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História Lembranças dos Meus Anos - Aos 16


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


LADIES AND GENTLEMEN APRESENTO-LHES MAIS UM CAPÍTULO!!!

Hello amores e amoras, olha quem resolveu dar as caras novamente - aond xá! Bem, como eu falei na outra fic se conseguisse terminar adiantado eu postaria, então aqui estou cumprindo minha promessa!
Eu juro que tentei fazer um capítulo menor - unindo as mãozinhas - eu juro mesmo, mas quem já me conhece sabe que eu sofro da síndrome dos dedos nervosos e quando eu começo a escrever eles se empolgam, aí da nisso: um capítulo com mais de 4 mil palavras, pode isso gente?
Sei que às vezes quando o texto é grande a leitura se torna cansativa, mas realmente não deu para dividir esse capítulo em dois, acho que eu preciso urgentemente aprender a escrever lemons menores!

Vou para de enrolação e nos vemos nas notas finais tenho aviso de CFOAE, então boa leitura!

Capítulo 4 - Aos 16


“Vá em buscas de informações e só volte quando tiver solucionado esse caso. É uma ordem” Ordenei irritado, mal havíamos começado a missão e eu já estava com os nervos à flor da pele.

Sebastian fez uma mesura acompanhada de seu habitual ‘Yes, my lord’ e se aproximou da janela fazendo as cortinas esvoaçaram com o vento ao sair.

Olhei novamente ao redor, estávamos na melhor estalagem da região e até que não era de má qualidade, mas em nada se comparava ao luxo da minha mansão e na verdade estava bem longe disso, no entanto era o melhor que conseguimos até o momento. Estamos em mais um caso da rainha e incumbidos desta vez de descobrir o motivo dessa antes tão populosa vila está perdendo consideravelmente rápido seu número de habitantes.

Na carta dizia que a perda vertiginosa estava relacionada com variados tipos de doenças que apresentavam desde a sintomas moderados até casos mais sérios como delírios e convulsões e posteriormente a morte, isso sem falar dos casos de crianças que nasciam defeituosas. De início não dei muita importância a essas informações, mas ao chegar ao local e constatar os inúmeros doentes somados aos funerais que presenciamos e a constante presença dos ceifadores me fez perceber que o caso realmente era sério.

Recolhemos informações com moradores, enfermos e pessoas que perderam seus parentes, mas nossas buscas não chegavam a lugar algum e nem todas as vítimas apresentavam sintomas parecidos e esses chegavam a ser diversificados, descartando assim a hipótese de uma epidemia. 

Não importando o que fosse minha urgência era grande por solucionar esse mistério, já faz dias desde que sai de casa e não quero permanecer aqui tempo suficiente para acabar como essas pessoas, debaixo de sete palmo.

Desconfio que Sebastian saiba de alguma coisa e por pirraça não quer revelar, por possuir os sentidos – e inteligência – mais apurados com certeza descobriu algum detalhe que deixei escapar, mas por se regozijar com minha limitação humana prefere se manter em silêncio. Sei que posso ordena-lo a contar, mas meu orgulho não deixaria me rebaixar a tanto. Maldito demônio, como se não bastasse tudo que já me faz.

As lembranças das situações inusitadas que vem ocorrendo nos últimos meses vieram à mente e senti meu rosto esquentar, nunca pensei que chegaríamos a esse ponto, mas o fato é que a hora do banho se tornou um pesadelo para mim. Não que tivesse mudado muita coisa, ele continuava a me banhar como sempre fazia e aí residia o problema, ele permanecia o mesmo, mas eu havia mudado.

Desde a vez em que roubou o fruto da minha inocência com suas mãos eu acabei me tonando mais ciente de seu contato e seu toque agora me era infinitamente mais intenso que antes. Por mais que ele diga inúmeras vezes que me satisfazer seja apenas uma de suas tarefas, eu ainda não consigo me acostumar a ideia, porém não é algo que eu possa evitar, na verdade até posso, mas não quero. Por mais que seja vergonhoso, sujo e acabe com minha dignidade, não consigo me livrar dessa vontade tão profana, Sebastian tinha razão em dizer que ao experimentar o prazer seria impossível não querer senti-lo outra vez.

Mesmo não admitindo a ele, me dou por vencido, isso se tornou uma necessidade, quase beirando ao vício e por mais que tente me controlar há ocasiões em que não consigo reprimir uma ereção ao ter suas mãos em minha pele. Só de pensar me sinto esquentar, já faz dias que não me satisfaço e vergonhosamente começo a sentir a necessidade de seu toque, se ele soubesse o quanto me sinto sujo e desprezível por causa disso talvez até sentisse pena de mim.

Suspirei e levantei da cama resolvido a dar uma volta para acalmar essa sensação de ardência no peito e que descia cada vez para mais baixo. Já pensei algumas vezes em resolver esse problema sozinho, mas isso seria ainda mais vergonhoso, pois certamente o maldito descobriria e pior ainda se de propósito me pegasse em flagrante.

Sai pelo corredor da estalagem e fui para o pequeno bar que havia ali, minha única opção era esquentar o estômago com algumas doses de Whisky já que Sebastian me proibiu de comer ou beber qualquer coisa que não passasse por sua vistoria, mas certamente um pouco de álcool não faria mal. Tomei certa de três ou quatro doses enquanto me esquivava das investidas das jovens que se insinuavam para mim, francamente, basta possuir algumas posses para essas mulheres caírem em cima como gaviões em cima da presa.

Num canto mais afastado e em uma mesa em meio à penumbra estava um casal, o garoto era parecia ser da minha idade e a ‘dama’ certamente alguns anos mais velha. Porém o que de fato chamou a atenção foi o que estavam fazendo: se beijando.

Era um beijo lento e cheio de luxuria, sendo possível ver as línguas se enroscarem sem pressa, como se aqui só houvesse eles dois. Ela afundou os dedos nos cabelos dele enquanto ele apertou sua cintura, mesmo a certa distancia e com o barulho da musica percebi que gemiam durante o contato e suas expressões era de puro prazer.

Fiquei um bom tempo observando o casal totalmente entretido e que paravam o beijo apenas para respirar, ver aquilo seria  desconfortável não fosse a minha curiosidade. Passado algum tempo eles levantaram e se encaminharam para o andar de cima, não sendo muito difícil imaginar o que iriam fazer. Pedi minha última dose de Whisky da noite e a tomei num único gole sentindo a garganta rasgar.

Subi para o quarto imaginando como seria sentir os lábios de outra pessoa, o gosto da saliva, a textura da língua e as sensações que isso trazia, aquela cena realmente despertou minha curiosidade. Não faltavam muitos meses para Elizabeth chegar de Paris e quem sabe em uma de suas visitas a mansão eu conseguisse o momento propício para pedir um beijo. Não havia jeito, eu teria que esperar para saciar minha curiosidade.

Quando entrei Sebastian já estava no quarto, sentado no beiral da janela e olhando perdido o movimento da rua, seus cabelos balançavam com o vento e oscilavam entre refletir o platinado da lua e a iluminação suave do quarto, fazendo uma bela mistura entre o cinza e o alaranjado. Assim que me viu se levantou.

“Não é de seu costume se embriagar durante uma missão. Está tudo bem?” Ele fechou a janela e me encarou com o olhar vazio e a voz calma.

“Eu estava apenas entediado e não exagere, você sabe muito bem que não estou embriagado. Agora mais importante, fez o que eu ordenei?” Sentei na cama tirando por iniciativa própria o excesso de roupas, me amaldiçoando por não ter tomado banho antes dele chegar.

Ele suspirou e veio me ajudar começando pelo calçado “O caso é relativamente simples, eu já tinha uma suspeita, mas precisava de uma confirmação para poder lhe falar. Como o senhor percebeu a principal atividade econômica da aldeia gira em torno da mineração e secundariamente vem a agricultura, o trabalho com metais pesados implica em despejar no meio ambiente uma substância potencialmente letal ao corpo humano: o arsênico. Essa substância contaminou a água da aldeia e consequentemente as plantações já que essas são irrigadas com a água contaminada, o que só vem piorando no decorrer dos anos já que a prática vem se intensificando para atender a demanda das indústrias. Sendo assim tanto a água quanto a comida dos moradores estão envenenados, por isso há tantas mortes e os óbitos diferentes são justificados com o fato do veneno causar vários efeitos patológicos como doenças cutâneas, gastrintestinais, cardiovasculares e vários outros que também incluem a má formação fetal”.

“Arsênico? Então era só isso?” Vi ele me dar um sorriso debochado de quem quer dizer: ‘Era só isso, mas você não conseguiu descobrir sozinho’. Bufei irritado e me levantei da cama indo para o banheiro “Vá para o seu quarto, você está dispensado por hoje e amanhã retornaremos cedo à mansão”.

“Mas eu ainda tenho que lhe banhar” Ele me seguiu.

“Sebastian! Por acaso você não ouviu o que eu falei? Você está dispensado!” O vi serrar o punho e trincar o maxilar, estava claramente irritado. Suspirei e fechei olhos apertando a ponta do nariz buscando a calma que me era habitual “Não estou suado e por isso não irei tomar banho, você poderá fazer isso de manhã. Irei apenas fazer minha higiene bucal e depois dormir”.

Sua expressão suavizou e ele se deu por vencido, o que para mim foi um alívio, pois não estava com cabeça alguma para uma discussão e tentar argumentar com Sebastian era uma tarefa árdua e deveras exaustiva “Perdoe minha atitude inadequada, bocchan, e já que não precisará de meus serviços por hoje irei me recolher, tenha uma boa noite” Fez uma reverência e saiu.

Suspirei, finalmente amanhã eu me veria livre desse lugar.

S&C

“Venha aqui, Sebastian” Propositalmente sussurrei o mais baixo que pude, queria testar o quanto esse demônio estava atento ao meu comando e sinceramente ansiava por sua falha, porém não precisou mais que alguns segundo para ele bater a porta “Entre”.

“Pois não?” Ele entrou com um cínico sorriso fechado. Demônio irritante.

“Envie essa carta à rainha, aqui está a solução do caso e ela saberá qual a melhor decisão tomar” Me virei na cadeira fazendo um sinal com a mão para que ele saísse.

“Bocchan, se me permite perguntar, por que você não tomou antecipadamente as devidas providências?”

Encarei-o novamente e até achei que ele demorou a fazer essa pergunta “A aldeia contribui de forma significativa na economia de Londres, pois eles fornecem a matéria-prima necessária para inúmeras empresas funcionarem e que direta ou indiretamente influenciam os ‘negócios’ da rainha. Interditar a exploração de minério causaria um prejuízo econômico significativo e eu não quero carregar esse fardo nas minhas costas, dependendo da escolha que Victoria fizer, se vier a errar isso será problema dela, mas duvido muito que ela cesse a exploração”.

“Então é isso! E você não se importa que inúmeras pessoas continuem a morrer caso a exploração prossiga?” Um brilho sádico e a sombra de um sorriso passaram por seu rosto.

“Isso não é mais problema meu e sim da rainha, ela é que será a culpada por essas mortes caso não faça nada para reverter a situação. Mas respondendo diretamente a sua pergunta: Não, eu não me importo. Satisfeito? Era isso que queria ouvir, não era? Agora vá fazer o que eu mandei” Ele me deu um sorriso de canto e saiu.

Ah Sebastian... Se você soubesse que no fundo eu me importo com essas pessoas, qual seria sua reação? Ficaria decepcionado?

Olhei para os inúmeros papeis que eu teria que revisar e suspirei pesado me faltando a disposição, minha mente ainda vagava para o beijo que presenciei na mesa daquele bar, a cena não saia da minha cabeça.

S&C

“Venha, bocchan, seu banho está pronto” Sebastian saiu do banheiro sem o fraque e com as mangas da camisa dobradas até o cotovelo. O segui e chegando em frente a banheira tirei o roupão, revelando meu corpo nu e entrando na água quentinha, era disso que eu precisa para me livrar das tensões do dia a dia.

Suas mãos começaram a me lavar e eu relaxei deixando que ele limpasse como bem entendesse, eu precisava desse contato em mim, de sentir sua pele deslizando na minha, de seus dedos percorrendo o meu corpo e causando arrepios. Fechei os olhos encostando a nuca na borda da banheira e esvaziei a mente, nesse momento a única coisa que necessito é ser tocado.

“O jovem mestre deseja que eu o satisfaça aqui ou no quarto?” Sua voz suave fez seu hálito frio bater contra minha orelha, estávamos tão próximos que desejei como nunca antes que seus lábios encostassem em meu pescoço, que tivéssemos o contato íntimo que nunca tivemos a não ser o de sua mão em minha intimidade.

“No quarto” Respondi mandando a vergonha para o quinto dos infernos e levantei da banheira, eu precisava desse momento e isso era bem nítido pelo estado da minha ereção.

Sentei-me na cama para ele me secar e mesmo não vendo necessidade disso no exato momento, Sebastian sempre dizia que não queria que eu pegasse um resfriado por estar molhado, o que a meu ver sua verdadeira intenção era apenas me torturar. Seu rosto insondável ao passar a toalha em meu corpo era tão sereno que nem parecíamos está nessa situação embaraçosa e eu era curioso em saber de onde ele conseguia arranjar tanta concentração nessa hora. A sua calma chegava a ser irritante.

Fixei meus olhos em seu rosto percebendo o quanto seus lábios eram atraentes. Seriam eles macios? Saborosos? Quantas bocas já beijaram? Quantos contratantes já provaram o sabor que eu ainda não provei? Balancei levemente minha cabeça para afastar o pensamento, Sebastian era um demônio e assim como eu um homem, não era correto está tendo esse tipo de pensamento em relação a ele.

Aproveitando-se de minha distração e sem avisar me envolveu em sua mão e começou lentamente os movimentos que já eram conhecidos, ofeguei de bom grado e como de costume – e para não lhe encarar – descansei a cabeça em seu ombro, não resistindo a tentação de atacar seu pescoço, em noites como essa ele sempre saia do quarto com várias marcas no local após terminar seus serviços.

Abafei meus gemidos contra sua pele, folgando o nó de sua gravata e obtendo mais espaço para explorar, minha língua foi subindo para sua mandíbula contornando o maxilar e logo nossas respirações se encontraram, os rostos a centímetros um do outro e seus lábios atraentes me pareceram ainda mais convidativos, então me deixei levar pelo momento e encostei-os num leve resvalar .

“Bocc...”

Calei-o com um novo selo antes que minha coragem esvaísse, mas dessa vez prolonguei o contato, seus lábios eram levemente frios e como pensei eram macios. Beijei-o novamente trazendo o lábio inferior entre meus dentes e o incitando a corresponder, o que não demorou em acontecer e sua língua deslizou por entre meus dentes se encontrando com a minha, gemi e o puxei para mais perto enlaçando seu pescoço.

O interior de sua boca era morno e a saliva de um sabor agradável, a língua era superficialmente áspera, porém muito macia e conduzia a minha com calma guiando-me ao que fazer. Não demorei a adquiri a experiência necessária para que o beijo aprofundasse e enrosquei minhas pernas em seu corpo perdido de prazer.

Soltei sua boca a levando para meu pescoço e ele prontamente entendeu o meu pedido e sugou ali enquanto seus dentes roçavam levemente na pele me fazendo estremecer. Não me reconheci naquele momento, em outras circunstâncias jamais o incentivaria a me tocar dessa maneira, mas sanidade era o que me faltava na ocasião e revirei os olhos ao senti-lo sugar meus mamilos.

Sebastian foi descendo cada vez mais e quando dedicava atenção a meu umbigo senti minha glande esfregar na parte debaixo de seu queixo ao passo que meu membro era vigorosamente estimulado por sua mão, as sensações eram tão intensas que certamente eu não duraria muito tempo. Pegando-me desprevenido ele deu uma lambida de supetão na cabeça do pênis, em cima da fenda da minha uretra, gesto que me surpreendeu.

“Sebastian!” Puxei sua cabeça.

“O que foi, bocchan?” Deu um sorriso malicioso “Hoje você parece tão disposto a usar minha boca que pensei em lhe mostrar utilidades mais interessantes para ela” Dito isso tirou minha mão de seus cabelos e abocanhou sem cerimônia minha ereção.

O prazer foi indescritível e joguei a cabeça para trás enquanto forcei a dele para baixo, a sensação devastadora não me permitiria aguentar muito tempo sentado, por isso descansei o corpo sobre a cama, curvando a coluna a cada onda de prazer que me percorria até a alma. Agora seu precioso alimento era marcado pela dor, pelo desespero e também pelo prazer. Pergunto-me se essa combinação deixaria o gosto mais agradável e tenho quase certeza que sim.

Apoiei uma perna sobre seu ombro enquanto que com os dedos emaranhados em seus cabelos forcei ainda mais sua cabeça contra minha intimidade, castigando sua garganta com meus movimentos involuntários e estocando o mais profundo que conseguia, já que ele de bom grado resolveu me mostrar suas habilidades até então desconhecidas, eu me aproveitaria ao máximo e sem piedade de sua servidão.

Minhas arfadas pareciam mais gemidos mal contidos e o quarto esquentou fazendo pequenas gotas de suor grudarem os fios de cabelo na minha testa. A sincronia dos nossos movimentos era perfeita até que arquei a coluna ao máximo e cheguei ao auge do prazer, foi quando os movimentos cessaram e meu corpo relaxou na cama completamente inerte e extasiado.   

“Está satisfeito, bocchan?” Olhei preguiçosamente em sua direção, ele lambeu os lábios e deu um lindo e encantador sorriso de olhos fechados, muito mais sexy do que os sorrisos maliciosos.

Não consegui evitar de sorrir também, naquele momento percebi certa cumplicidade entre nós dois, algo que ainda não tínhamos verdadeiramente vivenciado nesses seis anos de contrato. Sentei novamente tendo ele ainda ajoelhado a minha frente “Me diga Sebastian, você não sente ‘vontade’?” Ele franziu o cenho “Não se finja de sonso que você sabe muito bem o que eu quis dizer”.

“Está preocupado comigo?” Respondeu com seu típico cinismo.

“Como se eu precisasse me preocupar com você” Debochei com certo desprezo apenas para provoca-lo “Apenas responda minha pergunta, é uma ordem”.

Ele suspirou diante do meu comando, sabendo que não poderia mentir “Sim, eu sinto”.

“Mostre-me” Vi que o surpreendi e deixei confuso, mas me obedecendo ficou de pé e eu pude contemplar em sua calça a visível extensão de seu desejo “Tire a roupa” Ordenei.

Agora ele realmente pareceu surpreso e se não fosse fingimento diria que até desconfortável, mesmo assim fez o ordenado. Observei seriamente cada um de seus gestos e com a cara tão imparcial quanto a dele ao me fazer passar por esses momentos, queria fazê-lo provar de seu próprio veneno.

“Pronto” Já totalmente despido era a segunda vez que eu contemplava seu corpo e dessa vez nada atrapalhava minha visão, essa que era realmente invejável.

Certamente a luxúria estava estampada no meu rosto nesse momento.

“Deite-se” Indiquei o espaço na cama e ele desconfiado continuou no mesmo lugar, parecia duvidar que esse realmente era ‘eu’ e a sua cara hilária fazia minha vontade de rir ser grande, mas me mantive o mais sério que pude “Quer que eu ordene novamente?”.

“Não será preciso” Ele deu um sorriso cínico e se deitou onde indiquei.

Fiquei o olhando sisudo e ele tentava desvendar minha expressão, claramente desconfiado das minhas intenções. Por fim dei um sorriso maquiavélico, queria ver se essa besta era capaz de sentir alguma coisa, logo ele que sempre debochou de certos impulsos naturalmente humanos e se fosse capaz como seria ele nesse momento tão pessoal, já que sempre se manteve nessa pose séria e compenetrada. Ah Sebastian, chegou a hora de você ser a cobaia, o objeto de exploração.

Deslizei as mãos por suas coxas em direção ao meio de suas pernas e recebi um olhar desafiador, como se esperasse pelo momento de minha coragem se esvair, mas eu iria até o fim, eu nunca volto atrás nos meus atos. Sentia-me inebriado pela luxúria, com o desejo e a curiosidade me impelindo a explorar a bel prazer esse corpo que temporariamente me pertence, Sebastian era meu enquanto fosse seu mestre, então não havia por que ter vergonha ou receio de usa-lo enquanto era minha propriedade.

Sim, ele era minha posse. Assim como também sou a posse dele.

Mesmo já não tendo motivos para manter essa farsa e há tempos poder reclamar o direito de minha alma, ainda assim ele continua me servindo fielmente e satisfazendo todas as minhas necessidades não importando quais fossem. Todos esses motivos ainda me parecem uma incógnita e com certeza a minha dívida com ele é grande por essa dedicação e por prolongar meus anos de vida, por isso enquanto essa partida não acaba mostrarei que o jogo pode ser benéfico pra os dois: prazeroso tanto para um quanto para outro.

Agora entendo a que se referia ao falar que ainda tinha muitas coisas a me mostrar. Esse maldito demônio estrategista! Desde o fim de minha vingança estava tudo planejado, ele já tramava há muito tempo me usar, mas devo admitir que nunca antes fui usado de maneira tão deleitosa e eu realmente não tenho do que reclamar, no fim eu estou no lucro.

Minhas mãos inexperientes envolveram seu membro se ocupando da mesma tarefa que antes ele fazia e seus lábios simultaneamente entreabriram liberando o excesso da excitação que parecia conter, encorajando-me assim a continuar. Observei o que eu próprio fazia, meus dedos subiam e desciam deslizando pela pele clara de sua extensão onde a ponta já anunciava a primeira gota seminal parecendo-me tão convidativa a saborea-la.

Sem pensar e me levando novamente pelo momento passei a ponta da língua vagarosamente por cima da glande, sentindo a textura da pele fina e macia em contato com minhas papilas ainda virgens e sorvi o líquido transparente ouvindo Sebastian suspirar. Levantei meus olhos deparando-me com sua cabeça relaxada sobre o travesseiro e totalmente entregue ao prazer que lhe era dado, nunca antes sua feição esteve tão sensual. Ele abriu os olhos repentinamente se encontrando com os meus e o fogo de suas íris foi o combustível que eu precisava para entrar em ebulição, a partir desse momento definitivamente não havia mais volta.

Acomodei-o em minha boca fazendo os movimentos que minutos atrás eram feitos em mim, analisei seu gosto agora entranhado em minha boca e por mais incrível que pareça não senti nojo, era um gosto normal de pele e as emissões pré-ejaculatórias de um sabor agridoce havendo um toque a mais que eu não soube identificar, mas que chegava a ser agradável para não dizer viciante, ou talvez fosse apenas o desejo brincando com os meus sentidos.

Ele se acomodou na cama de maneira que pudesse confortavelmente me observar e sua mão afagou meus cabelos nesse momento tão pecaminoso. Senti meu rosto esquentar, mas não desviei de seu contato visual e apenas continuei a chupa-lo enquanto ele se deleitava com minha visão tão submissa. A cada suspiro e ofegada sua respiração se tornava mais perceptível e em sincronia com o ritmo de seu ventre que subia e descia a cada arfada. Seus olhos agora intensos me encaravam com desejo e percebi que seu corpo humano não era diferente do meu ao sentir prazer, mas obviamente ele era bem mais contido.

Um lampejo de luz passou em minha mente: eu estava dando prazer a um demônio e estava gostando disso! Nunca antes o errado me pareceu tão certo e ver a expressão de prazer estampada no rosto de Sebastian me valeu mais que qualquer recompensa. Ele estava me mostrando seu lado luxurioso, o que até então por minha pouca idade e rigidez não havia revelado, sem dúvida era o ser mais erótico que eu já havia conhecido.

“Venha, bocchan” Puxou-me delicadamente para cima de seu corpo se apossando de minha boca e levando minha mão a seu membro, onde eu prontamente manipulei.

Ele envolveu sua mão por cima da minha estimulando a ir mais rápido, seu beijo diferente do calmo que me dera antes agora era urgente e necessitado, não demorei em senti-lo dilatar entre meus dedos e soube o que estava por vir. Nesse momento abri os olhos durante o beijo para ver sua expressão e ele mantinha os seus fechados e as sobrancelhas languidamente franzidas, sua boca fundida a minha castigava meus lábios enquanto sua respiração anasalada era despejada vigorosamente contra meu rosto. O sêmen quente escorreu por minha mão quando num ultimo espasmo de prazer ele me presenteou com um baixo gemido e então sua boca se separou da minha para resfolegar.

Fiquei o observando ainda em meus braços e mantendo os olhos fechados ele normalizava a respiração, vi o leve vestígio de um sorriso em seus lábios e agora o olhando tão atentamente percebi o quanto era belo, realmente admirável e senti que nesse momento algo mudou dentro de mim. O meu coração deu uma batida fora do compasso.

Ele abriu os olhos que ainda possuíam levemente a coloração rósea brilhante e ficamos alguns minutos nos encarando, cada um perdido na intensidade das íris tão diferentes uma da outra, porém nunca antes o azul e o vermelho pareceram combinar tão perfeitamente e percebi que seus olhos antes tão vazios haviam adquirido um brilho peculiar, como se o frio fosse preenchido pelo calor. Foi nesse momento que caiu a ficha do que tínhamos feito e me dei conta do que estava acontecendo dentro de mim, levantei da cama em um impulso e caminhei até o guarda roupa.

“Por hoje você está dispensado, eu me visto sozinho” Respondi o mais frio e indiferente que pude indo com meu pijama para o banheiro, quando retornei ele já havia saído.

Deitei na cama com um turbilhão de pensamentos em mente e uma enxurrada de sensações no peito, talvez eu tenha sido um pouco rude ao dispensa-lo daquela maneira, mas o que eu menos queria naquele momento era encara-lo e sim ter um buraco onde pudesse enfiar a minha cara.

Ah Sebastian, talvez fosse melhor que você já tivesse consumido minha alma.

 

Conde Ciel Phantomhive

Agosto de 1892

Lembrança dos meus 16 anos


Notas Finais


AVISO:

O negócio é o seguinte eu já terminei o capítulo de CFOAE, a questão é que falta editar para que não saia com tantos erros já que eu sou uma pessoa que não consegue postar sem unzinho sequer e minha vontade é de bater a cabeça na parede toda vez que isso acontece, mas se eu fosse fazer isso já teria morrido de traumatismo craniano, então antes de ceder a esses impulsos prefiro primar pela integridade dessa minha cabeça avuada. Resumindo o caso é que eu estarei atualizando no dia 15, terça-feira, feriado. Aí vc pergunta: mas autora o que eu tenho a ver com isso? Possivelmente nada! Mas como eu tô algum tempo sem interagir com vcs eu estava com saudades e por isso tô aqui enchendo linguiça kkkkkkkk Mas se o aviso serviu de utilidade para alguém o recado tá dado.

Bjão amores!


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