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História Let me love you - Arrested


Escrita por: Nati12345

Notas do Autor


Oi pessoas!
Agora a Nati pode atender o telefone.
Por que?
Porque ela não está em época de provas.

Capítulo 9 - Arrested


P.D.V Sarah

Aquela terça-feira tinha tudo para ser um dia perfeito. O céu estava nublado, o clima estava frio, porém nada que eu não pudesse aguentar.Pelo menos, até eu receber uma chamada do meu pai, me tirando do meu dia de folga, pedindo para eu ir até a propriedade dos Hale.

Tive que me trocar correndo, deixar a Talia na escola e praticamente voar para o que sobrou da casa do meu ex-melhor amigo (Um encontro não vai mudar o fato de que eu ainda me ressinto das coisas que ele disse). E posso dizer que não gostei nada do que eu vi ao chegar ao meu destino.

-O que aconteceu?-Perguntei a Tara, que observava uma equipe do necrotério levar um saco preto que fedia a decomposição.

-Acharam a metade que faltava do corpo daquela garota.-E o que diabos a outra metade do cadáver fazia enterrada ao lado da casa do Derek?-Seu amigo está sendo preso pelo assassinato, todas as provas levaram a acreditar que o Derek foi quem matou a garota.

-Meu Deus.-Isso não pode ser verdade. Mesmo que ele tenha mudado e pareça ter se tornado um iceberg ambulante, Derek nunca mataria alguém. Ao menos que esse alguém não fosse tão inocente quanto parecia.

-Se precisar de mim, vou estar na delegacia.-Tara se retirou dali sem dizer mais nada.

Pelo canto do olho, vi o Jeep do Stiles estacionado entre as árvores, um pouco mais distante da grande massa de policiais. O meu irmão pateta encarava a cena com um olhar analítico, como se estivesse esperando ver se o nosso trabalho estava sendo feito corretamente. Scott estava sentado no banco do passageiro e empalideceu ao me ver lançar um olhar fulminante para eles dois, Stiles, por outro lado, não se importou nem um pouco.

Ao ver Derek ser praticamente arrastado para fora do que um dia foi a sua casa, tive que controlar com afinco a vontade de esganar meus irmãos. Os dois estavam ali, olhando o circo que eles armaram como quem não quer absolutamente nada. Que Deus me ajude a não arrancar a cabeça dos dois.

Enquanto papai saia das ruínas da casa e conversava com o delegado Jones, Stiles se esgueirou disfarçadamente até a viatura onde o Hale estava e se sentou no banco do passageiro. É, isso com toda certeza não vai dar nada certo.

"Olha, só pra você saber, eu não tenho medo de você."-Apenas o olhar assassino estampado na cara do pai da minha filha foi necessário para calar a boca do pateta.-"Ok, talvez eu tenha".

Silêncio.

"A garota, ela podia se transformar em um lobo, um lobo de verdade, diferente do Scott."-Stiles concluiu.-"Foi por isso que matou ela?"

"Por que está tão preocupado comigo, quando o problema é o seu amigo, o que acha que vão fazer com ele quando se transformar no meio do campo, que vão ficar torcendo por ele?"-Derek disse com acidez na voz.-"Eu não posso convencê-lo a não jogar, mas você pode, e acredite em mim, você vai."

Em um piscar de olhos, vi meu pai puxar meu irmão pela orelha para fora da viatura. Convenhamos, o garoto não tem salvação.

-O que é que você está fazendo aqui?-O Xerife disse com irritação na voz.

-Tentando ajudar.-Respondeu na  maior cara de pau.

-Ah é, então me explica como você se meteu no meio de tudo isso?- Papai olhou para ele com algo que nem parecia ser raiva (Sintam o sarcasmo).

-Quando viemos procurar a bombinha do Scott.-Stiles colocou as mãos nos bolsos.

-Quando ele a perdeu?-Aí está o velho truque de jogar o verde para colher maduro.

-Na outra noite.-Sério que você vai cair nessa a essa altura do campeonato maninho?

-Na noite em que veio procurar o corpo e me disse que o Scott estava em casa e que me disse que estava sozinho?-Tarde demais, xeque-mate.

-É!-As vezes eu não sei se o Stiles é idiota ou só finge ser um. O mesmo percebeu a burrada que tinha feito e arregalou os olhos.-Não, não, não, não, ah droga!

-Então você mentiu pra mim?-Papai deu um daqueles sorrisinhos para tentar esconder a irritação e incredulidade.

-Depende da sua definição de mentira.-Revirei os olhos com a resposta do meu irmão.

-Eu defino como não contar a verdade, como você define?-Os olhos do Xerife assumiram uma expressão divertida por um momento.

-Como... Não contar... A verdade.-É oficial, Stiles Stilinski é mesmo idiota.

-Some daqui.-O mais velho fez um gesto ríspido, dispensando-o.

-Pode deixar.-Pouco tempo depois, o Jeep do Stiles saiu dali.

Com cuidado, fui até onde papai estava. Ele massageava as têmporas e cheirava a preocupação, o que sempre acontecia quando ele ficava tenso. Coloquei uma mão em seu ombro, tentando acalma-lo um pouco.

-As vezes eu não sei onde foi que eu errei com seu irmão.-Meu velho me olhou como se eu tivesse alguma resposta para aquela questão. Infelizmente, receio que ninguém no mundo tivesse.

-Acho que começar por você ter dado a ele o nome do pai da tia Claudia.-Em minha defesa, até ela queria ter dado outro nome ao filho.

-Você deve ter razão.-Ele deu uma risada curta, mas voltou a ficar sério rapidamente.-Ainda não entendo porque Derek Hale mataria uma garota e a enterraria no antigo quintal. O que você acha?

-Bem, Derek sempre teve um gênio um pouco difícil, mas não machucaria nem a uma mosca, ainda mais depois do que aconteceu com...-Minhas palavras morreram quando a imagem de uma Paige moribunda nos braços de um Derek mais jovem surgia na minha cabeça.

"Por favor, eu não aguento."-A voz cheia de dor ecoou pela minha mente, e logo depois, um barulho de ossos se partindo.

-Sarah, está tudo bem querida?-Meu pai estalou os dedos embaixo do meu nariz, fazendo com que eu saísse daquele devaneio horrível.

-Ah, está sim, me desculpe.-Balancei a minha cabeça, voltando à realidade.

-Vamos voltar para a delegacia, temos muito trabalho pela frente.-O Xerife deu um tapinha carinhoso no meu ombro e foi para a sua viatura.

Dei uma última olhada para o carro onde o Derek estava. O mesmo tinha uma expressão dura congelada no rosto, mas eu conseguia ver além daquela máscara de orgulho masculino, e também conseguia usar meus sentidos para descobrir o que estava acontecendo ali. Ele cheirava a tristeza e seus olhos encaravam o lugar onde eu me encontrava, como se estivesse me pedindo ajuda.

Com certeza havia alguma coisa muito errada ali.

P.D.V Derek

Fiquei calado durante todo o percurso até a delegacia, me concentrando ao máximo nas batidas do coração da Sarah, que seguia a viatura em que eu estava. Pelo retrovisor, eu podia ver sua expressão tensa, e também conseguia sentir o cheiro de raiva vindo do carro dela.

Ao chegarmos ao nosso destino, fui levado diretamente para a sala de interrogatórios. Lá, um policial jovem e aparentemente apavorado ficou guardando a sala. O cara estava com tanto medo de mim, que a mão em cima do coldre tremia.

-Keller, pode deixar que eu assumo daqui, está dispensado.-O Xerife entrou na sala com o rosto gritando:"CANSAÇO".-Derek.

-Xerife.-Retribui o cumprimento de forma fria.

-Olha, nós podemos fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil, em respeito a amizade que você tinha com a minha filha, espero que ambos concordemos em fazer do jeito fácil.-Apenas dei de ombros, sabendo que essa não era bem a vontade dele.-Por que você matou aquela garota?

-Eu não matei ela.-Sibilei entre dentes. Como eles podiam achar que eu matei a minha própria irmã?

-As provas não condizem com isso.-O Sr.Stilinski me olhou analiticamente, exatamente como a Sarah fazia. Tal pai, tal filha.

-Eu realmente não matei ela.-Disse um pouco mais alto, começando a transparecer a minha raiva.

-A garota estava enterrada no seu quintal, como você explica isso?-Ele voltou a perguntar.

-O nome dela era Laura, Laura Hale.-Minha voz fraquejou por uma fração de segundo.-Minha irmã estava desaparecida a dias, voltei para a cidade para procurar por ela, mas achei só uma metade.

-Se o que você estiver dizendo for verdade, vamos ter que esperar a análise de DNA do legista.-O Xerife começou a massagear as têmporas, tentando aliviar o estresse.-Você vai ter que esperar em uma cela até que comprovemos a sua história.

Não respondi, apenas deixei o pai da minha ex-melhor amiga me escoltar até uma das celas. Me sentei no banco de concreto e fiquei esperando algum daqueles oficiais imbecís virem me liberar, mas nenhum deles veio.

Foi a Sarah.

Ela parecia o policial mau do interrogatório. Vestia uma camiseta preta justa ao corpo, jaqueta de couro bem ajustada, jeans de lavagem escura com o distintivo preso ao cinto e botas pretas. O cabelo castanho claro geralmente solto agora estava preso em uma trança bem apertada. Essa não era a Sarah, era a Agente Stilinski.

-Sr. Hale, o senhor foi liberado e declarado inocente das acusações feitas, em nome do Departamento de Polícia de Beacon Hills, peço desculpas por qualquer transtorno que tenhamos causado.-As feições de boneca dela estavam duras como pedra e os olhos ligeiramente inchados. Mas foi outra coisa que chamou a atenção.

Por baixo da camiseta, pude ver que havia alguma coisa fina e prateada. Sarah percebeu que eu estava encarando o decote dela e rapidamente apertou a jaqueta ao corpo, impedindo que eu pudesse descobrir se aquela coisa era mesmo o que eu estava pensando que fosse.

-Sr. Hale?-Ouvi aquela voz melodiosa e suave se dirigir a mim com um pouco de irritação.-Pode me acompanhar, por favor?

-Sim, me desculpe.-Ela destrancou a cela e veio até mim com as chaves das algemas em mãos. O toque dela era leve e suave, como colocar as mãos sobre a água fresca em um dia de verão.

-Eu sinto muito.-Ela disse baixo o suficiente para que apenas eu pudesse ouvir.-Vou precisar que assine uma papelada antes de ir embora, e o seu carro foi rebocado até o depósito, se chegar lá antes do Donnie ir para o jogo de Lacrosse do filho, acho que vai conseguir pegar o carro de volta.

-Obrigada.-Agradeci ao sentir os meus pulsos libres das algemas.-Você vai ao jogo?

-Vou, tenho que ficar de olho no Scott.-Sarah respondeu enquanto fuçava dentro de um arquivo no cubículo ao lado da sua sala. Tirou de lá um bolo de folha que tinha no mínimo três dedos de grossura de uma pasta.-Assine nos espaços em branco na primeira, na penúltima e na última página.

-Só mais uma pergunta.-Disse ao terminar de assinar os papéis.-Como foi que conseguiram a análise de DNA tão rápido?

-Não conseguiram.-Então como...-Eu fui até o necrotério para confirmar se era mesmo a Laura, já que eu fui considerada alguém que conhecia bem a sua família.

Como sempre, Sarah Delgado Stilinski salvando membros da família Hale.


Notas Finais


Saído fresquinho do forno!
Espero que tenham gostado.


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