História Lembranças - 2° Zayn Malik

Leah on

Eu o escutava tocar.
Uma ... Duas.... Três vezes, sem parar, em nenhum momento ele pensou " ela não que me atender" , bem, eu queria que a pessoa do outro lado da linha pensasse isso. E eu sei exatamente quem é , e o pior, eu sei o motivo.

Suspiro e trago o cigarro, em seguida o apagando no degrau da escada de incêndio e Jogo a bituca dentro da garrafa de bebida vazia , passo a língua nos lábios e entro no meu apartamento pela janela, em seguida me jogando na cama, olho o teto e respiro fundo fechando os olhos em seguida, escuto o telefone tocar novamente e mordo meu lábio, a única coisa que eu quero agora é que esse maldito telefone pare, mas isso não acontece, então levanto e ando até a sala enquanto arrumo a calcinha, estou só de lingerie e uma blusa antiga do meu pai, ultimamente não me importo muito com minha aparência, o que fica evidente ao ver meu cabelo e minha olheiras fundas, olho o telefone tomando coragem para atender, o pego e o coloco na orelha, suspiro.

- .... alô? - digo baixo e fecho os olhos.

- leah ? Onde você tá?  - Escuto a voz da minha mãe do outro lado da linha.

- Eu tô na minha casa - Falo como se não me importasse e ando até minha pequena cozinha, abro a geladeira e pego uma garrafa de vodka, a coloco em cima da pia e pego um copo no armário - Eu não vou, mãe - Falo colocando a bebida no copo e o virando logo em seguida.

- O que? Você precisa vir - sua voz transmite raiva - por favor, pelo seu irmão - suas últimas palavras mexeram um pouco comigo.

- Tá, tudo bem - Suspiro - daqui a 20 minutos eu chego - Desligo o telefone e apoio os pulsos na pia me apoiando na mesma.

Coloco o telefone na base e ando até meu banheiro, tiro a blusa e lingerie , os deixando jogados por lá mesmo , entro no box e tomo um banho rápido.
Saiu do banheiro enrolada na toalha e vou pro meu quarto, visto um cropped preto e uma saia preta que bate no meio das minhas coxas , um salto quinze e volto pro banheiro, me olho no espelho e suspiro olhando meu estado, parece que fui pisoteada por uma manada de búfalos, pego o pente e começo a escovar meu cabelo, depois passo a mão no mesmo o puxando pra trás e faço um rabo de cavalo alto,
Passo base e pó, pra tirar as manchas no meu rosto, passo lápis e rímel preto e depois um batom nude , saiu do banheiro e ando até minha sala , coloco minha jaqueta de couro preta , pego minha bolsa e mão , meu celular e as chaves, coloco meus óculos e saiu do meu apartamento trancando a porta , vou até o elevador, paro na frente do mesmo olhando o recado colado na porta
" Elevador em manutenção"
Suspiro e reviro os olhos e vou até a escada descendo a mesma, minha sorte é que eu moro no terceiro andar,
Vou para a portaria e saiu do prédio , ando até o outro lado da rua e entro no meu carro, pego meu celular e olho as horas.
Tô atrasada, merda!
Pego meu maço de cigarros no porta luvas e meu esqueiro, acendo um cigarro e ligo o carro , dirijo até a igreja.

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Olho a igreja e suspiro , estaciono perto de outros carros, saiu e travo,
Entro na igreja e olho em volta, minha mãe me avista de longe e me chama , ela está falando com algumas pessoas que eu nunca vi na minha vida, bufo e nego com a cabeça , sento em um dos bancos do fundo e cruzo os braços, apenas fico observando por baixo do óculos escuros . Sinto alguém sentar do meu lado, viro o rosto e olho Scott , meu sobrinho , suspiro e volto a olhar pra frente.

- Me disseram que meu pai  foi um herói - Ele fala um pouco baixo olhando pra frente - Eu... Não entendo, ele não tinha nenhum super poder nem nada - Ele me olha - Tia, o que eles queriam dizer falando que meu pai foi um herói?

Suspiro pesado e tiro o óculos pensado no que dizer, ele tem apenas 5 anos, preciso maneirar na dose

- Antes do seu pai morrer, ele já era um herói - O olho - Sabe o por que ? - o vejo negar com a cabeça - Seu pai morreu para salvar a vida de outras pessoas, pessoas que ele nunca tinha visto na vida. Ele pensou primeiro nas outras pessoas, antes de pensar em si próprio , isso o faz um herói - respiro fundo e coloco o óculos de novo .

Scott parece ficar meio sem reação, então apenas se levantar e vai pra perto de outras crianças , volto a cruzar os braços e olhar pra frente...

- Leah? - escuto a voz da minha mãe me chamar e eu apenas levanto do banco , ela anda em minha direção me analisando, me olha nos olhos arqueando uma sobrancelha - Você não tem vergonha de vir ao enterro do seu irmão parecendo uma prostituta ?- Ela funga fazendo cara de nojo - você está com cheiro de bebida e cigarro, Leah.

Apenas tiro meus óculos e arqueio uma sobrancelha

- Por acaso o Victor conhece pelo menos metade dessas pessoas? - giro meu dedo indicador mostrando o local -  você não liga pra morte do meu irmão, você quer se dar bem aos custos do seu filho morto - Sinto meu rosto arder e o viro instintivamente , coloco à mão na minha bochecha a sentindo quente, sim ! Ela me bateu , a olho indignada, ela está com os olhos cheios de lágrimas.

- Nunca mais fale assim comigo , está me entendendo? - Ela diz , quando estou prestes a responder, Jenny, minha cunhada se aproximar, ela parece cansada , como se tivesse perdido as forças.

- Oi leah - Ela disse baixo.

Respiro fundo e apenas a abraço, sempre nos demos muito bem, ela é uma pessoa incrível, meu irmão teve sorte de te-la em sua vida. Ela retribui o abraço logo em seguida e desaba em lágrimas , a aperto um pouco tentando desmontar conforto , murmuro um " Eu te entendo" e ela apenas afirma com a cabeça . Vejo minha mãe andar até um homem , ele era loiro e alto, estreito os olhos tentando lembrar de onde o conheço, ele vestia um terno preto e seu cabelo está bem arrumado . Passo a língua nos lábios e faço a Jenny me olhar, limpo suas lágrimas e a faço sentar em um banco.

- Vou buscar um copo de água pra você - ela me olhar e afirma com a cabeça, limpando as lágrimas com um pedaço de papel amaçado.

Ando até um dos bebedouros que tem no canto da igreja, pego um copo de água e coloco água no mesmo, ando um pouco, e algumas pessoas me param para dizer algumas palavras de consolo
" Ele foi uma pessoa maravilhosa"
"Foi tão jovem, deixou mulher e filho"
" Deus sabia o que era melhor para o seu irmão"
Eu apenas sorria fraco e afirmava com a cabeça, voltando a andar, eu realmente não acredito em nada disso . Mas , em um enterro , não se pode contrariar as pessoas.
Chego perto da Jenny e sento do seu lado, entrego o copo.

- Obrigada - ela diz e bebe um pouco de água.

Eu volto a olhar minha mãe, ela ainda conversa com aquele cara, mordo o canto do lábio e olho a minha cunhada.

- Quem é aquele?- digo baixo - conversando com a minha mãe.

Ela procura com o olhar

- Aquele é o Justin , não o conhece? - Ela pergunta - Ele era parceiro do Victor .

- Parceiro ?

Ela afirma com a minha

- Ele esteve lá no dia.... Leah ? - Ela me chama , mas eu já estou caminhando até aquele cara, não enxergava mais nada , só ele.

Minha mãe percebe minha presença e vai anunciando minha chegada para o Justin, mas logo eu a corto

- Você era parceiro dele ? - Pergunto com raiva.

Ele me olha, e estende a mão

- Seu irmão falava muito de você, sou Just.. - Não o deixo terminar de falar, minha mão praticamente voa de encontro ao seu rosto , fazendo um barulho estrondoso , todos que estão dentro da igreja nos olham , respiro fundo e olho de canto de olho para o caixão fechado , onde se encontra meu irmão , o que me deixa com mais raiva

- Leah! - diz minha mãe indignada, olho o Justin que me olha sem entender

- Você não fez nada ! - digo me esforçando pra não chorar - ele era seu parceiro, vocês tinham que se proteger , e você não fez nada.

Ele suspira

- Leah, não tinha o que eu fazer , eu sinto muito - ele diz baixo - muito mesmo, se eu pudesse, teria feito alguma coisa , juro.

Apenas riu sarcasticamente.

- Victor morreu - digo alto - ele está morto, há dois dias atrás ele era um ser pensante com capacidade de respirar , mas agora não passa de memórias em um espaço tempo relativo, que com o tempo irá se deteriorar e desaparecer , e tudo porque você não foi capaz de apertar o gatilho - respiro fundo e olho em volta , todos olhos olhavam sem reação, volto a olhar o Justin, ele está sem palavras.

Coloco os lábios entro da boca e afirmo com a cabeça, fungo.

- Foda- se tudo isso, toda essa mentira - digo e saiu de dentro da igreja, coloco o meu óculos e ando até o meu carro, acendo um cigarro e o fumo.

- Você sabia que o cigarro já matou mais pessoas do que a segunda guerra mundial? - escuto uma voz masculina e olho pro lado vendo o Justin.

Suspiro

- Tá fazendo o que aqui? - digo soltando a fumaça.

Ele se aproxima e me olha

- Pra uma garota de 16 anos, você tem a língua bem afiada - ele ri fraco - Vim me desculpar com você.

- Eu tenho 19 anos - digo com um ar de " óbvio" e trago o cigarro- era só isso? Despeço sua piedade.

- Não estou tendo piedade de você, piedade é a última coisa que uma garota como você precisa.

- Uma garota como eu?- riu sarcasticamente e solto a fumaça- e que tipo de garota eu sou ? Hein ? Problemática? Alcoólatra? - pergunto.

- Forte - ele diz , o que me faz ficar quieta sem reação- uma pessoa que precisa de piedade nunca diria o que você me disse lá dentro.

Respiro fundo e afirmo com a cabeça.

- Tchau, Justin - falo entrando no meu carro, dou uma última tragada no cigarro e o jogo pela janela, solto a fumaça e olho o Justin que ainda me olhava, respiro fundo e desvio o olhar, começando a dirigir .

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- Um.. dois .... Três - Diz Becky , e nós três viramos nossos copos de tequila.

Depois que sai do funeral, liguei para duas amigas minhas de faculdade, Rebecca e Alice . Então fui para o meu apartamento , coloquei um vestido justo e retoquei a maquiagem, e corri para o bar encontrar as garotas.

- Então..esse tal de Justin - diz Alice passando o indicador na boca do copo, um ato que, quando ela exerce, fica completamente sexy. Ela é o tipo de garota com que os homens dormem por uma noite e nunca mais se esquecem , ela simplesmente muda um móvel de lugar , e parece que tudo ficou inteiramente inovador , Ela é o tipo de mulher fatal, em que todas as outras se espelham - Como ele é? - ri anasalado.

- tirando o fato dele ter sido responsável pela morte do meu irmão mais velho? - digo e bebo um pouco do meu bloody Mary pelo canudo , dou de ombro - Não é de se jogar fora

- Não vamos falar de macho agora né - diz Becky, de nós três, ela é a mais sensata , ri e balança meus ombros - temos que animar nossa garota aqui, vem, tem uma boate aqui perto - Ela abre a bolsa e deixa uma nota em cima do balcão , já saindo de lá.

Eu e Alice nos olhamos e fazemos o mesmo.

- Alice, pra que esse copo ?- Ela ainda estava com um copo na mão.

- Er... Por que eu paguei? - Ela diz sarcasticamente,e eu apenas riu.

Vamos andando em direção a boate, mas paramos de andar ao ver o aglomerado de gente reunida em volta de uma loja, suspiro

- Não vamos conseguir passar nunca- digo para as garotas ao ver alguns policiais bloqueado a passagem - Vem comigo - digo a elas e ando até um dos policiais - Com licença, eu e minha amigas precisamos passar.

Ele me olhar como se eu tivesse dito um absurdo.

- Garotinha , Não estamos deixando ninguém passar aqui, pode nos fazer um favor ? Volte pra sua casa , pra ficar perto da mamãe e do papai - sinto meu sangue ferver.

- Acontece seu guarda , que eu não quero ir pra casa, eu quero ir pra boate com minhas amigas curtir minha noite - cruzo os braços.

- Garota, você não está vendo que não estamos deixando ninguém passar? - ele diz alto, chamando a atenção de algumas pessoas- você é burra assim mesmo ou quer se amostras pra suas amiguinhas? Vai ser mimada lá no colinho do papai, aqui não.

Meu sangue sobe pelos olhos de tanta raiva que eu sinto, pego a primeira coisa que olho , bingo! , O copo de Alice cheiro de batida de morango com vodka e Jogo no policial , as garotas tampam a boca assustada e o policial me olhar, respirando fundo, demonstrando a raiva.
Arregalo os olhos, Tá agora sim fodeu!