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História Lendo o Futuro. - Capitulo XIII, parte I


Escrita por: Megizzie

Notas do Autor


Gente, me desculpem mesmo, mas cada dia fica dificil eu postar, mas sempre quando eu puder eu vou.

Capítulo 14 - Capitulo XIII, parte I


- Pensamentos positivos. – May levanta e pega o livro. – minha vez... Capítulo 5 - O guerreiro caído.

- Retiro o que disse. – Gina puxa os cabelos.

— Hagrid?

Harry lutou para levantar-se dos destroços de metal e couro que o cercavam; suas mãos afundaram em centímetros de água lamacenta quando tentou ficar de pé. Não conseguia entender aonde fora Voldemort, e esperava, a qualquer momento, vê-lo descer da escuridão.

Alguma coisa quente e molhada escorria-lhe do queixo e da testa. Ele se arrastou para fora do laguinho e cambaleou até a grande massa escura no chão, que era Hagrid.

— Hagrid? Hagrid, fala comigo...

Mas a massa escura não se mexeu.

— Quem está aí? É o Potter? Você é Harry Potter?

 

- Se fosse um dos comensais já teria atacado.

 

Harry não reconheceu a voz do homem. Então uma mulher gritou:

— Eles sofreram um acidente, Ted! Caíram no jardim!

 

- Minha casa! – Tonks pula no pufe e Teddy rir da mãe.

 

A cabeça de Harry estava rodando.

— Hagrid — repetiu, abobado, e seus joelhos cederam.

Quando voltou a si, estava deitado de costas no que lhe pareciam almofadas, com uma sensação de queimação nas costelas e no braço direito. Seu dente partido rebrotara. A cicatriz na testa ainda latejava.

— Hagrid?

Harry abriu os olhos e viu que estava deitado em um sofá, em uma sala iluminada e desconhecida. Sua mochila estava no chão a uma pequena distância, molhada e suja de lama.

Um homem louro, barrigudo, observava-o com ansiedade.

— Hagrid está bem, filho — disse o homem. — Minha mulher está cuidando dele agora. Como está se sentindo? Mais alguma coisa quebrada? Consertei suas costelas, seu dente e seu braço. A propósito, sou Ted, Ted Tonks, o pai de Dora.

Harry se sentou depressa demais: as luzes piscaram diante dos seus olhos e ele se sentiu enjoado e tonto.

— Voldemort...

— Tenha calma — disse Ted Tonks, apoiando a mão no seu ombro e empurrando-o contra as almofadas. — Você acabou de sofrer um acidente sério. Afinal, que aconteceu? Alguma coisa enguiçou na moto? Arthur Weasley exagerou outra vez, ele e suas geringonças de trouxas?

 

O mesmo se encolheu sobre os olhares.

 

— Não — respondeu Harry, sentindo a cicatriz latejar como uma ferida aberta. — Comensais, montes deles... fomos perseguidos...

— Comensais? — interrompeu-o Ted. — Você quer dizer, Comensais da Morte? Pensei que não soubessem que você ia ser transferido hoje à noite, pensei...

— Eles sabiam.

Ted Tonks olhou para o teto como se pudesse ver o céu lá fora.

— Ora, então sabemos que os nossos feitiços de proteção funcionam, não? Não deveriam poder chegar a novecentos metros deste lugar em qualquer direção.

 

- A barreira, agora está explicado Voldemort ter desaparecido. – Mione bate na testa como se devesse ter percebido antes e May segura o riso.

 

Harry compreendeu, então, por que Voldemort desaparecera; tinha sido no ponto em que a moto cruzou a barreira de feitiços da Ordem. Sua esperança era que continuassem a funcionar: ele imaginou o lorde a novecentos metros de altura, enquanto conversavam, procurando um modo de penetrar o que Harry visualizou como uma imensa bolha transparente.

O garoto pôs as pernas para fora do sofá; precisava ver Hagrid com seus próprios olhos para acreditar que o amigo continuava vivo. Mal se levantara, porém, a porta se abriu e Hagrid se espremeu por ela, o rosto coberto de lama e sangue, mancando um pouco, mas milagrosamente vivo.

— Harry!

Derrubando duas frágeis mesas e uma aspidistra, o gigante cobriu a distância que os separava em dois passos e puxou o garoto para um abraço que quase partiu suas costelas recém-emendadas.

 

- Ele faz muito isso conosco. – Alvo rir.

- Todos nós. – Scorpius concorda.

 

— Caramba, Harry, como foi que você se safou? Pensei que nós dois estávamos ferrados.

— Eu também. Nem acredito...

Harry se calou: acabava de notar a mulher que entrara na sala depois de Hagrid.

— Você! — gritou ele, enfiando a mão no bolso, mas encontrou-o vazio.

 

- Ah não, você não fez isso. – Teddy olha o padrinho risonho.

- Eu não sabia.

- Por Merlin! Harry, você não confundiu mamãe com ela, né? – Tonks o olha e o mesmo cai os ombros a fazendo gargalhar.

- O que ele fez?

- Vovó tem certa semelhança com Bellatriz. - o azulado ria e Nevil faz careta imaginando.

 

— Sua varinha está aqui, filho — disse Ted, batendo de leve em seu braço com o objeto. — Caiu bem do seu lado, e eu a recolhi. E essa com quem você está gritando é a minha mulher.

— Ah, me... me desculpe.

Quando a bruxa se adiantou, a semelhança da Sra. Tonks com a irmã, Belatriz, se tornou menos acentuada: o castanho dos seus cabelos era suave e claro, e seus olhos maiores e mais bondosos. Contudo, ela pareceu um pouco arrogante ao ouvir a exclamação de Harry.

 

- Ela simplesmente odeia ser comparado com a irma.

- Quem não odiaria? – May resmunga e Draco torce o nariz.

 

— Que aconteceu com a nossa filha? — perguntou ela. — Hagrid me contou que vocês foram vítimas de uma emboscada; onde está Ninfadora?

 

Tonks faz careta pelo nome.

 

— Não sei — respondeu Harry. — Não sabemos o que aconteceu com mais ninguém.

A bruxa e o marido se entreolharam. Uma mescla de medo e culpa se apoderou de Harry ao ver as expressões em seus rostos; se algum dos outros tivesse morrido, ele seria o culpado, o único culpado. Consentira que executassem o plano, dera-lhes fios de cabelo...

 

- Se culpando novamente. – Gina e Ginevra dizem juntas.

 

— A Chave de Portal — lembrou-se ele, subitamente. — Temos que voltar À Toca e descobrir... poderemos, então, mandar avisá-los, ou... ou Tonks virá avisar se...

— Dora ficará bem, Drômeda — tranquilizou-a Ted. — Ela conhece o ofício, já esteve em muitas situações críticas com os aurores. A Chave de Portal é por aqui — acrescentou ele para Harry. — Deve partir em três minutos, se quiserem pegá-la.

— Queremos. — Harry apanhou a mochila, atirou-a sobre os ombros. — Eu...

Olhou, então, para a Sra. Tonks, querendo se desculpar pelo medo que lhe infundira e por tudo por que se sentia profundamente responsável, mas não lhe ocorreram palavras que não parecessem vazias e insinceras.

— Direi a Tonks... Dora... para avisar, quando ela... obrigado pelos consertos, obrigado por tudo. Eu...

Harry ficou satisfeito de sair da sala e acompanhar Ted Tonks por um pequeno corredor que dava acesso a um quarto. Hagrid acompanhou-os, abaixando-se bem para evitar bater a cabeça na moldura superior da porta.

— Aí está, filho. A Chave de Portal.

O Sr. Tonks apontava para uma pequena escova de cabelos com o cabo de prata que se encontrava em cima da penteadeira.

— Obrigado — disse Harry, esticando-se para colocar um dedo no objeto, pronto para partir.

— Espere um instante — disse Hagrid, olhando para os lados. — Harry, cadê Edwiges?

 

Todos engoliam em seco abaixando a cabeça, Harry permanecia quieto não acreditando que sua coruja se fora.

 

— Ela... ela foi atingida.

A percepção da realidade desabou sobre ele: sentiu-se envergonhado, as lágrimas queimaram seus olhos. A coruja sempre fora sua companheira, sua única e importante ligação com o mundo da magia, sempre que se via obrigado a retornar à casa dos Dursley.

Hagrid estendeu a enorme mão e deu-lhe uma dolorosa palmada nas costas.

— Não fique assim — disse, rouco. — Não fique assim. Ela teve uma vida boa e longa.

— Hagrid! — exclamou Ted, alertando-o quando a escova se iluminou com uma forte luz azul, e Hagrid só teve tempo para encostar o dedo nela.

Sentindo um puxão por dentro do umbigo como se um anzol invisível o arrastasse para a frente, Harry foi sugado para o vazio, e rodopiou inerte, o dedo preso na Chave de Portal, enquanto ele e Hagrid eram arremessados para longe da casa do Sr. Tonks. Segundos depois, os seus pés bateram em solo firme e ele caiu de quatro no quintal d’A Toca. Ouviu gritos. Atirando para um lado a escova que já não luzia, Harry se ergueu, um pouco tonto, e viu a Sra. Weasley, Gina e Mayara descerem correndo a escada da entrada dos fundos enquanto Hagrid, que também desmontara à chegada, levantava-se com dificuldade do chão.

— Harry? Você é o Harry verdadeiro? Que aconteceu? Onde estão os outros?! — exclamou a Sra. Weasley.

— Como assim? Ninguém mais voltou? — ofegou Harry.

 

- Ah não.

 

A resposta estava claramente estampada no rosto pálido da Sra. Weasley.

— Os Comensais da Morte estavam à nossa espera — contou-lhe Harry. — Fomos cercados no instante em que levantamos voo... eles sabiam que era hoje... não sei o que aconteceu com os outros. Quatro Comensais vieram atrás de nós, só pudemos escapar, então Voldemort nos alcançou...

Ele percebia o tom de autojustificação em sua voz, a súplica para que ela compreendesse por que ele não sabia o que tinha acontecido com os seus filhos, mas...

— Graças aos céus vocês estão bem — disse ela, puxando-o para um abraço que ele não achava merecer.

— Harry... — Mayara o abraçou apertado, ela tremia levemente. — Você está bem? — ele assente para reconfortar a amiga.

— Você não teria conhaque aí, teria, Molly? — perguntou Hagrid um pouco abalado. — Para fins medicinais?

 

- Ah claro, bem medicinal.

 

A Sra. Weasley poderia ter conjurado a bebida usando magia, mas quando entrou, apressada, na casa torta, Harry percebeu que ela queria esconder o rosto. Virou, então, para Gina que respondeu imediatamente ao seu mudo pedido de informação.

— Rony e Tonks deviam ter voltado primeiro, mas perderam a hora da Chave de Portal, que chegou sem eles — disse ela, apontando para uma lata de óleo enferrujada ali perto no chão. — E aquela outra — Gina apontou para um velho tênis de escola — era a de papai e Fred, que deviam ser os segundos. Você e Hagrid eram os terceiros e — consultando o relógio — se conseguirem, Jorge e Lupin devem chegar no próximo minuto.

A Sra. Weasley reapareceu trazendo uma garrafa de conhaque, que entregou a Hagrid. O gigante desarrolhou-a e tomou a bebida de um gole.

— Mamãe! — gritou Gina, apontando para um lugar a vários passos de distância.

Uma luz azul brilhou na escuridão: foi crescendo e se intensificando, Lupin e Jorge apareceram aos rodopios e, em seguida, caíram no chão.

Harry percebeu imediatamente que havia alguma coisa errada: Lupin vinha carregando Jorge, que estava inconsciente e tinha o rosto ensanguentado.

— Jorge! – Mayara ofega assustada, e a mesma se queixa por parecer tao aliviada por não ser Fred.

 

Jorge fica pálido enquanto seus irmãos e pais paralisam.

 

Harry correu para os dois e segurou as pernas do rapaz. Juntos, ele e Lupin carregaram Jorge para dentro de casa, e da cozinha para a sala de visitas, onde o deitaram no sofá. Quando a luz do candeeiro iluminou a cabeça dele, Gina prendeu a respiração enquanto Mayara estava em choque e o estômago de Harry revirou: Jorge perdera uma das orelhas. O lado de sua cabeça e o pescoço estavam empapados de sangue espantosamente vermelho.

 

- Quando éramos mais novos ele nos colocava medo inventando história sobre como perdeu a orelha.

- Ele me disse que mamãe arrancou com os dentes porque ele comeu bolo de coco dela. – Scopius diz e Mayara gargalha junto de Jorge e sua familia.

- Por isso eles ficaram muito tempo sem querer bolo de coco! – Malfoy nega.

- Eu nunca acreditei. – Lana empina o nariz.

- Você é a que mais acreditava. – James a olha.

- Só ele mesmo para brincar com algo assim. – Molly nega olhando o filho.

 

Nem bem a Sra. Weasley se curvou para o filho, Lupin segurou Harry pelo braço e arrastou-o, sem muita gentileza, de volta à cozinha, onde Hagrid continuava tentando passar o corpanzil pela porta dos fundos.

 

- O que está fazendo? – Gina o olha.

- Devo estar vendo se é o verdadeiro.

 

— Remus! – Mayara exclama.

— Ei! — exclamou Hagrid indignado. — Solte ele! Solte o braço de Harry!

Lupin não lhe deu atenção.

— Que criatura estava em um canto na primeira vez que Harry Potter visitou o meu escritório em Hogwarts? — perguntou ele, dando uma sacudidela no garoto. — Responda!

— Um... um grindylow em um tanque, não era?

Lupin soltou Harry e recuou de encontro ao armário da cozinha.

— Que foi isso? — rugiu Hagrid.

— Desculpe, Harry, mas eu precisava verificar — disse Lupin tenso. — Fomos traídos. Voldemort sabia que íamos transferir você hoje à noite, e as únicas pessoas que poderiam ter-lhe contado estavam participando diretamente do plano. Você poderia ser um impostor.

— Então, por que não está me testando? — arquejou Hagrid, ainda lutando para passar pela porta.

 

Os que tinham conhecimento sobre a porção riu, pois a porção é feita para humanos, não meios gigantes.

 

— Você é meio gigante — respondeu Lupin, erguendo os olhos para Hagrid. — A Poção Polissuco foi concebida apenas para uso humano.

— Ninguém da Ordem contou a Voldemort que ia ser hoje — disse Harry: achava a ideia medonha demais para atribuí-la a qualquer deles. — Voldemort só me alcançou quase no fim, não sabia qual era o Harry. Se estivesse por dentro do plano, teria sabido desde o início que eu estava com Hagrid.

— Voldemort o alcançou? — perguntou Lupin bruscamente. — Que aconteceu? Como foi que você escapou?

Harry explicou brevemente que os Comensais da Morte que vieram em seu encalço pareceram reconhecer que ele era o verdadeiro. Depois, abandonaram a perseguição e foram avisar Voldemort, que apareceu pouco antes de ele e Hagrid chegarem ao santuário da casa dos pais de Tonks.

— Eles reconheceram você? Mas como? Que foi que você fez?

— Eu... — Harry tentou lembrar-se; a viagem toda parecia-lhe um borrão de pânico e confusão. — Eu vi Lalau Shunpike... sabe o condutor do Nôitibus? E tentei desarmá-lo em vez de... bem, ele não sabe o que faz, não é? Deve estar sob o efeito de uma Maldição Imperius.

Lupin se horrorizou.

— Harry, o tempo de desarmar alguém já acabou! Essa gente está tentando capturar você para matá-lo! Pelo menos estupore, se não está preparado para matar!

 

- Se eu o estuporasse ele cairia pela altura e morreria. – Harry nega.

 

— Estávamos à grande altitude! Lalau não estava normal, e se fosse estuporado teria caído e morrido como se eu tivesse usado o Avada Kedavra! O Expelliarmus me salvou de Voldemort dois anos atrás — acrescentou Harry, em tom de desafio. Lupin estava lhe lembrando o desdenhoso Zacarias Smith da Lufa-Lufa, que debochara de Harry por ter querido ensinar a Armada de Dumbledore a desarmar.

— É verdade, Harry — disse Lupin, contendo-se a custo. — E um grande número de Comensais da Morte presenciaram o acontecido. Perdoe-me, mas foi uma tática muito insólita para alguém usar sob iminente risco de vida. Repeti-la hoje à noite, diante de Comensais da Morte, que ou presenciaram ou ouviram contar sobre aquela primeira ocasião, foi quase suicídio!

— Então você acha que eu devia ter matado Lalau Shunpike? — indagou Harry enraivecido.

— Claro que não, mas os Comensais, e francamente a maior parte das pessoas, esperariam que você contra-atacasse. Expelliarmus é um feitiço útil, Harry, mas os Comensais da Morte começam a achar que tem a sua assinatura, e insisto que você não deixe isso se confirmar!

Lupin estava fazendo Harry se sentir idiota, contudo, ainda restava no garoto certa vontade de desafiar.

— Não vou eliminar as pessoas só porque estão no meu caminho. Esse é o ofício de Voldemort.

 

- Aposto que ele não soube como retrucar. – Sirius olha Remus rindo.

 

A resposta de Lupin se perdeu. Tendo finalmente conseguido se espremer pela porta, Hagrid cambaleou até uma cadeira, que desabou sob seu peso. Sem dar atenção aos seus xingamentos e pedidos de desculpas, Harry tornou a se dirigir a Lupin.

— Jorge vai ficar bom?

Toda a frustração de Lupin com relação a Harry pareceu se esgotar ao ouvir a pergunta.

— Acho que sim, embora não haja possibilidade de se recompor a orelha, não quando foi decepada com um feitiço.

 

- Pelo menos agora mamãe sabe quem é quem. – Jorge a mãe tentando a fazer parar de chorar. 

...



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