Pov. Mila
Acordo sentindo minhas mãos amarradas e tento me soltar, mas o arame invadir minha pele, suspiro me controlando para não gritar e olho em volta vendo um lugar vazio, escuro e sujo, vejo que estava tremendo porque estava apenas de lingerie e tinha apenas de dedos e chupões na minha pele, deixo uma lágrima cair e vejo alguns homens entrando ali, me encolho no canto ignorando o frio nas minhas costas, vejo os mesmos me olharem e antes que fizessem algo entra outra pessoa logo em seguida, vejo um dos homens que atacaram meu vilarejo, o mesmo sorri de lado se aproximando lentamente e o mesmo se agacha na minha frente acariciando meu rosto enquanto eu tremia e ele sorri mais ainda, deixo algumas lágrimas caírem enquanto eu tentava me afastar mais ainda dele que fala atencioso
- Minha doce e amada, Katerina. Ou devo lhe chamar agora apenas de Mila?
O mesmo me dá um forte tapa no rosto e eu fecho os olhos me encolhendo mais, o mesmo fala
- Quando seu irmãozinho abriu a boca para Adam, eu sabia que acabaria encontrando minha amada novamente, fomos destinados a ficar juntos, então eu vim no mesmo dia que ele e quando eu vi você, minha querida meu coração se encheu de alegria. Me entristeceu claramente quando foi para cama com ele, mas eu lhe perdoo até porque você só vai para cama comigo a partir de agora não é mesmo?
Fecho os olhos com nojo enquanto o mesmo beija meu pescoço tocando meu corpo, ele morde meu rosto falando
- Mas entendo o fato de ser apegada aos seus pais, por isso deixarei mandar uma mensagem a eles antes de irmos embora.
Olho para ele que sorri vendo que tinha minha total atenção, ele disca algo em seu celular e coloca no viva-voz, vejo que era o número da minha irmã e o mesmo observa a foto dela lambendo os lábios, deixo algumas lágrimas caírem soluçando e a mesma atende
Ligação on:
- Mila, eu estava tão preocupada. Quando chegamos em casa tinha sangue no chão, você não chegou e Paulina e Ryan não sabem de você, onde é que você se meteu? Adam está aqui com a gente, todos nós estamos preocupados. Você está bem? Aconteceu algo?
- Me prometa que nunca mais vão ligar para mim e que não vão me procurar, por favor.
- Como assim não vamos mais ligar para você? Onde é que você está Camila? Me fala que vou te buscar, querida.
Escuto meu pai falar com o coração partido, deixo uma lágrima cair soluçando e eu falo com voz de choro
- Eu sou tão grata por tudo que me proporcionaram, eu sinto muito, não se preocupem comigo eu estou bem, mas por favor não entrem em contato, é o único jeito de manter vocês seguros, é o único jeito de não machucarem vocês, é o único jeito de eu continuar viva, eu preciso saber que vocês estão bem para suportar tudo. Eu amo tanto tanto vocês mais que tudo nesta vida, eu sinto muito papai.
Antes que ele falasse algo, Avith sorri de lado e desliga o telefone.
Ligação of.
O mesmo me solta me pegando no colo saindo comigo daquele lugar horrível, entramos no carro e o mesmo me entrega roupas novas me mandando vestir, me visto com dificuldade já que minhas mãos estavam machucadas e o carro segue o caminho ao porto.
Já vigésimo sexto dia de tortura escuto a agitação no andar de cima, minutos depois vejo um grupo de busca entrar no meu quartinho escondido embaixo da casa, vejo Adam entre eles e o mesmo me olha pasmo se aproximando com pressa, o mesmo quebra as correntes que prendiam minhas mãos e me pega no colo, gemo de dor me soltando dele negando, ele me entrega sua camisa e eu visto a mesma com dificuldade, saio dali andando mancando com ajuda dele me segurava, quando saio da casa vejo meus pais ali chorando, me solto de Adam indo até os mesmos com dificuldade abraçando meus pais com força nem ligando para dor, deixo as lágrimas caírem enquanto meu pai me apertava e eu começo a pedir desculpas, depois de minutos abraçados com os mesmos nos soltamos e eu sinto meu corpo enfraquecer, meu pai me olha sem entender e enquanto minha visão escurecia e eu caía sinto alguém me segurar, eu desmaio.
Pov. Nina
Recebo uma mensagem do meu pai falando que estavam levando ela para o hospital e que o mesmo já tinha ligado para liberarem a gente, me levanto as pressas com meu irmão e saímos correndo dali, entro no carro de Jake e seguimos até o hospital que meu pai falou que encontraria nós, mando mensagem para Paulina e Ryan falando que encontraram ela e passo o endereço do hospital, quando chegamos no mesmo e ele estacionou descemos as pressas entrando correndo no mesmo, encontro meu pai conversando com o doutor e paramos ao lado dele que fala que tudo bem éramos da família, ao ouvir que ela fui violentada das maneiras mais dolorosas do mundo onde muitas marcas ficarão para sempre não só no corpo como na cabeça dela, houve um aborto graças a uma surra que ela levou e a mesma e que ela estava desidratada com certeza pelo fato de não ter bebido água e também não comeu nada por dias, que o melhor era levar ela para casa e eu não esperei ele terminar segui até o corredor onde tinha os quartos, entramos em vários até achar o dela, Jake se aproxima dela vendo-a sentada na cama com um violão no colo, nos aproximamos e ela nos olha deixando algumas lágrimas caírem, abraçamos a mesma ao mesmo tempo e ficamos assim um longo tempo, quando nos soltamos e eu ajudo ela a se trocar, saímos dali encontrando meus pais ainda conversando com o médico, nosso pai para na mesma hora de falar e o mesmo agradece o doutor pelos conselhos, ele segura minha mão seguindo comigo até o estacionamento, peço para ir no carro dos meus irmãos e ele permite, entro no mesmo mandando ele ir até a universidade, o mesmo me olha com Nina e eu assinto, seguimos o caminho ignorando as ligações dos nossos pais, quando chegamos na mesma eu desço do carro com os mesmos, eles me ajudam a ir até a sala do reitor, o mesmo levanta ao me ver e eu tiro da minha bolsa o exame feito entregando para ele, o mesmo arqueia a sobrancelha surpreso e eu sorrio fraco falando
- Um dos homens que me violentava conseguiu para mim não ficar sem fazer nada nas horas vagas, eu respondi a mesma.
E antes que ele falasse algo saio dali voltando para o carro e seguimos para casa.
Depois de passar um tempo com minha família e de me alimentar, fui descansar porém cada vez que eu fechava os olhos começava a tremer de medo, então enquanto todos dormiam para amanhã conseguir acordar cedo para competição da escola, eu treinei já que aceitei no meio da noite me apresentar, depois tomei banho e fiquei pronta, quando todos desceram já arrumados e me viram sentada no sofá meu pai negou, me levanto saindo da casa e entro no carro do Jake, o mesmo entra logo em seguida saindo dali comigo seguindo até a escola, quando chegamos na mesma descemos e seguimos até o auditório lotado, todos comentavam sobre mim em sussurros, ignoro todos seguindo até o meu lugar e vejo os jurados se levantarem vindo em minha direção, cumprimento os mesmos que me desejam melhoras, agradeço e depois de conversamos a competição começa, meus pais já tinham chegado e estavam falando com todos tentando chegar em mim a tempo, porém chegou a hora de subir ao palco, quando comentam meu nome vejo meus fãs de competições antigas levantarem gritando, sorrio me levantando e subo ao palco, enquanto tiram o microfone e seu suporte dali eu desabotoo a camisa xadrez que eu estava, jogo a mesma no chão e tiro a calça jogando a mesma perto da camisa, todos ficam chocados ao ver minhas marcas e a música começa a tocar, fecho os olhos começando a dançar enquanto toca Alive (Sia), colocando toda a dor para fora deixando algumas lágrimas caírem no meio da coreografia, mas sem parar nunca, sem desistir por causa da dor, abro os olhos parando de dançar e pego o microfone começando a cantar a música na parte em que ela mistura as palavras praticamente, volto a dançar ainda cantando e quando seguro a nota todos levantam gritando enquanto comemoram, quando termino jogo o microfone no chão enquanto todos em pé aplaudem minha coragem, apresentação, pego minha roupa jogada no chão e desço do mesmo, vou até meus pais e olho para o meu pai falando séria
- Ele pode ter feito de tudo comigo, mas não vou deixar ele destruir o resto que ainda me sobra. Eu você o melhor que a vida pode me proporcionar, não importa a dor que eu sinta nesta jornada, eu vou chegar ao topo não importa quem tente me derrubar, eu sou uma Jenner. O senhor pode tentar me impedir também ou ficar ao meu lado, espero que escolha o certo porque depois de tudo o que eu passei, não vou me privar de viver porque você não quer que eu faça algo. Está tudo bem não se sentir sempre bem, eu amo você e sei que só quer me proteger, mas eu vou ficar bem, preciso do seu apoio papai. Eu ainda sou a melhor, eu ainda sou a Mila só que com a força da Katerina.
O mesmo assente deixando algumas lágrimas caírem e eu beijo seu rosto logo saindo dali desviando das pessoas.
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