1. Spirit Fanfics >
  2. Let me know >
  3. Presságio

História Let me know - Presságio


Escrita por: Loretha1

Notas do Autor


Vocês não vão entender agora, mas espero que entendam depois. Só não posso falar muito se não estraga a ideia toda (Ou não). Mas juro juradinho que essa ideia que tive vai ser boa, podem confiar ;)

Capítulo 9 - Presságio


Marinnette se sentia melhor. Agora que Tikki estava bem, talvez os poderes do Miraculous estivessem curando-a mais rapidamente. Seus braços não doíam tanto e ela conseguia se manter em pé sem sentir os músculos protestarem.
       Quando terminou o banho, a mãe estava esperando no quarto. A cama estava arrumada com uma colcha cor de rosa e o monitor cardíaco havia sido removido, dando lugar a um criado mudo semelhante ao que estava do lado direito da cabeceira da cama, onde a rosa descansava dentro de um copo d’água.
      — Então, como estou? — Marinette perguntou, mostrando a roupa que a mãe havia trazido.
       Marinette se sentia melhor com algo que era seu, as roupas do hospital não eram algo bonito para receber visitas. Seu vestido simples e leve, com flores pequenas estampadas por todo o tecido e o suéter quentinho eram mais do bom agora.
       — Você está ótima, Marinette. — Respondeu a Sr. Cheng sorrindo para a filha.
       Marinette sentou-se na cama enquanto a mãe afofava o travesseiro. Suas costelas doíam com o esforço de ficar em pé e sua respiração já estava um pouco descompassada. Era ruim se cansar muito rápido, mas estava melhor e isso que contava no momento.
       — São que horas? — Perguntou a garota, deitando na cama.
       — Nove horas. Eles já estão chegando. — Sabine Cheng disse, olhando no pequeno relógio de pulso.  — Você sabe que não pode se esforçar muito, então qualquer coisa é só me chamar que eu peço para seus amigos saírem.
       — Eu sei, mãe. Não precisa se preocupar.
       Alguém bateu à porta e depois a abriu. Alya entrou, seguida por Alix, Rose, Max e Kim. Marinette tentou não parecer decepcionada quando Kim fechou a porta atrás de si, deixando claro que não tinha mais ninguém para entrar.
       — Mari! Você parece muito melhor hoje! — Alya exclamou quando foi abraçar a amiga. —  Isso é ótimo, porque queremos ter você de volta o quanto antes. Como se sente?
       — Bem melhor, eu acho. — Marinette riu.
       — Trouxemos doces! — Rose pulou para mais perto da cama e mostrou uma cestinha de vime, enfeitada com lacinhos cor de rosa. — Tem os seus favoritos, mas tem também os meus, do Kim, da Alix... De todos aqui. Você pode comer doces, não pode? — Ela perguntou, alternando os olhares entre uma Marinette sorridente e uma Sr. Cheng, que parecia se divertir com o falatório da garota.
     — Eu acho que posso, sim, não posso, mãe? — Marinette olhou para a mãe, esperando aprovação.
       — Não vejo mal algum, só não exagere, ok? — Sorriu para os amigos da filha e se dirigiu para a porta. — Estarei lá fora, caso precise de mim é só chamar.
       Quando Sabine saiu, os garotos se acomodaram na cama, ao redor de Marinette. Rose entregou a cesta para que ela  e esperou, de forma quase impaciente, Marinette olhar os docinhos e provar o primeiro.
       — E então? Gostou? — Perguntou Alya olhando a amiga. — Nós que fizemos.
       — Tem seus sabores favoritos ai. — Max disse, ajeitando os óculos e depois cruzando os braços. — Rose pediu pra colocar o de todo mundo também.
       — As barras de proteínas são minhas. — Kim passou o braço por cima do ombro de Rose para pegar um dos pacotinhos na cesta. — Humm, essa tem... O que é isso mesmo, Alix?
       — Acho que é banana, não lembro.
       Marinette abriu um pacote dourado e mordeu o chocolate. O recheio de morango encheu seu paladar com uma sensação boa e ela sorriu.
       — Isso está ótimo, pessoal! Muito obrigada. — Agradeceu, depois de morder outro pedaço.
       Alya estava calada demais, Marinette percebeu. Alguma coisa parecia diferente nela. A forma como seus olhos observavam tudo e ao mesmo tempo pareciam perdidos deixou Marinette curiosa. Se o quarto não estivesse cheio demais, ela teria feito um zilhão de perguntas até saber o que incomodava tanto sua melhor amiga, mas teria que esperar.
       Um pouco mais tarde, a Sra. Cheng voltou ao quarto avisando que logo o horário de visita terminaria.
       — Podem ir na frente, eu quero ficar com a Mari um pouco mais. — Alya sorriu para os amigos.
       Quando todos saíram, Alya levantou de onde estava para sentar-se mais perto de Marinette. Ela sorriu e pegou mais um chocolate na cestinha ao lado do criado mudo.
       — Todo mundo tá estranho. — Marinette comentou, observando as reações da amiga. — E eu entendo, sabe, com tudo isso que está acontecendo.
       — Sim, ninguém quis falar nada sobre você estar de volta na sua frente, mas acho que isso deu um pouco de esperança pra todo mundo. — Alya notou a flor sobre o criado mudo. — Flores, que clichê de hospitais.
       — Eu gostei. — Marinette riu, pegando o copo com a flor.
       — Quem trouxe? — Alya perguntou.
       Marinette balançou a cabeça e sorriu.
       — Um amigo. —O cheiro que a flor emanava ainda era doce. —Você vai me contar o que está acontecendo?
       — Não está acontecendo nada, por quê? — Alya olhou para Marinette com uma sobrancelha erguida. Agora ela girava o celular nas mãos.
       — Se é sobre o Nino, você sabe que pode muito bem falar comigo. Mas saiba que também pode falar sobre qualquer outra coisa. — Disse Marinette, erguendo as costas do travesseiro para alcançar as mãos de Alya.
       — Ah, Mari, eu realmente não sei se é algo que você possa entender. — Alya apertou os dedos da amiga com delicadeza. — Só quero ter certeza antes de umas coisas, mas, olha, não se preocupa, tá? São só alguns probleminhas.
       Um leve batida na porta interrompeu Alya com um susto.
       — Alguém chegou atrasado. — Alya riu quando abriu a porta. — Oi, Adrien.
       A respiração de Marinette falhou por um segundo, da mesma forma que uma batida do seu coração. Por um momento ela havia pensado que ele não viria, mas ali estava Adrien Agreste, sorrindo para ela quando entrou no quarto trazendo uma caixinha nas mãos.
       — Oi, Marinette, desculpa o atraso. —Adrien sorriu timidamente para a garota.
                                               ***
       Adrien entrou no quarto sentindo os olhares das duas garotas. Ele estava acostumado a ter cada passo seu observado, mas quando viu o jeito como Alya olhou para ele e depois para Marinette, ele sentiu os ombros pesarem com desconforto.
       — Eu trouxe algo pra você. — Disse Adrien, parado perto da porta e ganhando um tom rosado no rosto. — Não é grande coisa, eu comprei quando vinha pra cá e... Espero que goste.
       Ao seu lado, ele ouviu Alya reprimir uma risada com uma tosse. Sentiu o calor subir por seu pescoço e se intensificar nas bochechas. Adrien olhou para Marinette quase pedindo socorro.
       — Obrigada, Adrien. — Marinette sorriu, apoiando as costas no travesseiro.
       Ele notou o quanto ela parecia melhor agora. Seu rosto já não estava tão cansado quanto nas noites que veio como Chat Noir, mesmo noite passada, quando ele entrou pela janela e deixou a rosa sobre o criado mudo e viu como seus sonhos eram conturbados. Quando a viu tão indefesa tudo que ele queria era poder trocar de lugar com ela.
       — Eu vou indo, Mari. Os garotos devem estar irritados com a demora, já. — Alya mandou um beijo no ar para Marinette e saiu antes que a amiga pedisse que ficasse.      
       — Quer um chocolate? — Marinette ofereceu quando Adrien sentou-se ao seu lado, na cama. — São uma delícia.
       Adrien entregou a caixinha e sorriu. Ele pegou um dos doces, olhando para Marinette enquanto ela abria a caixa.
       Os olhos da garota brilharam quando tirou uma pulseira preta com pedrinhas verdes de dentro da caixa. Adrien tinha escolhido aquela como uma lembrança do Chat Noir para ela. Seu alter ego estava mais presente agora que ele queria mais que nunca que Marinette soubesse quem ele era.
       — É linda, Adrien! Muito obrigada. — Agradeceu a garota, abrindo um imenso sorriso.
       — Não é nada. — Respondeu, mordendo o primeiro pedaço do chocolate. — Ei, isso é bom mesmo.
       Marinette riu.
       — Eu sei. Qual sabor você pegou? — Perguntou rindo enquanto tentava fechar a pulseira no pulso.
       — Morango. Deixa eu te ajudar com isso. — Adrien chegou mais perto, depois de comer o ultimo pedaço do doce. — Posso?
       Marinette estendeu o braço e a pulseira para Adrien. Ele girou a palma de sua mão para cima e colocou a corrente em volta do pulso. Seus dedos nunca pareceram tão frios em contraste com a pele quente da garota.
       — Pronto. — Adrien olhou para Marinette. —Que foi? Não gostou?
       Marinette tinha o rosto vermelho e seus olhos pareciam querer saltar fora da órbita.
       —E-eu a-d-dorei. — Gaguejou, baixando os olhos para a mão de Adrien ainda segurando a sua. As pedrinhas verdes brilhavam sobre a pele clara de Marinette.
       Adrien ergueu seus olhos para os da garota e no momento que seus olhares se encontraram ele sentiu alguma coisa dentro de si. Não sabia explicar. Agora que sabia quem Marinette era, talvez algo tenha mudado.
       Involuntariamente, seus dedos se fecharam junto aos dela e Adrien se deixou permitir gostar da sensação de segurança que Marinette passava para ele.
       — Você está bem? — Perguntou a garota, olhando para ele com o rosto preocupado.
       Adrien balançou a cabeça.
       — Eu soube o que aconteceu. — Marinette disse com a voz baixa, ainda olhando em seus olhos. — Eu sinto muito, deve estar sendo horrível. Se eu puder ajudar de alguma forma...
       — Eu queria que você voltasse logo, queria que tudo fosse como era antes de você sumir. — Adrien baixou os olhos para suas mãos juntas. — Talvez as coisas não ficassem tão complicadas assim.
       Marinette ficou em silêncio. Adrien não queria que ela pensasse que era sua culpa, porque não era, ele só queria alguém para conversar sobre tudo que ele sentia no momento e então não pensava nas palavras que sairia. Confiava nela como Ladybug e agora confiava como Marinette.
       — Logo eu volto para a escola e podemos todos nos juntar e procurar os outros. Eu sai, não foi? Então talvez os outros tenham uma chance também! — Exclamou ela, apertando a mão de Adrien com empolgação.
       — Eu não vou estudar mais com vocês. — Adrien disse sem mais.
       — Como? — Balbuciou Marinette, soltando a mão de Adrien, enquanto digeria as palavras.
       — Meu pai não vai me deixar mais ter aulas numa escola comum. Não agora, pelo menos. — Adrien suspirou, olhando para qualquer lugar que não fosse o semblante triste da garota. — Vou voltar a ter aulas particulares com a Natalie.
      — Mas, Adrien, logo agora que você se adaptou? — Perguntou Marinette, erguendo as costas do travesseiro. Uma careta de dor surgiu em seu rosto. — Que droga!
       Adrien virou-se para ela no momento em que se deixava cair no travesseiro novamente, agora tomando cuidado para não sentir dor. Marinette fez uma careta para Adrien e bufou.
       — Não faça essa cara, por favor. — Reclamou ela fechando a cara. — Estou bem, só foi uma dorzinha idiota, Adrien.
       Ele riu. Uma risada sincera, que o aqueceu por dentro.
       — Que foi agora? — Questionou ela, ainda parecendo irritada.
       — Desculpa, Marinette. — Adrien sorriu, tentando ficar sério. — Eu só estou feliz por você estar bem.
       — Eu também estou feliz, sabe, por você estar aqui. — Disse Marinette, agora sorrindo abertamente para ele.
                                     ***
       As pirâmides eram menos gloriosas do que as fotos de turismo mostravam. A caminhada de expedição estava quase no fim, mas as pernas do rapaz protestavam. Não era normal ele se sentir tão cansado e entediado, mas alguma coisa parecia errada naquele lugar. Ele sentia que não deviam estar ali e alguma coisa parecia impedir ele de seguir adiante. Quanto mais perto da entrada das pirâmides, mais a vontade de dar meia volta crescia.
       — Senhas quase no fim. — Anunciou um guia. — Todos que já tem uma podem esperar na fila ao lado. Logo entraremos.
       O rapaz olhou os papéis que tinha em mãos: a senha de entrada, uma folha que o guia havia entregado e um pedaço de papel amassado que ele segurava desde que saíram do carro. Alguma coisa parecia remexer seu cérebro enquanto ele olhava aquele último papel. Estava deixando escapar alguma coisa que não tinha notado.
       — É o ankh. — Sua mãe apontou para o desenho de uma cruz com uma espécie de circulo no topo. — Para os egípcios simboliza a eternidade.
       O garoto olhou para o papel novamente, olhando o desenho feito à mão.
       — Fui eu quem desenhei. — Disse ele alternando olhares entre a mãe e a folha. — Eu acho.
       — Pode ser alguma coisa. Lembra quando fez isso? — Perguntou ela, pegando o papel das mãos do filho e analisando as anotações que ele tinha feito.
       — Não, agora que eu notei. — O garoto olhou para trás. Sentiu sua nuca se arrepiar, como se estivesse sendo observado. — Sentiu isso?
       Sua mãe virou-se na mesma direção que ele olhava. Quando seus olhos encontraram os dele novamente, estavam sérios e inquietos.
       — Sim. — Olhou em volta, procurado o guia.
       — Mãe, acho que estamos no lugar errado. — O arrepio na nuca parecia ter se intensificado.
       O garoto sentiu o calor ir embora do seu corpo quando alguma coisa atingiu sua cabeça. Enquanto sua visão escurecia aos poucos, ouviu uma gritaria ao seu redor. Não sentiu o chão quando tombou, mas viu os cabelos loiros de sua mãe sacudindo com o vento quando ela se debruçou sobre ele. Os olhos verdes pareciam assustados.
       — Vai ficar tudo bem, Félix. Não se preocupe, eles prometeram não fazer nada com você. — Sussurrou em seu ouvido.


Notas Finais


O que acharam?? Desculpem os erros, estou fazendo correndo, mas vou editar depois, só que ultrapassei o horário. Digam o que acham desse finalzinho e suas teorias, ok? Até mais.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...