas delírio.

 

Não sei dizer por quanto tempo eu me mantive largado sobre a grama, abraçado junto a pedra, já havia derramado tantas lágrimas que humedecera um pequeno pedaço desta. A noite se seguiu assim, e em minha mente passavam-se tantos devaneios que já podia sentir-me sendo sucumbido pela loucura.

 

Como poderia ser verdade o fato de que Luhan era filho de meus pais adotivos, o fato de que Luhan poderia ser meu irmão, mas principalmente o fato de que Luhan estava morto. As peças daquele enorme quebra cabeça finalmente estavam se encaixando, tudo fazia mais sentido agora, desde as lembranças, até a expressão de minha mãe paralisada na porta de casa.

 

 

­— Baekhyun, o que você estava fazendo aí? — o susto que levei por ver minha mãe, que agora descobrira ter sido a mulher a quem deu à luz a Luhan, me tirou de qualquer pensamento depressivo que pudesse estar tendo. Mas isso só durou alguns segundos, o tempo suficiente para que eu pudesse perceber sua semelhança com Luhan.

 

— E-eu... — tentei me pronunciar, mas a voz falha não saia e qualquer vontade que eu pudesse ter de querer me explicar já não existia mais.

 

Claro que não demorou muito para que a senhora Zhang também desatasse a chorar, mas a dor já era forte o suficiente para eu ter que aguentar mais. Em um segundo de puro impulso levantei-me do chão e corri, novamente, para longe.

 

Parei de correr quando cheguei a uma ponte, havia um enorme rio que cortava o parque, na beira do rio se viam pedras e alguns banquinhos, sentei em um deles por um tempo. Eu estava prestes a tomar a decisão mais difícil de minha vida, por um lado pensava nas mil coisas que não iria mais poder realizar, mas por outro pensava que nada disso mais faria sentido de não tivesse Luhan ao meu lado.

 

Tendo a minha decisão, com as mãos um tanto tremulas, agarrei algumas pedras da beira do rio e coloquei-as uma por uma dentro dos bolsos das calças, dos tênis e aonde mais eu conseguisse enfia-las. Caminhei calmamente até a parte mais alta da ponte, senti o vento acariciar meu rosto uma última vez. Agradeci aos céus por ter me dado a oportunidade de ter pertencido a família Zhang, culpei o destino por fazer com que isso se tornasse minha destruição, mas a verdade é que ninguém tinha culpa alguma.

 

Respirei fundo, subi sobre a balaustrada da ponte e me deixei cair sobre as águas gélidas do rio. Eu já não ouvia mais nada, muito menos enxergava alguma coisa, mas eu estava calmo, pois eu finalmente reencontraria Luhan. A água começara a invadir os pulmões e então por fim, não só se via tudo preto, como definitivamente tudo havia escurecido para sempre.

 

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Talvez eu tenha sido muito ingênuo em pensar que eu iria para o mesmo lugar que Luhan, talvez eu só quisesse acabar de vez com todo o sofrimento. Mas a questão é que Luhan era um espirito de luz, um ser puro. Já eu, Baekhyun, havia cometido um dos piores pecados, rejeite a vida, rejeitei o maior presente que um dia já recebi. Provavelmente passarei minha vida inteira preso neste lugar pútrido e caliginoso, e não a nada que possa fazer. Apenas o que me resta, por essa eternidade de sofrimento, são as lembranças de Luhan que lutarei para que se mantenham comigo.


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3
É muito bom estar participando desse concurso \o/
boa sorte para todo mundo ><


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