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História Let Me Love You - Cigarette


Escrita por: MSCanadian

Capítulo 3 - Cigarette


Justin POV

- MALUCO TÁ VOCÊ DE FAZER ISSO COM A NINA – ele riu

- E você vai ficar de bico calado. Porque é meu amigo.

- Foda-se nossa amizade. Isso não se faz Charles.

- Vai lá então falar pra ela. Eu estalo os dedos e ela volta correndo pra mim.

- Você não pode tratá-la assim. Ela não é um brinquedo que você usa e joga fora

- Quem decide o que faz ou deixa de fazer com a MINHA namorada, sou eu. Agora sai daqui que você está estragando minha noite.

Fui embora daquele lugar puto da vida. Peguei um uber e fui pra casa sem nem falar com o Ryan. Ele não pode fazer isso com a Katerina, ela é só uma criança e não merece passar por tudo isso. Chaz não a merece, eu a mereço.

Entrei em casa totalmente puto, subi as escadas e fui pro quarto. Tomei um banho bem gelado pra tentar afastar a raiva, mas depois que fui pra cama, não consegui dormir. Logo depois o dia clareou e eu estava com a mínima vontade de ir ao jogo de hóquei com Ryan e Chaz, decidi ficar em casa mesmo. Pensando no que vou fazer.

Katerina POV

Acordei e Chaz não estava na cama, mas quando eu sentei, ele entrou no quarto já vestido para o jogo de hóquei que eu havia esquecido totalmente. Ele me deu um selinho, eu fui até o banheiro, tranquei a porta e me certifiquei que ela estava realmente trancada, tomei um banho frio pra despertar, saí do banheiro, vesti o short que eu havia usado ontem por baixo do vestido e para dormir, a camisa do Maple Leafs antiga do Chaz que cabe quase perfeitamente em mim e saí do banheiro.

- Só vou te deixar ir com esse short, porque é o único que você tem pra vestir – ele disse

- O que tem há errado com meu short?

- Muito curto, Katerina. – eu revirei os olhos e ele veio pra cima de mim segurando meu rosto com uma das mãos – impressão minha ou você revirou os olhos pra mim?

- Me larga Chaz.

- Responde.

- Revirei sim, qual o problema nisso? – ele apertou mais meu o rosto – você está me machucando.

- O que eu falei sobre revirar os olhos pra mim?

- Desculpa. Agora me solta. – ele me soltou

- To esperando lá no carro. Cinco minutos. Se demorar mais que isso, vai a pé. – ele saiu batendo a porta do quarto e eu bufei.

Peguei meu celular e não havia nenhuma mensagem do Justin. Resolvi ligar para ele, mas apenas chamou e caiu na caixa postal. Será que ele ainda está dormindo? Vai perder o jogo se continuarna cama. Fui até o espelho, arrumei meu cabelo e pus um boné do maple leafs que tinha por ali. Calcei o tênis de emergência que eu deixo na casa do Chaz, pus o celular num bolso, um documento de identificação com foto no outro, saí do quarto e fui pro carro.

- Demorou demais. – disse Chaz e eu cruzei os braços sem falar nada.

[...]

O jogo está quase começando e nada do Justin. Será que ele realmente não vem? Até Ryan está aqui. Eu liguei umas quinhentas vezes, mas vai direto pra caixa postal. Mandei milhões de mensagens, mas nada dele responder. Tem alguma coisa errada. Ele nunca fica tanto tempo sem dar sinal de vida. Pelo menos não para mim. Saí da arquibancada e fui até Chaz avisar que estou indo atrás do Justin.

- O que quer? – ele disse assim que viu que era eu o chamando e Ryan que estava perto fingiu não ver nem escutar nada.

- Vim avisar que estou indo na casa do Justin. Ele não é de sumir assim. Sabe de algo Ryan? – ele me olhou e pareceu ficar nervoso.

- Eu? Por que eu saberia de algo? Eu não sei de nada. Estão precisando da minha ajuda ali. – ele disse e saiu andando pra longe.

- Você não vai a lugar nenhum – disse Chaz – eu sou seu namorado, não o Justin. Você tem que estar comigo e não com ele.

- Ele é meu melhor amigo e eu estou preocupada com ele. Então, boa sorte no seu jogo, mas eu vou atrás do Justin. – eu disse e saí andando, mas ele segurou meu braço.

- Você vai ficar, Katerina.

- Você está em machucando.

- Então seja uma boa menina e faça o que eu estou dizendo.

- Me solta agora ou eu grito. – ele me soltou – eu vou atrás do Justin você queira ou não.

Ele saiu andando pra longe e eu saí daquele lugar. Pedi um uber e logo ele estava me levando pra casa do Justin. Tem alguma coisa errada e eu preciso saber o que é. Assim que paramos na casa do Justin, eu vi a bicicleta ali, então ele está em casa. Paguei ao motorista e saí do carro. Fui andando até a porta e toquei a campainha freneticamente. Mas ninguém veio abrir a porta. Procurei a pedra que ele deixa a chave reserva e assim que a achei, abri a porta e entrei na casa. Todas as coisas dele estavam lá, ou seja, ele está em casa.

Subi as escadas chamando por ele, mas não tive nenhuma resposta. Entrei no quarto dele sem bater e Justin estava deitado de bruços na cama com fones de ouvido. Desliguei meu celular e o deixei encima da mesinha junto com meu documento, tirei os sapato e subi na cama de joelhos, ele pulou na mesma hora que sentiu o colchão afundar, mas aliviou ao ver que era apenas eu.

- Muito bonito você. Deu pra me ignorar agora? – eu disse depois que ele tirou os fones

- O que faz aqui?

- Nossa! É bom ver você também, melhor amigo. – eu sentei na cama e cruzei as pernas – você está com uma cara na boa. O que aconteceu?

- Nada. Só vai embora.

- O que eu te fiz pra você estar me tratando assim? – ele pôs os fones de volta e eu os puxei – estou falando com você.

- Você não fez nada. Só vai embora. Que saco.

- Eu não vou embora até você me dizer o que está acontecendo.

- Eu cansei desse seu grude. Fica mandando mensagens, ligando o tempo todo. Eu tenho uma vida, sabia? Meu mundo não gira apenas em torno de você. Você já tem um namorado, faça isso com ele.  Agora vai embora. - meu olhos lacrimejaram ao ouvir aquilo.

- Por que está falando assim comigo? – eu funguei

- Eu mandei você ir embora, Katerina.

- EU NÃO VOU EMBORA.

- PORRA, MAS É CHATA MESMO. – ele levantou da cama e me puxou pelo braço pra fora do quarto – VAI EMBORA – dito isso, ele bateu a porta do quarto. E eu fiquei ali no corredor, chorando, tentando entender o que havia acontecido.

Justin POV

Eu não queria ter feito o que fiz, mas foi necessário. Como eu vou conseguir olhá-la e não lembrar do que aconteceu ontem? Eu deveria contar, mas eu não quero partir o coração dela. Sentei na cama e passei a mão no cabelo completamente irritado comigo por ter feito o que eu fiz. Ouvir ela chorar estava me matando, mas uma hora parou. Finalmente ela foi embora. Levantei da cama, abri a porta e ela ainda estava ali, encolhida, chorando baixinho. Eu não resisti, a puxei pra ficar de pé e a abracei forte. Ela voltou a chorar alto novamente e eu não conseguia dizer nada.

- O que eu te fiz? – ela perguntou – você nunca me tratou assim. – ela fungou e eu não conseguia fazer nada além de afagar o cabelo dela. – fala comigo, por favor.

- Desculpa – foi tudo o que eu consegui dizer.

Ela pulou no meu colo, enlaçando as pernas na minha cintura, depois deitou a cabeça no meu pescoço e eu a levei pra cama. Sentei na ponta com ela ainda enroscada em mim e aos poucos o choro foi parando.

- O que aconteceu? – ela me olhou – Você está estranho. – eu sequei as lágrimas dela e segui em silêncio – por favor, fala comigo.

- Não aconteceu nada. Estou bem. Me desculpa por ter te tratado mal, só... Me abraça. – ela voltou a me abraçar – preciso de você bem colada em mim.

- Pra que?

- Manter você protegida.

- Eu amo você, Justin. – ela beijou minha bochecha – seja lá o que tenha te feito ficar triste, saiba que eu sigo amando você – eu ri fraco

- Também amo você loirinha. – ela sorriu.

[...]

Acordei no outro dia e estava sozinho, como sempre. Hoje eu começo meu trabalho na empresa do senhor Nistok e em algumas semanas começam as provas finais. Eu ainda não estou pronto para ir à faculdade. Por que o tempo passa tão rápido? Hoje tem a feira das universidades no colégio. Onde representantes das faculdades vão mostrar as bolsas de estudo e nos falar porque devemos estudar com eles e caso queiramos, podemos nos inscrever para fazer o teste. 

Tomei um banho bem frio numa tentativa de esquecer o que havia acontecido entre Chaz e aquela garota desconhecida, e também preciso de forças para olhar Katerina sem contar o que aconteceu. Saí do banho, vesti um jeans qualquer, uma camisa de mangas curtas, pus uma touca na cabeça, calcei meus tênis, peguei minha carteira, celular, pus a mochila no ombro e saí do quarto. 

Assim que saí de casa, encontro Katerina perto da minha bicicleta, encostada no muro, como se tivesse me esperando e ela realmente estava. Respirei fundo e fui até ela, mas ao mesmo tempo, eu queria pegar minha bike e sair pedalando para bem longe dali.

- Bom dia pessoa que não me colocou para dormir ontem a noite. - ela disse assim que me aproximei.

- Bom dia Nina. - subi na bicicleta e ela sentou na cadeirinha.

- Seu humor segue terrível. - ela disse assim que comecei a pedalar.

- Agora esta explicado o motivo de eu não ter ligado ontem a noite.

- O que aconteceu? Por que não quer me contar? Já sei. Você brigou com a menina que está de olho?

- Exatamente isso. Uma briga muito feia e eu não estou com paciência nem humor para falar sobre.

- Tudo bem. Eu respeito sua dor. 

Seguimos o caminho até a escola em silêncio. Assim que chegamos, deixei minha bicicleta presa num dos ferros e saí andando com Katerina. Havia uma multidão de alunos totalmente interessados em conhecer as faculdades e imaginar o futuro deles. Enquanto eu, só queria estar embaixo do meu edredom, vegetando.

- Você pensou em alguma faculdade? - perguntou Katerina me tirando dos meus pensamentos.

- Não. Eu tô sem cabeça pra isso. 

- Eu imagino. Bom, eu pensei em alguma universidade nos Estados Unidos. Lembra da promessa que assim que terminarmos o ensino médio, iriamos morar juntos em outro país? - eu apenas afirmei com a cabeça.

- Eu acho que vou voltar pra Stratford depois que o ensino médio acabar. Eu faço alguma coisa por lá. - Katerina parou na minha frente. 

- Você vai me contar agora o que está acontecendo para estar assim. 

- São seus sonhos Katerina, não meus. Eu não me vejo morando em Nova York, na Califórnia ou em Washington. Eu não me vejo fora do Canadá. Mas eu disse que iria apenas para não destruir seus sonhos. Só que chega uma hora que faz-se necessário crescer e aprender que nem todo mundo pode deixar de viver seus próprios sonhos para viver o dos outros. - eu me arrependi amargamente do que disse. A cara que ela fez partiu meu coração mais do que já estava partido.

- Por que está tão frio comigo? - eu suspirei.

- Me desculpe, Nina. Eu não quis ser grosso. Apenas não estou num bom dia. 

- Desde ontem que você não está num bom dia.

- Eu não sou uma boa companhia para você hoje. Me desculpe.

Saí andando na direção do jardim sem nem olhar para trás. Eu sabia que se olhasse, ela estaria lá, suplicando para que eu voltasse e eu realmente voltaria. Faço tudo por ela, até desisto dos meus sonhos para viver os dela, para ser feliz com ela, para ser dela. Mas ela não quer ser minha, não da maneira que eu gostaria que fosse. 

Fui até um guri que estava fumando um cigarro e pedi que ele me desse um. Assim que acendi, saí de perto dele e fui pra um canto mais isolado. Faz quanto tempo que eu não fumo? Dois anos. Katerina quase me matou quando me viu fumando e ela quase me matava todas as vezes que eu fazia isso, até que um dia ela explodiu e ou eu parava ou parava. Não tinha outra opção. Mas hoje eu preciso relaxar de alguma maneira e essa parece ser a única possível. 

Eu sabia que Ryan estava na aula, mas precisava falar com ele. Peguei meu celular no bolso do jeans e parei uns dez minutos apenas olhando minha foto de wallpaper com Katerina, a que foi tirada dias atrás. Finalmente eu consegui ligar para Ryan e ele me atendeu no quinto toque.

- Você só me liga nesses horários se realmente for importante. - ele disse. - Do que precisa? Indicações para faculdades? A Universidade de Toronto é a melhor, sabe por que? Exatamente. Porque eu estudo nela. - eu ri fraco.

- Oi Ryan. 

- Que voz de bosta.

- Eu estou na merda.

- Ainda aquele lance da Katerina?

- Isso mesmo.

- Cara, eu não sei como você está aguentando conviver com isso. Eu já teria contado a muito tempo.

- Nina é apenas uma criança. Ela não merece sofrer desse jeito.

- E você merece?

- Antes eu que ela.

- Justin, você tá numa rua sem saída. A mina é cega pelo Chaz e você tá movendo céus e terras por ela mesmo sabendo que não vai adiantar de nada. Você está na friendzone. Aceite isso.

- Eu já aceitei. Mas dói muito saber que ela está sendo mal tratada, traída, vivendo num relacionamento abusivo onde eu não posso fazer nada.

- Você pode abrir essa sua boca, foder o Chaz e fazer a menina sofrer. Ela tem que ver a realidade Justin. Você protege Katerina de tudo. Por sua culpa ela acha que a vida é um conto de fadas. Você diz que ela é uma criança, mas ela não é. Tem quase dezoito anos, já já vai ser maior de idade e segue sonhando como um bebê. É melhor você abrir os olhos dela pra vida real do que outra pessoa.

- Eu sei, eu sei. Mas não é fácil. Eu morreria se a visse sofrer.

- Não veja.

- O que quer dizer com isso?

- Escreva uma carta contando tudo. Você está indo bem na escola. Precisa de poucos pontos para passar no semestre. Fale com os professores, use seu charme, crie um drama, faça eles te passarem trabalhos básicos e vá para Stratford. Você não verá e nem saberá se Katerina está sofrendo. Deixe seu celular em casa. Quando voltar, vocês conversam.

- Ela iria surtar.

- Ela precisa de um choque de realidade. Você sabe que eu gosto muito da Nina, mas ela precisa ver o que está acontecendo. Charles está cegando-a e você sabe disso. Já que gosta tanto de contos de fadas, vou te dar um exemplo. Charles é o príncipe do mal que se faz de bonzinho para pegar a princesa Katerina. Sendo que Justin, um mero plebeu apaixonado pela princesa, é seu melhor amigo da vida, por terem crescido juntos e seus pais serem amigos. 

- Onde quer chegar com isso?

- Estou contando uma história. Silêncio. - eu me calei. - continuando, príncipe Charles está fazendo a princesa de idiota apenas por status, mas o plebeu é o único que pode salvá-la, porque ela acredita em tudo o que ele fala e Justin tem um melhor amigo disposto a ser testemunha. Fim da história. Será que assim você entende?

- Eu tinha entendido muito antes de você fazer isso tudo. 

- MAS O QUE É ISSO? - gritou Katerina dando um tapa na minha mão, fazendo meu cigarro voar longe. - VOCÊ ESTÁ FUMANDO DE NOVO, JUSTIN?

- Ryan, depois eu te ligo. - encerrei a chamada - Foi impulso.

- Justin, o que está acontecendo com você? Eu nunca te vi desse jeito. Por favor, me conta. Eu me preocupo com você. - ela ajoelhou-se na minha frente e sentou em cima das pernas.

- Eu amo você - eu disse olhando no fundo dos olhos dela.

- Eu também te amo. - ela me abraçou. - Não me esconde o que está te afligindo. Eu quero te ajudar.

- Você me ajuda estando abraçada a mim. - ela me olhou.

- Eu não quero ver você novamente com aquela porcaria mortífera. 

- Me desculpe. - ela ficou de pé e estendeu a mão para mim. - O que está fazendo?

- Vamos agora para minha casa. - eu segurei a mão dela e fiquei de pé - Você sempre cuidou de mim quando eu precisei. Hoje é minha vez de cuidar de você. 

[...]

- Seu pai vai ficar uma fera se nos ver aqui. - eu disse.

- Ele sabe que não faríamos nada de errado. Ele confia em você. - eu sentei na ponta da cama.

- Não estou falando de fazer algo errado e sim de faltar aula.

- Não tem aula. Sabe que são dois dias dessa coisa de faculdade. - ela sentou ao meu lado. - Você está com olheiras. Não tem dormido bem? - eu neguei com a cabeça e joguei meu corpo para trás na cama. - Por que não descansa um pouco? - ela ficou de pé, tirou meus sapatos e me ajudou a deitar melhor na cama. - Quando você acordar, eu irei fazer um almoço caprichado e aí você vai trabalhar. 

Fechei os olhos e ela deitou ao meu lado. Ela dormiu, eu não. Eu não consigo dormir com esse segredo me assombrando. Eu deveria falar, eu realmente deveria, mas não suportaria a ideia de Katerina estar sofrendo. Ela tem um coração muito lindo e puro para sofrer. Minha obrigação é cuidar dela e impedir que ninguém a machuque. 

A cabeça dela estava na minha barriga, eu estava com a cabeça apoiada num braço e com a outra mão livre, passava no cabelo dela. será que eu deveria fazer o que Ryan me disse? Será que realmente está na hora de Katerina crescer? Eu não sei se quero permitir isso. Ela não pode sofrer, ela tem que achar tudo lindo, perfeito e maravilhoso para o resto da vida. Eu não suportaria vê-la triste. Seria o fim para mim. Eu me sacrifico por ela. 

- Justin? - ela meio que resmungou enquanto levantava com a cara amassada - Você já está acordado?

- Eu não consegui dormir. Mas valeu a intenção.

- Eu ronquei? Me mexi demais? 

- Não. Pela primeira vez na vida você se comportou maravilhosamente bem enquanto dormia. - ela sorriu. 

Nina saiu da cama e eu apenas sentei. Ela foi até o banheiro, provavelmente para escovar o dentes, depois voltou para o quarto e saiu dele. Eu a segui e fomos parar na cozinha. Ela colocou as coisas no balcão com uma agilidade desconhecida por mim. Daí ela começou a cortar tomates, provavelmente para fazer uma salada, mas um barulho me fez ir correndo até ela.

- AÍ. - ela gritou e colocou o dedo na boca.

- Você está bem? - eu perguntei assim que cheguei perto dela.

- Sim, eu apenas cortei o dedo. Mas já está tudo bem. - eu peguei a mão dela. - Não precisa de tanto, Justin.

- Apenas deixe-me ver, ok? - ela concordou com a cabeça. - Realmente está bem. Agora deixe essa faca bem longe de você. 

- Também não é para tanto. - ela disse e eu tratei de levar a faca para longe. - Justin, eu preciso cortar o tomate. - ela veio para cima de mim e eu pus a mão com a faca para cima. - Assim não vale. - ela começou a pular tentando pegar a faca, mas acabou escorregando num pano que estava meio molhado, eu larguei a faca no chão e a segurei, mas nós ficamos muito perto. - E-eu... - eu fui me aproximando dela. Preciso disso, preciso mostrar que eu a amo e que ela merece ser feliz. E que eu sou a felicidade dela e que ela é minha felicidade. Essa é minha chance. 



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