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História Leon e Nilce - True Love Forever - Perdido - Parte 2


Escrita por: newtatataia

Notas do Autor


Tenha uma ótima leitura! Desculpem erros!

Capítulo 19 - Perdido - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Leon e Nilce - True Love Forever - Perdido - Parte 2

- Pai! 

_____

P.O.V Nilce

Olhei chocada para ambos. Zoe correu para abraçar seu provável pai. Ela chorava muito assim como Carlos. 

- Papai! Onde você estava? - Zoe perguntou, soluçando. 

 - Meu anjo... Eu sabia que quando você não voltou pra casa depois de ir à casa do seu namorado, só podia ter algo errado. Eu fui até a casa dele, mas ele foi mais rápido que eu. Chegando lá, uma luz branca invadiu toda a casa e me puxou pra um mundo paralelo. E por algum motivo, minhas memórias foram tiradas de mim. - Carlos respondeu.

- Papai! Eu senti tanto a sua falta! Eu te amo... - Zoe disse, dando mais um abraço forte no pai.

Após um tempo eles finalmente se acalmaram e Carlos veio até mim um pouco encabulado:

- Nilce. Sinto muito por tudo. Eu realmente não sabia de nada. Acho que novas memórias foram dadas pra mim também. 

- Sem problemas. - Respondi e dei um sorriso.

De repente pensei numa coisa, se ele tinha novas memórias, por que se assustou tanto com o bronze celestial? Ártemis levantou-se interrompendo meus pensamentos e disse:

- Bom, agora eu posso abrir o portal. Por favor, todos andem um passo para trás. 

Todos nós obedecemos. Ártemis então levantou seus braços e uma luz branca começou a sair de sua mão apontando para a parede. Quando terminou, um portal se formou na parede. Ártemis então disse:

- Entrem. 

Zoe e Carlos foram primeiro. Quando eu ia entrar, Ártemis pegou em meu braço. Olhei para ela e ela parecia muito cansada. 

- Ei, está tudo bem? - Perguntei.

- Nilce! Você precisa me ouvir. - Ártemis disse com uma voz exausta.

- Diga. - Falei, um pouco preocupada.

- C-Coisas ruins... Carlos... Proteja... Zoe... Leon... - Ártemis pronunciou se ajoelhando no chão.

- O que? Eu não entendo. Ártemis por favor, não desista agora! Você tem que vir conosco! - Comecei a chorar. Já havia perdido muitas pessoas. Ártemis não podia entrar nesta lista.

- E-Eu irei ficar bem. Zeus está furioso pois eu o desobedeci. Agora, vá. Não olhe para trás. Seja corajosa. E o mais importante, não deixe que eles te enganem. - Ártemis falou.

De repente, Ártemis começou a derreter. 

- Não! Por favor! Ártemis! Fique comigo! - Chorei descontroladamente. 

Seus braços ainda estavam inteiros. Ela então usou suas últimas forças para me empurrar contra o portal. Cai naquele lugar rosa com a última visão de Ártemis derretendo completamente, e mesmo assim, ela ainda teve forças para dar um sorriso para mim. Uma lágrima escorreu e tudo ficou rosa ao meu redor. A sensação era de estar caindo de uma altura infinita. Então de repente, cai de costas em um chão rochoso. Senti uma ardência nas costas. Vi Zoe e Carlos a minha frente. Zoe notou de imediato minha cara de choro e veio direto me abraçar.

- O que aconteceu? Onde está Ártemis? - Ela disse.

Não aguentei mais e chorei nos braços de Zoe. Minha única amiga neste mundo. Desabafei tudo o que havia acontecido, mas omiti o fato de Ártemis ter digo algo sobre perigo e ter envolvido Carlos no meio. Não queria magoar Zoe. Após eu estar mais calma, pedi para seguirmos em frente. Não conseguia tirar da cabeça o que Ártemis tinha dito. Mas iria conseguir. Ela fez tanto por nós, por mim! Tudo por uma mortal qualquer! Após longos minutos de caminhada, encontramos uma pequena passagem numa caverna gigantesca. Decidimos entrar, e quando o atravessamos, havia uma sala bem estranha. Tudo era feito de rocha. Parecia uma casa mortal. Mas os móveis eram de rocha. E eram gigantes. Olhei para Zoe, que me olhou de volta. Estávamos pensando a mesma coisa.

- Aqui só pode morar um gigante. - Zoe cochichou.

Nessa mesma hora, o chão tremeu, fazendo com que eu, Zoe e Carlos dessemos um pulinho do chão. Carlos apontou para uma cadeira gigante feita de pedra, sugerindo que nos escondêssemos atrás de uma das pernas da cadeira. Todos concordamos com a cabeça e corremos até lá. O gigante então entrou naquela sala gigante. Arrisquei dar uma espiadinha e não acreditava no que estava vendo. Era um gigante de três cabeças e três corpos. Eu já li sobre isso em algum lugar! De repente fiz uma cara de choque. Não pode ser. Gerião! Tudo aqui está ligado com mitologia grega, sério!? Eu já li sobre a fraqueza desses monstros... Mas eu não consigo me lembrar... A fraqueza é... Sim! Atrás do joelho! A fraqueza deles é atrás do joelho! Corri até Zoe sem que o gigante percebesse e comecei a cochichar:

- Zoe! Esse monstro... É o gigante Gerião! Lembra-se da história dele? Um famoso gigante da mitologia grega que ficou conhecido por seu grande rebanho de bois e Hércules teve que roubar! 

Zoe me olhou admirada e cochichou de volta:

- Como derrotamos eles?

- Uma vez eu li em algum lugar que o ponto fraco desses monstros mitológicos é a parte de trás do joelho. - Sussurrei.

- Tudo bem. Vamos precisar distrair ele. - Zoe sussurrou de volta. 

Carlos então se aproximou de nós e disse:

- Eu o distraio. 

Olhei para Zoe e notei que ela não gostava muito disso, mas aceitou. Nós três bolamos um plano. Carlos iria distrair o monstro. Eu iria pela frente para que o monstro não se preocupasse com sua parte atrás, e Zoe iria pelas costas para atingir o monstro. Quando terminamos de bolar o plano, Carlos saiu correndo pela sala gigante e começou a gritar chamando a atenção do monstro:

- EI, COISA FEIA! OLHA AQUI!

Troquei um último olhar com Zoe e ela me deu um sorriso destemido. Após isso, saiu correndo. Eu fiz o mesmo. Peguei minha adaga e corri. O gigante estava perseguindo Carlos, até que me notou também.

- Ora, ora! Então hoje eu terei um belo almoço! - Ele disse, com sua voz extremamente alta e grave. 

Carlos então jogou uma pedra na cabeça do gigante, o mesmo urrou de raiva e veio em minha direção. Corri sem rumo, e olhei para o lado. Zoe estava preparada para atacar. Carlos então chamou novamente a atenção do gigante para ele. O gigante então correu atrás dele novamente. Zoe saiu correndo de trás da mesa e foi em direção a parte de trás do joelho do gigante. Notei como ela era uma ótima lutadora. Sua espada de bronze celestial caia perfeitamente nela. Ela era incrível! Então tudo desabou. O gigante virou-se para frente e deu um tapa em Zoe que voou para longe, assim que ela caiu, ela não mexia um músculo sequer. O gigante foi rápido demais, e aproveitou o momento de fraqueza de Carlos e o arremessou perto de Zoe. Ele também não movia um músculo sequer. O gigante então gritou:

- Agora, onde está a última mocinha!? 

Eu estava escondida atrás da perna da cadeira, ajoelhada, encolhida, chorando e tentando não fazer barulho. Eu sou tão insignificante! Eu não consigo nem mesmo me salvar, como poderia salvar Zoe, Carlos e Leon!? Leon... Eu sinto tanto! De repente eu ouvi uma voz sussurrar em minha mente:

- Nilce, querida... Apenas... Lembre-se... Seja corajosa!

Aquela voz era inconfundível, era Ártemis! Sim! Era ela! Eu não deixaria tudo acabar. Eu tinha que ser forte! Tinha que ser forte por mim, por Leon, por Zoe, por Carlos e por Ártemis! Não podia desistir! Não sem lutar! Apertei a adaga contra a minha mão. O sangue subiu nos olhos e eu saí correndo em direção ao monstro. Lutei como nunca havia lutado. Sem nem perceber, a minha adaga já havia penetrado a parte de trás do joelho do gigante. O mesmo urrou com toda força, e ainda tentou me capturar. Mas foi lento demais. Ele então começou a se desmantelar em pó. Ajoelhei no chão, exausta, com respingos de sangue do gigante no meu rosto, ofegante e com uma estranha sensação de coragem e adrenalina percorrendo meu corpo. Corri até Zoe e Carlos. Zoe começou a grunhir e Carlos também, até que ambos abriram os olhos. 

- V-Você... Conseguiu... - Zoe falou, rouca.

- Sim. Eu consegui. - Sorri. - Agora, vocês precisam descansar. Vamos dormir aqui hoje.

P.O.V Leon

Após a sessão de tortura de Victor, a fúria nos deixou em paz. Victor grunhia de dor e reclamava da ardência. 

- Vai passar, cara! Eu prometo. - Tentava consolar ele.

- Não. Não vai. Quando elas estão cicatrizando, as fúrias voltam e as abrem de novo. - Ele disse.

Tentei mover minhas mãos. As cordas já estavam começando a machucar. Olhei para trás e notei um objeto pontudo, provavelmente cortante. Tentei arrastar a corda até ali. E estava dando certo. Comecei a passar a corda várias vezes naquele objeto, até que a corda se soltou. Dei um sorriso e Victor me olhava chocado. Arranquei o objeto cortante e soltei Victor. Quando o soltei, notei seus pulsos em carne viva. 

- Por quanto tempo você ficou amarrado aqui, cara?  - Perguntei.

- Quinze anos. - Ele respondeu e fiquei horrorizado.

- Bom, não vai mais. Vamos sair daqui! - Falei, ajudando Victor a levantar.

P.O.V Nilce

Quando amanheceu, Zoe e Carlos já estavam melhores. Continuamos a andar por um bom período. Notamos que o ar começou a ficar mais denso. Zoe então disse:

- Conheço aqui. Nós voltamos ao jogo. 

Ela parecia um pouco deprimida. E eu a entendia. 

- Mas onde Leon pode estar? - Perguntei.

- No castelo da floresta sombria. - Zoe apontou.

Nos entreolhamos, assustados. Leon estava lá. Tão perto e ao mesmo tempo, tão longe. 

                  Após horas de caminhada, chegamos a frente do castelo. Não havíamos enfrentado nenhum perigo até agora. 

- É aqui que vai começar a complicar. - Zoe disse.

- Tudo bem. Só vamos. - Carlos disse.

Zoe empurrou a porta do castelo, e logo de cara, mil morcegos voaram para fora. Abaixamo-nos, um pouco assustados. Depois disso, continuamos a andar. Estava bem escuro, mas uma luz vermelha se destacava. 

- Vocês sabem que aquilo é uma armadilha, não sabem? - Carlos disse.

- Sim. Mas é nosso único ponto de referência. - Zoe respondeu.

Quando entramos na sala da luz vermelha, a porta atrás de nós se fechou. Olhei em volta da sala. Havia uma banqueta vermelha no meio com uma corda no lado direito e uma corda no lado esquerdo. Franzi o cenho. De repente, uma grande mensagem apareceu na parede:

" Agora seu destino será selado

Agora tudo será revelado

Apenas dois sairão vivos

E você escolherá os motivos

Escolha sabiamente

Para não se arrepender futuramente"

Zoe então foi teletransportada para a banqueta e ela não conseguia sair. Algo a prendia lá. Então uma sacada simplesmente apareceu na parede, e Leon apareceu acompanhado de um homem. Ambos estavam amarrados. Leon gritou:

- Nilce! 

Meu coração deu um pulo. Ele estava vivo! Ele realmente estava vivo! Mil emoções se passaram num segundo dentro de mim. Felicidade, raiva, medo, surpresa... Ele estava ali! Mais uma vez, tão perto, e tão longe. Então, uma coisa me tirou dos meus pensamentos. Carlos sumiu do meu lado e apareceu na corda do lado direito, segurando fortemente. Abaixo tinha um abismo. Senti uma sensação estranha no corpo e notei que também estava sendo teletransportada. Eu estava na corda da esquerda! Agarrei firmemente! Lembrei-me do que estava escrito na parede. Zoe teria que escolher! Não! Comecei a chorar descontroladamente. Tudo em vão. Agora eu perderia o Leon para sempre! Sem nem ao menos poder sentir seu beijo pela última vez... Sem poder ter uma família ao lado dele!

- EU NÃO CONSIGO SEGURAR! - Zoe gritava ao mesmo tempo que contorcia na banqueta.

- NILCE! - Leon gritava.

- Zoe... - Carlos falou.

- PAI! NÃO FALE! EU... EU NÃO CONSIGO ME CONCENTRAR ASSIM! - Zoe gritou.

- Zoe! Eu amo você. Você me fez a pessoa mais feliz do mundo. E sou grato todo dia por ter feito ao menos uma coisa boa nessa vida. Você. Você é a minha única felicidade. Não quero ver você sofrendo. E quero que saiba, que eu sempre estarei com você, não importa a situação! Apenas, sempre se lembre, nunca deixe que te mudem, nunca deixe que te manchem, nunca se entregue. Você é a minha garotinha forte. A minha pequena lutadora. Você é o que me faz sentir vivo. Lembre-se sempre que eu estarei com você. - Carlos falou, com uma expressão de esforço.

- PAI! O QUE VAI FAZER!? - Zoe gritou.

- Fazer o certo uma vez na vida. - Carlos disse. - Eu te amo.

Carlos então simplesmente soltou a corda, e caiu no abismo abaixo, caiu com um sorriso no rosto, de braços abertos. Até que ele sumiu na escuridão do abismo. Zoe começou a chorar descontroladamente, e me puxou. Quando ela fez isso, ela conseguiu se soltar da banqueta. Ela correu até a beira do abismo e começou a chorar e gritar:

- PAPAI! PAPAI, NÃO! 

Corri até ela e a abracei, tentando no mínimo consolá-la. Ela então me empurrou para longe e me olhou com ódio.

- A culpa é sua! Se você e seu marido nunca tivessem vindo pra cá, ele ainda estaria vivo! ELE AINDA ESTARIA VIVO! MESMO QUE FOSSE LONGE DE MIM! - Zoe disse, furiosa e gritando. 

Senti uma enorme culpa dentro de mim.

- V-Você tem razão. Eu sinto tanto, Zoe! A culpa é toda minha! - Coloquei as mãos nos olhos e comecei a chorar novamente.

Levantei a cabeça e vi pelo canto do olho Leon conseguindo se soltar. 

- Por favor, Zoe. O Leon merece uma coisa boa. Apenas... Cuide dele. - Falei, entre soluços. 

Andei até a beira do abismo. Olhei para baixo. Dei um suspiro. 

- NILCE! NÃO! - Zoe e Leon gritaram ao mesmo tempo. Mas era tarde demais. Eu caí numa escuridão profunda.

 


Notas Finais


Obrigada por ler até aqui. Até a próxima.


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