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História Lendo o Futuro. - Capitulo II


Escrita por: Megizzie

Capítulo 2 - Capitulo II


- Eu vou, Dumbledore. - Kingsley levanta e se dirige aos livros, a capa do mais fino logo tornasse colorido - “Harry Potter e a Enigma do Principe”. – todos da ordem se entreolham e espera ele continuar. - Capítulo 29 - O lamento da fênix

— VEM CÁ, HARRY...

— Não.

— Você não pode ficar aí, Harry... agora vem...

— Não.

Harry estava confuso, não só ele, como o Salão inteiro.

Ele não queria sair do lado de Dumbledore, não queria ir a lugar nenhum. A mão de Hagrid em seu ombro tremia. Então, outra voz disse:

— Harry, vamos.

- Oque aconteceu com Dumbledore? – Cho pergunta nervosa, Dumbledore já imaginava o porque disso, mas ficou quieto.

Uma mão menor e mais quente envolvera a dele e puxava-o para cima. Ele cedeu à pressão, sem realmente pensar. Somente quando estava atravessando, às cegas, o aglomerado de pessoas percebeu, por um leve perfume floral no ar, que era Gina quem o levava de volta ao castelo.

Gina corou ao perceber que ele reconhece seu perfume, mas quem não gostou disso foi seu namorado e Cho.

Vozes incompreensíveis o bombardearam, soluços, gritos e lamentos perfuraram a noite, mas Harry e Gina seguiram andando, subiram os degraus de pedra para o saguão: rostos flutuavam na periferia da visão de Harry, pessoas o espiavam, sussurrando, se questionando, e os rubis da Grifinória cintilavam no chão como gotas de sangue quando se dirigiram à escadaria de mármore.

— Vamos à ala hospitalar.

— Não estou ferido — respondeu Harry.

— São ordens da McGonagall — argumentou Gina. — Todos estão lá, Rony, Hermione, Mayara, Lupin, todo o mundo...

O medo tornou a se agitar no peito de Harry; esquecera-se dos vultos inertes que deixara para trás.

— Gina, quem mais morreu?

— Não se preocupe, não foi nenhum dos nossos.

— Mas a Marca Negra... Malfoy disse que passou por cima de um corpo...

Todos o olhou, e o mesmo se mantinha encarando suas mãos não conseguindo olhar ninguém, Mayara desejou o abraçar nessa hora.

— Passou por cima de Gui, mas tudo bem, ele está vivo.

Sra. Weasley abraça o filho tenebrosa, e Gui beija sua testa tentando a acalmar.

Havia, no entanto, alguma coisa na voz dela que Harry identificou como um mau agouro.

— Você tem certeza?

— Claro que tenho... ele está meio... meio avariado, é só. Greyback o atacou. Madame Pomfrey diz que ele não será mais o mesmo... — a voz de Gina tremeu um pouquinho. — Não sabemos realmente quais serão as sequelas... quero dizer, Greyback é um lobisomem, mas na hora estava sob forma humana.

Molly começa a chorar abraçada com o filho e logo os outros Weasley se juntam no abraço.

- Ele pode ter ficado normal, ele não estava como lobisomem. – Mayara olha para aqueles que considera uma família.

— Mas os outros... vi outros corpos no chão...

— Neville está na ala hospitalar, mas Madame Pomfrey acha que vai se recuperar totalmente, e o professor Flitwick foi nocauteado, mas está bem, só um pouco abalado. Ele insistiu em sair para cuidar do pessoal da Corvinal. Mayara, bom , você sabe, depois que Bellatrix a acertou começou a sangrar, ela estava dormindo, mas não sabe oque aconteceu com a criança...

Mayara fica paralisada enquanto seus amigos não sabem oque fazer, nem sabem que criança é essa, mas para ela era obvio, ela soluça e logo é aparada por Fred que a aperta contra seus braços.

E há um Comensal morto, foi atingido por uma Maldição da Morte que o louro grandalhão estava lançando para todo lado... Harry, se não tivéssemos a sua Felix Felicis, acho que teríamos sido mortos, mas tudo parecia se desviar de nós...

- Por que comensais atacaram Hogwarts? – Umbridge levanta irritada.

- Deve ser porque Voldemort mandou. – Harry a enfrenta também se levantando.

- Ele não voltou. – ela sorri irritante.

- Sim, ele voltou. – Minerva levanta. – Harry diz a verdade, vocês que foram ignorantes e medrosos para não acreditar nele.

- Como ousa...

- Senhoras, tudo será esclarecido no livro. – Dumbledore interrompe, o ministro suava frio pensando na possibilidade dele ter voltado mesmo, ele estaria ferrado socialmente, todos iriam contra ele.

- Isso ai tia Minnie! – os gêmeos gritam fazendo todos rirem.

Tinham chegado à ala hospitalar, quando empurraram as portas, Harry viu Neville deitado, aparentemente adormecido, em uma cama próxima. Rony, Hermione, Luna, Tonks e Lupin estavam agrupados em torno de outras duas cama, no extremo oposto da enfermaria. Ao ouvirem as portas se abrindo, todos se viraram. Hermione correu para Harry e abraçou-o; Lupin se adiantou também, ansioso.

— Você está bem, Harry?

— Estou ótimo... e o Gui?

Ninguém respondeu. Harry olhou por cima do ombro de Hermione e viu um rosto irreconhecível no travesseiro de Gui, tão cortado e despedaçado que parecia grotesco. Madame Pomfrey aplicava em seus ferimentos um unguento verde de cheiro acre. Harry lembrou-se de Snape fechando com simples acenos de varinha os ferimentos produzidos pelo Sectumsempra em Malfoy.

— A senhora não pode fechar os ferimentos com um feitiço ou outra coisa qualquer? — perguntou Harry à enfermeira.

— Não tem feitiço que dê resultado. Já experimentei tudo que sei, mas não há cura para mordidas de lobisomem.

— Mas ele não foi mordido na lua cheia — lembrou Rony, que fixava o rosto do irmão, como se pudesse forçar a cura só de olhar. — Greyback não estava transformado, então, com certeza, Gui não vai virar um... um verdadeiro...?

O garoto olhou inseguro para Lupin.

— Não, não acho que Gui vá virar um lobisomem de verdade — concordou Lupin — mas isto não significa que não haja alguma contaminação. São ferimentos malditos. Provavelmente não cicatrizarão totalmente... e Gui talvez adquira alguma característica lupina daqui para a frente.

- Ele pode ter apenas algumas características a lua cheia, tem muitas possibilidades. – Lupin olha os ruivos que só no começo do livro já estavam acabados.

— Dumbledore talvez saiba alguma coisa que dê jeito — falou Rony. — Cadê ele? Gui lutou contra aqueles maníacos por ordem dele. Dumbledore tem obrigações para com ele, não pode deixar meu irmão assim...

— Rony... Dumbledore está morto — disse Gina.

Silêncio. Era assim que o salão estava, ninguém sabia oque dizer sobre a morte do tão amado diretor.

- Não pode ser! – Harry solta uma exclamação. – Ele não pode...pode...

- Fique calmo Sr.Potter, logo todas as duvidas serão respondidas – o mesmo diz como se não tivesse acabado de ouvir sobre sua morte.

— Não! — Lupin olhou desvairado de Gina para Harry, como se esperasse que o garoto a desmentisse, mas ao ver que Harry não o fez, Lupin desmontou em uma cadeira ao lado da cama de Gui, as mãos cobrindo o rosto.

Harry nunca vira Lupin se descontrolar; teve a sensação de estar invadindo algo privado, indecente; ele virou a cabeça e deparou com Rony, com quem trocou um olhar silencioso que confirmava o que Gina acabara de dizer.

— Como foi que ele morreu? — sussurrou Tonks. — Como foi que aconteceu?

— Snape o matou — respondeu Harry.

Todos da ordem levantaram as varinhas contra Snape e para a surpresa de todos quem levantou foi Dumbledore e disse com a voz calma, mas todos sentiram o quanto era serio.

- Ninguém vai atacar Severus, eu confio dele, e também nada disso aconteceu, eu não estou morto, estou bem aqui.

- Mas Alvo, ele vai o matar.

- Mas não fez. – ele olha para Snape que estava em choque, não que ele demonstrasse, ninguém saberia, mas ele conhece bem Severus, sabe oque esta se passando por sua cabeça.

— Eu estava lá e vi. Voltamos direto para a Torre de Astronomia porque vimos a Marca lá... Dumbledore estava mal, fraco, mas acho que percebeu que era uma armadilha quando ouviu passos rápidos subindo a escada. Ele me imobilizou, não pude fazer nada, estava coberto pela Capa da Invisibilidade... então, Malfoy entrou e desarmou Dumbledore...

Mayara não tinha forças para olhar o namorado, mas sabe que todos estão o olhando com raiva, ela também quer estar, mas não consegue sair dos bracos de Fred, ela não tem capacidade de pensar em outra coisas a seu talvez filho.

Hermione levou as mãos à boca, e Rony gemeu. A boca de Luna tremeu.

—... chegaram mais Comensais da Morte... depois Snape... e Snape o matou. A Avada Kedavra — Harry não conseguiu prosseguir.

Madame Pomfrey caiu no choro. Ninguém lhe deu atenção a não ser Gina, que sussurrou:

— Psiu! Escute!

Engolindo em seco, Madame Pomfrey apertou a boca com os dedos, olhos arregalados. Em algum lugar lá fora, na escuridão, uma Fênix cantava de um jeito que Harry jamais ouvira: um lamento comovido de terrível beleza. E ele sentiu, como antes sentira ao ouvir o canto da fênix, que a música vinha de dentro e não de fora dele: era o seu próprio pesar que se transformava magicamente em canto, ecoava pelos jardins e entrava pelas janelas do castelo.

Quanto tempo ficaram ali escutando, ele não sabia, nem por que o som do próprio luto parecia aliviar um pouco sua dor, mas pareceu ter decorrido um longo tempo até a porta do hospital se abrir e a professora McGonagall entrar. Como os demais, ela apresentava marcas da batalha recente: tinha arranhões no rosto e as vestes rasgadas.

— Molly e Arthur estão a caminho — anunciou ela, e o encanto da música se quebrou: todos despertaram como se saíssem de um transe, tornaram a se virar para Gui e Mayara, ou então esfregaram os olhos, ou sacudiram a cabeça. — Harry, que aconteceu? Segundo Hagrid, você estava com o professor Dumbledore quando ele... quando aconteceu. Ele diz que o professor Snape esteve envolvido em alguma...

— Snape matou Dumbledore — respondeu Harry.

Cada vez que ouvia isso Harry sentia uma raiva crescer dentro de si.

Ela o encarou por um momento, então seu corpo balançou de modo alarmante; Madame Pomfrey, que parecia ter se controlado, acorreu depressa, e, do nada, conjurou uma cadeira que empurrou para baixo de McGonagall.

— Snape — repetiu McGonagall com um fio de voz, desabando na cadeira. — Todos nos perguntávamos... mas ele confiava... sempre... Snape... não consigo acreditar...

— Snape era um Oclumente excepcionalmente talentoso — comentou Lupin, sua voz anormalmente áspera. — Sempre soubemos disso.

— Mas Dumbledore jurou que ele estava do nosso lado! — sussurrou Tonks. — Sempre pensei que Dumbledore soubesse alguma coisa de Snape que ignorávamos...

- E ainda jura. – murmura a mesa com raiva.

— Ele sempre insinuou que tinha uma razão inabalável para confiar em Snape — murmurou a professora McGonagall, agora secando as lágrimas nos cantos dos olhos com um lenço debruado em tecido escocês. — Quero dizer... com o passado de Snape... é claro que as pessoas duvidavam... mas Dumbledore me confirmou, de modo explícito, que o arrependimento de Snape era absolutamente sincero... não queria ouvir uma palavra contra ele.

— Eu adoraria saber o que Snape disse para convencê-lo — comentou Tonks.

— Eu sei — disse Harry, e todos se viraram, encarando-o. — Snape passou a Voldemort a informação que fez Voldemort caçar meus pais. Então, Snape disse a Dumbledore que não tinha consciência do que estava fazendo, que lamentava realmente o que tinha feito, lamentava que eles tivessem morrido.

Snape não podia acreditar que fez isso, nem se o próprio tivesse pedido ele faria, não é?

— E Dumbledore acreditou nisso? — perguntou Lupin incrédulo. — Acreditou que Snape lamentava a morte de James? Snape odiava James...

— E achava que minha mãe também não valia nada porque tinha nascido trouxa... Sangue ruim, foi como a chamou...

Ninguém perguntou como Harry sabia disso. Todos pareciam estar absortos no horror da revelação, tentando digerir a verdade monstruosa do que acontecera.

— É tudo minha culpa — disse subitamente a professora McGonagall. Ela parecia desorientada, torcia o lenço molhado nas mãos. — Minha culpa. Mandei Filio chamar Snape esta noite, mandei buscá-lo para vir nos ajudar! Se eu não tivesse alertado Snape para o que estava acontecendo, talvez ele nunca tivesse se reunido aos Comensais da Morte. Acho que ele não sabia que estavam na escola até Filio lhe contar, acho que Snape não sabia que eles vinham.

— Não é sua culpa, Minerva — disse Lupin.

— Não é sua culpa, Minerva — disse Lupin com firmeza. — Todos queríamos mais ajuda, ficamos contentes quando soubemos que Snape estava a caminho...

Alguns se permitiram um sorriso singelo.

— Então, quando chegou ao lugar do confronto, ele se passou para o lado dos Comensais da Morte? — perguntou Harry, que queria saber cada detalhe da duplicidade e infâmia de Snape, reunindo febrilmente mais razões para odiá-lo, para lhe jurar vingança..

— Não sei exatamente como aconteceu — disse a professora McGonagall perturbada. — É tudo tão confuso... Dumbledore tinha nos dito que ia se ausentar da escola por algumas horas e que devíamos patrulhar os corredores só por precaução... Remo, Gui e Ninfadora viriam se reunir a nós... então patrulhamos. Tudo parecia tranquilo. Todas as passagens secretas para fora da escola estavam vigiadas. Sabíamos que ninguém poderia entrar pelo ar. Havia poderosos encantamentos sobre cada entrada do castelo. Continuo sem saber como é possível que os Comensais da Morte tenham entrado...

— Eu sei — interpôs Harry, e explicou brevemente a existência do par de Armários Sumidouros e a passagem mágica que formavam. — Eles entraram pela Sala Precisa.

Quase involuntariamente, ele olhou para Rony e Hermione, que pareciam arrasados.

— Meti os pés pelas mãos, Harry — disse Rony sombriamente. — Fizemos o que você pediu: consultamos o Mapa do Maroto e não vimos o Malfoy, e pensamos que devia estar na Sala Precisa, então eu, Gina e Neville fomos montar guarda... mas Malfoy conseguiu passar por nós.

— Ele saiu da Sala mais ou menos uma hora depois que começamos a vigiar — acrescentou Gina. — Estava sozinho, segurando aquele horrível braço seco... Mayara que se recusava a acreditar que ele estava metido nisso ficou chocada.

— A Mão da Glória — explicou Rony. — Só o portador enxerga, lembram?

— De qualquer forma — continuou Gina — ele devia estar conferindo se a barra estava limpa para deixar os Comensais saírem, porque, no momento em que nos viu, ele lançou alguma coisa no ar e ficou tudo escuro como breu...

— Pó Escurecedor Instantâneo do Peru — esclareceu Rony, com amargura. — Do Fred e do Jorge. Vou ter uma conversinha com eles a respeito das pessoas que eles deixam comprar os produtos da loja.

Ambos tiveram vontade de matar o Malfoy, Fred mais ainda pois em seus braços Mayara chorava cada vez mais ao ouvir a historia.

— Tentamos tudo: Lumus, Incêndio — explicou Gina. — Nada penetrou a escuridão; só nos restou sair tateando pelo corredor, enquanto ouvíamos gente passar correndo por nós. E óbvio que Malfoy estava enxergando por causa da tal Mão da Glória, e orientou os Comensais, mas não nos atrevemos a lançar feitiços nem nada, com medo de atingirmos a nós mesmos, e até chegarmos a um corredor iluminado, eles já tinham ido embora.

— Sorte a de vocês — disse Lupin rouco. — Rony, Gina, Mayara e Neville toparam conosco quase em seguida e nos contaram o que tinha acontecido. Encontramos os Comensais da Morte minutos depois, a caminho da Torre de Astronomia. É óbvio que Malfoy não esperava que houvesse mais gente vigiando; pelo jeito, tinha esgotado o suprimento de Pó Escurecedor. Lutamos, eles se dispersaram e nós os perseguimos. Um deles, Gibbon, escapou e subiu a escada da Torre...

— Para lançar a Marca? — perguntou Harry.

— Deve ter feito isso, sim, eles devem ter combinado antes de deixarem a Sala Precisa — disse Lupin. — Mas acho que Gibbon não gostou da ideia de esperar lá em cima por Dumbledore, sozinho, porque voltou correndo para se juntar aos que estavam lutando e foi atingido por uma Maldição da Morte, que por pouco não me atingiu também, e sinto por ter deixado Mayara sumir da minha vista, logo quando a achamos ela estava deitada, desmaiada e ensanguentada, e em seu braço uma marca de Bellatrix... – ele olha a garota pálida na cama com os cabelos antes rosas e agora ônix como se soubesse que estão todos de luto.

- Não foi sua culpa Remus, eu com certeza estaria tentando despistar vocês para fazer alguma loucura. – a mesma limpa o rosto e o olha.

— Então, enquanto Rony estava vigiando a Sala Precisa com Gina, Mayara e Neville — perguntou Harry, virando-se para Hermione — você estava...?

— Na porta do escritório de Snape — sussurrou Hermione, com os olhos cintilantes de lágrimas — com Luna. Ficamos lá um tempão, e nada... não sabíamos o que estava acontecendo lá em cima, Rony tinha levado o Mapa do Maroto... já era quase meia-noite quando o professor Flitwick desceu correndo para as masmorras. Gritava que havia Comensais da Morte no castelo, acho que nem registrou que Luna e eu estávamos ali, adentrou o escritório de Snape e nós o ouvimos dizer ao professor que precisava acompanhá-lo para ir ajudar, então ouvimos um baque forte e Snape saiu disparado da sala e nos viu e... e...

— E aí? — instou Harry.

— Fui tão idiota, Harry! — lamentou Hermione num sussurro agudo. — Ele disse que o professor Flitwick tinha desmaiado e que devíamos cuidar dele, enquanto ele... enquanto ele ia ajudar a combater os Comensais da Morte...

A garota cobriu o rosto, envergonhada, e continuou a falar por trás dos dedos, o que abafou sua voz.

— Entramos no escritório para ver se podíamos ajudar o professor Flitwick e o encontramos inconsciente no chão... e, ali, é tão óbvio agora, Snape deve ter estuporado Flitwick, mas não percebemos, Harry, não percebemos, deixamos o Snape escapar!

— Não é sua culpa — disse Lupin com firmeza. — Hermione, se você não tivesse obedecido e saído do caminho, Snape provavelmente teria matado você e Luna.

— Então ele subiu — continuou Harry, que visualizava Snape correndo pela escadaria de mármore acima, suas vestes negras esvoaçando às costas como sempre, puxando a varinha de baixo da capa enquanto subia — e encontrou o lugar onde todos lutavam...

— Estávamos num apuro, estávamos perdendo — disse Tonks em voz baixa. — Gibbon estava fora de combate, mas os outros Comensais pareciam dispostos a lutar até a morte. Neville tinha sido atingido, Gui, atacado ferozmente pelo Greyback... estava tudo escuro... voavam feitiços para todo lado... o garoto Malfoy desaparecera, devia ter saído despercebido e subido para a Torre... então outros Comensais correram para acompanhá-lo, mas um deles bloqueou a escada depois de passar com algum feitiço... Neville avançou para a escada e foi atirado no ar...

— Nenhum de nós conseguiu passar — disse Rony — e aquele Comensal grandalhão continuava a disparar feitiços para todo lado, que ricocheteavam nas paredes e por um triz não nos atingiam...

— Então, Snape estava ali — completou Tonks — e em seguida não estava...

— Vi quando vinha correndo em nossa direção, mas logo depois o feitiço daquele enorme Comensal passou por mim, sem me atingir, me abaixei e perdi noção do que estava acontecendo — contou Gina.

— Vi Snape atravessar correndo a barreira mágica como se ela não existisse — disse Lupin. — Tentei segui-lo, mas fui jogado para trás exatamente como Neville...foi quando a achei, se eu a deixasse lá e fosse atrás de vocês ela morreria, a minha primeira reação foi a pegar e trazer para a enfermaria.

— Ele devia conhecer um feitiço que desconhecíamos — sussurrou McGonagall. — Afinal de contas... ele era o professor de Defesa contra as Artes das Trevas... presumi que estivesse correndo no encalço dos Comensais da Morte que tinham fugido para o alto da Torre.

— E estava — falou Harry com selvageria — mas para ajudar, não para deter os Comensais... e aposto como era preciso ter uma Marca Negra para atravessar aquela barreira... então que aconteceu quando ele voltou?

— Bem, o Comensal grandalhão tinha acabado de disparar um feitiço que fez metade do teto ceder, e também desfez o feitiço que bloqueava a escada — relembrou Lupin. — Todos avançamos, pelo menos os que ainda estavam de pé, então Snape e o garoto saíram do meio da poeira, obviamente nenhum de nós os atacou...

— Simplesmente os deixamos passar — disse Tonks, quase inaudivelmente — pensamos que estavam sendo perseguidos pelos Comensais, e, no momento seguinte, os outros Comensais e Greyback estavam voltando e recomeçando a lutar, pensei ter ouvido Snape dizer alguma coisa, mas não entendi...

— Ele gritou “Acabou” — disse Harry. — Tinha feito o que pretendia.

Todos se calaram. O lamento de Fawkes ainda ecoava pela propriedade às escuras. E, enquanto a música ressoava no ar, pensamentos involuntários, indesejáveis, invadiram, sorrateiros, a mente de Harry... será que já tinham retirado o corpo de Dumbledore do pé da Torre? Que será que aconteceria ao corpo em seguida? Onde será que repousaria? Ele apertou as mãos nos bolsos com força. Sentiu a pequenez fria da falsa Horcrux contra as juntas de sua mão direita.

As portas da ala hospitalar se abriram de repente, sobressaltando a todos: o Sr. e a Sra. Weasley vinham entrando pela enfermaria, Fleur logo atrás, seu belo rosto aterrorizado.

— Molly... Arthur... — disse a professora McGonagall, levantando-se, depressa, para cumprimentá-los. — Lamento muito...

— Gui — sussurrou a Sra. Weasley, passando direto pela professora ao avistar o rosto desfigurado do filho. — Ah, Gui!

A mesma recomeçou a chorar.

Lupin e Tonks tinham se levantado, ligeiros, e se afastaram para o casal poder se aproximar da cama. A Sra. Weasley curvou-se para o filho e levou os lábios à testa dele.

— Você disse que Greyback o atacou? — perguntou o Sr. Weasley, aflito, à professora McGonagall. — Mas não estava transformado? Então, que significa isso? Que acontecerá ao Gui?

— Ainda não sabemos — respondeu a professora, olhando desamparada para Lupin.

— É provável que haja certa contaminação, Arthur — explicou , Lupin. — É um caso raro, provavelmente único... não sabemos qual será o comportamento dele quando acordar...

A Sra. Weasley tirou o unguento de cheiro acre das mãos de Madame Pomfrey e começou a aplicá-lo nos ferimentos de Gui.

— E Dumbledore... — disse o Sr. Weasley. — Minerva, é verdade... ele realmente...?

Quando a professora McGonagall confirmou, Harry sentiu um movimento de Gina ao seu lado e se virou. Os olhos da garota ligeiramente apertados estavam fixos em Fleur, que olhava Gui com uma expressão atemorizada no rosto.

— Dumbledore se foi — sussurrou o Sr. Weasley, mas sua mulher só tinha olhos para o filho mais velho; ela começou a soluçar, as lágrimas caindo no rosto mutilado de Gui.

— É claro que a aparência não conta... não é r... realmente importante... mas ele era um g... garotinho tão bonito... e ia se... se casar!

— E qu é qu a senhorr querr dizerr com isse? — perguntou Fleur, repentinamente, em alto e bom som. — Qu querr dizerr com “ei ia se casarr”?

A Sra. Weasley ergueu o rosto manchado de lágrimas, parecendo espantada.

— Bem... só que...

— A senhorra ache qu Gui vai desistirr de casarr comigue? — quis saber Fleur. — A senhorra ache qu porr cose desses morrdides, ei non vai me amarr?

— Não, não foi o que eu...

— Porrqu ele vai! — afirmou Fleur, empertigando-se e jogando seus longos cabelos prateados para trás. — Serra prrecise mais qu um lobisome para fazerr Gui deixarrr de me amarr!

— Bem, claro, tenho certeza — respondeu a Sra. Weasley — mas pensei que talvez... visto que... que ele...

Gui se permitia um sorriso bobo ao ouvir as palavras da tao recente amada e Molly se sentia envergonhada.

- Gui casar, que único. – os gêmeos amenizam a situação e o irmão mais velho rir.

— A senhorr penso qu eu non ia querrerr casarr com ei’? U err’ esse a su esperrance? — desafiou Fleur, com as narinas tremendo. — Qu me imporrte a aparênce dei? Ache qu sou bastante bonite porr nós dois! Todes esses marrcas mostrram qu me marride é corrajose! E eu é qu vou fazerr isse! — acrescentou com ferocidade, empurrando a Sra. Weasley para o lado e arrebatando o unguento das mãos dela.

A Sra. Weasley recuou para junto do marido e ficou observando Fleur tratar dos ferimentos de Gui, com uma expressão muito curiosa no rosto. Ninguém disse nada. Harry nem sequer ousou se mexer. Como os demais, ficou aguardando a explosão.

— Nossa tia-avó Muriel — disse a Sra. Weasley após um longo silêncio... — tem uma linda tiara, feita pelos duendes... e estou segura que posso convencê-la a lhe emprestar para o casamento. Ela gosta muito do Gui, entende, e a tiara ficaria muito bonita em seus cabelos.

— Muite obrrigade — respondeu Fleur formalmente. — Tan certez de qu ficarrá bonite!

O filho olhou para a mãe agradecido e a mesma voltou a o abraçar.

- Viu Remus, ela não liga. – diz Tonks em escarnio e o mesmo a olhou sem mudar a expressão.

- A situação é diferente.

Todos os olhavam como se finalmente tivesse entendido oque acontecia ali, e Almofadinhas soltou um som que parecia uma risada.

E então – Harry não viu direito como aconteceu – as duas mulheres estavam chorando e se abraçando. Completamente desnorteado, pensando que o mundo enlouquecera, o garoto se virou. Rony manifestava tanto aturdimento quanto o que Harry sentia, e Gina e Hermione trocavam olhares chocados.

— Está vendo! — exclamou uma voz cansada. Tonks olhava aborrecida para Lupin. — Ela ainda quer casar com Gui, mesmo que ele tenha sido mordido! Ela não se incomoda!

— É diferente — respondeu Lupin, quase sem mover os lábios, parecendo subitamente tenso. — Gui não será um lobisomem típico. Os casos são completamente diferentes...

— Mas eu também não me incomodo, nem um pouco! — retrucou Tonks, agarrando Lupin pela frente das vestes e sacudindo-o. — Já lhe disse isso um milhão de vezes...

E o significado da alteração no Patrono de Tonks e seus cabelos sem cor, e a razão por que viera correndo procurar Dumbledore quando ouvira falar que alguém fora atacado por Greyback, tudo se tornou repentinamente claro para Harry; afinal não tinha sido por Sirius que Tonks se apaixonara...

- Sirius? Pelo amor Harry... – Tonks diz tomando coragem e ignorando que o livro acabou de mostrar sua declaração, a mesma tinha cabelos vermelhos mostrando vergonha.

- Sirius Black? O fugitivo? – Umbridge se pronuncia a primeira vez, logo quando todos tinham esquecido sua presença.

- Sirius é inocente, quem traiu os Potter para Voldemort foi Pedro Pettigrew, e o mesmo fingiu a morte arrancando o próprio dedo e virou um rato, que logo foi achado pelos Weasley, que cuidou o rato por 12 anos sem saber de nada, quem matou aqueles trouxas não foi Sirius, e sim Pedro. – diz Dumbledore.

-Então mantivemos um homem inocente preso por 12 anos? – diz o ministro assustado.

- Sim. – Dumbledore olha Sirius – Pode voltar ao normal. – o mesmo se destransforma fazendo todos ficarem assustado pois estavam perto de um ate então fugitivo, o mesmo se estica e senta sorrindo para Remus maroto.

- Remus arrasando corações.

- Cala boca, Sirius.

- Eu quero saber onde eu estou nisso tudo. – ele olha para o livro.

- Não sabemos, mas iremos descobrir.

— E eu já disse a você um milhão de vezes — respondeu Lupin evitando os olhos dela, encarando o chão — que sou velho demais para você... pobre demais... perigoso demais...

— E tenho lhe dito o tempo todo que a sua atitude é ridícula, Remo — interpôs a Sra. Weasley por cima do ombro de Fleur, em quem dava palmadinhas carinhosas.

— Não estou sendo ridículo — respondeu Lupin com firmeza. — Tonks merece alguém jovem e saudável.

- Muito ridículo.

— Mas ela quer você — interpôs o Sr. Weasley com um sorrisinho. — Afinal de contas, Remo, os homens jovens e saudáveis não permanecem sempre assim. — Ele fez um gesto triste para o filho, deitado entre eles.

— Este não... não é o momento para discutir o assunto — replicou Lupin, evitando os olhares de todos e olhando, aflito, para os lados. — Dumbledore está morto...

— Dumbledore teria se sentido o mais feliz dos homens em pensar que havia um pouco mais de amor no mundo — disse secamente a professora McGonagall, no momento em que as portas da enfermaria tornaram a se abrir e Hagrid entrou.

A pequena parte de seu rosto que não estava sombreada por cabelos ou barba estava molhada e inchada; o pranto o sacudia, na mão trazia um enorme lenço manchado.

— Fiz... fiz o que mandou, professora — disse com a voz sufocada. — Re... removi ele. A professora Sprout fez a garotada voltar para a cama. O professor Flitwick está descansando, mas diz que logo estará bem, e o professor Slughorn diz que o Ministério foi informado.

— Obrigada, Hagrid — a professora McGonagall se levantou imediatamente e voltou sua atenção para o grupo em torno da cama de Gui. — Terei de ver o pessoal do Ministério quando chegar, Hagrid, por favor avise os diretores das Casas... Slughorn pode representar a Sonserina... de que quero vê-los sem demora no meu escritório. Gostaria que você se reunisse a nós, também.

Ao ver Hagrid assentir, dar as costas e sair da enfermaria arrastando os pés, ela olhou para Harry.

— Antes de me reunir com o Ministério, eu gostaria de dar uma palavrinha rápida com você, Harry. Se quiser me acompanhar...

Na hora Mayara murmura algo e tenta se mexer soltando muxoxos de dor, ela abre os olhos e ver todos a olhando atentamente.

- O que houve? – sua voz falha e Hermione lhe entrega um copo de agua e lhe explica tudo calmamente tentando não vacilar quando fala que a mesma estava gravida e por causa de Bellatrix, que a torturou, ela perdeu a criança. – Eu... – ela não consegue falar, pois começa a chorar.

A mesma olhando para os pés, não conseguia mais chorar, só pensar sobre seu filho e como Draco, que com certeza era o pai, a abandonara assim. O mesmo não podia acreditar, já  não basta ter que virar um comensal, agora teria que lidar com a culpa de deixar a namorada gravida, e nem podia desabafar com a mãe, pois ninguém da família sabia sobre isso.

- Harry... – McGonagall o chama denovo meio incerta se tirava o menino de seus amigos nessa situação delicada.

Harry se ergueu, murmurou um “vejo vocês daqui a pouco” para Rony, Hermione, Mayara e Gina, e saiu da enfermaria, pensando na amiga ,com a professora McGonagall. Os corredores estavam desertos, e o único som era o distante canto da Fênix. Passaram-se vários minutos até Harry tomar consciência de que não estavam seguindo para o escritório da professora McGonagall, mas para o de Dumbledore, e mais alguns segundos até ele se lembrar que, claro, ela era subdiretora... e, pelo visto, agora a diretora... portanto, a sala atrás da gárgula agora lhe pertencia...

Em silêncio, eles subiram a escada móvel em espiral e entraram no escritório redondo. Ele não sabia o que esperar: que a sala tivesse cortinas pretas, talvez, ou mesmo que o corpo de Dumbledore estivesse ali. De fato, a sala estava quase exatamente igual ao que era, quando ele e Dumbledore a deixaram apenas horas antes: os instrumentos de prata zumbiam e soltavam fumaça sobre as mesas de pernas finas, a espada de Gryffindor, em sua caixa de vidro, refulgia ao luar, o Chapéu Seletor estava na prateleira, atrás da escrivaninha. Mas o poleiro de Fawkes estava vazio; a fênix continuava a cantar o seu lamento nos jardins. E um novo retrato se reunira às fileiras de diretores e diretoras de Hogwarts já falecidos... Dumbledore dormia em uma moldura dourada sobre a escrivaninha, seus oclinhos de meia-lua encarapitados no nariz torto, parecendo em paz e despreocupado.

Depois de olhar uma vez para o retrato, a professora McGonagall fez um gesto estranho, como se estivesse se revestindo de coragem, e, em seguida, contornou a escrivaninha para olhar de frente para Harry, seu rosto tenso e enrugado.

— Harry — disse ela — eu gostaria de saber o que você e o professor Dumbledore estiveram fazendo hoje à noite quando se ausentaram da escola.

— Não posso responder, professora.

A mesma suspirou sabendo que ele responderia isso, enquanto Harry tinha uma forte dor de cabeça por toda essa informação.

Ele já esperava a pergunta e tinha a resposta pronta. Fora ali, naquela mesma sala, que Dumbledore lhe recomendara que não confiasse o teor de suas aulas a ninguém, exceto a Rony, Mayara e Hermione.

— Harry, talvez seja importante.

— E é muito, mas ele não queria que eu contasse a ninguém.

A professora lançou-lhe um olhar penetrante.

— Potter — (Harry registrou o uso do seu sobrenome) — à luz da morte do professor Dumbledore, acho que você deve entender que a situação mudou um pouco...

— Acho que não — respondeu Harry, encolhendo os ombros. — O professor Dumbledore nunca me disse que parasse de seguir suas ordens se ele morresse.

— Mas...

— Mas tem uma coisa que a senhora precisa saber antes que o Ministério chegue aqui. Madame Rosmerta está dominada pela Maldição Imperius, esteve ajudando Malfoy e os Comensais da Morte, foi assim que o colar e o hidromel envenenado...

— Rosmerta? — exclamou a professora McGonagall incrédula, mas, antes que pudesse prosseguir, ouviram uma batida na porta e os professores Sprout, Flitwick e Slughorn entraram na sala, seguidos por Hagrid, que ainda chorava copiosamente, seu corpanzil sacudindo de pesar.

— Snape! — exclamou Slughorn, que parecia abaladíssimo, pálido e suado. — Snape! Fui professor dele! Pensei que o conhecia!

O mesmo revira os olhou ao saber que seu antigo professor voltou a lecionar a Hogwarts.

Antes, porém, que algum deles pudesse reagir, uma voz enérgica falou do alto da parede: um bruxo de rosto macilento e franja preta e curta acabara de regressar ao seu quadro vazio.

— Minerva, o Ministro estará aqui dentro de segundos, ele acabou de desaparatar do Ministério.

— Obrigada, Everardo. — E a professora McGonagall se virou imediatamente para os professores. — Quero falar sobre o que acontecerá com Hogwarts antes que ele chegue — disse depressa. — Pessoalmente, não estou convencida de que a escola deva reabrir no próximo ano. A morte do diretor pelas mãos de um de nossos colegas é uma mácula terrível na história de Hogwarts. É abominável.

— Tenho certeza de que Dumbledore teria querido manter a escola aberta — disse a professora Sprout. — Acho que se um único aluno quiser frequentá-la, a escola deverá estar aberta para este aluno.

— Mas será que teremos um único aluno depois disso? — perguntou Slughorn, agora secando a testa suada com um lenço de seda. — Os pais vão querer manter os filhos em casa, e não posso culpá-los. Pessoalmente, acho que não corremos maior perigo em Hogwarts do que em qualquer outro lugar, mas não se pode esperar que as mães pensem o mesmo. Vão querer manter suas famílias reunidas, o que é muito natural.

Murmúrios entre os alunos sobre voltar a escola ou não eram ouvidos, muitos confusos, muitos com medo do futuro.

— Concordo — disse a professora McGonagall. — De qualquer forma, não é verdade que Dumbledore nunca tenha considerado uma situação em que Hogwarts pudesse fechar. Quando a Câmara Secreta reabriu, ele cogitou fechar a escola: e devo dizer que o homicídio do professor Dumbledore, para mim, é mais chocante do que a ideia do monstro de Slytherin vivendo à solta nas entranhas do castelo...

— Devemos ouvir o conselho diretor — propôs o professor Flitwick, com a sua voz fininha; tinha um grande hematoma na testa, mas, sob outros aspectos, parecia não ter sido afetado pela queda no escritório de Snape. — Precisamos seguir os procedimentos de praxe. Não se deve tomar uma decisão precipitada.

— Hagrid, você ainda não disse nada — observou a professora McGonagall. — Qual é a sua opinião, Hogwarts deve permanecer aberta?

Hagrid, que, durante a conversa, estivera chorando silenciosamente no grande lenço manchado, agora ergueu os olhos inchados e vermelhos e respondeu, rouco:

— Não sei, professora... os diretores das Casas e a diretora da escola é que devem decidir...

— O professor Dumbledore sempre prezou as suas opiniões — tornou a professora McGonagall gentilmente — e eu também.

— Bem, eu vou continuar aqui — grandes lágrimas ainda vazavam pelos cantos de seus olhos e escorriam para a barba emaranhada. — É a minha casa, tem sido minha casa desde os treze anos. E se tiver garotos querendo aprender comigo, eu vou ensinar. Mas... não sei... Hogwarts sem Dumbledore...

Ele engoliu em seco e desapareceu mais uma vez por trás do lenço, e todos silenciaram.

Hagrid, sem leal a Dumbledore estava na mesma situação que no livro, mesmo que o diretor esteja vivo e ao seu lado.

— Muito bem — disse a professora McGonagall, espiando os jardins pela janela para ver se o Ministro já vinha chegando — então concordo com Filio que o certo será ouvir o conselho diretor, que tomará a decisão final. Agora, quanto a mandar os estudantes para casa... há razões em favor de antecipar em vez de adiar a partida. Poderíamos programar o Expresso de Hogwarts para amanhã se for necessário...

— E os funerais de Dumbledore? — perguntou Harry, finalmente falando.

— Bem... — disse a professora McGonagall, perdendo um pouco de sua vivacidade ao sentir a voz tremer — eu... eu sei que era desejo de Dumbledore ser enterrado aqui, em Hogwarts...

— Então, é o que acontecerá, não? — perguntou Harry impetuosamente.

— Se o Ministério achar apropriado. Nenhum outro diretor jamais foi...

— Nenhum outro diretor jamais contribuiu tanto para esta escola — resmungou Hagrid.

— Hogwarts deveria ser a morada final de Dumbledore — disse o professor Flitwick.

— Sem a menor dúvida — concordou a professora Sprout.

— E, neste caso — argumentou Harry — a senhora não deveria mandar os estudantes para casa até terminarem os funerais. Eles vão querer se...

A última palavra ficou presa em sua garganta, mas a professora Sprout completou a frase para ele.

— Despedir.

— Bem observado — esganiçou-se o professor Flitwick. — Realmente bem observado! Nossos estudantes deveriam prestar homenagens, seria acertado. Podemos providenciar o transporte para casa depois.

— Apoiado — bradou a professora Sprout.

— Presumo... sim... — disse Slughorn, agitado, enquanto Hagrid concordava, deixando escapar um soluço estrangulado.

— Ele está chegando — anunciou a professora McGonagall de repente, olhando para os jardins. — O Ministro... e, pelo visto, trouxe uma delegação.

— Posso ir, professora? — perguntou Harry na mesma hora.

O garoto não tinha o mínimo desejo de ver Scrimgeour, ou ser interrogado por ele, essa noite.

— Pode, e vá depressa.

Ela andou até a porta e abriu-a para Harry. Ele desceu ligeiro a escada espiral e continuou pelo corredor deserto; deixara a Capa da Invisibilidade na Torre de Astronomia, mas não fazia diferença; não havia ninguém nos corredores para vê-lo passar, nem mesmo Filch, Madame Nora ou Pirraça. Não encontrou vivalma até virar para o corredor que levava à sala comunal da Grifinória.

— É verdade? — sussurrou a Mulher Gorda quando ele se aproximou. — É realmente verdade? Dumbledore... morto?

— É.

Ela soltou um lamento e, sem esperar pela senha, girou para admiti-lo.

Todos estavam em silencio, mas não era apenas por respeito ao diretor, era o choque sobre tudo.

Tal como Harry suspeitara, a sala comunal estava lotada. E silenciou quando ele passou pelo buraco do retrato. Ele notou Dino e Simas sentados em um grupo próximo: isto significava que o dormitório devia estar vazio ou quase. Sem falar com ninguém, nem olhar diretamente para colega algum, Harry passou direto pela sala e pela porta que levava aos dormitórios dos garotos.

Conforme desejara, Rony o aguardava sentado na cama, e ainda vestido. Harry se acomodou na própria cama e, por um momento, eles apenas se encararam.

— Estão falando em fechar a escola — disse Harry.

— Lupin falou que fariam isso — comentou Rony.

Houve uma pausa.

— Então? — perguntou Rony muito baixinho, como se achasse que a mobília poderia estar ouvindo. — Vocês encontraram uma? Conseguiram pegá-la? Uma... uma Horcrux?

Horcrux? Oque seria isso? Todos na sala pensou isso, bem nem todos, aqueles que sabiam oque era ficaram chocados, menos o quarteto, que estavam pensativos.

Harry sacudiu negativamente a cabeça. Tudo que se passara naquele lago escuro parecia agora um pesadelo muito antigo; teria mesmo acontecido, e apenas há algumas horas?

— Não conseguiram pegá-la? — Rony pareceu desconcertado. — Não estava lá?

— Não — respondeu Harry. — Alguém já tinha levado e deixado uma imitação no lugar.

— Já tinha levado...?

Em silêncio, Harry tirou o medalhão falso do bolso, abriu-o e entregou-o a Rony. A história completa poderia esperar... não tinha importância essa noite... nada tinha importância exceto o fim, o fim de sua aventura sem sentido, o fim da vida de Dumbledore...

— R.A.B. — sussurrou Rony — mas quem é?

— Não sei — respondeu Harry, deitando-se na cama inteiramente vestido e olhando para o teto estupidamente.

Não sentia a menor curiosidade pelo tal R.A.B.; duvidava que voltasse a sentir curiosidade na vida. Deitado ali, ele percebeu subitamente que os jardins estavam silenciosos. Fawkes parara de cantar.

E ele soube, sem saber como sabia, que a fênix partira, deixara Hogwarts para sempre, da mesma forma que Dumbledore deixara a escola, deixara o mundo... deixara Harry.

- Acabou o capitulo. – Kingsley olha Dumbledore.

- Não acredito... – sussurra o ministro. – ele voltou...

- Isso que todos nós tentamos dizer. – levanta Harry tomando uma súbita coragem  – Mas você não acreditou em mim.

- Ao invés disso coloca essa vaca gorda e rosa –aponta para Umbridge-  se infiltrar em Hogwarts e ensinar uma matéria ridícula que não era DCAT, era uma piada! Essa vaca torturava os alunos! Ela torturou Harry! Não só ele! Agora diz ministro, como sua imagem vai ficar ao descobrirem isso! – Mayara levanta irritada.

- Não ouse falar assim de mim! – Dolores fica da cor de suas roupas.

- Você torturava os alunos!? – Minerva levanta. – Já chega! – a petrifica. – Essa mulher tem que ir presa!   

Todos da mesa dos professores se retiraram com a acusada enquanto Sirius era segurado por todos para não matar a Umbridge.

- Me lembre de ter medo da Mayara. – fala Jorge.

- Eu também. – assente Fred e logo ambos caem na risada. 



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