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História Let me see you smile - Luhan, você não sabe de nada


Escrita por: BaekYodaChan

Notas do Autor


Alô gente ><
Eu fico muito mal de deixar vocês tanto tempo sem capítulo, desculpa. E ainda volto com essa coisa minúscula...
Me perdoem? *faz aegyo*
Mas eu to meio sem vida agora já que tenho que estudar para o maldito enem ;-;
Fazer o que? É a vida, coisas que não queremos fazer também devem ser feitas....
Então, essa é a razão de eu ter demorado. E infelizmente não posso prometer voltar tão rápido, mas tenham fé que essa bagaça um dia acaba :v

Obrigado por serem pacientes ^^
Seus lindos
Agora boa leitura, nos vemos lá em baixo.

(Sem capa pq estou realmente com pouco tempo)

Capítulo 31 - Luhan, você não sabe de nada


Todos estão preocupados comigo, e é até compreensível, mas eu gostaria que fossem cuidar de suas vidas e me deixassem em paz. Não consigo nem cinco minutos de sossego e já entra outra vez algum parente que nunca me deu atenção na vida, perguntando se estou bem e interrompendo minha leitura mega interessante sobre as reações químicas.

A família de Yuri sempre foi mais liberal, daquelas que se reúnem pra aplaudir o sol e que não pensam duas vezes antes de embarcar em um navio para protestar contra a caça às baleias, por isso sempre apoiaram a união dela com Charlotte, e vinham nos visitar com certa frequência, nos natais e aniversários principalmente. É, parece que aqui na coreia, para apoiar relacionamentos homossexuais você precisa ser tipo um revolucionário.

Já a família de Charlotte cortou totalmente os laços com ela depois que assumiu seu relacionamento com Yuri. O engraçado é que bastou mencionar que posso ter pouco tempo de vida para todos voltarem a nos visitar, bancando os parentes solidários e atenciosos, mas na minha visão — meio irônico isso — eles não passam de umas falsianes.

Se eu fosse um velho bilionário à beira da morte em alguma produção de Hollywood, os parentes de Charlotte seriam meus filhos traidores que só querem se aproveitar da minha bondade pré-morte e conseguir parte da herança. Só que meu cofrinho está vazio — triste realidade.

Eu odeio essas pessoas, que passaram a se importar comigo apenas porque agora têm pouco tempo para fazer isso, elas entram no meu quarto e me consolam com palavras tão vazias quanto meu estômago. Sinceramente, química se tornou um assunto muito mais interessante.

Não levantei da cama para cumprimentar ninguém, não gosto deles mesmo, e ainda tinha a desculpa da perda de sangue dois dias atrás, que teoricamente é a responsável por me deixar de cama, mas na prática é só por preguiça mesmo. Finalmente, os pais de Yuri chegaram, os únicos que realmente eu queria ver. Me levantei saltitante e desci as escadas na maior disposição, pulando no colo do meu avô, deixando claro para todas as caras de bunda naquela sala que eu só não me levantara antes porque eles realmente não valiam o esforço.

— Yumi! Você cresceu. — ele me colocou no chão outra vez.

— Ficamos com saudades. — vovó me abraçou e colocou meu cabelo atrás da orelha, como sempre fez desde que eu passei a ser sua única neta — Desculpe não termos vindo antes.

Sentei-me com eles no sofá oposto àquele onde outras cinco pessoas se apertavam. Ignorando-as completamente, meus avós contaram-me de sua viagem, que fora o motivo de não terem entrado em contato com a família por três meses, algo a ver com a proteção aos golfinhos.

— Era linda a visão que tinhamos do amanhecer naquele barco... — vovô contava sonhador.

— Você pode imaginar, Yumi? O sol surgindo da água...

Eu gostava daquilo, de como eles falavam comigo, a maioria das pessoas evita os assuntos que envolveriam meus olhos e isso me irrita muito. Porém os dois ali contavam do que viram, falavam de um bonito pôr-do-sol, e sabiam que não iriam me ofender, muito menos abater. Eu posso não entender de cores, mas de sensações eu entendo, e me lembro muito bem da sensação de ver um amanhecer.

Foram todos embora depois do almoço, menos os pais de Yuri, que também queriam ver Luhan, mesmo que este não esteja morrendo. Meu chinês preferido chegou em casa às duas, porque, segundo ele, Sehun tinha esquecido alguma coisa no hospital e tiveram que voltar lá para buscar.

Nem preciso dizer que meus avós não ficaram surpresos quando Luhan apresentou o namorado. Meu irmão sempre deixou claro que preferia pau, então Sehun nunca foi uma surpresa para ninguém. Vovó ficou tão contente de ver que o novo namorado do neto era um bom rapaz que até eu tinha certeza de que podia ver seu sorriso. Sim, eu também me lembro da sensação de ver um.

— E aquele garoto de quem você nos falou, filha? — Charlotte perguntou, obviamente, porque na última semana eu não soltei uma palavra referente ao Yixing.

— Que garoto? — vovó perguntou com tom malicioso.

— Um amigo, vó.

— Amigo? — vovô me provocou — Bom mesmo, não quero nenhum moleque mal intencionado se aproveitando de você.

— Vovô! — cruzei os braços — O Yixing não é assim!

— Ah! Então esse é o nome dele. — vovó continuava insinuativa demais para uma senhora de setenta anos.

— É, é o nome dele, e dai?

— Não, eu só queria saber...

— Luhan, — Yuri chamou de repente — Yixing não é aquele seu amigo chinês?

— Ele não está na faculdade?

— Yumi! Ele é velho demais!

Todos gritando ao mesmo tempo estava me deixando maluca. Poxa, família! Eu elogiei vocês até agora, mas assim não vai dar.

— Ele é meu amigo! — gritei — Não precisa de tudo isso, gente, que exagero.

— Bem, — vovô estava bem mais calmo — eu estou com fome, vamos comer alguma coisa, Yumi?

Melhor avô.

 

Luhan

Hoje de manhã acordei sozinho na cama de Sehun, estranhei que ele não estivesse ali, normalmente eu levanto primeiro. Achei mais estranho ainda quando vi que ainda eram oito horas. Fala sério, um adolescente de férias não acorda às oito da manhã.

Quando eu desci as escadas, olhei por aquela parede de vidro no patamar, aquela de onde se podia ver o jardim. As árvores ainda não tinham flores. No centro do jardim, Sehun e sua mãe conversavam sentados na grama, a senhora Oh chorava. Quando se abraçaram, Sehun me viu, sorriu e se levantou, ajudando a mãe a fazer o mesmo.

Terminei de descer as escadas quando os dois entraram na casa. Meu namorado me deu um beijo de bom dia e Namkyu afagou meus cabelos.

— Estão crescendo rápido. — ela sorriu, com esperança — Está com fome?

— Estou sim.

Ela não parecia ter a mesma disposição de sempre, derrubou facas e potes diversas vezes enquanto preparava o café da manhã, tendo sempre que começar outra vez. Insisti que se sentasse e deixasse a comida por minha conta e de Sehun, que — estranhei isso também — não me contrariou.

— Seu câncer está melhorando, não está, Luhan?

— Omma! — Sehun gritou — Não incomode Luhan com isso.

— Não, Sehun, tudo bem. — estranhei sua reação à pergunta da mãe, pois eu mesmo não vi nada de mais — Estou melhorando sim, vou fazer o transplante e ficarei bem.

— Mas é uma cirurgia, não tem medo?

— Não, senhora, não posso ter medo. Algumas vezes temos que confiar que tudo dará certo.

— Mas...

— Omma! — Sehun gritou pela segunda vez, batendo a faca na bancada — Já chega!

Saiu da cozinha com raiva e subiu as escadas, batendo os pés a cada degrau.

— Vou falar com ele...

— Não, Luhan. Termine a comida, por favor. Eu vou lá.

 Os dois estavam com problemas, sentia-me um intruso ali, deveria deixa-los sozinhos para se resolverem e então conversar com Sehun depois. Mas eu estava com fome e sem dinheiro para o metro. Permaneci na cozinha preparando o café da manhã, o silêncio no andar de cima me dizia que já tinham se entendido.

Acho que não devo me preocupar com isso. Filhos brigam com os pais por diversos motivos, e por mais que eu esteja curioso para saber por que Sehun brigou com sua mãe, não é da minha conta.

O clima tenso ainda estava ali durante o café da manhã, os dois tentavam disfarçar com o silêncio, mas eu o percebi quando a senhora Oh precisou falar com o filho.

— Sehun, vai para a casa do Luhan hoje?

— Vou.

— Eu não posso levar vocês.

— Eu sei, vou de ônibus.

— Vou pagar um taxi para vocês.

— Não precisa, mãe.

— Esqueci uma coisa no hospital ontem, precisa passar lá e pegar pra mim, teriam que pegar dois ônibus, vai ser cansativo.

— Tudo bem, vamos de taxi então.

Depois não se falaram mais. Terminamos de ajudar a arrumar a cozinha e Sehun chamou o taxi. Sehun me mandou esperar na recepção do hospital enquanto procurava com um dos médicos o que a mãe havia esquecido. Minha cabeça inconscientemente se preocupou com Namkyu, ela estava chorando e indisposta esta manhã, ontem veio com Sehun ao hospital, quer dizer que deve ter vindo fazer algum exame. Para mim era quase claro que a senhora Oh estava doente, por isso mesmo Sehun se irritou quando ela me perguntou do transplante.

Afaste esses pensamentos da tua cabeça, Luhan.

Pelo caminho inteiro de taxi até minha casa eu tentei tirar da cabeça essa ideia, mas o olhar triste de Sehun deixava tudo muito claro.

[...]

Três meses que não vejo meus avós e eles só querem saber de Yumi pra cá e Yumi pra lá. Pequena raiva aqui no coração, mas releva.

Yumi saiu com meus avós para tomar sorvete. Eu também queria, mas eles não me levaram junto. Outra pequena raiva aqui no coração, e no estômago. Reclamei para minha mãe da minha fome e dona Charlotte disse que sou grande o suficiente para esquentar meu almoço no micro-ondas. Eu ia protestar, mas ela tinha razão.

Sentei-me à mesa pequena da cozinha com Sehun e comemos o que encontramos na geladeira, arroz, algum tipo de carne e kimchi. Terminávamos de lavar a louça quando Yumi entra em casa com mais um bando de garotos, muitos deles eu não conhecia.

— Hiunni, o que é isso?

— Ah, Luhan, são pessoas. Não seja rude e diga oi.

Eu contei quinze. Quinze pessoas! Oito eu já conhecia muito bem, Lay empurrava Suho em sua cadeira de rodas, Chanyeol e Baekhyun pareciam grudados por uma cola super potente, Kai, Kyungsoo, Chen e Xiumin não pediram permissão e foram logo invadindo minha cozinha. Outros dois eu conhecia há pouco tempo, Jungkook e Jimin estavam no meio de cinco garotos ridiculamente bonitos, que pareciam muito simpáticos.

Yumi pegou na mão de um deles e o arrastou até mim. Ele era alto e magro e seu rosto era estranhamente familiar.

— Luhannie! Esse é o Namjoon! Você lembra dele, certo?

— Luhan? — a voz dele mudou bastante, está mais grave agora — Caralho, quanto tempo?

Não deu tempo de responder, ele me abraçou forte e meio que meu ar se foi, mas eu to vivo, ainda.

— É bom ver você também. — falei sem folego quando ele finalmente me soltou — O que andou fazendo?

— Passei uns anos com meus pais nos Estados Unidos, mas voltei pra Coréia assim que fiz dezoito. E você?

— Ah, eu tive uns problemas com a saúde e...

— Yumi já me falou. Só perguntei por educação mesmo.

Seria rude comentar que ele foi rude?

 

Foram longos minutos apresentando todo mundo, Baekhyun e um tal de Taehyung ficaram amigos muito rápido, os dois combinam no quesito comportamento bizarro, nesse exato momento parecem tentar se comunicar com o cachorro. Tudo bem, você pensa, muitas pessoas falam com seus animais. É, só que a coisa ficou meio estranha quando os dois começaram a latir. Mas quem sou eu para julgar?

Yoongi era um garoto muito quieto, tinha o que eu chamo de cara de foda-se natural. Não precisava nem falar para a gente saber o que estava pensando, "preferia estar dormindo". Yumi prometeu a si mesma que conseguiria faze-lo rir até o final do dia. Já adiantando, ela não conseguiu, algumas coisas são impossíveis até para minha irmã.

Bem, do Namjoon eu já falei, então restaram outros dois. Jin, extremamente lindo, confesso, parecia uma mãe ali, perguntando toda hora se alguém estava com fome, ele mesmo não parou de comer nem por um minuto. Hoseok é o último e só tenho uma palavra para descrevê-lo, louco. Louco de um jeito bom é claro.

Como dizem Yumi e outras muitas pessoas que já cruzaram minha vida, loucos são as melhores pessoas.

 

Sehun

O tempo ia passando e aquelas pessoas não pareciam querer ir embora. Eu estava sentado no sofá acariciando os cabelos de Luhan, que mantinha a cabeça deitada no meu colo, enquanto observávamos aquele bando de seres humanos brincar de verdade ou desafio, girando uma garrafa de ketchup no meio de uma roda que não era nada redonda.

A brincadeira passou a ser "desafio ou desafio" depois que eles perceberam que ninguém ali tinha verdades muito reveladoras que gerassem um mínimo de constrangimento. Taehyung tinha várias, na verdade, mas ele as dizia como se não fossem segredo nenhum. Então, depois de um tempo, cansaram-se de pedir verdades, a resposta sendo sempre algo como, "Sim, eu já passei dois dias sem tomar banho", ou "Não. Nunca peguei um brigadeiro antes do parabéns" — isso era mentira, obvio.

Os desafios também ficavam menos interessantes de se ver e eu estava ficando entediado, porém, os seres da roda nada redonda pareciam se divertir.

— Hannie. — chamei ele que já quase dormia no meu colo — Vamos subir?

Ele concordou, e como o bom casal que procura uma bolha para se isolar do mundo, subimos para seu quarto, curiosamente para fazer a mesma coisa que fazíamos na sala. Sentei em sua cama e ele deitou a cabeça no meu colo, coloquei minha mão nos cabelos escuros e voltei a fazer um carinho lento.

Aquele dia no orfanato começou a se repetir na minha cabeça, fiquei pensando em Jisok e em como ele era uma criança adorável. Eu quero um dia ter filhos assim.

— O que acha de Haneul e Jisok? — aquele pensamento me fez perguntar.

— Pra que? — ele se mexeu desconfortável na cama.

— Nomes.

— Nomes de quem?

— Nossos filhos.

— Não quero filhos.

— Mas eu quero.

— Eu não vou parir, Sehun! — gritou, levantando de repente.

— O que? — estou confuso, como assim parir?

— Vai doer e eu não quero! — Luhan tá me deixando preocupado.

— Luhan, homens não...

— Não quero! — gritou outra vez, virando-me as costas.

Sentou-se na borda da cama, com os braços cruzados, visivelmente irritado comigo.

 — Hannie? — me aproximei com cuidado, um medo real de levar um tapa, ele não me respondeu — Você sabe que homens não engravidam, não sabe? — eu estou realmente preocupado com a sanidade do meu namorado.

— É claro que eu sei, Sehun. Não sou idiota.

— Então eu não entendi.

— Vai doer.

— O que vai doer?

— Vai doer. Fazer planos com você e depois não viver pra...

— Não diga isso.

— Por quê? Você sabe que se esse transplante não der certo eu vou morrer.

— Luhan...

— Não me interrompa! — ele já estava gritando e eu senti que aquela discussão não ia ser muito saudável — Eu não quero ir embora e deixar você cheio de sonhos, vai ser ruim pra você.

— Eu sei o que é bom ou não pra mim. E sonhar com uma família está muito longe de ser ruim. — retruquei.

— Você não sabe de nada.

— Ah, não sei? Por quê? Porque sou jovem demais, sou imaturo, é por isso?

— É! — respondeu certeiro.

Saí do quarto, Luhan chorava na ponta da cama, me doeu vê-lo daquele jeito.

— Você que não sabe de nada, Luhan.

Fechei a porta e desci as escadas como se nada tivesse acontecido, melhor tomar uma água para me acalmar.

 

Autora

Nosso chinês ainda chorava em silêncio na beirada do colchão, tendo finalmente descoberto a dor que as palavras fortes daquele que te ama podem causar. Arrependia-se aos poucos das palavras duras que dirigira ao outro, o mesmo fazia Sehun enquanto descia-lhe a água pela garganta apertada que segurava o choro.

O grande defeito de Luhan sempre foi sua falta de empatia. Colocar-se no lugar do outro era algo que raramente fazia. Tomou a decisão de não concordar com Sehun pensando que seria o melhor para os dois, pois claro que somente ele saberia o que é melhor para si,  para os dois por consequência. Não pensou que Sehun também soubesse, ou pensasse que sabia. Na verdade os dois pensavam e talvez não soubessem de nada.

Luhan encontrava-se profundamente irritado, parte com Sehun, que lhe parecera imaturo demais, parte com si mesmo, pela imaturidade de seus gritos e escândalo desnecessário. As risadas que vinham das pessoas lá em baixo ainda conseguiam duplicar sua irritação. Deslizou pela cama até perto do criado mudo, onde na gaveta estava guardado seu fone. Era a mesma gaveta, porém, onde Sehun colocara mais cedo seu exame, que a mãe pedira para buscar no hospital e que os fizera atrasar as duas horas para o almoço.

O chinês abriu a tal gaveta, mas os olhos não acompanharam a mão que foi direto ao fone de ouvido, pararam em um envelope branco e comprido cujo lacre já havia sido aberto. O nome de Sehun na etiqueta branca fez sua curiosidade passar por cima do bom senso ao que abriu de uma vez o envelope.

Sehun já terminara de beber a água para se acalmar, esta não surtindo total efeito, decidiu sentar-se no sofá para observar o final da partida de Uno que os ali presentes jogavam. Depois que todos fossem embora, ele subiria com Luhan e os dois se acertariam, era um bom plano. Mas o outro estava demorando a descer.

Só restara na sala agora Baekhyun, Chanyeol, Suho e Lay e nenhum sinal de Luhan. Sehun, preocupado, subiu as pressas para o quarto do chinês, encontrando-o sentado na cama, as pernas cruzadas, os olhos vermelhos que denunciavam o longo choro de outrora. Ao seu lado, esparramados pela cama, as radiografias e exames de Sehun eram o motivo daqueles olhos tão vermelhos.

— Por que não me falou? — a voz de Luhan era falha.

— Porque eu sabia que você ia se preocupar.

— E não é de ficar preocupado, Sehun? — o chinês não gritava, mas agora mantinha em suas palavras uma firmeza assustadora — Quando ia me falar?

— Não ia.

— O que?

— Não grita, Luhan!

— Como assim não ia me falar? Sehun, seu idiota!

— Para de gritar!

— Não! — levantou-se, olhando para cima para encarar o outro — Eu tinha que saber, você precisava ter me falado, se eu soubesse antes eu...

— Você o que? Não teria nem se aproximado de mim, e isso?

— Eu já sofri demais! Vou perder Yumi e não quero mais essa dor.

— Preferia não ter me conhecido pra se poupar da dor da minha morte?

— É.

— Você é tão egoísta. Eu sabia que você poderia morrer e mesmo assim me aproximei. Eu te amei, Luhan, sem me importar se sofreria depois.

— Eu não sou você!

— Somos tão diferentes que você não consegue nem me entender?

— Eu tinha o direito de saber!

— Não consegue nem me ouvir? Está sendo idiota, Luhan.

Desceu as escadas, sendo seguido pelo outro que continuou a gritar às suas costas.

— O que está acontecendo? — Yumi se levantou do sofá assustada, perguntando a Baekhyun o que não estava vendo. Sentia-se perdida com aqueles gritos, sem saber de onde vinham, porem conhecendo muito bem as vozes que os soltavam com raiva.

— Me escuta, Sehun! — Luhan continuou, puxou o braço do coreano, que não lhe deu atenção e abriu a porta.

— Você não me escutou, por que eu deveria?

E ao que aquela porta foi fechada, batida com a força da raiva, Yumi não escutou mais nada, seu mundo preto girou, a cabeça doía de uma forma insuportável.

E ela deixou-se cair apenas para tentar acabar com a dor.


Notas Finais


Ai ai
Vo falar nada disso aí
Me digam vocês
E não se preocupem, ta? Tudo vai terminar bem, do jeito que seja.

Até a próxima gente
Abracinho em você ^-^


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