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História Let Me Love You - Home


Escrita por: _umpandawn

Capítulo 6 - Home


Pov. Mila

Mentira, tudo não passou de um breve anseio, saudade e de querer que tudo estivesse bem, aqui estava eu andando com uma coberta cobrindo meu corpo nu no chão frio da rua depois de ter escapado depois do meu terceiro mês naquele inferno, depois de horas andando, acabei recebendo ajuda de um casal de senhores que estavam passeando com seu cão as cinco da manhã, a senhora me deu comida, cuidou das minhas feridas, me ajudou no banho, colocou curativos, me deu roupas e ainda carona até minha casa antiga, depois de agradecer eles várias vezes entro na mesma vendo meu pai no sofá bebendo enquanto olhava para o nada, o mesmo para pra me olhar e deixa o copo cair no chão, o mesmo levanta desesperado se aproximando e eu deixo algumas lágrimas caírem, antes que ele me abraçasse eu dou um passo para trás com medo e o mesmo para, deixo mais lágrimas caírem olhando para o mesmo tremendo e eu falo baixo 

- Me desculpa... eu sei que não vai me machucar, mas...

- Tudo bem, seu curativo está coberto de sangue e sua mãe e seus irmãos não estão aqui, eles estão passando uns dias na casa do lago depois que aconteceu algumas coisas, eu posso ligar para sua avó vir ajudar você... espera só um minuto, querida.. fique aí por favor.

Assinto vendo o desespero dele, o mesmo vai até o telefone e eu fico parada ali até ele voltar e o mesmo pergunta

- Como chegou até aqui? Onde estava? Quem fez curativos em você?

- Eu estava em uma casa no meio do nada no Texas, eu vim andando até que um casal de idosos me ajudou na cidade ao lado, a senhora me fez os curativos, me deu banho, me alimentou e me deu roupas, ela me trouxe até aqui e ficou esperando até que eu criei coragem de entrar, sabendo do erro que cometi por fugir e tentando deixar o medo de lado para abraçar meu pai, mas estou tão destruída.

- Isso significa que ele fez muito muito mais do que marcar seu corpo não é?

- Sim, eles fizeram.

- Eles? Ele permitiu que mais pessoas te machucassem? Ele não a desejava só para...

Abraço o mesmo ignorando minha dor, o mesmo me segura forte me apertando naquele abraço enquanto eu deixo muitas lágrimas caírem, ficamos assim por longos minutos, meu medo nem se aproximava, ele me mantinha segura naquele abraço e alguém fala 

- Eu posso entrar neste abraço também?

Rio deixando uma lágrima cair escutando meus avós, o mesmo entram para o abraço, quando nos soltamos depois de conversarmos meu pai disse que minha mãe decidiu sair da casa com meus irmãos porque segundo eles meu pai estava enlouquecendo e vivia bêbado, mas que ele iria melhorar, que minha irmã engravidou de Adam no segundo mês que eu estava sumida, coisa de uma noite porém isso me entristeceu, Jake não conseguia sorrir e não conversava mais com ninguém, ele só jogava basquete e ficava no píer, depois eu fui descansar no meu antigo quarto, porém não consegui adormecer, então tomei banho e vi meu pai ir trabalhar em silêncio com medo de me acordar, me arrumo e passo maquiagem por todas as feridas, quando terminei saí dali seguindo até o lugar onde eu sabia que encontraria meu irmão que com certeza faltaria no dia da família na escola, sigo até o nosso banco no píer vendo o mesmo ali, sendo seu lado vendo que ele estava tão distraído que nem percebeu, sorrio e seguro sua mão entrelaçando nossos dedos, o mesmo desperta assustado e ele me olha sem acreditar, sorrio enquanto o mesmo me abraçava forte e eu deixo uma lágrima solitária cair e o mesmo fala entre lágrimas

- Graças a Deus.

Quando nos soltamos continuamos de mãos dadas, porque era o que eu fazia quando ele tinha um pesadelo, segurava sua mão para que ele percebesse que era apenas um sonho ruim, que eu era real e que nada jamais aconteceria porque eu cuidaria dele, era o único jeito dele parar de gritar e voltar a dormir em paz, o mesmo me olha parando de sorrir e o mesmo suspira desviando o olhar e fala

- O quão chateada ficaria se soubesse que Nina está grávida do seu ex?

- Papai já colocou as fofocas em dia, eu cheguei de madrugada depois de dias andando... estou muito mais magra.

- E por que não me ligou assim que chegou? Eu iria correndo para lá...

- Porque eu não sabia que tinham saído da casa e que a mamãe abandonou o papai, eu não queria ver ela e sinceramente, também não queria ver Nina, me sinto suja por causa disso, mas uma partiu o coração de um dos homens que mais amo neste mundo, e a outra decidiu que porque estava triste ficar com o cara que eu gostava faria com que ela se sentisse mais perto de mim, o que resultou em uma gravidez e um namoro sério porque eu admito que pesquisei na internet e vi que oficializaram nas redes sociais e usam alianças.

- Eu imaginei que se sentiria assim quando voltasse, nossa mãe está saindo com o professor de educação física da escola.

- O treinador?

- Quem dera fosse, ela está com o substituto dele que tem 24 anos..

Faço careta junto com ele e começamos a rir, deixo algumas lágrimas caírem involuntariamente com saudade desses nossos momentos, como dois melhores amigos fofocando, o mesmo sorri fraco apertando minha mão e enxuga minhas lágrimas perguntando

- O quão doloroso está sendo tudo isso? Tudo o que passou e que agora está passando?

- Extremamente doloroso, não só pelas feridas em meu corpo ou por tudo que aconteceu... eu andei do Texas até a cidade ao lado nua com um cobertor enquanto sangrava, era pra eu ter morrido na estrada, quando cheguei em casa não consegui abraçar o papai porque eu estava com vergonha, com nojo, com medo de ser tocada... eu tenho marcas de dedos no pescoço e por todo meu corpo, meus pulsos estão me matando, eu tentei dormir, mas assim que fechei os olhos tudo veio na minha mente e eu senti toda a dor novamente e novamente, estou tão destruída... eu me olhei no espelho e vi uma garota assustada, toda marcada e tremendo, eu desejei tanto a morte, Jake...

Falo entre lágrimas, o mesmo deixa algumas caírem me escutando e ele volta a me abraçar de lado falando

- Eu queria muito tirar sua dor ou transferir para mim, mas infelizmente não posso e eu sinto tanto por isso. Eu queria poder ajudar.

- Você pode me ajudar em algo... preciso ir até Harvard e também preciso passar na minha casa, me dá uma carona?

Ele assente e nós nos levantamos seguindo até seu carro, entramos no mesmo e fomos o caminho todo cantarolando algumas músicas, quando passamos na Harvard primeiro e eu entreguei o exame prontinho para o reitor que me olhou surpreso, um dos caras que me violentava conseguiu a exame para ganhar minha confiança porque o mesmo me ajudou a fugir, quando cheguei em casa vi Paulina e Ryan comendo quietos no sofá olhando pra tv, depois de alguns abraços dolorosos e muita conversa, eu fui embora e depois de lancharmos, dele ter me ajudado a comprar umas coisas e depois de passar no hospital para conferir que as feridas estavam numa boa, de pegar alguns remédios fomos para casa, quando entramos na mesma vejo Adam, Nina e minha mãe no sofá impacientes enquanto meu pai estava no balcão da cozinha comendo, vou até o mesmo ignorando todos ali e roubo um pedaço de pizza dele, começo a comer

- Três meses sumida e quando chega vê sua família aqui, mas prefere ir se alimentar ao vir nos cumprimentar? Ela está bem.

Fala minha mãe e minha irmã juntas, observo as mesmas e minha mãe fala 

- Toda arrumadinha, fez compras com o irmão, parece que ela foi porque quis e as trouxas aqui sofreu por nada. Eu sempre soube que um dia ia acabar se rebelando, mas sumir por três meses pra ficar com o namoradinho enquanto achávamos que você corria risco chega a ser engraçado, eu imaginava você morta essas horas, na verdade agora parando pra pensar ia preferir que estivesse mesmo.

Solto a pizza segurando as lágrimas, sorrio fraco pegando um pano molhando o mesmo e vou até a sala na frente das duas, tiro a roupa ficando só de lingerie e passo o pano por cima de toda a maquiagem, as mesmas param de rir me olhando e quando minha mãe tenta me tocar eu me afasto da mesma deixando algumas lágrimas caírem olhando para as mesmas e eu sorrio fraco, falando em seguida

- Essas marcas de unhas foram mulheres que fizeram isso, muitos me machucara... mas sabe quem machucou mais?

- Vocês duas, eu quero que vocês saiam por aquela porta e fiquem a vontade para não voltar mais, eu não lutei todos esses meses para chegar aqui e ouvir isso, vocês não são mais bem vindas aqui e nem em qualquer outra casa minha, na verdade espero de coração que alguém me mate logo e que vocês sintam a dor de perder algo, porque eu perdi muita coisa nesses três meses, eu perdi tudo o que eu tinha de bom dentro de mim, eu também perdi um bebê, eu perdi duas pessoas que tentaram me tirar daquele inferno, enquanto vocês estavam aqui numa boa, namorando, estudando, dançando, bebendo, vocês sentiram dor? Vocês não sabem o que é sentir dor, não sabem o que é desejar a própria morte mais do que tudo nesta vida, não sabem o quão difícil é ficar em pé, enquanto seu corpo está fraco ou você está perdendo muito sangue, de vocês duas a única coisa que eu desejo é que sejam muito feliz nesta vida, mas bem longe de mim.

Minha mãe tenta me tocar novamente e eu me afasto da mesma pegando minha roupa e falo

- Vou me arrumar para o dia da família.

Subo as escadas e passo a maquiagem novamente pelo meu corpo, coloco o look para o dia da família e escovo os dentes fazendo uma make básica, me perfumo e saio do quarto descendo as escadas, saio dali com meu irmão entrando em seu carro e saímos dali.

Pov. Nina

Entro no carro de Adam em silêncio enquanto seguíamos até a escola, respiro fundo brincando com a minha barriga lembrando dela ter falado que perdeu um bebê, quando chegamos na escola vimos a mesma tremendo enquanto meu irmão acalmava a mesma junto com Ryan, observo aquela cena como se meu coração tivesse partindo, ela que sempre foi a confiante e sem medo de nada, vejo que a mesma se acalma quando Paulina segura sua mão e eu deixo uma lágrima cair lembrando que podia ser eu ali se não fosse tão burra. Desço do carro com Adam e seguimos subindo as escadas de mãos dadas, eles sobem não querendo trombar conosco e seguimos até a área ao ar livre onde seria o dia da família, vendo ali todos felizes e animados por ver Mila bem, ela sempre tem a atenção é incrível, eu apareço grávida na merda da escola e ninguém liga, suspiro seguindo até a mesa da minha família e cumprimento meus avós que sorriem fraco.

Pov. Mila

Sorrio para todos fingindo ser forte para todos e pra começar me sento na mesa da família de Paulina que pediu muito para eu me juntar com eles por uns instantes segundo tia Maddie, fico ali vendo os vídeos de todos e tudo mais, até que começa a passar um vídeo meu dançando com Paulina quando mais novas, melhores amigas mesmo, rio assistindo o solo dela requebrando e nego olhando para a mesma que fuzilava aquilo como se tivesse lazer em seus olhos, todos comemoram ali e a mesma olha para tia Maddie que sorri falando

- Seu melhor solo, sou fã deste então.

Observo aquela cena e levanto assim que Paulina pula no colo da tia brincando com ela, sorrio seguindo até a mesa da família, escuto alguém me chamar e eu olho para trás vendo o Presidente Barack Obama e sua mulher Michelle, eles sorriem e ela fala 

- Seu pai nos avisou assim que chegou em casa, queríamos ver pessoalmente você.

Deixo uma lágrima cair me aproximando dos mesmos e damos aquele abraço gostoso em grupo, quando nos soltamos cumprimento os seguranças dos mesmos que já eram da família, o Presidente tira algo do bolso e me entrega dois envelopes, arqueio a sobrancelha abrindo o que tinha o selo do governo e leio a carta que comentava da prisão dos meus estupradores e sequestradores, sinto minha mão tremer e eu deixo algumas lágrimas caírem sorrindo olhando para os dois que assentem sorrindo, sorrio entre lágrimas agradecendo e abro a outra carta vendo o resultado do meu exame da ordem, eu tinha conseguido, fico boquiaberta e meu pai se aproxima com meu irmão e meu avô, olho para os mesmos ainda pasma e entrego a carta para o meu pai que lê junto com eles, os mesmos me olham sem acreditar

- Eu acabo de me tornar uma advogada e estou finalmente livre.

Falo em voz alta sem acreditar, meu irmão grita comemorando e eu rio enquanto ele me pega no colo gritando para todos que eu tinha passado no exame, todos comemoram e Paulina se aproxima com Ryan, arqueio a sobrancelha e os mesmos assentem falando

- Festa, com certeza vamos dar uma grande festa e beber muito, vamos encher a cara.

Rio comemorando com eles e meu irmão se convida pra festa, assentimos e sorrio olhando para eles falando

- Porém, vamos a igreja todos os domingos a partir dessa semana, nova regra.

Eles se engasgam e eu sorrio observando a cena, tia Maddie se aproxima surpresa com aquilo e ela pergunta

- Igreja é? Eu vou ir com vocês, mas primeiro preciso perguntar.. por que quer ir para igreja agora?

- Porque eu fiz uma promessa a Deus, se eu voltasse para casa e encontrasse minha família bem, meus amigos, voltaria a minha vida normalmente e passaria a frequentar as igrejas por ele ter me dado uma nova oportunidade, uma segunda chance e eu pretendo...

- Aproveitar essa segunda chance agora com ele ao seu lado te apoiando nas horas boas e sombrias, estou tão orgulhosa.

- Pra eu ir para igreja, primeiro vai ter que me mostrar que ainda sabe dançar e cantar.

Fala Paulina me desafiando, bagunço o cabelo enquanto ela faz sinal pro DJ, o mesmo começa a tocar a música e ela começa a dançar e logo a cantar tendo atenção de todos, sorrio observando a cena e começo a cantar logo em seguida ficando do lado dela começando a dançar a coreografia da música, ela pisca para o meu irmão continuando a dançar, enquanto ela canta eu danço, enquanto eu canto ela dança ou canta comigo, (That's My Girl- Mila é a Camila, Dinah, Normani. Paulina é a Ally, Lauren) quando terminamos todos levantam aplaudindo, olho para a mesma assoprando o cabelo do rosto, a mesma ri me abraçando de lado e eu falo cansada daqui

- Vamos sair daqui? As primeiras rodadas são minha.

- Só se for agora.

Fala a mesma e saímos dali com Ryan me abraçando de lado e Paulina no colo do meu irmão, Justin, Chaz e Chris vieram com a gente, até um barzinho perto da nossa casa e ficamos curtindo ali até de tarde da noite, depois fomos todos pra casa e caímos no sono.

Bom eles caíram no sono, eu limpei a casa inteira que estava um nojo, ajeitei meu quarto, tomei banho, fiz compras, guardei tudo no lugar certinho, preparei o café da manhã de todos, deixei remédio separado e fiquei na área da piscina com os pés na água olhando o nascer do sol, sinto alguém se sentar ao meu lado e vejo que era o Justin, sorrio fraco para ele que suspira cortando o silêncio falando

- Eu sei que foi errado o que eu fiz e pelos motivos que eu fiz, sinto muito por terem te machucado.

- Tudo bem, eu também sinto muito. Juro que quando fugi da onde eu estava, quando estava chegando aqui vi você.

- Eu cheguei na hora do almoço de viagem, é capaz de ter visto meu irmão gêmeo e sim eu tenho um.

- É mesmo? E qual é o nome dele?

- Jason, Jason McCann.

 


Notas Finais




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