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História Lemniscata - Prólogo


Escrita por: filhosdanarquia

Notas do Autor


Olá, venho trazer para vocês minha primeira fanfiction de Harry Potter (com este casal *---*) e saibam que eu estou cagando e andando para este fato, se não curtirem a estória podem meter bala em mim, que eu não sou de porcelana.
Enfim, agora é a hora dos avisos:

- Alguns trechos desse capítulo e dos que virão, saíram diretamente do livro e foram modificados pela minha pessoa.
- A história contém - se você não conseguiu ver ali nos gêneros - cabeçada no céu da boca, afogamento do ganso, xiri ao molho pardo e mais quantas frases você puder imaginar para descrever sexo entre dois HOMENS (aqui é pepino com pepino garotada).
- Lemniscata é aquilo que o pessoal coloca no pulso, geralmente acompanhado da palavra always. Sim, o famosinho símbolo do infinito. É a carpa da nova geração.
- Eu provavelmente esqueci de falar as coisas mais importantes, mas eu prometo que se eu lembrar, venho aqui e modifico.

ATUALIZAÇÃO

{A imagem, infelizmente, não é de minha autoria. Foi resgatada do famoso Google e editada pela minha pessoa.
Eu não sei o nome do serumaninho que fez essa Monalisa moderna, mas peço que se souberem me digam para que eu possa ir lá pedir permissão com jeitinho (͡° ͜ʖ ͡°). Não denunciem a história pela capa :') caso exista um problema, me chame por Mensagem Privada.}

Leiam as notas finais (Obs: Aquarianos, NÃO leiam as notas finais)

Capítulo 1 - Prólogo


A invernia acalentava as janelas do expresso de Hogwarts. Os flocos de neve caíam com toda sua imponência sobre os vidros transparentes e ali fixavam-se. O vento cortante, suscitava nos dentes trincados e os corpos selados em roupas de frio. Nada parecia feliz durante a estação; sorrisos congelavam-se em semblantes rígidos, o brilho nos olhares era nublado pela angústia e o calor do amor virava uma gélida indiferença.

Quando Narcissa engravidou, Lucius dizia que toda árvore genealógica dos Malfoys nascera no inverno. Gostava de contar que grandes homens não podiam dar espaço para sentimentos e que por isso a estação álgida era ideal para a ascensão de um ser grandioso. Por tais fatos, contava para todos que pudessem ouvir – com um ar de superioridade e um leve tom de arrogância – que seu primogênito nasceria no auge do inverno, sem dúvida alguma.

Então seu tão esperado herdeiro nasceu. E Draco era puro verão.

Os traços suaves e os cabelos platinados eram tributos de seu pai, as sombrancelhas finas e os lábios avermelhados, de sua mãe. Mas aquilo que diferenciava o pequeno garoto de bochechas coradas tanto da família Black, como da família Malfoy era herança do sol.

Draco, enganado pela inocência infantil, se punia por não ser o garoto-inverno que o pai tanto desejava. Era transparente a devoção que guardava pela figura majoritária desde cedo e qualquer extravagância de Lucius não realizada era uma batalha perdida para o pequeno sonserino. Moldado nesses preceitos, o garoto-nascido-no-verão imergiu em um firmamento de frustrações.

Nunca bom o bastante. Nunca o melhor. Nunca satisfatório. Draco Malfoy teria sempre algo a melhorar. Assim sendo, quando seu pai deixou capturar-se pelos aurores era responsabilidade dele arcar com as decisões equivocadas do mesmo.

“Draco, meu querido. Está na hora” Já fazia algum tempo desde aquela noite e mesmo assim ele podia se lembrar de cada palavra. “Prometo que não demorará muito” disse, segurando suas mãos, o observando com os olhos lacrimosos.

“Cissy, pare de perturbar o garoto com suas frescuras. É uma honra para a família Malfoy ter mais um dos seus membros no ciclo íntimo do Lord das Trevas” Bellatrix condenou a irmã, recolhendo a mão de Draco e o puxando para fora de seu quarto.

O caminho havia sido longo e silencioso. O clima divergindo entre a excitação latente e uma preocupação calada. Escoltado pelas irmãs Black, Draco deu o último passo antes da sua sentença.

Tinha virado-se com o intento de receber as últimas palavras da mãe, mas para sua surpresa a mesma apenas o aparara com um abraço. Não o retribuíra, não na frente da tia a qual olhava os dois com uma expressão desconhecida. Entretanto quando se afastaram, seus olhos a agradeceram discretamente.

Na vez de Bellatrix, as palavras foram cálidas e omissas.

“Não apresente fraquezas, ou sofrerá as consequências.” Draco nunca soube se aquilo havia representado uma ameaça, ou um aviso.

Foi então que ele entrou no salão comum da mansão.

Milorde...”

O som estridente da porta do vagão rangendo, lhe tirou de seus devaneios.

— Que aconteceu com essa coisa? — exclamou Blaise, zangado, batendo-a várias vezes no obstáculo que impedia seu fecho.

Draco franziu o cenho confuso. Não havia nada entre a porta e seu vão, entretanto, mesmo assim o amigo parecia estar enfrentando grande dificuldade. Já estava levantando para ajudá-lo, quando a porta abriu-se sozinha empurrando Blaise para cima de Goyle, consenquentemente gerando uma pequena guerrilha de socos e chutes. Pansy e Crabbe pareceram bastante interressados em analisar a cena, mas uma pequena perturbação no bagageiro superior lhe chamou mais atenção.

Aquilo eram pés?

Antes que conseguisse formar uma explicação lógica, Goyle finalmente selou a porta, lançando um olhar de petulância para Blaise, que por sua vez apenas rolou os olhos acomodando-se em qualquer assento. Crabbe voltou a ler sua revista e Draco estirou-se sobre o banco acomodando a cabeça no colo de Pansy, soltando uma risadinha.

Havendo novamente o silêncio, Draco virou-se para o outro sonserino.

— Então, Blaise, que é que o Slughorn queria?

— Puxar o saco de gente bem relacionada — respondeu o rapaz, lançando um olhar ameaçador para Goyle — Não que tivesse encontrado muita gente.

Draco já arrependia-se de ter perguntado. Porém tentou não deixar transparecer sua irritação.

— Quem mais ele convidou?

— McLaggen, da Grifinória.

— Ah, sei, ele tem um tio importante no Ministério — ponderou Draco, tentando ignorar as pontadas no seu peito.

—... outro chamado Belby, da Corvinal...

— Não, esse é um retardado! — exclamou Pansy, que afagava seus cabelos.

—... e Longbottom, Potter e aquela garota Weasley — concluiu Blaise, de braços cruzados observando atentamente a reação do rapaz loiro.

Draco sentou-se de repente, empurrando a mão de Pansy para o lado. Se aquele professor imbecil tinha chamado Neville Longbottom e Ginny Weasley, mas não o convidara para a reuniãozinha particular, as coisas estavam piores do que pensava para a sua família.

— Ele convidou Longbottom?

— Suponho que sim, porque o Longbottom estava lá — respondeu Blaise, indiferente.

— Que é que o Longbottom tem que possa interessar o Slughorn? — indagou, questionando-se se explodir caldeirões estava entre os requisitos de seleção.

Blaise sacudiu os ombros, como se perguntando a mesma coisa.

— Potter, o precioso Potter, obviamente ele queria dar uma olhada no “Eleito” — desdenhou Draco, lembrando ligeiramente de outra coisa. — Mas e a garota Weasley? Que é que ela tem de especial?

— Tem muito rapaz que gosta dela — comentou Pansy, observando-o de esguelha para ver sua reação. Draco riu internamente. Beijaria um trasgo antes de se interessar pela garota sardenta. — Até você acha que ela é atraente, não é, Blaise, e todos sabemos como você é difícil de agradar!

Crabbe e Goyle encararam um ao outro confusos, obviamente surpresos pela última afirmação.

— Eu não tocaria numa traidora do sangue nojenta como ela, por mais atraente que fosse — retrucou Zabini com frieza, o que satisfez Pansy.

Draco atirou-se novamente nas pernas da garota sonserina, deixando-a acariciar seus cabelos.

— Bem, lamento o mau gosto de Slughorn. Quem sabe ele está ficando senil. Que pena, meu pai sempre disse que no seu tempo ele era um bom bruxo. Meu pai era uma espécie de favorito dele. Slughorn provavelmente não soube que eu estava no trem, ou...

— Eu não esperaria um convite — disse Blaise, notávelmente ácido, como se esperasse por aquela parte da conversa em específico. — Ele me pediu notícias do pai de Nott quando embarquei. Pelo visto, os dois eram bons amigos, mas quando soube que o velho Nott foi apanhado pelo Ministério não ficou nada feliz, e não convidou Nott, não é? Acho que Slughorn não está interessado em Comensais da Morte.

Pansy interrompeu o carinho, apreensiva com o efeito das palavras de Blaise.

Draco gelou, sabia como as coisas seriam depois que retornasse à Hogwarts. Sua mãe lhe avisara de antecedência e não era surpresa para ele descobrir que o status da família Malfoy havia sofrido uma queda no conceito das famílias bruxas convencionais. Afinal, o pai havia sido preso em uma missão de sua liderança, levando não só a si, como a outros homens de notoriedade da comunidade mágica à julgamento. Os que não o repudiavam por servir ao Lord das Trevas, o faziam por trancafiar seus familiares em Azkaban. Porém, ainda assim, foi inevitável o bolo sólido que teve de engolir. Não podia demontrar que aquilo havia o afetado, não na frente dos outros. Precisava agir como um Malfoy, então apenas ofereceu a Blaise um sorriso vagamente amarelado.

— Bem, quem se importa com os seus interesses? Quem é ele na ordem das coisas? Apenas um professor idiota — Draco deu um bocejo exagerado. — Quero dizer, talvez eu nem esteja em Hogwarts no ano que vem, que diferença me faz se um velho gordo e decadente gosta ou não de mim?

— Como assim, você talvez não esteja em Hogwarts no ano que vem? — perguntou Pansy indignada, parando de ajeitar seus cabelos na mesma hora.

Ótimo, havia chamado a atenção deles para outro assunto. Suspeitava que Blaise estava prestes a retorquir suas palavras e não sabia se tinha poder de influência suficiente para entrar naquele jogo.

— Ora, nunca se sabe — respondeu Draco com um ar de riso, mesmo que não sentisse um pingo de graça internamente. — Eu talvez venha... hã... a me dedicar a coisas maiores e melhores.

Me dedicar ao plano..., pensou relutante. A ordem que lhe fora imposta ainda era o motivo de seus pesadelos todas as noites. Contudo não podia fraquejar e humilhar mais uma vez o nome de sua família. Era crucial que nada desse errado, ou coisas piores que a decadência de seu status na escola iriam acontecer.

Dessa vez deixaria seu pai orgulhoso.

Crabbe e Goyle o olhavam boquiabertos; pelo jeito não tinham conhecimento de nenhum plano de dedicação a coisas maiores e melhores. Até Blaise deixou uma expressão de curiosidade anuviar suas feições arrogantes, para grande satisfação de Draco. Pansy voltou a alisar os cabelos loiros, pasma.

— Você está se referindo a... ele? — A mera menção do Lord das Trevas deixara o ambiente mais tenso e frígido. Por um segundo, Draco suspeitou que um dementador tivesse entrado no vagão.

Ele apenas deu de ombros.

— Mamãe quer que eu complete a minha educação, mas, pessoalmente, acho que nos dias de hoje isso não seja tão importante. Quero dizer, pensem um instante... quando o Lord das Trevas tomar o poder, será que vai se importar com quantos N.O.M.s e quantos N.I.E.M.s a pessoa obteve? Claro que não... tudo vai girar em torno dos serviços que prestou, a dedicação que demonstrou a ele.

— E você acha que será realmente capaz de fazer alguma coisa por ele? — perguntou Blaise, sarcástico. — Com dezesseis anos e sem ter completado sua qualificação?

— Foi o que acabei de dizer, não foi? Quem sabe ele não se importa se tenho qualificações. Talvez eu não precise ter qualificações para o trabalho que ele quer que eu faça — replicou em voz baixa.

O sonserino desviou tanto dos olhares de Crabbe e Goyle, como do de Pansy.

D

“Draco, você está praticamente mais pálido que as belas paredes de sua casa” a voz aguda e fria fez-se ouvir do outro lado do salão. “Espero que não esteja o aborrecendo com minhas palavras.”

“Não está, milorde” Draco respondeu rapidamente. Sua mãe estava há poucos metros de si, separada apenas por uma porta, no entanto ele sentia como se não houvesse ninguém em quilômetros de distância.

“E então?” sibilou Voldemort numa tentativa falha de incentivo.

“E-eu compreendo o que o senhor me pediu, mestre. Creio que não haverá... que não haverá qualquer problema.”

O silêncio triunfou sobre o salão.

Draco soube que Voldemort invadiria sua mente, antes mesmo que o lorde levantasse a varinha. E agradeceu por todas as aulas de oclumência que a tia lhe dera, quando sua visão clareou eclodindo em um manto de memórias. Tentou esconder tudo; a frustração de quando perdeu o pomo de ouro para Potter, a punição de seu pai, Granger quebrando seu nariz, o primeiro beijo, as punições de seu pai, sua primeira vez, o hipogrifo, o julgamento, a prisão, sua mãe, seus amigos, o baile, o torneio...

Tudo.

Entretanto o poder do Lord das Trevas era inimaginável e as barreiras da sua mente ruíram instantâneamente. Ele riu.

“É nisso que pensa, Draco, ou as aulas da minha querida Bella estão dando resultado e você me escondeu o que não queria que eu visse?” perguntou, sorrindo para o rapaz infantilmente. “Bom, muito bom. Espero que apresente a mesma relutância em se abrir com seus colegas e com Dumbledore. Não seria bom se nosso plano falhasse, seria?

“Não, mestre” respondeu fraco.

D

— Já estou vendo Hogwarts — disse Draco, evitando continuar aquele assunto mesmo que a insinuação de medo no rosto dos colegas lhe desse uma pontada de prazer. — É melhor trocarmos de roupa.

Os colegas pareceram igualmente interessados em encerrar o assunto.

— Você não acha que deveria sair, Pansy? — ironizou Blaise, vendo que a garota não havia se mexido ainda.

— Por que sairia? Não tem nada aqui que eu já não tenha visto, querido — provocou maliciosa, passando uma de suas pernas por cima da outra. — Com exceção de Crabbe e Goyle. Será que irão me surpreender rapazes?

Infelizmente, Draco não entendeu os rosnados dos dois lançados a Pansy, – que correu rindo para fora da cabine –, pois no exato momento que Crabbe puxou sua mala, um ruído conhecido surgiu do mesmo local onde ele havia visto o par de sapatos.

Um vislumbre de entendimento passou pelos seus olhos.

— Draco, não vai se trocar? — inquiriu Blaise, desconfiado.

— Sim, só me lembrei de algo — respondeu seco, vestindo-se adequadamente.

Quando o trem reduziu a marcha provocando um sacolejo fraco nas cabines, Pansy voltou já trocada, rindo de algo que havia acontecido no corredor com Bulstrode. Draco a ignorou prontamente.

D

Em um solavanco final, o expresso finalizou sua jornada abrindo-se para os estudantes. Blaise deu espaço para Goyle abrir a cabine – que saiu junto de Crabbe empurrando os alunos do primeiro ano – para depois seguir seu caminho pacificamente.

— Você pode ir andando — disse Draco a Pansy, que o aguardava com a mão estendida como se esperasse que ele a segurasse. — Quero verificar uma coisa.

Pansy saiu.

Quando soube que tinha privacidade, Draco fechou as cortinas e abriu o malão novamente, buscando sua varinha entre as roupas cuidadosamente dobradas. Não seria problema algum se atrasar-se um pouco.

Antes que Potter tivesse capacidade de reagir, Draco virou-se com a varinha em riste e exclamou:

Petrificus Totalus!

De repente, pode observar um vulto se desenrolar da sua famosa capa de invisibilidade e cair em câmera lenta, bem diante dos seus pés. Draco não conseguiu expressar nada além de asco pela figura petrificada à sua frente; os óculos de praxe haviam rachado na queda e os cabelos negros grudavam-se em sua testa, tapando a cicatriz. Harry Potter se encontrava totalmente indefeso.

— Foi o que pensei — disse eufórico. — Ouvi o malão de Goyle bater em você. E pensei ter visto uma coisa branca riscar o ar quando Blaise voltou... — Seu olhar se demorou nos sapatos de Harry. — Suponho que tenha sido você quem travou a porta quando Blaise entrou, não?

Sem resposta, ele sorriu em satisfação com o brilho furioso nos olhos do grifinório e agachou-se até conseguir observá-lo mais de perto

— Você não ouviu nada que me preocupe, Potter. Mas aproveitando que está aqui...

E pisou com força no rosto do rapaz, descontando toda raiva que se acumalava em sua alma. Pisou por sua tarefa. Por sua posição. Pelo que ele havia o obrigado fazer. Quando o sangue espirrou para todos os lados, Draco ainda não sentia-se satisfeito, mas mesmo assim resolveu que já era o bastante por aquele momento.

— Isto foi pelo meu pai — grunhiu, acariciando o antebraço com cuidado. —  Agora, vamos ver...

Draco puxou a Capa da Invisibilidade de baixo do seu corpo imóvel e atirou-a por cima dele.

— Calculo que só vão encontrar você quando o trem tiver chegado a Londres — comentou baixinho. — Até mais, Potter... ou não.

E, fazendo questão de pisar nos dedos do grifinório, Draco deixou o compartimento.

D

— Maldito filho da mãe! — trovejou alguns vagões à frente, socando uma porta qualquer.

A raiva transbordava de si em uma torrente de ódio pelo menino-que-sobreviveu. Estava perdido e, diferente do outro, não tinha uma comunidade bruxa inteira o paparicando. Quando as lágrimas vieram, ele as deixou vazarem pelos cantos de seu rosto esquentando suas bochechas.

— Filho? — chamou.

E Draco poderia jurar que estava ouvindo coisas se ela não estivesse bem a sua frente lhe encarando horrorizada.

— O que você está fazendo aqui, mãe?

Na mesma hora, ele esqueceu-se de todos seus problemas. O rapaz sentia um mal pressentimento. Não havia quaisquer motivos para sua mãe estar à sua frente no meio do corredor de um trem para Hogwarts, segundos antes lotado. Ainda mais se a pessoa em questão segurava uma varinha.

— Por que está segurando sua varinha? Você odeia deixá-la na mão e odeia que a tia Bella o faça. Diz que fica mal visto para damas andarem portando uma, sem razão para isso — disse, temeroso.

Draco tinha certeza de que algo estava errado. O burburinho incessante dos alunos havia sido substituído por um silêncio mórbido e sua mãe parecia estar prestes a ter uma crise histérica.

— Cissy! É isso que anda dizendo para o garoto? Que a titia Bellatrix não é uma dama? — questionou a irmã surgindo detrás de Narcissa, como se a mesma acabasse de lhe proferir uma injúria.

Os instintos de Draco gritavam uma única palavra: Corra!

— Oh, me desculpe se eu não consegui me ater aos padrões nos últimos treze anos em que apodreci em Azkaban, enquanto você dormia em sua mansão — rugiu a última parte. Seus olhos estavam injetados de sangue e ela parecia descontar toda sua raiva na mãe — Mas o Lord das Trevas não nos enviou para que Draco visse nossa pequena discussão. Não, não, não e não. O propósito dele era recompensar o que você fez.

— Será que uma das duas pode me explicar o por que de estarem aqui? — exigiu saber, trazendo a atenção de Bellatrix pela primeira vez. A mãe continuava o encarando, como fizera desde que chegara ali.

— Podemos dizer Narcissa... hã? Ou será que ainda acha que ele é uma criança? — vociferou, dando um tapa no rosto da irmã que não reagiu. Então lhe segurando pelo braço, a arrastou até Draco. — Fale o que tem de falar, a escola já deve ter acionado Dumbledore, depois disso não teremos muito tempo para conversas.

E a mulher deixou o vagão.

— Onde está o garoto Potter, Draco? — pediu a mãe, sua voz era trêmula. — Não, não me pergunte. Apenas me leve até ele. Agora.

O sonserino, então, sem qualquer escolha a levou até Potter que ainda encontrava-se petrificado.

— Pronto, acho que aqui será mais seguro — cochichou sua mãe , embora ele não soubesse a quem ela se dirigia.

Draco esperou-a tomar tempo para respirar e escutou atentamente, quando a mesma começou a falar.

— Eu pedi a ajuda de Snape, meu amor — sussurrou, temendo a reação do filho. — Me perdoe, eu não estava preparada para perdê-lo. Eu precisava da ajuda de Severo e pensei que você também fosse precisar.

— Do que você está falando, mãe? — questionou. Um frio o invadiu de súbito e ele encontrou dificuldades para respirar.

— O plano, querido. Eu contei a Severo sobre o plano.

Repentinamente toda estrutura dentro de si desmoronou silenciosamente e Draco soube que estavam perdidos.

— O Lord das Trevas não me perdoou por traí-lo... Eu tive que implorar para que não nos matasse e Bella conseguiu diminuir sua cólera. Mas ele está muito irritado, querido. Há uma missão que precisaremos cumprir, antes do grande plano... Draco, está me ouvindo?

— Ele a feriu? — perguntou inseguro. A mãe desviou o olhar. — O que foi feito à senhora?

— Não é hora de se preocupar comigo...

— E quem contou a ele? Vamos, me diga algo que não seja suas baboseiras — irritou-se. Precisava saber mais, não podia ficar ali. Tinha que sair.

— Onde você está indo? — guinchou sua mãe, quando ele se dirigiu à porta — Não podemos sair, temos que ficar...

Mas Draco não ouviu onde tinham que ficar. Draco não ouviu mais nada.

Ele apenas viu.

E o que ele viu foi sua mãe ser consumida pelas chamas junto de um garoto imóvel de cabelos negros, impossibilitado de fazer qualquer coisa, enquanto o vagão inteiro se desintegrava numa grande explosão.

Quando tudo ficou negro, ele soube que tinha morrido.


Notas Finais


Então? '-'

Se vocês gostaram; apenas para não me deixar pensando no que eu fiz de errado para não receber um sequer comentário, digam algo. Aceito textões. Porém, se forem mais recatados, dou duas opções.

"Nossa, que legal. Continue."

ou, talvez.

"Morra."

Estou aberto a opiniões. E, por favor, não pensem que isso reflete na demora para os capítulos. Se eles demorarem é porque eu estou ocupado com coisas muito importantes.
Enfim, não deixem pinhão morrer, não deixem pinhão acabar, o fandom é só de pinhão, pinhão para a gente shippar.
Beijo na bunda e há braços


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