1. Spirit Fanfics >
  2. Leon e Nilce - True Love Forever >
  3. Final

História Leon e Nilce - True Love Forever - Final


Escrita por: newtatataia

Notas do Autor


Último capítulo meus amoressss, espero que tenham uma ótima leitura <3

Capítulo 22 - Final


Fanfic / Fanfiction Leon e Nilce - True Love Forever - Final

Então, Maycon estalou os dedos. Num piscar de olhos, eu, Nilce e Daniel fomos parar na cabana de Zoe. Soltos. Daniel estava inconsciente, e Nilce, completamente assustada. Ela correu para me abraçar e chorou em meu ombro. Notei uma coisa ficando escura no chão. Por algum motivo, a luz estava se dissipando. Não pode ser... Não agora, por favor...

____________________________________________________________________

P.O.V Leon

A escuridão parou de se espalhar, eu e Nilce saímos para fora da cabana para ver o que estava acontecendo lá, metade da luz tinha sumido. Abracei mais forte a Nilce. Olhei para ela e beijei-a. Como eu senti falta dela, falta dos seus lábios, falta do seu cheiro. Ela chorava, as lágrimas rolavam em seu rosto. Olhei-a nos olhos, agradecendo novamente por tê-la aqui comigo. 

—  Meu bem, por que você se jogou no abismo? Por quê? —  Perguntei.

—  Meu bem, não fui eu! Eu não estava conseguindo controlar meu corpo por algum motivo. É verdade que eu me senti culpada, mas eu nunca me jogaria. Nunca deixaria você. —  Nilce explicou.

- Que bom, meu bem. Eu não sei o que faria se você morresse. Prometa que nunca vai me deixar! —  Falei.

Ela olhou em meus olhos, deu um sorriso e disse:

—  Claro que prometo! 

Selamos nossos lábios. Então, de repente, ouvimos a voz de Daniel. Corremos para dentro novamente. 

—  Não! Onde aquele desgraçado está!? —  Daniel disse, furioso.

—  Daniel... Nós não sabemos, mas vamos achar ela! Eu tenho certeza. —  Nilce disse, tentando consolar Daniel.

Daniel então olhou ao redor e franziu o cenho. 

—  Onde está a luz? —  Ele perguntou, um pouco desesperado.

—  Não sabemos. A luz começou a sumir, e está sumindo cada vez mais a cada minuto. —  Nilce respondeu.

Daniel arregalou os olhos e disse:

—  Sabem o que isso significa? Que Zoe está sendo machucada e perdendo as esperanças. 

Eu e Nilce trocamos olhares.

— Temos que achá-la, antes que seja tarde demais. —  Falei. —  Mas onde ela poderia estar?

—  Não é óbvio? A Zoe contou da cabana na floresta que Maycon queria viver com ela, provavelmente ele está lá com ela, a mantendo presa. —  Daniel respondeu.

—  Mas onde fica esse lugar? —  Perguntei

—  Tem um lugar... Tem uma floresta, não é a floresta sombria, é uma outra, eu passei por lá antes de encontrar vocês. O lugar estava intacto, porém, vigiado. Eu acho que ainda sei onde fica. —  Daniel explicou.

—  Então o que estamos esperando? —  Nilce perguntou.

—  Precisamos de armas. Sinto que esta vai ser a luta final. —  Daniel respondeu.

—  Estamos na tenda de Zoe. Temos tudo aqui. E bom, eu vou precisar me trocar... Estou com essa roupa de torturadora. —  Nilce falou.

Vasculhamos toda a tenda e pegamos toda arma de bronze celestial que conseguimos. Nilce pegou uma das roupas de Zoe emprestada e colocou. Ela até prendeu o cabelo num rabo de cavalo alto. Parecia realmente uma guerreira. Após estarmos todos prontos, saímos da tenda e seguimos Daniel.

P.O.V Nilce

—  Eu não entendi, Maycon não tinha que devolver suas asas? —  Perguntei.

Daniel me olhou pelo canto do olho, cabisbaixo. 

—  Ele cortou minhas asas e escondeu. É bem óbvio que ele não vai devolver, porque eu sou forte com elas. —  Daniel respondeu.

—  Não! Você é forte, mesmo sem as asas você é forte! Você aguentou, você resistiu, por Zoe! Você é e sempre foi forte! Não é atoa que é o mais forte dos anjos, o líder deles! —  Falei, e notei que ele fez uma cara irritada.

—  Mataram. Todos. Não. Fui. Forte. Vingança. —  Daniel murmurou. 

Fiquei sem palavras e olhei para Leon buscando ajuda.

—  Cara... Eles são espertos, tenho certeza que sobreviveram várias pessoas. —  Leon falou.

—  Pode ser, cara... Mas a maioria morreu... Na minha frente e ele me fez olhar! E agora esse desgraçado pegou a Zoe! Ele vai pagar! —  Daniel falou.

Eu e Leon ficamos em silêncio e continuamos andando. Depois de andar por horas, em silêncio, Daniel parou repentinamente e disse:

— Estamos perto. Só mais um dia andando.

"Só mais um dia", pensei, com tristeza.

— Vamos nos abrigar aqui. É o mais seguro, por enquanto. — Daniel disse.

— Tudo bem. — Leon respondeu.

Montamos duas barracas, uma para Daniel e outra para Leon e eu. Deitamo-nos, e ficamos nos olhando. De repente, lembrei-me de quando perdi o bebê há um tempo e não contei a Leon. Senti-me mal e desviei o olhar. Leon como sempre, percebeu e perguntou:

— O que houve, meu bem?

Não podia guardar esse segredo pra sempre. Não podia... Ele merecia saber, até porque, ele era o pai.

— Leon... — Comecei, e respirei fundo. — Eu... Eu nunca te contei isso, mas, no início do ano passado, eu...

Olhei para o chão, as lágrimas já começavam a rolar. Leon então pegou em meu rosto, e suavemente fez eu olhar para seus olhos. 

— Tudo bem, meu bem. Você pode me contar. — Leon disse, dócil.

Respirei fundo novamente e comecei em meio aos soluços:

— No início do ano passado, eu tinha uma leve suspeita de que eu estava grávida, meu bem. E eu quis saber se isso era verdade, então, eu comprei um teste de gravidez. — Respirei fundo — Fiz o teste normalmente, você não viu nada, claro. Não queria dar falsas esperanças ou coisa do tipo. Fiz o teste, e deu positivo. E meu bem, eu fiquei tão feliz, eu nunca tinha me sentido tão feliz. E eu ia fazer uma coisa legal para contar pra você de noite, meu bem, mas, no caminho, enquanto eu estava indo ao mercado, algum menino veio correndo e me empurrou, sem querer, provavelmente. Foi uma queda feia, meu bem. Eu fui correndo ao hospital, fiz um ultrassom e o bebê estava... morto. — Revelei, chorando rios de lágrimas.

Leon me olhava, chocado e em silêncio. Ficou assim por uns dois minutos, então, ele me abraçou forte, e eu senti todos os meus caquinhos se colando novamente. 

— Meu bem, tudo bem. Nós podemos tentar mil vezes, e vamos ter oito filhos correndo pela casa. — Leon disse, tentando me animar.

Soltei-me de Leon e olhei nos olhos dele.

— Meu bem. — Comecei dizendo — Eu tenho que te dizer, que no início, eu achava que era impossível, até porque estávamos dentro desse jogo, e eu até perguntei a Zoe se era possível menstruar dentro do jogo, e ela disse que sim, e minha menstruação estava atrasada e eu estava enjoada, meu bem, então eu presumi que estava grávida, mas era loucura. Dentro do jogo, grávida!? Mas meu bem, quando eu fui separada de você, conheci uma pessoa, e ela me confirmou a gravidez, então, meu bem, sim, eu estou grávida.

Olhei para Leon, seus lábios sérios foram se transformando em um sorriso, até formar o sorriso mais lindo do mundo. Ele beijou-me, com emoção, e beijou diversas vezes tocando em minha barriga.

— Meu bem! Vamos ter um filho! — Leon disse, entusiasmado.

— Sim, nós vamos! — Falei sorrindo.

Então, de repente, o sorriso de Leon se dissipou completamente, substituído por uma cara de preocupação.

— O que foi, meu bem? - Perguntei, preocupada.

Nosso filho não pode nascer aqui, Nilce. Não pode! Temos que sair daqui! — Leon respondeu.

— Sim, eu sei, e nós vamos sair, meu bem! Eu te prometo isso. — Eu disse.

Depois de um tempo, deitamos e dormimos.

Quando amanheceu, desmontamos as tendas e nos preparamos para continuar. Daniel nos instruiu para estarmos sempre alertas agora, pois iria haver vigias em todos os lugares, a todo momento. Continuamos a andar, estava de mão dada com o Leon, e pensar que normalmente, a gente apenas andava com câmeras para gravar para o canal. Dei um sorrisinho lembrando daquela "época". Depois de algumas horas, chegamos em um lugar bem iluminado, era cheio de luz e vida, nem parecia que fazia parte daquele jogo. Tinha pássaros, árvores, um verdadeiro conto de fadas — Tirando os monstros vigiando e rondando tudo — estávamos atrás de uma pedra gigante, preparando um plano, a questão é que: Nós não tínhamos um plano!

— Eu já sei. — Daniel falou, repentinamente — Veja, Maycon me odeia. Se eu simplesmente entrar, todos os monstros virão em minha direção e vocês terão tempo para encontrar Zoe e salvá-la.

Não! Isso é loucura, você estaria se jogando pra morte.Veja, vamos pegar alguns monstros e colocar a pele deles no nosso corpo, assim, poderemos nos passar pelos monstros e ter passagem liberada para irmos onde quisermos.

Era uma boa ideia, realmente. Mas iria chamar muita atenção... Tentei pensar em algo, e fiquei olhando para os lados. Então, eu vi algo que me surpreendeu, no centro daquele lugar bonito, tinha meio que uma torre e no topo dela, havia algo... Forcei um pouco os olhos para conseguir ver, então eu vi. Eram as asas de Daniel. Então esse desgraçado ainda usava elas como um tipo de troféu... Contei isso para Daniel e Leon. 

— Sabe, se eu conseguir me juntar as minhas asas novamente, eu consigo tê-las de novo! Eu só preciso conseguir subir lá... — Daniel disse.

— É fácil. Eu e Leon distraímos os monstros e você tenta subir. — Falei.

— Mas Nilce, como o Leon disse, isso é suicídio! — Daniel respondeu.

— Ele não pode nos machucar, se Zoe já odeia ele, ela odiaria ele ainda mais. — Argumentei.

Depois de um tempo, todos concordaram. Mas antes de ir, Leon segurou em meu braço e disse:

— Meu bem... Não acho bom você ir. E nosso filho? 

— Meu bem, nosso filho ou filha será um guerreiro/guerreira. Assim como seu pai, e sua mãe. — Respondi.

Peguei em sua mão, dei-lhe um beijo e sai correndo com ele. Demorou alguns minutos para os monstros notarem que tinham intrusos na área, e aquela pacificidade foi substituída por gritos de guerra. Troquei um último olhar com Leon, e sorri para ele. Então, nos separamos e corremos para lados opostos. Enquanto metade corria para tentar pegar Leon, metade corria para tentar me pegar, deixando o centro completamente livre. Continuei correndo até que avistei uma cabana marrom meio longe. Estava cercada de guardas monstros. Zoe com certeza estava lá. Olhei para trás, e vi Daniel correndo. Felizmente, todos os monstros estavam ocupados demais tentando me capturar e capturar Leon. Então, de repente, alguns anjos que pareciam crianças, ficaram na frente de Daniel. Daniel parou na hora, um pouco congelado. Então,  todos os pequenos anjos pegaram nos braços de Daniel e começaram a voar para o alto da torre. Então, quando eles chegaram, todos se ajoelharam, Daniel os olhou, um pouco confuso. Então, ele viu suas asas em sua frente, e andou até o local. Quando ele encostou nelas, uma luz extremamente forte começou a sair e ele gritou:

— Fechem os olhos! Agora! — Fiz o que ele mandou, sem me importar com os monstros. 

Aguardei uns minutos para abrir de novo, então Daniel disse:

— Tudo bem, agora vocês podem abrir. 

Abri meus olhos devagar, e todos os monstros ao meu redor haviam sumido. Procurei por Leon, onde ele estava? Comecei a ficar preocupada e lágrimas começaram a sair de meus olhos. Não. Não. Não. De novo não, por favor! Então eu vi Leon correndo em minha direção, ofegante. Quando ele chegou até mim, abracei-o forte. Não suportaria perdê-lo de novo. Nunca, porque ele era meu único e eterno amor. A única pessoa que me fez sentir coisas inexplicáveis, a única pessoa que eu amei desde o primeiro contato. A única pessoa que ainda me faz sentir tudo que eu senti da primeira vez. Ele era meu, e eu era dele, e isso era perfeito. Essa era minha utopia. Esse era meu mundo dos sonhos. Nada mais me fazia feliz, minha vida não tinha sentido sem ele, porque ele era a minha vida. 

— Meu bem, eu te amo. — Falei.

— Eu te amo mais, mil vezes mais. Você é tudo que eu sempre quis, Nilce. Na verdade, eu nunca pensei muito nessas coisas de amar, ou casar. Mas com você... Foi tudo diferente, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e foi somente com você que eu passei a acreditar em almas gêmeas. Nilce, quando eu vi que era você que eu queria pra minha vida, eu senti medo. Medo de te perder, medo de me afastar de você, porque no fundo, você é que me mantinha vivo, você é, e sempre será, meu porto seguro. Meu bem, eu te amo, mais que tudo nessa vida. — Leon respondeu e eu não esperava isso.

Eu estava completamente sem palavras. Tudo que eu consegui fazer, foi abraçá-lo forte e beijá-lo. Não importava se o mundo estivesse desabando, não importava se tudo estivesse completamente ferrado, se ele estivesse comigo. Eu não teria sobrevivido aqui sem ele, porque, em todos os momentos, foi ele, sempre ele que me deu forças para sobreviver.

Daniel então chegou voando, ele parecia mais vivo, e mais forte. Suas asas causavam esse efeito. 

— Vamos salvar Zoe! — Ele disse.

Todos fomos andando para a cabana, parece que aquela luz foi tão forte que todos os monstros que estavam vigiando a cabana foram  executados. 

P.O.V Zoe

— Não, por favor! — Falei.

Maycon tinha me amarrado na cama completamente nua e passava a mão em minhas coxas.

— Puxa, como eu senti falta de você, minha querida Zoe. Não se preocupe,, eu nunca faria nada que você não quisesse, love. — Maycon disse.

— Ah claro, eu PEDI pra ficar presa nesse maldito jogo, seu desgraçado! — Gritei, em tom irônico.

— Zoe, me desculpe por isso, eu realmente me arrependo disso. Eu era tão novo e estúpido. Eu só queria ser feliz com você, porque eu te amo. — Maycon disse, num tom incrivelmente sincero.

Ele então tirou tudo que estava me mantendo presa e retirou de um guarda-roupa um vestidinho branco. Eu adorava branco. Ele então o estendeu pra mim, com um sorriso. Vesti, porém, completamente desconfiada. Por que essa mudança repentina? O que ele queria, afinal?

— Zoe, é sério, eu sinto muito, por tudo, meu amor. Você não sabe como eu queria voltar ao passado e consertar esse erro, se você soubesse... Eu me arrependo todo dia, todo dia. Eu sempre fiquei te observando, para que nada faltasse para você aqui, para que você nunca fosse machucada. — Maycon disse, como se lesse meus pensamentos — Eu só quero te recompensar por tudo que fiz, ter uma vida com você, uma família, filhos, me casar com você. Esse sempre foi meu sonho. Porque eu te amo, eu simplesmente te amo e nunca amei mais ninguém como eu amei você, você é tudo pra mim.

— Mas você é um sínico mesmo! Me observando sempre e não viu como eu estava infeliz!? SEMPRE solitária! Sempre sozinha! Se você me amasse de verdade, nunca teria me prendido aqui, sabe, eu queria fazer faculdade, me formar, sair com meus amigos, viajar o mundo, e com você ao meu lado, porque eu te amava. Eu realmente te amava. Eu te amava mais que tudo, Maycon! Eu realmente teria ficado, eu teria sim ficado com você aqui! Mas você devia ter me preparado antes! Devia ter me dito, e não ter me colocado aqui dentro assim do nada! Você me afastou dos meus amigos, da minha família, da minha vida!  — Eu respondi.

Olhei-me no espelho. Lembrei da garota que eu era antes de tudo isso. Linda, popular, inteligente, tinha todo um futuro pela frente. E Maycon tirou tudo de mim. Mas, eu não podia negar, eu tinha aprendido a amar este mundo, eu gostava daqui.

— Sim, love, eu via como você se sentia solitária, por isso, eu pesquisei por todo o mundo, pessoas com quem você se daria bem. E algumas pessoas chegaram a entrar aqui, mas eu as destruí antes delas entrarem em contato com você, porque não eram boas pessoas. Então, eu encontrei Leon e Nilce. E eles foram perfeitos. Eram um casal singelo, que poderiam te fazer companhia. Poderiam te acudir, caçar com você, poderiam fazer de tudo com você. — Maycon terminou de falar.

— Seu sádico maldito! Você prendeu essas pessoas inocentes aqui com a desculpa de que era pra me ajudar? Você é louco! Completamente louco! — Respondi.

De repente, a porta foi aberta com grosseria. Vi Daniel entrando voando e abri a boca, chocada. Maycon também ficou, pelo jeito. Mas por incrível que pareça, ele não se mexeu. Ele estava se entregando? Fiquei confusa. Daniel então pegou Maycon pelo colarinho e começou a voar com ele para cima, enforcando Maycon, que se debatia no ar. Nilce e Leon entraram logo atrás.

Daniel, não, por favor! Não faça isso! — E mesmo assim, eu ainda tinha aquele senso de bondade. E eu odiava isso. Ele tinha feito tanto mal... Daniel, como sempre, me ouvia e desceu Maycon, colocando-o na cama. Porém, Maycon, por algum motivo, pegou uma faca que estava escondida com ele, e eu jurei que ele ia atacar Daniel, porém, ele enfiou no seu próprio peito. Corri para ele e retirei a faca, mas parecia ser tarde demais.

— Maycon... O que você fez? — Perguntei.

— Zoe... Como eu disse, eu sinto muito, por tudo. Agora eu vejo quanto mal eu causei, e essa é a maior prova de que eu estou arrependido. E eu me arrependo todo dia disso, Zoe. Por isso, o jogo será deixado para você quando eu me for. Sim, eu coloquei você como minha sucessora. Quando eu morrer, algumas saídas serão abertas, eu coloquei como um escape. Nilce e Leon, usem esse escape para saírem daqui, Zoe, você também. Mas saiba, que este mundo sempre estará aberto para você. Você poderá entrar e sair quando quiser. Quando eu morrer, vocês terão exatos cinco minutos para saírem, e depois destes cinco minutos, o jogo reiniciará, porém, Zoe como rainha deste mundo. Por favor, não deixem para sair depois destes 5 minutos, porque a única pessoa que programei para que pudesse sair e entrar quando quisesse, foi Zoe. E novamente, sinto muito por tudo. — Maycon então começou a fechar os olhos.

— Maycon! Não! Não! Não! — Chorei e gritei.

Mesmo que ele tivesse me feito tanto mal, ele ainda tinha sido meu primeiro amor, e isso nunca morre, apenas diminui com o tempo, e o meu sentimento por ele diminuiu 99,9%. Então, quando Maycon ficou completamente frio e imóvel, então, uma voz muito alta de mulher ecoou pelo jogo, dizendo:

— O jogo irá reiniciar em 5 minutos! 

Levantei e olhei para Nilce e Leon. Abracei-os. 

— Obrigada por tudo. Vocês são as pessoas mais incríveis que conheci na minha vida. Sem vocês, nada teria sido possível, eu nunca teria tido coragem de enfrentar Maycon. Eu tinha medo, muito medo, e vocês me deram coragem. — Olhei para Daniel. — Daniel, obrigada. Obrigada por tudo. Eu nunca pensei que poderia amar novamente, mas com você, foi diferente. Eu te amei, e eu te amo. Você foi o único que conseguiu entrar no meu coração e conseguiu derrubar minhas barreiras. Eu não sei o que eu seria sem você, e eu não consigo mais viver sem você, por isso, eu ficarei aqui, com você. Quero viver ao seu lado até minha morte, quero ter uma família com você, quero me casar com você, eu quero você. 

Nilce e Leon me olharam chocados, Nilce estava com lágrimas nos olhos. Então Daniel disse:

— Zoe, não! Meu amor, você tem que ir! Eu não sou real, eu sou apenas parte de um jogo, eu sou apenas um programa. 

— Não, Daniel! Você nunca foi um programa, você não é apenas parte de um jogo, porque você tem sentimentos. Programas não podem ter sentimentos. Eu te amo, eu te amo pra sempre, e por isso, quero ficar com você pra sempre. — Respondi.

— O jogo irá reiniciar em 3 minutos! — A voz extremamente alta falou.

— Zoe. No início eu pensei que você era impenetrável, e se alguém naquela época me dissesse que iríamos virar amigas, eu nunca teria acredito e teria rido da cara da pessoa, provavelmente. Mas nós viramos amigas, e depois do amor, esse é o sentimento mais lindo que se pode ter. Então, minha amiga, eu irei te apoiar sempre, porque eu te amo. E se o seu desejo é ficar aqui, eu te apoiarei e ficarei feliz por você. — Depois de dizer isso, Nilce me abraçou. 

— Se Maycon não mentiu, eu posso sair quando eu bem entender, e acredite, eu com certeza irei visitar vocês! — Respondi.

— O jogo irá reiniciar em 2 minutos! — A voz alta falou.

De repente, Carlos — meu pai — entrou na cabana. Corri para abraçá-lo. 

 Papai! — Eu disse.

Ele então, me empurrou para longe e retirou uma faca de bronze celestial do bolso. 

Zoe, Zoe, Zoe! Sempre tão idiota! — Então, meu suposto pai, tomou sua forma verdadeira: Um ciclope terrível. — Em todo esse tempo, eu consegui enganar a todos! Inclusive a Deusa Ártemis! Hahahaha! Você também caiu como uma boba! Sério? Seu pai? Seu pai ainda encontra-se no mundo real, minha querida, chorando em seu túmulo.

P.O.V Nilce

Eu não podia acreditar. Então foi por isso que ele ficou com tanto medo do bronze celestial no hospital, por isso ele fugiu e por isso Ártemis avisou que ele era perigoso! Mas por que ela não acabou com ele enquanto podia!? O que ela queria me mostrar!?

— O jogo irá reiniciar em 1 minuto e 30 segundos! — A voz disse.

De repente, na cabana, um tipo de portal se abriu, seria o escape que Maycon tinha falado!? Não! Eu não podia abandonar Zoe agora! Toquei na parte de trás da minha calça. No meu bolso, havia a adaga que Zoe tinha me dado. Apertei seu cabo contra meus dedos. Eu só teria uma chance.

— Sabe, eu confesso que teve um momento em que eu realmente senti pena de você. O pior é que a pobre Ártemis não podia fazer nada, pois Deuses não podem ajudar os humanos. Eles não podem se intrometer em seus problemas. — O ciclope falou.

— Mas por que você está fazendo isso? O que eu te fiz? — Zoe perguntou.

— Nasceu. Sabe, eu fiquei do lado de Maycon, sempre, em todo momento. E ele deixa esse jogo pra você!? Um amor qualquer? Isso eu com certeza não admito! E por isso, eu vou te matar agora. — O ciclope respondeu.

— O jogo irá reiniciar em 1 minuto! — A voz novamente falou.

Daniel tentou voar para cima do ciclope, porém, ele foi arremessado para longe e ficou inconsciente.

— Não! Daniel! — Zoe gritou.

Troquei olhares com Zoe e ela sabia exatamente o que eu iria fazer. Também troquei olhares com Leon e ele fechou os olhos, fazendo "não" com a cabeça. Então, Zoe começou a tomar iniciativa.

Se você me quer, vem me pegar, seu grande bobalhão! — Zoe gritou e correu para fora da cabana!

— 50 segundos para o jogo reiniciar. — A voz falou.

O ciclope urrou de raiva e correu atrás dela. Olhei para Leon com um sorriso e nós dois corremos atrás do ciclope. Vimos que Zoe tinha ficado fechada. Esse era o momento de atacar. Eu e Leon corremos ao mesmo tempo, estávamos chegando perto do ponto fraco do monstro.

— 30, 29, 28, 27, 26, 25... — A voz falava.

Então, eu enfiei a faca na parte de trás do joelho esquerdo dele, e Leon no lado direito. O ciclope explodiu em pó. Abracei Zoe, que estava trêmula. 

— 10 segundos para o jogo reiniciar. — A voz falou.

— Leon, Nilce! Rápido! — Zoe gritou. 

Fomos correndo para a cabana. O portal estava se fechando.

Eu adoro vocês. Obrigada por tudo! De verdade! Eu nunca irei esquecer vocês, e eu irei visitar vocês, eu prometo! — Zoe disse.

— 5 segundos. 4 segundos... — A maldita voz falava.

Apenas disse tudo que eu queria com um olhar, e ela entendeu, sim, ela entendeu. Leon se despediu com um aceno, então, quando a voz falou "1 segundo", nós pulamos. Senti novamente aquele ar frio no corpo, eu estava abraçada com Leon. Então, eu fiquei inconsciente. 

___________________________________________

Abri meus olhos lentamente. Tudo estava embaçado. Quando minha visão se endireitou, reconheci o teto de nosso apartamento. Eu estava deitada em nossa cama fofa. Nós tínhamos voltado! Olhei para o lado e vi Leon passando a mão pelos meus cabelos.

— Meu bem! Finalmente! — Leon disse, me beijando.

— Quanto tempo eu dormi? — Perguntei.

Algumas horas, meu bem. — Leon respondeu.

— Nós realmente voltamos? — Perguntei.

Leon virou-se para mim, deu um sorriso e disse:

— Sim, meu bem! Nós voltamos! Eu acordei primeiro que você, na nossa sala. Você estava inconsciente. Então, eu te banhei e te coloquei na cama. Veja, eu vi as notícias e nós dois fomos dados como desaparecidos, e olha, meu bem, como estávamos ao vivo, diversas teorias foram soltas sobre nós dois. E eles ficaram esperando horas para ver se a gente voltava, até acabar a bateria da nossa câmera. E agora, nosso canal tem mais de 20 milhões de inscritos, meu bem!

Eu estava espantada demais para falar alguma coisa. Pessoas do mundo inteiro haviam se interessado pelo nosso caso de sumiço repentino. Teríamos que explicar bastante coisa para a polícia.

________________________________________________

Epílogo 

P.O.V Nilce

Nove meses se passaram desde tudo. Tínhamos inventado uma história maluca para a autoridade, e por incrível que pareça, eles acreditaram. Eu estava deitada no quarto, enquanto Leon estava no mercado comprando nossa comida. Eu estava com um barrigão. Dei um sorriso. Eu e Leon preferimos saber o sexo do bebê apenas na hora. Isso dava mais emoção. De repente, comecei a sentir contrações. 

— Ai! — Resmunguei.

As contrações começaram a doer mais, ah não, eu estava entrando em trabalho de parto agora!? Não... Eu precisava do Leon. Peguei o celular que estava na escrivaninha ao lado da cama e liguei para o Leon. Chamando.

— Meu bem? — Ele respondeu.

— Leon! Ai! Ai! E-Eu acho que estou entrando em trabalho de parto! — Falei.

— Meu bem! Eu estou indo para aí agora mesmo! — Leon então desligou o celular.

Eu estava de calça jeans e uma camiseta. Tentei me levantar para pegar um casaco, mas doía muito. Fiquei respirando fundo. Zoe. Zoe, eu precisava de você agora. Ai...

— Ai... Ai... AAAAAAAH! — Gritei de dor.

Alguns minutos depois, Leon entrou no quarto com dois paramédicos que estavam com uma maca, eles me colocaram lá e Leon pegou as malas que havíamos feito há alguns dias atrás. 

Depois de mais alguns minutos, conseguimos chegar no hospital. Eu entrei pela emergência. Fui picada com diversas agulhas no braço, e me vestiram com uma daquelas roupas de pacientes. O parto seria normal. Leon também tinha se vestido de um jeito estranho. Fui levada para uma sala, onde me arrumaram para o início do parto. Fui espetada diversas vezes, e tudo em mim doía. A única coisa que estava me dando força era Leon ao meu lado segurando minha mão. O médico então chegou, e falou:

— Vamos lá, Nilce! Primeiramente, eu quero que você respire bem fundo e empurre.

Fiz o que ele mandou e uma imensa dor subiu pelo meu corpo.

— Tudo bem, Nilce! Eu sei que dói, mas vamos lá! Faça força comigo. — O médico falou de novo.

Fiz força de novo, como nunca tinha feito em minha vida. 

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! — Gritei. Era a dor mais insuportável que eu tinha sentido. Eu apertava a mão de Leon cada vez mais forte.

— Nilce! Já saiu a cabeça, vamos lá, faz força! Só mais um pouco! — O médico disse de novo.

— Não seu desgraçado, você não sabe a dor disso! — Gritei, furiosa.

Fiz força novamente, fiz tanta força que fiquei tonta e com ânsia. Então, eu ouvi um choro. Eu estava suada e ofegante. 

M-Meu bebê... — Falei.

Meu bem, é uma menina, meu bem! É uma menina! — Leon disse, com pulinhos de felicidade.

Dei um sorriso e fechei os olhos. Estava exausta. Desmaiei.

Algumas horas depois

Abri meus olhos. Olhei para os lados. Era um quarto de hospital. Olhei para uma cadeira que tinha ao lado da minha maca, Leon estava lá, segurando uma pessoinha. Leon finalmente prestou atenção em mim.

— Meu bem! Você acordou! É uma menina! — Leon disse, entusiasmado.

— Zoe. — Eu disse, sorrindo.

— O que? — Leon perguntou.

— O nome será Zoe. — Sorri mais ainda.

Estendi meus braços para segurar minha pequena filha. Quando a toquei, lembrei de quantas pessoas disseram: "Quando você vê seu filho, a dor do parto é esquecida pela felicidade", e tudo isso era verdade. Aquele ser tão frágil e pequeno nos meus braços... Eu iria protegê-la de tudo. Era o fruto de meu amor com Leon. Olhei para Leon, emocionada. Tudo que eu sempre quis, estava aqui comigo agora. Estendi meu rosto para beijar Leon. Tudo estava perfeito, e essa era a minha nova utopia, a verdadeira utopia que alguém pode querer, o meu mundo dos sonhos.


Notas Finais


Aaaaaaaaaah, acabou! Eu estou triste? SIM! Mas agora pretendo começar uma fanfic de camren <3 Se vocês se interessaram, podem esperar que vai chegar! ;)
Obrigada a todos que chegaram até aqui, vocês são incríveis! (Quem sabe um dia essa história não chega no próprio casal Leon e Nilce?).
Com amor, Tata.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...