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História Let It Rock - Grandes problemas? Difíceis soluções...


Escrita por: LindaLouca

Notas do Autor


Espero que gostem!

Capítulo 1 - Grandes problemas? Difíceis soluções...


Fanfic / Fanfiction Let It Rock - Grandes problemas? Difíceis soluções...

            Entrei em casa batendo os pés tentando esquecer o que tinha acabado de acontecer.

- Emma Cooper! Não dê as costas para mim! – Meu pai insistia em gritar. – Emma. Emma! Se subir essas escadas se considere de castigo por um mês. – Ameaçou.

- MAIS um mês, papai? Pois então fique bem tranquilo porque morar nessa casa é, com toda a certeza do mundo, o maior castigo que eu podia querer.

Subi correndo as escadas, entrei no meu quarto e me joguei na cama. Não acredito que meu pai estragou a minha noite, logo hoje que o Matthew ia se apresentar com a banda Acid Lovers . Ele ia realizar o grande sonho de estar numa banda de rock de verdade, quer dizer, ele ainda vai. Só que eu não vou estar lá para ver.

Ouvi a porta do quarto abrir e logo olhei para trás. Mason, o filho da minha madrasta, estava lá, parado com aquele sorriso cínico de sempre.

- O que você quer? – Perguntei sem nem ao menos olhá-lo nos olhos.

- Que você suma daqui. – Respondeu no mesmo tom.

- Se eu pudesse, juro que faria. – Respondi. – O mais rápido possível.

- Você não teria onde cair morta, Emma.

- Sei que essa ideia te agrada, - Conclui. – Mas eu iria morar com o Matt...

- Que não tem onde cair morto. – Interrompeu.

- Já acabou? Sai daqui e me deixa em paz. Vá fazer algo que eu não ligo em um lugar que eu não me importo desde que seja longe daqui.

- Devia tomar cuidado com o que deseja Emma...

           Ele saiu com um sorriso diferente do que entrou.  Agora estava mais... Malvado. Tão malvado que me arrepiou inteira. Mas por que? Por que isso sempre acontece comigo? Eu não posso viver não?

           Voltei a me jogar na cama e, mais uma vez, ouvi a porta abrir. Senti vontade de soltar um palavrão bem alto para que todos na casa inteira escutassem e soubessem que eu queria paz. Mas eu não pude. Antes de fazer isso senti um corpo se jogar, literalmente, em cima de mim e fazer coisas, bem, um tipo de cócegas que me fazia querer chorar de rir, chorar de alegria, chorar de agonia e chorar de desespero. Eu não conseguia abrir os olhos de tanto me contorcer na cama, eu queria pedir socorro, queria gritar para que, quem quer que fosse, parasse imediatamente com a tortura, mas eu não conseguia, só conseguia chorar e me contorcer. Até que eu caí da cama.

- Ai, ai. - Disse entre leves suspiros. Mas o que...

            Logo em seguida fui surpreendida por um beijo que, graças a pequena sessão de cócegas feita a muito pouco tempo, foi interrompido bem depressa. Mas, mesmo assim, mantive os olhos fechados. Não precisava abri-los para saber que era o meu grande amor bem na minha frente e eu gostava de ouvir a voz dele bem pertinho...

- Achou que ia fugir de mim loirinha? - Ouvir aquela voz me fez sorrir de imediato. - Se achou, achou errado...

            Sabe aquela sensação de estar na maior subida da montanha - russa e vai subindo bem devagar, aquele silêncio, aquele friozinho gostoso e, ao mesmo tempo, amedrontador que dá na barriga, aquele breve arrependimento e a doce e amarga sensação de que chegou o seu fim? Era mais ou menos isso que eu sentia quando estava com o Matt.

- Você sabe que eu não fugi! Viu o escândalo que o meu pai fez? - Resmunguei me lembrando do ocorrido. - Eu achei que ele ia me matar... - Ele deitou no meu colo e eu comecei a fazer cabelo nos cabelos, antes negros como o breu da noite e agora tingidos de vermelho sangue enquanto olhava bem no fundo dos belos olhos castanhos dele.

- Não. Primeiro ele ia ME matar, depois ele ia pensar em te matar. - Ele riu. - Mas relaxa tá? Vai dar tudo certo...

- Como assim VAI DAR? Você tinha que me dizer que DEU tudo certo! - Eu parei para pensar um pouco e logo a pior das hipóteses me veio a cabeça. - Não me diga que meu pai queimou sua apresentação? Ai, agora eu mato ele. Ele tem o direito de se meter na minha vida, mas na sua nem os seus pais se metem e... - Ele me interrompeu.

- Eles toparam fazer amanhã. Claro que vou ter que ser ainda melhor do que nunca, mas... Por você vale a pena.

           Awnnt. Que meigo. Até parece que não quer alguma coisa...

- Não sei o que você quer mais a resposta é não.

- Ai, qual é Emma? Fiz uma coisa por você, mas tem que fazer uma coisinha por mim... 

- Nananinanão, da última vez que fiz uma coisinha por você roubamos um carro e pichamos a casa da sua ex - namorada.

- É que o show vai ser na Dreams & Hallucinations, que você sabe, não é chamada de alucinações por nada, só tem gente fumando maconha. Sem contar que se quiser mesmo ir me ver, vai precisar de uma identidade falsa e se quiser profissional, tem que ser com o sombra.

- Mas o Sombra não estava na cadeia? - Perguntei confusa.

- O pai dele pagou a fiança, de novo. - Explicou. - Por isso ele vai arranjar a identidade para você. Você vai ver, vai ser mole, mole.

           Suspirei. Quando ele começava assim, não havia quem o parasse.

- Quanto vai custar? 

- Não muito, uns 360 reais mais ou menos.

- Tá. Vou dar meu jeitinho...

- Tem certeza disso? Seu pai estava uma fera quando saíram de lá.

- Tenho, ele não me dá dinheiro por nada, mas eu tenho um ótimo motivo para ele... Então sim. Eu consigo convencê-lo, mas me diga, no horário de sempre?

- Claro. - Ele pareceu ter um clique. - Ah é, lembrei. Acabou o seu leite e as bolachas. E o refrigerante de laranja.

- Que? O meu refrigerante, Matt? Sério? - A minha irritação passou e eu tive um clique. - E deu tempo de invadir a minha casa e olhar a  minha geladeira? E comer o que tinha lá? Aliás, como entrou aqui para começo de conversa? Achei que o Andrew e o Kevin estavam trabalhando hoje, sabe? Eles são uma boa dupla...

- Ah, mas isso eu percebi. Vi como eles trabalham bem direitinho escondidos na moita aos beijos.

           O que?

- O que? - Arregalei os olhos. - Sério? Eu... Eu...

- Não imaginava? Pois é! Nem eu, mas... Fazer o que, não é? - Olhou no relógio e se assustou. - Preciso ir para casa, minha mãe vem me visitar amanhã.

- Certo... - Disse realmente desapontada, eu adoro ficar conversando com o Matt e, as vezes sinto que posso ficar assim até amanhecer.

- ... - Ele pareceu perceber meu desapontamento. - Mas se não quiser que eu vá...

- Tchau, Matt. - Disse me levantando do chão, indo para porta a abrindo logo em seguida. - Você é medalha de ouro em cortar o nosso clima.

- Não SÓ nisso. - Ele riu maliciosamente enquanto passava pela porta.

- TCHAU, MATT! - Fechei a porta na cara dele.

- Ei, loirinha. - Disse baixinho pelo outro lado da porta

- O que é?

- Eu te amo. - Em seguida ouvi os passos irem para bem longe.

            "Eu te amo". Aquelas palavras rodearam a minha cabeça a noite inteira me privando do justo sono.

~*~

           Acordei bem cedo para alguém que havia passado a noite quase inteira em claro, me lembrava  das palavras do Matt como se ele ainda estivesse sussurrando no meu ouvido, a minha felicidade era tanta que nada poderia acabar com ela.

- Emma Evangeline Cooper! Você está atrasadíssima, tem horário no cabeleireiro, na manicure e, pelo amor de deus, arrume essa sua cara pálida que está toda borrada de sombra preta.

          Nada que NÃO envolvesse a minha madrasta gritando meu nome inteiro com uma voz esganiçada.

- Não é por nada Morgana, mas eu acho que você enlouqueceu, porque eu NÃO TENHO compromisso nenhum hoje.

- Ai, lindinha - Disse em falsa doçura enquanto revirava o meu guarda - roupa. - Se esqueceu que dia é hoje?

- Sábado? - Eu não quis ser debochada, mas saiu sem querer.

- Não. - Ela revirou os olhos e suspirou. - Hoje é o meu aniversário de casamento com o seu pai, bobinha. Aliás, você não tem nenhuma roupa que não seja preta?

- E você não tem um comentário que me seja útil. Sai do meu quarto e deixa as minhas roupas no lugar.

- Só acho bom não me fazer passar vergonha na festa de hoje a noite. Se não... - Ameaçou.

- Espera um pouco, o que?  Que festa, como assim?

- Ai como você é lerdinha, hein? Vai fazer 10 anos que seu pai e eu nos casamos, lindinha. Vamos fazer uma festa de outro mundo, varias celebridades, paparazzis até uma cobertura para o jornal. Vai ser um luxo!

           Depois disso, ela saiu toda alegre e saltitante, como se fosse uma criança que descobriu que vai receber uma visitinha do papai noel mais cedo. Comecei a imaginar como eu faria para dar um perdido nela e no meu pai, afinal, eu ia assistir a apresentação do Matt de qualquer jeito quando, de repente, ouvi gritos vindos do andar de baixo. Ethan e Elizabeth. Desci as escadas como se a casa estivesse pegando fogo ou qualquer coisa do tipo.

- Ethan, Elizabeth! - Os meus irmãos mais velhos, que tinham viajado para fora do pais anos antes, estavam lá. Lindos como sempre, até porque, filhos de mesmo pai E da mesma mãe que EU não podia ser diferente. - Eu quase morri de saudade de vocês, sério, e da próxima vez que forem para Londres por tanto tempo tem que me levar. Eu quase morri de tédio.

- Ai, minha vida. É claro que eu levo, levo até para o fundo do oceano. - Minha irmã fez questão de garantir.

- Exato, nós também sentimos muito sua falta, Ems. Mas como somos gêmeos quase siameses temos que ficar bem juntinho um do outro, sabe?

- Só me levem na próxima, certo? - Me ocorreu de perguntar. - Alguém sabe onde o papai e a Morgana estão?

- Acho que saíram... Por que.

           Sabe aquela hora em que o seu lado malvado surge e te dá a ideia mais diabólica de todas? Bem...

- É que a Morgie ia me levar ao cabeleireiro... - Fingi tristeza. - Bom, acho que vou sozinha mesmo... Tchau!

          E o plano estava armado, se eles queriam uma peça, ganharam um verdadeiro musical da Broadway.

~*~

           A festa ia começar por volta das 22 horas da noite e o Matt ia se apresentar por volta das 23 horas, ou seja eu tinha uma hora para ganhar tempo ou estava tudo acabado. Dei uma boa verificada no espelho do hall de entrada do salão de festas da casa, até que não tinha ficado mal... Mas para um evento de gala... Um pouquinho, bem, escandaloso.

            Abri as portas do salão de maneira brusca e bem mais escandalosa que o meu visual. todos pararam para me observar, mulheres vestidas com longos vestidos de seda brilhantes se agarraram com os seus pares que trajavam belos ternos de linho. acho que pensaram que eu ia rouba - los ou algo assim... Até parece.

            Fui me aproximar do meu pai e a esposa. Meu pai de smoking e o mesmo ar sério de sempre e a Morgana com um belo vestido longo roxo ameixa com cauda ainda mais longa, mega decotado e mega brilhante, os longos cachos pretos presos por um coque com um belo enfeite de lado. 

- Meu deus do céu, Harry dá uma olhada na sua filha. - Morgana cobriu os olhos com as mãos

- Emma Evangeline! - Ele parecia, parecia não, ele estava furioso. - O que é isso que você está vestindo.

- O que tem de errado? - Eu sabia perfeitamente do que ele estava falando, era um evento de gala e eu estava usando um shortinho jeans curtinho preto, uma camiseta preta do Nirvana, um All - Star preto, um par de brincos de raios pretos brilhantes, pulseiras de strazz e um boné de aba reta branco com os escritos "Loser" em preto, o cabelo preso em um rabo - de - cavalo simples com, lá vem a surpresa, mechas cor - de - rosa. - É o que tá na moda, papai.

- É um evento de gala Emma! - Ele se aumentava mais o tom de voz, chamando ainda mais atenção. - Está escrito no convite.

- Desculpa papai, mas EU não recebi o convite, aliás, só fiquei sabendo dessa festa hoje de manhã.

           A essa altura, todos já estavam olhando e tirando fotos  da nossa discussão, o que fez com ele se envergonhasse e chamasse o Mason de canto e sussurrar sem nenhuma descrição algo em seu ouvido, ele que logo em seguida, agarrou meu braço com força e me levou escada acima. 

- Mason, me larga. - Ele me prendeu no meu quarto, até a trancou a porta. O que era simplesmente perfeito! - Mason - Fingi que  queria sair e batia na porta com força várias vezes. - Abre, Mason. Mason!

          Quando tive certeza de que ele havia saído do corredor, corri até a janela, a abri e desci pela trepadeira. Peguei a moto do meu irmão e sai a toda a velocidade em direção ao Dreams & Hallucinations. Era por volta das quinze para as onze, a música do rádio estava alta, era Don ' t Let Me Down do The Chainsmokers, e enchia o meu coração, o fazia palpitar e me fazia querer correr ainda mais rápido, passei uns três faróis vermelhos e seis ou sete radares, mas eu estava com pressa, muita pressa.

           Quando cheguei, Matt estava aparentemente impaciente do lado de fora do clube. dei uma buzinada para que ele me visse, só então ele pareceu se tranquilizar.

- Mas que ... Uouuu. - Não é por nada não, mas ele estava babando por mim. Literalmente boquiaberto. - Onde você pensa que vai com esse shorts mostrando o útero? Só tem marmanjo lá dentro.

- Queridinho, coisas bonitas devem ficar expostas, sabia? - Dei uma voltinha para que ele admirasse um pouquinho mais.

- Eu sei. E eu concordo. Elas devem ser expostas. PARA MIM, NÃO PARA ELES.

- Será que dá para gente entrar? Sua apresentação é... - Conferi o relógio do celular. - Em dois minutos, Matt. Vai, vai, vai.

           Não demorou muito tempo para que o show começasse, não posso negar que senti uma leve pontada de ciúmes ao ver algumas menininhas estilo fan girls  gritando feito doidas quando eles começaram a tocar mas nada disso me importou. Os olhos do Matthew ficaram olhando no fundo dos meus durante todas as músicas da apresentação.

          De repente, a música foi interrompida, as luzes se acenderam e foram ouvidos tiros da entrada do club. "A polícia, a polícia" foi o que ouvi antes de arrombarem a porta. 

- Emma! - Matt fez sinal do palco. - Corre!

            Mas haviam tantas pessoas se desesperando que não pude correr para lugar nenhum, e logo um policial me pegou.

- Mãos ao alto, mocinha.

~*~

           Estava sentada no banco da delegacia, com  o Matt segurando a minha mão com força e dizendo que ia ficar tudo bem. Quando uma policial, Sonia era o seu nome, disse que meus pais já tinham vindo me buscar e me avisou para tomar mais cuidado. Nem preciso dizer que o pai ficou super irritado, disse que eu não tinha que ter saído e que eu era uma vergonha para família e ainda me proibiu de ver o Matt porque ele era má influência.

           O caminho para casa foi silencioso e mórbido, como se estivéssemos indo para um funeral. Não esperei que disse mais nada, apenas me arrastei escada acima e me joguei na cama apenas esperando o sono chegar. O que aconteceu mais rápido do que eu imaginava.

           Quando acordei me senti destroçada, meu corpo estava acabado e meu humor não podia estar pior. Desci as escadas e nem me dei o trabalho de cumprimentar ninguém, acho que olhei na cara de ninguém direito, apenas abri a geladeira e peguei um suco de caixinha.

- Emma, - Meu pai começou. - eu nem preciso dizer que o seu comportamento de ontem foi inaceitável e, por mais que me doa, eu preciso te punir de alguma forma, então... - Ele respirou fundo. - Arrume suas malas, você vai estudar em um colégio interno.

- ... - Eu cuspi todo o suco. - O que?

           Foi quando vi tudo mudar...


Notas Finais


Volto na sexta fofos.


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