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História Les Trois Visages de L'amour - Mas a que eu conheci seria ...


Escrita por: mills_trevosa e Nay_Migliori

Notas do Autor


Olá pessoas!

Eu disse que voltaria e cá estou eu.
Espero que gostem desse capítulo ... Um pouquinho de amor faz bem pro cœur !

Boa leitura lindezas!

Obs: Hoje é o aniversário da Deusa suprema, rainha de tudo, dona do mundo e de mim, nossa EBro tá fazendo 34 aninhos de puro talento, simpatia,fofura e poder, a beleza reina naquele ser ....

Capítulo 21 - Mas a que eu conheci seria ...


POV - Narrador 


   Naquela manhã em especial o dia não estava chuvoso, mas também não estava ensolarado. O céu era de um cinza intenso como é em um fim de uma tarde chuvosa. A luz que adentrava as janelas não fora o suficiente para despertar Delphine, ela apenas se incomodou um pouco, mas logo se acostumou com a pouca claridade e voltou para seu sono. 

   Um barulho estridente, bem ao lado de sua cabeça a fez despertar em um sobressalto. Levou um pouco mais de dez segundos para notar que estava em sua sala no Dyad e que havia dormido por cima de sua mesa. Logo ela identificou que o barulho que a despertou vinha de seu telefone de mesa e assim que direcionou sua mão para atendê-lo o barulho cessou. Cormier respirou profundamente e passou a mão pelos fios loiros e se perguntou em que dado momento havia adormecido. Mais uma vez o barulho rompeu o silêncio de sua imensa sala e a tirou de suas indagações.

   - Alô ... Quer dizer ... Dra. Delphine Cormier - falou com a voz ainda rouca por conta do sono que pairava em seu ser.

   - Delphine?! - Cormier sabia que conhecia aquela voz, ela não lhe era estranha, mas como tinha acabado de acordar sabia que seria exigir demais de seu cérebro querer lembrar de onde conhecia a tal voz - É Marion Bowles, como vai? - a menção daquele nome vez Delphine despertar imediatamente. Não sabia o por que da ligação, mas algo lhe dizia que estava ligado a sua última "conversa" com Aldous.

   - Marion... - pigarreou e prosseguiu - Eu estou ótima e você como vai ? - devolveu a pergunta. 

   - Não minta pra mim Cormier, eu soube de seu pequeno embate com Aldous essa semana - Delphine congelou. "Como ela soube?", se perguntava - As coisas se espalham muito rápido Delphine ... As pessoas comentam - "Claro ela é a droga da diretora da Topside, claro que tem algum amigo aqui e é claro que esse alguém iria lhe contar" - Quer me contar o que aconteceu exatamente ou terei que perguntar ao Aldous?! - Cormier suspirou pesadamente. 

   - Em primeiro lugar, Marion, eu não queria ter chegado ao ponto de gritar com Aldous, mas eu acabei me exaltando - pensou por alguns segundos e continuou - Eu poderia até ter me desculpado,mas não daria esse gostinho a ele .... E respondendo sua pergunta: Aldous está me impedindo de dar continuidade em umas de minhas pesquisas ...

    - Não me diga que ...

   - Sim, essa mesma - disse interrompendo Marion.

   - Chegarei aí o mais rápido possível, enquanto isso aja naturalmente - o tom de voz de Bowles mudou completamente e Delphine sentiu que ela não estava brincando e que provavelmente chegaria com um de seus piores humores.

   - E Marion ...

   - Pois não ?!

   - Você sabe o quanto eu pedi para que não deixasse ele saber sobre nosso acordo feito a dez anos atrás, mas pelo que me parece ela está ciente de tudo o que falamos ... Pode me dizer como?

   - Não se preocupe Delphine, irei consertar isso ... Agora preciso desligar, nos falamos em breve - disse e desligou em seguida sem esperar um resposta. 

   Após desligar o telefone, Delphine tentava pensar no que Marion faria. A mulher nunca se abalava da sede da Topside para nada, mas para aquela situação em especial ela iria se abalar. Não querendo pensar muito no que iria acontecer assim que Marion colocasse o pé no Dyad, Cormier decidiu ir atrás de alguma alguma notícia de Cosima.


****


   O relógio biológico de Alex a despertou antes de seu alarme diário. Enquanto tentava fazer seu corpo se acostumar com o novo estado desperto de sua mente, Frontenac lembrou das coisas que aconteceram na noite anterior e um calor se espalhou por todo seu corpo e um sorriso brotou em seus lábios.

   Alex esticou seu braço procurando a mulher que adormecera ao seu lado, mas nada encontrou. Sentou-se na cama e estranhou o fato de não ter vestígios de Sidney em nenhum lugar, a não ser pelo perfume dela que impregnava todo seu quarto. Levantou-se, vestiu qualquer coisa que encontrou jogada pelo seu quarto e saiu a procura daquela mulher, mas não a encontrou em lugar nenhum.

   Voltou para seu quarto atrás de seu celular pronta para mandar uma mensagem ou para apenas saber se ela havia deixado algum recado, mas não tinha nada. Quando já estava prestes a discar seu número o barulho da porta de entrada chamou sua atenção, e então foi até lá sabendo que encontraria o que tanto procurou. 

   - Bom dia Belly - disse assustando Sidney.

   - Deus Alex ... Que susto !- respondeu colocando uma das mãos no peito sentindo o resultado do susto que acabara de levar.

   - Me desculpa pelo susto, eu não tive a intenção ...Achei que tinha fugido ou sei lá ... - proferiu com voz baixa.

   - Quem em sã consciência fugiria de voce Vause? Me poupe! - sorriu sentindo seu coração um pouco mais cadenciado - Eu só fui atrás de algo para preparar um café, notei que não tinha muitas coisas na dispensa, então resolvi ir comprar algo - deu um selinho em Frontenac e seguiu para a cozinha - A intenção era preparar algo antes de você acordar, mas vejo que demorei mais do que o previsto. 

   - Belly, não precisava se preocupar com isso, na verdade não é sempre que faço a primeira refeição do dia - Alex acabara de entrar na cozinha e se sentava em um dos bancos em frente ao balcão observando como Sidney já se sentia em casa.

   - Depois de todo o esforço físico que fez ontem não me custava nada lhe preparar um café da manhã caprichado - piscou para Alex - Sem contar que preciso me certificar de que vai comer bem, não quero que ninguém me ligue dizendo que você desmaiou em cima dos tubos de ensaio, me sentiria culpada.

   - E eu não me importaria de passar mal só para ter você como minha enfermeira Srta. Sarabelly - as duas trocaram olhares maliciosos e prosseguiram com o café. 

   A manhã transcorreu o mais tranquila possível entre Alex e Sidney, e por um momento Frontenac esqueceu de tudo o que ocorrera no dia anterior. Após se arrumarem e trocarem alguns beijos insinuantes as duas já estavam em um táxi. Alex a caminho do Dyad e Sidney a caminho de sua casa. Se despediram assim que o carro parou em frente ao instituto e Alex o adentrou, e assim que o fez todas as lembranças e sensações ruins que a rodeavam no dia anterior voltaram a rodea- lá.

   Tudo ali parecia carregar aquela atmosfera sufocante e angustiante que sentira ontem antes de ir embora, enquanto ainda tentava saber como Cosima estava. No caminho até o elevador decidiu que iria atrás de notícias de Niehaus e depois voltaria para seu laboratório.

   Assim que entrou na grande caixa de metal, Frontenac apertou o botão 8 no painel e logo as portas se fecharam. Encarando as portas a sua frente Alex pensava nas palavras que Delphine lhe disse  no dia anterior, ela jamais imaginou que um dia conseguiria ver tanta veracidade nas palavras de Cormier como viu no instante em que a mesma lhe dizia sobre seus sentimentos por Niehaus.

   As portas do elevador se abriram a arrancando de seus devaneios e seus olhos logo avistaram uma figura um tanto quanto nervosa sentada no mesmo lugar em que estiveram a horas atrás. 

   Delphine estava sentada, seus cotovelos apoiados nas pernas, seu queixo apoiado nas mãos e o olhar fitando o chão. Seu pensamento estava distante, sua mente estava dividida entre o que ocorrera com Cosima e entre a ligação de Marion. 

   - Bom dia Dra. Cormier - saudou Alex se sentando ao lado de Delphine - Como vai? 

   - Bom dia Dra. Frontenac ... - a olhou finalmente - Já estive melhor, mas também já estive pior, então posso dizer que estou bem na medida do possível.

   - Certo! - franziu o cenho ao perceber que  Delphine trajava a mesma roupa do dia anterior.

   - Sim Srta. Frontenac, eu passei a noite aqui é por isso que ainda estou com as mesmas roupas...

   - Mas eu não disse nada - preferiu Alex soltando um riso suave.

   - Não precisou - e o silêncio se fez. As duas suspiraram pesadamente e Delphine passou a mão pelo seu rosto e por seu cabelo - Ainda não tive coragem de entrar, sinceramente não acho que meu rosto seja o primeiro que ela queira ver - falou em sussurro.

   - Ela acordou faz muito tempo? - perguntou.

   - Não acabaram de passar aqui avisando ...- ficaram em silêncio novamente por um tempo até aquele Alex o quebrou. 

   - Se a sua intenção não era entrar assim que ela acordasse, por que está aqui? Por que se deu o trabalho de passar a noite aqui no Dyad? - aquela indagação de Frontenac fez Delphine suspirar profundamente e fechar os olhos.

   - Eu não poderia deixar ela aqui sozinha - começou - Mesmo não estando lá dentro eu sinto que ela sabe que estou aqui, ou pelo menos que alguém está - abriu os olhos e encarou Alex que engoliu em seco - Eu não iria me perdoar se algo acontecesse a ela e não tivesse ninguém de minha confiança aqui - Delphine desviou o olhar dos olhos de Alex quebrando o clima vulnerável que se estabelecera antes e levantou - Bom, agora que ja está aqui posso ir tomar um banho e trocar de roupa antes que mais alguém me veja nesse estado deplorável.

   - Realmente não seria nada bom para sua carreira ser vista andando pelos corredores no estado em que se encontra - Cormier fuzilou Alex, depois revirou olhos e se virou para ir embora - Delphine ...- chamou a atenção dela a fazendo encara-la - Eu vou vê-la e depois te dou notícias, mas sinceramente acho que deveria aparecer ... Ela vai gostar de te ver, mesmo estando brava contigo - Delphine concordou sorrindo e foi embora, enquanto Alex ia até a sala onde Cosima estava.

   Frontenac parou em frente a porta que guardava sua amiga e deu três leves batidas. Poucos segundos depois ouviu uma fraca voz autorizando sua entrada e assim a fez. Alex analisou a sala que não tinha nada além de uma cama, um móvel ao lado dela e uma poltrona. Parou por alguns instantes encarando Cosima deitada naquela cama, ela estava pálida e seus lábios estavam arroxeados, sem contar na cânula em seu nariz que a auxiliava na respiração. Definitivamente aquela não era a melhor visão que já teve de Niehaus, mas comparando-a a que teve no dia anterior também não era a pior. Cosima estava bem, apesar dos pesares, estava viva e isso era o que importava.

   - Hey, Cos! Como está? - indagou se sentando na poltrona próxima a cama.

   - Eu estou bem, mas não melhor do que você - Alex fez cara de confusa, Niehaus sorriu e logo em seguida prosseguiu - Você tá com cara de sexo.

   - Como é? 

   - Não se faça Alex, sabe que conheço sua cara pós sexo e você está com ela agora - apesar da voz de Cosima ainda estar fraca e um pouco rouca era possível detectar o tom de divertimento nela - Sem contar que você está com um vermelhinho bem aí no seu pescoço - essa constatação fez Alex levar a mão até o pescoço e Cosima cair na gargalhada - Não tem nada aí, mas você se entregou e agora vai me contar o que aconteceu - Alex revirou os olhos, mas sorriu entendendo que Cosima já estava bem o suficiente para fazer tais brincadeiras. 

   - Já que estamos aqui, as duas sem fazer nada e nem que você quisesse poderia sair dessa cama nada confortável, eu conto - Cosima sorriu e Alex continuou. Ela lhe contou em quais circunstâncias havia conhecido Sidney e tudo que ja haviam vivenciado juntas até ali. Deu uma grande ênfase na noite que tiveram e nos cuidados de Sarabelly para com ela naquela manhã, principalmente.

   - Que bom que pelo menos uma coisa boa aconteceu em meio a toda essa confusão - disse Niehaus após ouvir tudo o que Alex dissera.

   - Ah sim, mas eu não diria que essa foi a única coisa boa que aconteceu - soltou inocente, ou não.

   - E o que mais aconteceu de bom, por que até onde eu sei convulsionar e ficar entrevada numa cama não é considerado uma coisa boa.

   - Tem uma pessoa extremamente preocupada com você e não sou eu... - Cosima franziu as sobrancelhas sem entender direito - E nem o Scott - franziu ainda mais a sobrancelha, com um olhar confuso encarava Alex - Nossa Cosima, quando você quer, você consegue ser burra - disse bufando - Eu tô falando da Toda Poderosa Cormier.

   - Haha engraçadinha ... - zombou.

   - Não Cos, eu tô falando sério. Ontem ela estava toda preocupada contigo e disse que daria um jeito em tudo isso - Cosima parou de rir na mesma hora em que Frontenac começou a falar - E hoje ela estava esperando por notícias suas logo quando cheguei ... Aparentemente passou a noite aqui - completou. 

   - Alex não estamos falando da mesma pessoa né? Por que a Delphine que eu conheço não seria capaz disso ...

   - Mas a que eu conheci seria ... - proferiu em um sussurro quase inaudível e antes que Niehaus pudesse perguntar qualquer coisa algumas batidas na porta chamou a atenção das duas. Alex foi até lá e a abriu. Do outro lado da porta tinha um jovem entregador com um enorme buquê de lírios amarelos e laranjas nas mãos e o entregou para Alex dizendo que era uma encomenda para Cosima Niehaus.

   - Pelo visto a noite foi boa em, com direito a flores no dia seguinte - brincou. Devido a distância da cama até a porta e o tom de voz que o entregador usou, Cosima não foi capaz de ouvir o que ele havia dito. 

   - Na verdade elas são pra você e não pra mim Cos - informou.

   - Tem cartão? - indagou uma Cosima surpresa.

   - Tem ... "Espero que esteja melhor. Mais tarde passarei para saber como está, mas até lá se cuide... Melhoras Cosima" - leu o cartão que acompanhava o buquê e logo em seguida olhou para Cosima - Sem remetente...

   - Deve ter sido o Scott - disse dando de ombros - Pode colocar elas dentro daquela jarra de água por favor?!

   - Pode não ter sido ele Cosima ...- jogou no ar como quem não quer nada.

   - E quem mais poderia ter sido? - Alex apenas lhe lançou um olhar sujestivo e sorriu - Não seja tola Alex, ela não seria capaz ...

   - Se você diz - deu de ombros - Bom, por mais que eu não queira, eu tenho que ir baby - depositou um beijo na testa de Niehaus - Mais tarde eu volto para ver essa sua cara de doente - disse já se direcionando para a porta.

   - Traz chocolate ... - disse antes de ver a porta se fechar e a solidão tomar conta de seu dia novamente.


****


   A ida de Delphine até sua casa não demorou mais que o necessário. Chegando ela foi direto para seu quarto e tratou de tomar um banho rápido o suficiente para conseguir fazer uma higiene adequada de seu corpo e cabelo. Saindo do banho Cormier se secou e vestiu uma calça jeans escura, uma camisa branca de mangas cumpridas e uma bota de cano curto e salto fino. Agradeceu mentalmente por ainda estar mantendo seu cabelo liso, isso com certeza lhe poupou muito trabalho. Delphine voltou para seu carro na mesma velocidade em que saiu dele, quase correndo.

   Algo dentro si a impulsionava a fazer as coisas com rapidez para poder estar ao lado de Cosima o quanto antes. Mesmo sabendo que provavelmente Niehaus não iria querer vê-la, em seu interior, ela sabia que seu lugar era ali ao lado dela para quando ela precisar de algo nem ter o trabalho de ter que gritar ou algo do tipo.

   Delphine dirigiu com atenção, mas com certeza pressa de volta para o Dyad. Digamos que seu pé estava um tanto quanto pesado aquele dia e o acelerador sofreu as consequências. Cormier adentrou o estacionamento do Dyad praticamente cantando pneu, estacionou o mais rápido que pôde e seguiu para o saguão do Dyad.

   - Boa tarde Dra. Cormier! - saudou Joseph assim que avistou Delphine, mas a mesma não o respondeu - Dra. Cormier!? - chamou outra vez, mas ainda sem êxito - Dra.!? 

   - O que foi Joseph? Eu estou com pressa! - respondeu Delphine já sem paciência.

   - O Dr. Leekie pediu para que assim que chegasse lhe dizer que ele a espera em sua sala - informou e Delphine bufou.

   - Ele disse o que quer? - indagou coçando a testa em sinal de estresse.

   - Não Dra., apenas pediu que lhe dissesse isto.

   - Tudo bem ... Obrigada Joseph - agradeceu e antes de seguir acrescentou - E me desculpe, mas hoje realmente não está sendo um dia simples - falou sorrindo.

   - Não se preocupe Dra. - respondeu lhe distribuindo outro sorriso - Espero que seu dia melhore! - se despediram com um asceno de cabeça e Cormier seguiu seu caminho.

   Delphine seguiu para a sala de Leekie já sentindo outra possível discussão se aproximar. " Aquele incompetente tem o dom de me tirar do sério como ninguém mais tem", pensava e já sentia seu sangue ferver na veia antes mesmo de encontrá-lo. Saiu do elevador e foi em direção a sala dele. Não anunciou sua entrada, simplesmente se esquecera dos bons modos e entrou.

   - O que você quer Aldous? - questionou em tom de voz impaciente.

   - Bom dia para você também Dra.! - ironizou.

   - Me poupe de sua falsidade, não tem ninguém nos assistindo e eu estou com pressa - exigiu ríspida.

   - Não é falsidade, é simplesmente a boa e velha educação.

   - Desembucha Aldous ... O que de tão urgente tem para falar comigo? 

   - Marion Bowles desembarca hoje aqui no Canadá e virá do aeroporto direto para o Dyad - levantou de sua mesa e parou próximo a Delphine - Por que algo me diz que isso tem um dedo seu? 

   - Eu tenho mais o que fazer da minha vida Aldous - deu um passo em direção a Leekie - Não tenho culpa que ela não confia em seu trabalho e colocou alguém para ficar de olho em você.

   - Quer mesmo que eu acredite que você não está envolvida nisso Cormier? Mesmo depois que eu a impedi de prosseguir com sua pesquisa!? - a distância entre os dois era de um pouco mais que um palmo.

   - Aparentemente não sou a única que o acha um incompetente - um sorriso debochado surgiu nos lábios de Delphine, enquanto os de Aldous eram cerrados e a mandíbula era trincada - Aposto que se fosse meu nome naquela porta e se fosse eu a pessoa sentada naquela cadeira... - apontou para imensa cadeira atrás da mesa - ... Marion não precisaria vir até aqui - o semblante de Aldous era puro ódio, quanto o de Delphine era pura diversão - Agora se me dê licença, tenho assuntos realmente sérios para tratar ... Passar bem, ou não! - Cormier adorava usar de toda sua imponência com Leekie, era demasiadamente divertido para ela o ver estremecer diante de suas palavras.

   Ainda com seu sorriso vitorioso no rosto, Delphine adentrou o elevador novamente e desceu dois andares. Assim que as portas se abriram e revelaram o oitavo andar, Cormier seguiu para fazer o que a estava deixando agitada e com pressa. Andou pelos corredores com toda sua leveza exacerbada e parou diante da porta que passou a manhã inteira querendo abrir. Deu leves batidas e logo ouviu a voz de Cosima dizendo para entrar, mas hesitou por uns instantes, então a voz repetiu o comando e só depois Delphine ousou girar a maçaneta.

   - Bom dia Srta. Niehaus, como está? - a saudou educadamente.

   - Ah, é você - não esperava ser recebida dessa forma, mas também não a culpava por guardar tanto rancor - O que faz aqui?

  - Queria saber como está se sentindo! - respondeu.

   - Não precisava vir até aqui simplesmente para saber como estou, poderia ter perguntado para qualquer um - disse com certo tom irônico e um pouco melancólico.

   - Srta. Niehaus, eu sinceramente ...- Delphine parou o que falava quando percebeu que Cosima não a escutava. Ela falava sem parar, nem ao menos notou que Cormier falava - CHEGA COSIMA! - não queria ter gritado, mas foi a única saída que encontrou - Me desculpe, não queria ter gritado, mas... - suspirou pesadamente e desviou o olhar e Niehaus para o móvel ao lado de sua cama - Vejo que recebeu minhas flores!

  - Foi você? - indagou com a voz fraca e agora embargada pelo choro que segurava. Não imaginou que Delphine gritaria com com ela. Cormier assentiu respondendo sua pergunta - Qual motivo?

   - Gentileza! - respondeu - Normalmente mandamos flores para as pessoas que estão doentes ...

   - Mas por que lírios? É minha flor favorita ... - a última parte saiu sem que percebesse.

   - Que maravilhosa coincidência! - virou para Cosima e sorriu - É minha flor favorita também - disse desviando a atenção de Niehaus para as flores - Lírios carregam consigo um significado para cada cor, o lírio amarelo, por exemplo, significa uma amizade que possui um grande desejo de virar romance um dia ...

   - Mas também indica decepção e desengano - a interrompeu.

   - Sim ...- suspirou e prosseguiu - Já os de pétalas laranjas indicam imensurável fascínio...

   - E atração ... - completaram em uníssono e seus olhos se encontraram outra vez - E por que escolheu essas cores em especial? - a questionou curiosa.

   - Por que é isso que sinto Cosima - Niehaus estremeceu ao ouvir seu nome ser pronunciado daquela maneira, tão leve - Desde o dia em que me disse todas aquelas coisas, desde quando disse que me ama a única coisa que consigo pensar é... - Delphine foi impedida de continuar por fortes batidas desferidas na porta que logo foi aberta

   - Me desculpe atrapalhar Dra. Cormier, mas a Sra. Bowles está aqui e disse que precisa urgentemente falar com a Srta.


Notas Finais


Meu Cophine tá ganhando força? Mas é craro haha

Eai oque acharam? Não deixem de dar aquele feedback amorzinhoo meus amores.... Espero que estejam gostando tanto quanto eu.

Me digam! Oque querem que aconteça e oque esperam que aconteça?

Até semana que vem babys!


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